Itaú põe à venda iCarros, classificado online de veículos

O Itaú Unibanco colocou à venda o iCarros, uma espécie de classificado eletrônico de veículos. O negócio, que tem sido apresentado a alguns fundos de private equity, está estimado em R$ 400 milhões, segundo duas fontes a par da transação.

 É um movimento que já foi feito pelo Santander Brasil, que em abril fechou um acordo para vender 30% do portal Webmotors para o grupo australiano Carsales.com, por R$ 180 milhões.

 A transação do Itaú, porém, seguirá outro modelo. O banco pretende sair do controle do iCarros. Deverá ter apenas um acordo com o futuro comprador do negócio, com o objetivo de ser o financiador das transações feitas pelo portal.

 Depois de enfrentar problemas de inadimplência com os compradores de carros, o Itaú desacelerou as concessões de financiamento de veículos. Em março, o estoque desse tipo de crédito no banco somava R$ 48,5 bilhões, com queda de 17,8% na comparação com igual mês do ano passado.

 Em junho, a fatia do Itaú nos financiamentos de veículos leves originados no mês ficou em 13,1%, ante 15,1% um ano antes, segundo dados da Cetip. Em usados, a fatia era de 13,3% em junho, versus 14,9% um ano antes.

 Ainda neste ano o Itaú projeta voltar a crescer nos desembolsos, mas agora já com seus modelos de avaliação de risco ajustados - e bem mais conservadores.

 "A venda poderia sair em poucos dias ou em poucos meses. O site será vendido. Não faz parte do 'core business' do banco", afirmou uma pessoa que pediu para não ser identificada. Segundo outra fonte, o Itaú tem oferecido o negócio online para fundos de private equity. "Os preços parecem altos, mas podemos estudar", afirmou a fonte, que é executivo de um desses fundos.

 O iCarros foi criado em 2008 e, de acordo com o website da companhia, vende 50 mil veículos por mês, entre carros, motos e caminhões. Na própria loja online, os clientes podem simular um empréstimo com o Itaú e contratá-lo. A assessoria de imprensa do Itaú não comentou a informação, publicada inicialmente pela "Dow Jones", sobre a intenção de venda.  Valor Econômico
Fonte: contec 11/07/2013

11 julho 2013