30 novembro 2015

FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA DE 23 a 29/nov/15

Na semana de  23 a 29/nov/15, foram anunciadas 28 operações de Fusões e Aquisições com destaque pela imprensa. Envolvem direta ou indiretamente empresas brasileiras de 13 setores.

ANÁLISE DA SEMANA

Principais transações.


NEGÓCIOS DA SEMANA

"Market Movers" - Brasil

  • J&F compra Alpargatas por R$ 2,67 bilhões. A Alpargatas, cuja acionista majoritária era a Camargo Corrêa, anunciou hoje que foi adquirida pelo grupo J&F por 2,667 bilhões de reais. O valor de pagamento pela participação de 44,12% da empreiteira na dona da Havaianas será de 12,85 reais, à vista. A J&F Investimentos é uma holding de investimentos dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que controla a JBS.  23/11/2015
  • Senior Solution compra empresa de software para consórcios. A Senior Solution, especialista no desenvolvimento de softwares aplicativos para o setor financeiro, anunciou hoje a compra da Pleno Tecnologia, especialista em soluções para administradoras de consórcios. Esta é a oitava aquisição realizada pela Senior Solution e a terceira com recursos captados na oferta pública inicial de ações da companhia. 23/11/2015
  • Dona da Amil compra Hospital Samaritano por R$ 1,3 bilhão. A americana UnitedHealth, dona da Amil, deve anunciar a aquisição do Hospital Samaritano, de São Paulo, por cerca de R$ 1,3 bilhão, segundo fontes do setor. Os recursos da venda irão pra o caixa da entidade beneficente mantenedora do Hospital Samaritano, que vai se desvincular do hospital e investir em outras ações de filantropia.  27/11/2015

"Market Movers” - Exterior

  • Bridgestone anuncia compra da Pep Boys, do varejo automotivo nos EUA. Por meio de oferta pública terá controle total em transação de US$ 835 milhões. A Bridgestone Retail Operations (BSRO) subsidiária do Grupo Bridgestone e responsável pelas lojas de varejo da marca anuncia um acordo de fusão definitiva no qual irá adquirir a Pep Boys em uma transação de oferta pública no valor estimado em US$ 835 milhões ou US$ 15 por ação. Com sede na Filadélfia, Estados Unidos, a Pep Boys é um dos maiores grupos de serviços automotivos no país com atuação desde 1921. Com o negócio, a Pep Boys irá adicionar cerca de 800 pontos de venda à BRSO, atualmente com 2,2 mil centros de serviços automotivos que operam com as marcas Firestone, Tire Plus, Hibdon Tires Plus e Wheel Works. 24/11/2015
  • Gravity4 adquire Pixels. A Gravity4, primeira empresa de high frequency marketing cloud no mundo, anuncia a aquisição de participação de 93,7% da Pixels, premiada empresa de tecnologia para publicidade multitelas com sede em Hong Kong, na China. Este movimento marca a entrada da Gravity4 nos mercado asiático. “Além de possuir uma das mais inteligentes equipes de gestão que eu já conheci, a Pixels também tem construído um grande negócio e uma plataforma móvel DCO que não podemos esperar para implantar globalmente”, diz Gurbaksh Chahal, presidente e CEO da Gravity4. “Também estamos animados em introduzir nossa plataforma de maketing cloud e oferta programática neste mercado dinâmico”, complementa. 24/11/2015
  • Verint anuncia aquisição da Telligent. A fabricante de software Verint Systems anunciou  a aquisição da Telligent, fornecedora de software para suporte ao cliente e comunidades de marketing digital. A empresa divulgou também o início das operações no Brasil. O valor do negócio não foi revelado. A partir de agora, as organizações que utilizam os serviços da Verint poderão fornecer, com exclusividade, novos recursos por meio de experiências multicanais dos clientes — ações que incluem canais de voz, bate-papos, e-mails, autosserviço e comunidades sociais de clientes e funcionários. "Essa aquisição amplia nossa oferta e apresenta uma série de recursos avançados, o que nos permite oferecer uma solução ainda mais abrangente para ajudar nossos clientes a realizar a transformação digital, a venda social e o auto serviço", afirma Elan Moriah, presidente da Verint Enterprise Intelligence Solutions e da Verint Video and Situation Intelligence Solutions.  23/11/2015
  • Pfizer-Allergan levará fusões na área de saúde acima de US$ 600 bi em 2015. O iminente acordo da Pfizer para comprar a fabricante do Botox Allergan por mais de US$ 150 bilhões vai coroar uma corrida iminente para fusões e aquisições no setor de saúde, levando o valor total das negociações em 2015 para mais de US$ 600 bilhões. Ajudado por financiamentos baratos, o setor de saúde tem visto uma onda sem precedentes na atividade de fusões desde o início de 2014, se estendendo desde grandes farmacêuticas comprando rivais menores à consolidação entre fabricantes de medicamentos genéricos e acordos entre seguradoras. Dados da Thomson Reuters mostraram que as fusões e aquisições na indústria de saúde no fim da última semana já atingiram US$ 460,2 bilhões, superando o recorde do ano de US$ 392,4 bilhões em 2014. As fusões em energia ficaram em US$ 572,4 bilhões e as de alta tecnologia em US$ 514,4 bilhões. 23/11/2015

