Pouco mais de um mês depois de anunciar sua maior aquisição, o aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp, por US$ 19 bilhões, o Facebook fechou mais um negócio bilionário: a compra da fabricante de óculos de realidade virtual Oculus, por US$ 2 bilhões.
"O móvel é a plataforma de hoje, e agora estamos nos preparando para as plataformas de amanhã", disse o presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, após o anúncio.
A Oculus é uma start-up (empresa iniciante) que recebeu uma injeção de US$ 75 milhões no ano passado por parte de investidores.
OCULUS
Fundada dois anos atrás pelo americano Palmer Luckey, 21, a empresa ainda não vendeu para consumidores seu dispositivo de realidade virtual, mas já comercializou 75 mil aparelhos com desenvolvedores de games.
"A Oculus tem a oportunidade de criar a mais social das plataformas já feitas e mudar o modo como trabalhamos, jogamos e nos comunicamos", afirmou Zuckerberg, em comunicado.
O negócio foi anunciado um mês após Zuckeberg afirmar que havia "parado por enquanto" com as aquisições, após fechar a compra de US$ 19 bilhões do WhatsApp.
O Facebook, que em 2012 gastou US$ 1 bilhão na compra do Instagram, tem aproveitado a valorização das suas ações (que subiram pouco mais de 150% em 12 meses) para realizar aquisições que possam lhe ajudar a manter o posto de principal rede social do mundo. Leia mais em folha.uol 21/07/2014
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Facebook oficializa a compra da Oculus VR pelo dobro do Instagram
O Facebook finalmente fechou a compra da empresa Oculus VR, fabricante dos óculos de realidade virtual Oculus Rift, por US$ 2 bilhões (R$ 4,4 bilhões). O negócio, anunciado em março, só foi confirmado nesta terça-feira (22), após receber o aval de autoridades de regulação dos Estados Unidos. A aquisição custou à Mark Zuckerberg o dobro do valor pago pelo app Instagram, em 2012: US$ 1 bilhão (R$ 2,2 bilhões).
Para o negócio ser concretizado, foi necessária a autorização de duas entidades norte-americanas. A Comissão Federal de Comunicações dos Estados Unidos (FCC, na sigla em inglês), que visa atuar como um órgão antitruste, permitiu a venda já no mês abril. No entanto, somente na última segunda-feira (21), o Departamento de Corporações da Califórnia, enfim, concordou com a transação, iniciada em março.
Do montante da transação, US$ 400 milhões (R$ 886 milhões) foram pagos em dinheiro, US$ 1,6 bilhão (R$ 3,5 bilhões) em ações do Facebook e US$ 300 milhões (R$ 664 milhões) serão pagos, também em dinheiro, se certas metas não especificadas forem alcançadas. O novo acordo faz aumentar a lista de aquisições bilionárias da companhia de Mark Zuckerberg, na qual constam o Instagram, WhatsApp, Little Eye Labs (empresa que desenvolve aplicativos para monitoramento mobile), e ProtoGeo OY (desenvolvedor de apps da área fitness).
O CEO mais badalado da atualidade afirmou que a Oculus VR vai continuar trabalhando com autonomia no Facebook. “Vamos nos concentrar em ajudar a Oculus a construir seus produtos e desenvolver parcerias para ter suporte a mais jogos”, disse Zuckerberg no anúncio conjunto. Segundo ele, a realidade virtual é um forte candidato a emergir como a próxima plataforma social e de comunicação.
Essa visão explicaria os esforços do Facebook em se transformar num verdadeiro império de mídia social. A nova tecnologia, assim, permitirá ao site se manter no domínio dos meios de comunicação no futuro, estendendo seus braços por diferentes plataformas.
O Oculus Rift é um óculos de realidade aumentada criado, inicialmente, para ser usado em jogos eletrônicos. A fabricante Oculus VR colocou um projeto no Kickstarter, site de colaboração coletiva, em 2013 - e em 36 horas angariou US$ 1 milhão. A versão do dispositivo para o consumidor final tem tela embutida de 1080p e sensores de rastreio de movimento de cabeça e de posição.
O que a aquisição pelo Facebook vai levar à fabricante poderá ser vista nos dias 19 e 20 de setembro, na conferência Oculus Conect, que será realizada em Hollywood.
Via TechCrunch Raquel Freirepor RAQUEL FREIRE Leia mais em techtudo 22/07/2014
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