HUMORES & RUMORES

M & A - VENDA

  • BTG negocia venda da rede d'Or em caráter de emergência. Em negociação que começou neste domingo, 29, e pode ser anunciada ainda hoje, o BTG Pactual, na esteira da prisão de André Esteves e do derretimento de suas ações desde a última quarta-feira, se prepara para se desfazer de um de seus principais ativos: a participação de 12% na rede de hospitais D'Or, que tem entre seus sócios o fundo de private equity americano Carlyle e o fundo soberano de Cingapura, o GIC. Segundo apurou o jornal "O Estado de S. Paulo", o GIC deve fechar rapidamente a compra da fatia remanescente do BTG na rede de hospitais, segundos fontes próximas à operação. O valor da negociação estaria próximo de R$ 2 bilhões.29/11/2015
  • Abengoa pode ter de vender ativos no Brasil. Espanhola tem negociado com credores para resolver situação, mas poderá pedir falência se não alcançar um acordo em quatro meses. No País, o grupo tem 3,3 mil km de linhas de transmissão. A crise na espanhola Abengoa, que se aproxima cada vez mais da necessidade de pedir uma recuperação judicial, pode obrigar a empresa a vender seus ativos de transmissão no Brasil, mas não deve interferir na operação das linhas, acreditam es...27/11/2015
  • Sem dinheiro, Contax renegocia dívidas. A Contax, maior empresa de call center do país, ficou sem dinheiro para pagar suas dívidas, que somam 1,5 bilhão de reais. Ao perceber que não teria como honrar debêntures que vencem em dezembro e fevereiro, a empresa iniciou uma ampla renegociação com seus credores para tentar alongar as dívidas. A conclusão do plano depende da venda de uma de suas subsidiárias, a Allus, que atua em outros países da América Latina e poderia valer, nas contas de analistas, 800 milhões de reais. O objetivo é usar 350 milhões de reais para reforçar o caixa e o restante para pagar os credores. A Contax vem sofrendo com a crise econômica. Cerca de 30% de sua capacidade de atendimento está ociosa, enquanto a média do setor é inferior a 15%. Apenas neste ano, a ação da empresa caiu 90% e vale 1 real. Em nota, a companhia informou que procura “obter consenso” com os credores para alongar seu endividamento e adequá-lo às suas “perspectivas operacionais”.  24/11/2015 
  • Eletrobras quer privatizar subsidiárias de distribuição de energia até 2016. A estatal de energia Eletrobras pretende privatizar todas suas subsidiárias de distribuição de energia elétrica até o final de 2016, o que inclui empresas que atuam no Piauí, Alagoas, Acre, Rondônia, Boa Vista, Amazonas e Goiás, segundo proposta que será submetida a Assembleia Geral de acionistas da companhia. Em comunicado divulgado ao mercado na noite de quinta-feira, a estatal informou que votará, em 28 de dezembro, sobre a venda dessas empresas "até o final de 2016... nos termos da legislação aplicável ao Plano Nacional de Desestatização".27/11/2015
  • St. Marché na gôndola. Os empresários Victor Leal Jr. e Bernardo Ouro Preto estão sondando o mercado para uma eventual venda da rede de supermercados St. Marché e do Empório Santa Maria. Os dois também são sócios da franquia brasileira do Eataly. Os fundos de private equity chorando sobre as Havaianas derramadas agora já têm outro assunto para passar o tempo. 24/11/2015
  • Brasil desperta interesse, mas deixa investidor externo 'atônito', diz Anbima. Ao olhar para o Brasil, os investidor externo vem provando que o lema de vender um ativo na alta e comprar na baixa está mais atual do que nunca. Reunidos ontem em evento no Valor, economistas do Comitê de Acompanhamento Macroeconômico da Anbima concordam que os estrangeiros estão atordoados com o momento ruim pelo qual passa o país, mas em conversas com bancos, gestoras e consultorias têm sempre uma pergunta na ponta da língua: "qual o momento certo para comprar”?
  • Ministro defende venda de 100% de aeroportos em leilão. O ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, defendeu a venda de 100% dos quatro aeroportos que serão concedidos à iniciativa privada. Com esse modelo de negociação, a Infraero ficaria totalmente fora do negócio. Na lista de aeroportos que podem passar ao setor privado estão os de Porto Alegre, Florianópolis, Salvador e Fortaleza. Já está certo que a fatia oferecida nos leilões desta vez será maior, de pelo menos 85% do negócio. Nos leilões anteriores, o governo colocou à venda apenas 51% do empreendimento. "Sou um dos que acredita que a Infraero deve ficar som zero [de participação]. A decisão será tomada por um colegiado e a presidenta Dilma arbitrará se necessário", disse o ministro durante fala de abertura no seminário Fórum Infraestrutura de Transporte, promovido na capital paulista pela Folha de S.Paulo. 25/11/2015
  • Estrangeiros lideram aquisições e fusões no Brasil pela 1ª vez desde 2002. A operação de compra de parte da Azul pelos chineses da HNA é parte de um movimento mais amplo em curso no país. Com a desaceleração da economia e a alta do dólar, o mercado brasileiro ficou mais barato –e atraente– para empresas estrangeiras. De acordo com levantamento sobre fusões e aquisições no país da consultoria PwC, a participação de companhias com sede no exterior no total de transações ultrapassou a das brasileiras pela primeira vez desde 2002. Os dados, que consideram o acumulado no ano até outubro, mostram que, enquanto o número de operações feitas por companhias nacionais caiu 25%, para 275, as de estrangeiras tiveram alta de 5% (285), ou 51% do total. Nessa conta não entram os negócios de Coty e Hypermarcas (US$ 1 bilhão) nem de Azul e HNA (US$ 450 milhões), anunciados neste mês. O tamanho do mercado brasileiro, especialmente em consumo interno, é o principal atraente para compradores de fora do país. E os preços ficaram mais convidativos após a elevação de 56% no dólar em 12 meses até outubro. A crise também tornou disponíveis para compradores algumas operações que antes não estariam à venda, resultado de problemas enfrentados por empresas brasileiras.25/11/2015
  • PDG busca sócio para recomprar fatia da HSI em projetos. A PDG Realty corre contra o tempo para tentar recomprar a participação em 17 projetos vendida, há cerca de um ano, para a Hemisfério Sul Investimentos (HSI). A companhia tem até fevereiro para exercer a opção de compra. Segundo uma fonte, no momento, a PDG busca investidor que pague o valor atualizado de cerca de R$ 200 milhões à HSI, além de desembolsar entre R$ 50 milhões e R$ 100 milhões para a incorporadora, que serão destinados a seu caixa. Há quem diga que a incorporadora busca, nas negociações, que o valor direcionado ao seu caixa seja ainda maior.24/11/2015
  • Engevix destrava financiamento do BNDES e tenta vender hidrelétrica de R$700 mi. A construtora Engevix conseguiu retomar o financiamento, pelo BNDES, da hidrelétrica de São Roque, que está sendo construída em Santa Catarina, um projeto orçado em 700 milhões de reais, o que facilita a venda do ativo. Em nota enviada à Reuters, a companhia disse que "70 por cento da obra já está concluída e o grupo Engevix continua interessado em vendê-la”. A Engevix, uma das construtoras investigadas pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, tem tentado fazer caixa com a negociação de ativos, após suas finanças terem sido afetadas pelo escândalo de corrupção que tem a Petrobras como epicentro. A Engevix, que disse já ter aportado cerca de 530 milhões de reais no empreendimento, informou que as obras serão retomadas brevemente. 24/11/2015
  • Corretoras buscam escala para manter lucratividade. Aquisições de concorrentes e aposta em produtos de renda fixa são alternativas à bolsa fraca... 23/11/2015
  • As pechinchas da Lava Jato. Estão avançadas as negociações do grupo OAS para a venda de sua participação na Invepar para a companhia canadense de investimentos Brookfíeld. A transação não é nenhuma surpresa para quem acompanha a movimentação das grandes empreiteiras que tiveram os seus nomes envolvidos na Operação Lava Jato. Com uma dívida que já chega aos R$ 11 bilhões, a sua fatia de 24,4% na Invepar, que tem participação no Aeroporto de Guarulhos (SP) e no Metrô Rio, pode trazer um alívio de R$ 1,3 bilhão à OAS. Fundado em Salvador, o grupo, assim como o pernambucano Queiroz Galvão, pediu recuperação judicia], no primeiro semestre deste ano. A estratégia de sair oferecendo as suas operações no mercado não é exclusividade do grupo, dentre as  envolvidas nas investigações da Operação Lava Jato. Com isso, uma série de pechinchas está disponível aos investidores. Os grupos controladores das empreiteiras envolvidas nas denúncias de corrupção na Petrobras e Eletrobrás se viram obrigados a negociar ativos, como forma de pagar as dívidas e se manter operando enquanto possuem pagamentos congelados, não conseguem financiamento e são impedidas de fechar novos contratos. 23/11/2015

M & A - COMPRA

  • Bradesco estuda aquisições no ramo de seguro varejista. Bradesco: alvos serão empresas independentes bem gerenciadas em setores como seguro de saúde. O Banco Bradesco SA, segundo maior banco do Brasil em valor de mercado, está estudando a aquisição de uma seguradora varejista em um momento em que busca focar em negócios com riscos menos concentrados. Os alvos serão empresas independentes bem gerenciadas em setores como seguro de saúde que poderiam ter dificuldades para captar o capital de que precisam por conta própria, disse Luiz Carlos Angelotti, diretor-gerente e chefe de relações com investidores, em entrevista em Nova York na semana passada. 24/11/2015
  • Turner negocia compra de 30% da Band, diz jornal; emissora nega. Uma das maiores empresas de comunicação do mundo, a Turner estaria interessada em adquirir 30% das ações e operações da Band, atualmente pertencentes em sua totalidade ao Grupo Bandeirantes. Segundo o jornal O Globo, as empresas estão em fase inicial de 'namoro' e o acordo ainda estaria amadurecendo. A intenção da Turner é bem simples: a dona de canais como CNN, Cartoon Network, TNT e Esporte Interativo assumiria o setor financeiro e o entretenimento da Band, enquanto a família Saad continuaria mandando apenas no jornalismo da casa, direcionando a linha editorial, dentre outras ordens. Vale lembrar que no início do ano, a Turner adquiriu a totalidade do Esporte Interativo, de onde já era sócia desde 2013, adquirindo os mesmos 30% que quer agora da Band. 24/11/2015

PRIVATE EQUITY

  • FIF-GTS avalia compra de parte da Cesan. O Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FIFGTS) avalia a compra de até R$ 409,4 milhões em participação na Companhia Espírito Santense de Saneamento Básica (Cesan). A aquisição ainda depende de aprovação  do relatório de oportunidade prévia de investimento pelo Comitê de Investimentos do FIFGTS, que realiza hoje uma reunião extraordinária para debater o tema. A assessoria de imprensa da Cesan confirmou as negociações como forma de o governo do Estado e a Cesan buscarem investimentos junto à Caixa. "Entretanto, a operação ainda não foi concretizada e está em andamento", ressaltou a assessoria de imprensa por meio de nota.25/11/2015
  • Americana CVS quer pedir revisão do valor pago pela Drogaria Onofre. A gigante das farmácias americana CVS quer pedir revisão do valor pago aos antigos donos da Drogaria Onofre, segundo apurou o ‘Estado’. A redução do valora ser pago pela empresa, que foi comprada por cerca de R$ 600 milhões em fevereiro de 2013, estaria prevista em contrato e poderia ser resolvida sem necessidade de recorrer a tribunais, por arbitragem. Mas, caso não haja acordo, a discussão pode acabar na Justiça. Segundo fontes de mercado, o acordo entre a CVS e a Onofre previa alguns “tetos” para obrigações trabalhistas e fiscais que resultassem em ônus para a rede de drogarias depois da venda – limites esses que já teriam sido ultrapassados. O Estado apurou que o valor a ser abatido da compra ainda não estaria definido, mas fontes disseram que as possíveis obrigações estariam entre R$ 15 milhões e R$20 milhões somente em processos trabalhistas. Haveria também pendências fiscais e questões de eficiência operacional a serem adicionadas à conta.24/11/201

IPO

  • Carrefour adia projetos de e-commerce e IPO. Para o presidente do Carrefour Brasil, Charles Desmartis, não há espaço no mercado para abrir capital em 2016. Canal de comércio eletrônico fica para o terceiro trimestre de 2016; abertura de capital voltará a ser discutida apenas em 2017. O grupo francês Carrefour disse ontem que adiou alguns de seus planos por causa do atual cenário econômico. A abertura de capital da unidade brasileira ficará apenas para 2017 e o site de e-commerce tem previsão de inauguração apenas no segundo trimestre do ano que vem. 27/11/15 
  • Conselho da resseguradora IRB Brasil decide por suspensão de IPO. O Itaú Unibanco e a BB Seguridade informaram nesta segunda-feira pedido para suspensão por 60 dias da oferta pública inicial de ações (IPO) da resseguradora IRB Brasil Re. O pedido de interrupção da operação foi protocolado em 19 de novembro após deliberação pelo Conselho de Administração do IRB.  Em outubro, uma fonte havia afirmado à Reuters que o IPO da resseguradora havia sido suspenso por conta das condições desfavoráveis do mercado. Alguns dias antes, o IPO da Caixa Seguridade também havia sido interrompido pelo mesmo motivo. A operação do IRB Brasil é liderada por Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e JP Morgan. 23/11/2015

RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES

  •  YPF avança em lubrificante no Brasil. A petroleira argentina YPF, que foi reestatizada era 2012 pela presidente Cristina Kirchner, quer ter uma fatia maior do acirrado mercado brasileiro de lubrificantes. Chegou no Brasil no fim dos anos 1990 trazendo seus produtos fabricados na unidade de La Plata e depois passou a fazer com terceiros daqui. Agora, começa a produzir em unidade própria, que acabou de adquirir em Diadema (SP), uma das cidades da região metropolitana de São Paulo. A aquisição não envolveu investimento pesado. Foram R$ 25 milhões, para assumir o controle da Packblend, fundada por um empresário local. O valor será engrossado ao longo dos anos com novos aportes em ampliações e modernização das instalações. E no aumento da linha de produtos para atender a demanda local e exportações a países da América do Sul. 23/11/2015
  • J&F compra Alpargatas por R$ 2,67 bilhões. A Alpargatas, cuja acionista majoritária era a Camargo Corrêa, anunciou hoje que foi adquirida pelo grupo J&F por 2,667 bilhões de reais. O valor de pagamento pela participação de 44,12% da empreiteira na dona da Havaianas será de 12,85 reais, à vista. A J&F Investimentos é uma holding de investimentos dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que controla a JBS. O objetivo da aquisição é diversificar o portfólio de negócios da J&F, de acordo com fato relevante. O grupo Camargo Corrêa, citado na Operação Lava Jato da Polícia Federal, foi obrigado a devolver 700 milhões de reais por prejuízos causados à sociedade. A empreiteira admitiu a prática de cartel, fraude à licitação e corrupção. Por isso, a empreiteira colocou à venda parte de seus negócios. Entre eles, estavam a Alpargatas (dona da Havaianas), uma fatia da divisão de cimento InterCement e uma participação que tem na CPFL, de energia. 23/11/2015
  • Senior Solution compra empresa de software para consórcios. A Senior Solution, especialista no desenvolvimento de softwares aplicativos para o setor financeiro, anunciou hoje a compra da Pleno Tecnologia, especialista em soluções para administradoras de consórcios. Esta é a oitava aquisição realizada pela Senior Solution e a terceira com recursos captados na oferta pública inicial de ações da companhia. A Senior Solution já havia adquirido uma empresa do segmento de consórcios, a Aquarius, que respondia por cerca de 30% do mercado.  O modelo de aquisições sucessivas utilizado pela Senior Solution no segmento de consórcios deverá ser replicado em outras áreas, diz a empresa. “Temos 150 oportunidades em nosso ‘pipeline’ de aquisições e continuaremos a construir um portfólio completo de soluções para atender de forma abrangente todos os segmentos do setor financeiro”, lembra Gomes. Segundo o executivo, o cenário econômico mais desafiador tem ampliado o rol de oportunidades de aquisições. O valor inicial da aquisição da Pleno Tecnologia é de R$ 2,2 milhões, pagos no fechamento do negócio, podendo haver uma parcela adicional de até R$ 700 mil vinculada ao alcance de uma meta de receita líquida em 2015. No período de 12 meses encerrados em 30 de junho de 2015, a receita líquida da Pleno foi de R$ 2,4 milhões. Com a consolidação com a Aquarius, o setor de consórcios deve representar uma receita líquida anual de R$ 8 milhões a R$ 9 milhões, afirma Gomes, ou quase 10% da receita líquida total da Senior Solution.23/11/2015
  •  “Netflix de quadrinhos" leva aporte de R$ 2 mi. A Social Comics, startup brasileira que desenvolveu um serviço de distribuição de quadrinhos em um formato de assinatura semelhante ao Netflix, recebeu um aporte R$ 2 milhões do Grupo Omelete. Com o aporte do Omelete, grupo proprietário do portal Omelete e da Comic Con Experience (CCXP), a Social Comics pretende expandir sua plataforma para outros países da América Latina e também no Estados Unidos. A plataforma reúne obras antigas e inéditas de autores independentes, assim como exemplares das maiores editoras alternativas do gênero do país, como a Devir, a JBC, a HQM (que tem os direitos da Valiant no Brasil), a Mythos, Editora Nemo, Revista Mundo dos Super-Heróis.  23/11/2015 
  • Cade aprova venda de fatia do Grupo Santander na Konecta. O Cade aprovou, sem restrições, a operação de venda de ações detidas pelo grupo espanhol Santander na companhia de serviços de externalização Konecta à empresa de investimento privado europeia PAI Partners. O Grupo Santander detinha 51,85 por cento das ações da Konecta. Com a operação, a PAI Partners passa a deter fatia indireta de 34,18 por cento na empresa, similar à do Banco Santander, de acordo com documento do Cade. A Konecta oferece serviços de externalização para os setores de telecomunicações, seguros, bancário e de administração pública, entre outros, em dez países. No Brasil, a empresa oferece serviços nos segmentos de atendimento ao cliente, cobranças, vendas ativas, back-office e retenção de clientes. 24/11/2015 
  • Nuuvem compra GamerGrade. A Nuuvem, plataforma brasileira de venda digital de jogos para PC, Mac e Linux, anunciou esta semana a aquisição da GamerGrade, rede de gerenciamento de campeonatos amadores de eSports, por um valor não aberto. Ao comprar a GamerGrade, a companhia quer aproveitar o potencial do mercado de ligas de jogos eletrônicos e marcar um novo posicionamento para plataforma full service de games da empresa, relançando o produto a partir de hoje com uma nova marca chamada Gank. A GamerGrade foi criada em 2014 e permite não só criar e gerenciar ligas, mas também ver resultados e a evolução de jogos em tempo real, incluindo a transmissão ao vivo via Twitch e Hitbox, duas das principais plataformas disponíveis no mercado. Criada em 2012, a Nuuvem é a maior plataforma online de jogos para PC, Mac e Linux do país. Atualmente, a Nuuvem conta com mais de 2,4 mil jogos de mais de 120 publishers e produtoras parceiras.  24/11/2015
  • Grupo chinês compra 23,7% da Azul por US$ 456 milhões.  A companhia brasileira de baixo custo Azul Linhas Aéreas anunciou nesta terça-feira a venda de 23,7% de seu pacote acionário ao grupo chinês HNA por 1,7 bilhão de reais (456 milhões de dólares). A operação permitirá à terceira maior companhia aérea do Brasil - de capital fechado - fortalecer o caixa, renovar a frota, amortizar dívidas e abrir uma porta no mercado asiático, afirma a empresa em um comunicado. "O investimento de 1,7 bilhão de reais no atual cenário do Brasil demonstra que temos um modelo de negócios de sucesso e que o HNA Group, em sua condição de investidor de grande escalam tem confiança na equipe da Azul. Além disso, coloca nossa empresa como a mais valiosa do mercado aéreo brasileiro com um valor de mais de 7 bilhões de reais (1,877 bilhão de dólares)", disse Antonoaldo Neves, presidente da empresa.24/11/2015
  • Dona do Frango Assado vende operação no México por R$ 175 milhões. A International Meal Company (IMC), dona das redes de restaurantes Frango Assado e Viena, anunciou a venda de suas operações no México à Taco Holding por R$ 175 milhões, segundo fato relevante entregue na na noite de segunda-feira (23) à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). A venda inclui os ativos Restaurantes de Carnes y Cortes, Grupo Restaurantero del Centro, Servicios de Personal Gastrónomico IMC e Servicios Administrativos IMC, que correspondem à integralidade das subsidiárias da companhia localizadas em território mexicano. Segundo a IMC, o valor bruto do negócio é de 1 bilhão de pesos mexicanos (cerca de R$ 225 milhões), equivalente a 9,35 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado das operações mexicanas em 12 meses. Revertido para valores arrecadados em 2015, o montante líquido da operação é de cerca de 750 milhões de pesos mexicanos, ou cerca de R$ 175 milhões. Serão descontados do valor líquido 225 milhões de pesos mexicanos (R$ 50 milhões) em função de dívidas das subsidiárias negociadas.24/11/2015
  • Grupo americano terá mais duas fábricas no Brasil. Como resultado da fusão entre a gigante americana Pfizer e a Allergan, dona do Botox, a "nova" Pfizer deverá ter mais duas fábricas no Brasil, uma na cidade do Rio de Janeiro, que pertencia à Actavis, e outra em Guarulhos (SP). Atualmente, a Pfizer opera uma unidade fabril em Itapevi (SP), que está recebendo investimento de US$ 27 milhões para expansão e modernização, e outra em Guarulhos. Essa última fábrica da Pfizer, porém, ficará integralmente com a Zoetis, constituída a partir da cisão da área de saúde animal da farmacêutica. As linhas de saúde humana que ainda funcionam na unidade serão transferidas para Itapevi. Além disso, a Pfizer é dona de 40% do laboratório Teuto, que até setembro aparecia entre as dez maiores farmacêuticas do país e entre os cinco maiores fabricantes de medicamentos genéricos, em unidades, segundo dados da consultoria IMS Health. Também em Guarulhos, a Allergan produz, entre outros itens, o colírio Lastacaft (alcaftadina 0,25%), que é usado no tratamento de conjuntivites alérgicas. Nesse mercado, a companhia se posiciona entre as líderes em receituário de oftalmologistas. Em seu site, a Allergan informa que está presente em mais de 100 países, porém não fornece detalhes financeiros específicos de operações fora dos Estados Unidos. A operação brasileira da Pfizer, por sua vez, registrou expansão de 19,5% no faturamento entre 2013 e 2014, para R$ 4,9 bilhões. 24/11/2015
  • Dnata inicia operações na América Latina após aquisição da RM Ground Services no Brasil. A dnata, uma das maiores empresas de serviços aeroportuários do mundo, fechou acordo com a empresa brasileira RM Ground Services, adquirindo a participação majoritária das ações da companhia. A aquisição marca os primeiros negócios da dnata na América Latina. A RM Ground Services, fundada por Ricardo Morrison em 2004, é nacionalmente reconhecida pela qualidade dos serviços prestados. Possui a maior abrangência nacional entre seus concorrentes, oferecendo uma gama completa de serviços de ground handling para companhias aéreas de passageiros e de carga. Emprega atualmente mais de dois mil funcionários, atendendo cerca de 550 voos por dia em 24 aeroportos espalhados pelo país. 24/11/2015
  • China Three Gorges leva hidrelétricas que pertenciam à Cesp por R$13,8 bi. A China Three Gorges arrematou a concessão das hidrelétricas de Jupiá e Ilha Solteira, que pertenciam à estatal paulista Cesp, mediante o pagamento de 13,8 bilhões de reais em outorga ao governo federal, em leilão realizado nesta quarta-feira, no qual estão sendo oferecidas usinas cujo contrato de exploração pelos antigos concessionários se encerrou. A chinesa apresentou proposta para operar as hidrelétricas por uma receita anual de 2,38 bilhões de reais, sem deságio ante a receita teto estabelecida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pelo certame. A empresa foi a única a apresentar proposta. 25/11/2015
  • Leilão de hidrelétricas arrecada R$17 bi com outorgas; chineses pagarão R$13,8 bi. O leilão de hidrelétricas existentes promovido pelo governo federal nesta quarta-feira superou expectativas e vendeu todos os ativos oferecidos, o que representa uma arrecadação de 17 bilhões de reais em bônus de outorga por usinas que somam 6 mil megawatts em potência. A China Three Gorges se destacou ao arrematar as usinas Jupiá e Ilha Solteira, que pertenciam à Cesp, mediante bônus de 13,8 bilhões de reais. A maior vitória após os chineses, que ficaram com as usinas do Lote E, que somam cerca de 5 mil megawatts em potência, (i)  foi da Cemig, que levou 18 usinas do Lote D por 2,2 bilhões de reais em outorga. Entre as hidrelétricas arrematadas pela companhia mineira, que somam cerca de 700 megawatts, a maior é de Três Marias, com 396 megawatts. A (ii) Copel também conseguiu continuar com a maior de suas usinas que teve concessão ofertada, a Parigot de Souza, com 260 megawatts, com o pagamento de 574,8 milhões de reais em bônus de outorga. A usina pertencia ao Lote B, junto com outras hidrelétricas que pertenciam à Copel, Mourão e Paranapanema, que foram levadas pela (iii)  Enel Green Power, que pagará bônus de 160,7 milhões de reais pelos ativos. Já a goiana (iv) Celg arrematou a usina Rochedo, de 4 megawatts, a menor do leilão, no Lote A, com outorga de 15,8 milhões. O ativo foi o único a registrar disputa, com a Celg e o consórcio Juruena apresentando 30 lances, até a goiana levar a hidrelétrica com deságio de 13,6 por cento ante a receita teto estabelecida. Na última disputa, do Lote C, a catarinense (v) Celesc ficou com cinco hidrelétricas que somam 63 megawatts, com o pagamento de 228,5 milhões em bônus. 25/11/2015 
  • Dona da Amil compra Hospital Samaritano por R$ 1,3 bilhão. A americana UnitedHealth, dona da Amil, deve anunciar nos próximos dias a aquisição do Hospital Samaritano, de São Paulo, por cerca de R$ 1,3 bilhão, segundo fontes do setor. Os recursos da venda irão pra o caixa da entidade beneficente mantenedora do Hospital Samaritano, que vai se desvincular do hospital e investir em outras ações de filantropia. Criada por representantes das colônias britânica e americana, a sociedade mantenedora do Samaritano fará uma cisão dos seus ativos. O prédio, os equipamentos médicos e os funcionários do Samaritano, que torna­-se uma empresa com fins lucrativos, ficará sob a administração da UnitedHealth. Além da operadora de planos de saúde, com 5,5 milhões de usuários, a Amil tem uma rede própria formada por 31 hospitais e recentemente inaugurou um complexo médico com mais dois hospitais, 252 consultórios e 16 salas de cirurgia. No Rio de Janeiro, a Amil é dona do Hospital Samaritano (sem relação com o Samaritano de São Paulo), adquirido há quatro anos por R$ 180 milhões. 27/11/2015
  • Looke compra a Netmovies. A Looke, plataforma nacional de streaming de vídeo, anunciou nesta quinta-feira, 26, a compra da Netmovies, locadora online de filmes que atua no país há cerca de dez anos. Com a aquisição, o Looke passa a ter direito sobre as marcas, domínios e mailing de usuários. O valor da compra não foi divulgado. Os usuários do Netmovies passam a ter dez vezes mais conteúdo, já que o Looke oferece mais de 8 mil vídeos disponíveis. O valor se mantém o mesmo para as duas plataformas, ou seja, R$ 18,90, com acesso a conteúdo HD em até 3 telas. Além do conteúdo de assinatura, o assinante passa a ter acesso a lançamentos para locação e compra. A compra da Netmovies é uma forma da Looke diminuir sua concorrência nacional e aumentar seu poder frente à dominância do Netflix no país. 26/11/2015 
  •  Justiça decide pela venda da Tecnofibras, única empresa ativa do Grupo Busscar . Juiz aceitou o lance de R$ 24.481.190,00 dado pela Jointech Administração e Participações S.A. Avaliação inicial, de 2013… Na tarde desta quinta, o juiz da 5ª Vara Cível da Comarca de Joinville, Luís Felipe Canever, decidiu em favor da venda da Tecnofibras - única empresa ativa do Grupo Busscar -, à Jointech Administração [...]  26/11/2015
  • Cone vira sócia do grupo americano Blackstone. Empresa pernambucana vendeu parte da carteira de galpões logísticas para o megafundo de investimetnos. Negócios estratégicos e promissores precisando de capital estão no alvo do grupo norte-americano Blackstone, que agora é sócio da pernambucana Cone. Especializada em condomínios logísticos a Cone formou uma joint-venture com a Blackstone na gestão de metade dos galpões em operação no Complexo Industrial Portuário de Suape, que representam 331 mil metros quadrados de área construída.  Em seu primeiro avanço sobre o Nordeste do País, a Blackstone agora é sócia majoritária em 13 ativos de galpões logísticos da Cone. A Cone faturou R$ 50 milhões no ano passado e gere R$ 2 bilhões em ativos.  “Com o câmbio desvalorizado, esse dinheiro que comprava ‘x’ empresas no Brasil, agora compra ‘3x’. E isso é uma das coisas que vai fazer o País se recuperar da crise”, avalia Luiz Fernando Araújo. O Ele analisa que, apesar do pessimismo, os ativos brasileiros ficaram baratos. 28/11/2015
  •  Quaddra Contact Center é adquirida pela TL2M. A Quaddra será o braço de relacionamento do grupo TL2M que já controlava empresas do mesmo segmento como G4 e Contact Studio. Em negócio concretizado em outubro, a Quaddra Contact Center passa a ser controlada pela TL2M Participações. A holding, que atua também em projetos ligados a tecnologia da informação (TI) e varejo, adquiriu 100% do controle da empresa, incorporando-a em sua estratégia de ampliar a oferta de valor a toda a cadeia de consumo em seus negócios, introduzindo serviços integrados de atendimento e gestão de relacionamento com clientes. Os valores da negociação não foram divulgados, mas a relação entre as empresas não é inédita e nem recente. A TL2M pertence ao mesmo corpo societário da G4, empresa de tecnologia para contact centers com mais de 10 anos de atuação, e já tinha participação minoritária no controle da Quaddra desde sua fundação, há 3 anos.  Para 2016, a TL2M planeja um crescimento da ordem de 30% em negócios realizados pela Quaddra, que agora poderá contar com a sinergia do grupo através dos serviços das outras marcas. 17/11/2015
  • Fundo Insight compra o site de viagens Hotel Urbano. O fundo de investimentos americano Insight Venture Partners fechou a compra do controle do site de viagens Hotel Urbano, fundado há cinco anos pelos irmãos João Ricardo e José Eduardo Mendes. O Insight era dono de cerca de 30% da empresa e, agora, passou a deter 41% das ações e a ter controle sobre as decisões. Os fundadores continuam com 35% do negócio. A negociação avaliou o Hotel Urbano em cerca de 2 bilhões de reais. O Hotel Urbano deve faturar cerca de 600 milhões de reais em 2015. Procurada, a empresa não comentou. 29/11/2015
  • Fusão Promob e SisModular incrementa eficiência na gestão de lojas A fusão das empresas gaúchas de software das marcas Promob e SisModular está sendo anunciada ao mercado no dia 27 de novembro (sexta-feira), e deverá proporcionar ao mercado o benefício da sinergia das expertises das duas empresas em soluções de software para projetos de ambientação e para gestão de lojas de móveis. O negócio chega em boa hora. A retração da economia brasileira gera a necessidade do mercado buscar a profissionalização da gestão. O segmento gestão de lojas é um dos que apresenta forte potencial de crescimento, especialmente no setor moveleiro. A fusão resultará em uma gama de produtos mais clique aqui aderentes às necessidades do mercado, um estreitamento na relação cliente-empresa e projeta o Grupo Promob como o principal player em software de gestão de lojas. Para 2016, a projeção é de um crescimento de 15% na venda de software neste segmento, o que representa cerca de 1.500 lojas atendidas com a operação conjunta. Para 2016, a projeção é de um faturamento de R$ 67 milhões, considerando os diversos segmentos de software. 28/11/2015
  • Cruzeiro do Sul Educacional adquire Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio - CEUNSP e dois colégios nas cidades de Itu e Salto. Sem revelar o valor da aquisição, grupo passa a fazer a gestão de 14 instituições e prevê faturamento aproximado de R$ 1 bi para 2016. A Cruzeiro do Sul Educacional acaba de anunciar aquisição de mais três instituições de ensino localizadas no interior do estado de São Paulo, especificamente nas cidades de Itu e Salto. Com a incorporação do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP e dos colégios sob a mesma entidade mantenedora (Colégio CEUNSP – Itu e Colégio Objetivo Salto - Salto), o grupo passa a controlar 14 instituições de ensino com atuação da Educação Infantil ao Doutorado, totalizando mais de 130 mil alunos presenciais e à distância e reunindo os melhores indicadores de qualidade dentre os maiores grupos de educação nacionais. O CEUNSP, fundado em 1958 e composto por 2 campi em Itu e Salto, além de 2 colégios nessas mesmas cidades, conta com aproximadamente 880 colaboradores e cerca de 13.000 alunos. O Centro Universitário, líder do mercado regional, apresenta indicadores acadêmicos do MEC entre os melhores do Brasil, possuindo 44% de seus cursos de graduação com conceitos 4 ou 5 e 56% com conceito 3 (nenhum com conceitos 1 ou 2), reforçando ainda mais o posicionamento da Cruzeiro do Sul Educacional como líder em qualidade acadêmica dentre os grandes grupos brasileiros. 26/11/2015
  • Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, vai às compras na noite da Black Friday. O empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar (2003-2011), foi às compras neste noite de Black Friday. Ele assinou agora pouco, pelo valor de R$ 20 milhões, a compra de 30% da MyGloss, rede de acessórios femininos e bijuterias pertencente ao paulistano Rodrigo Stocco, que tem 45 lojas, fatura R$ 60 milhões e produz todos os acessórios em território nacional. Depois de uma demorada e difícil negociação, o aporte foi feito pelo empresário em conjunto com a família e amigos. Sua ambição é transformar a MyGloss em uma espécie de nova MMartan. Ou seja, seu sonho é transformá-la em uma rede de sucesso, de grande porte e referência em acessórios femininos. Hoje, esse mercado é liderado pela Morana.27/11/2015
  • BNDES vai assumir fatia de ações da Andrade Gutierrez na Cemig. O BNDES se prepara para entrar no bloco de controle da gestão da Cemig. A operação dará ao BNDES Participações 12,9% do capital votante da elétrica e direito a dois assentos em seu conselho de administração. A mudança implicará numa redução da fatia que a empreiteira Andrade Gutierrez tem hoje na Cemig. O Cade deu sinal verde e a perspectiva no bancoé concretizar a operação ainda este ano.  Por meio de sua subsidiária, a AGC Energia, a Andrade se tornou naquele ano sócia da Cemig, passando a ser dona de 14,4% do capital total da elétrica. É uma fatia que pertencia à AES e que era objeto de uma longa disputa jurídica com o BNDES. Esse bloco de ações custou à época R$ 2,115 bilhões à Andrade Gutierrez, dos quais 500 milhões foram pagos à vista e R$ 850 milhões, saldados este ano. O restante, R$ 765 milhões, foram levantados por meio de uma operação de debêntures com o BNDES que estabelecia que a partir de fevereiro de 2015 essas debêntures seriam obrigatoriamente trocadas por ações da Cemig, segundo informou o BNDES, por meio de sua assessoria. Foi essa permuta que o Cade autorizou em agosto. Em números, isso significa que o BNDESPar receberá participação equivalente a 12,9% das ações ordinárias e a 2% das ações preferenciais, o que representará 5,6% do capital total da Cemig. Somada à porção quase simbólica de 0,75% que tem hoje, a nova fatia tornará o banco dono de 6,35% do capital total da elétrica. O acerto não mudará, no entanto, o acordo de acionistas. Do ponto de vista financeiro, portanto, a operação é "completamente neutra" para o BNDES e para a empreiteira, disse uma das fontes.  30/11/2015
  • Digitex adquire a Clientis. A Digitex, empresa espanhola com mais de 25 anos de experiência em outsourcing de processos de negócio (BPO, na sigla em inglês), anunciou a compra da empresa brasileira Clientis. Com a aquisição da Clientis, especializada na análise estatística da experiência do cliente, a Digitex reforça a sua presença no mercado latino-americano, onde já possui subsidiárias nos países Colômbia, México, Peru, El Salvador, Guatemala e Chile.  A Clientis é a integração das empresas Limite Consultoria e BPOptimun. A Limite é focada em pesquisa de mercado, opinião pública e audiência. A BPOptimun é uma empresa espanhola, com presença em Portugal, especializada em otimização dos processos de relação com os clientes. 30/11/2015
  • Trelleborg adquire fabricante brasileiro de pneus Standard Tyres Group. A Trelleborg por intermédio de sua divisão Trelleborg Standard Tyres,  anunciou ter formalizado acordo  para aquisição da fabricante brasileira de pneus industriais,  Standard Tyres Group. A transação realizada em 30 de novembro, fortalece a presença da Trelleborg em pneus industriais na América do Sul. 30/11/2015
Obs. Excluída a transação "Clariant firma parceria estratégica com Beraca ao adquirir 30% de suas ações na Divisão Health & Personal Care," por ter sido registrada em jan/15.

RELATÓRIOS - DESTAQUES DA SEMANA


QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão semanal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidos a partir de notícias publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes. Caso o conteúdo estiver em desacordo, nos contate que estaremos retirando o mesmo ou corrigindo a respectiva  informação. Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES 

30 novembro 2015



Acionista não controlador da BR Properties ofertará 17,8 milhões de ações na 3ª-feira

A Agência Bovespa divulgou nesta segunda-feira realização de operação de compra e venda com ações da BR Properties na terça-feira, na qual um acionista não controlador e não identificado ofertará 17,8 milhões de papéis, equivalentes a 5,96 por cento de participação na companhia, ao preço de 10,22 reais por ação.

De acordo com as informações prestadas no edital pela corretora BTG Pactual, que irá intermediar a operação, o vendedor não é acionista controlador da companhia emissora, mas possui membros no seu Conselho de Administração, informou a Agência Bovespa. A operação ocorre das 16h45 às 17h.

Nesta segunda-feira, as ações da BR Properties fecharam na máxima do dia, em alta de 0,58 por cento, a 10,45 reais. Na mínima, chegaram a recuar 4,2 por cento.

O grupo BTG Pactual, maior acionista da BR Properties, está buscando vender ativos para levantar capital, segundo uma fonte com conhecimento do assunto. (Por Tatiana Bautzer e Paula Arend Laier) Reuters Leia mais em yahoo 30/11/2015




Digitex adquire a Clientis

A Digitex, empresa espanhola com mais de 25 anos de experiência em outsourcing de processos de negócio (BPO, na sigla em inglês), anunciou a compra da empresa brasileira Clientis.

A Digitex possui subsidiárias nos países Colômbia, México, Peru, El Salvador, Guatemala e Chile.

Com a aquisição da Clientis, especializada na análise estatística da experiência do cliente, a Digitex reforça a sua presença no mercado latino-americano, onde já possui subsidiárias nos países Colômbia, México, Peru, El Salvador, Guatemala e Chile.

"A compra da Clientis é um marco importante na expansão da Digitex. A inclusão de sua alta especialização na análise das relações entre empresas e seus clientes se encaixa na estrutura da nossa empresa”, afirma Ángel Parra, CEO da Digitex.

A Digitex ingressou na América Latina em 2005. Países como Colômbia, Peru e México se tornaram alguns dos principais mercados para a empresa. Recentemente, a companhia inaugurou uma unidade em Miami.

A Digitex conta com uma equipe de 14,5 mil profissionais e oferece serviços para empresas dos setores de telecomunicação, financeiro, seguros, indústria e energia.

Com previsão de faturamento de € 178 milhões em 2015, a empresa espera crescer 13% no ano.

A Clientis é a integração das empresas Limite Consultoria e BPOptimun. A Limite é focada em pesquisa de mercado, opinião pública e audiência. A BPOptimun é uma empresa espanhola, com presença em Portugal, especializada em otimização dos processos de relação com os clientes.
Entre os clientes da empresa estão Itaú, Telefônica, McDonalds e Heineken. Júlia Merker // Leia mais em baguete 30/11/2015
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BTG Pactual considera venda parcial de negócio de commodities, diz fonte

 O BTG Pactual está revendo seus ativos e uma venda parcial da sua unidade de commodities é uma opção para o banco de investimentos levantar capital, uma fonte familiarizada com o assunto disse nesta segunda-feira.

O BTG Pactual não quis comentar.

André Esteves renunciou ao cargo de presidente-executivo e presidente do Conselho de Administração do BTG Pactual na noite de domingo após ter sido preso como parte de uma investigação de corrupção que atingiu o maior banco de investimentos independente da América Latina. Esteves, através de seu advogado, negou as alegações.

O sucesso recente do negócio do BTG Pactual em commodities torna a unidade uma candidata óbvia para alienação parcial.

"É evidente que um novo investidor que trouxer capital adicional para o negócio de commodities e fluxo de caixa para o banco seria benéfico para todos os envolvidos", afirmou uma segunda fonte à Reuters.

Em novembro, o banco anunciou lucro do terceiro trimestre acima das estimativas dos analistas. O BTG Pactual atribuiu isso em parte a um aumento nas receitas de vendas e negociação de commodities.

Mas a unidade de commodities apoia sua rentabilidade em negócios próprios, em vez de intermediar negócios em nome de clientes. Isso pode dificultar encontrar um comprador entre outros bancos, que têm reduzido a sua exposição a risco devido a regulamentos mais rígidos.   Por Sarah McFarlane e Dmitry Zhdannikov | Reuters  Leia mais em bol.uol 30/11/2016



CPFL avaliará distribuidoras que Eletrobras quer vender, diz presidente

A CPFL Energia avaliará as distribuidoras de eletricidade que a estatal federal Eletrobras comunicou na semana passada que pretende vender até o final de 2016, afirmou a jornalistas nesta segunda-feira o presidente da holding privada, Wilson Ferreira Jr.

"Distribuição é um negócio de escala e geografia... estamos falando de distribuidoras distantes das nossas, mas em escala certamente podem agregar valor... e temos capacidade de operar (as concessões) de forma mais eficiente", disse Ferreira, após participar de mesa redonda sobre energia renovável em São Paulo.

As concessionárias que a Eletrobras predente colocar no mercado atendem Acre, Alagoas, Piauí, Rondônia, Roraima, Amazonas e Goiás, sendo que a goiana, Celg-D, será a primeira, segundo proposta que a estatal submeterá ao Conselho de Administração em 28 de dezembro.

Havia a expectativa de que a Celg pudesse ser vendida ainda em 2015, mas a Eletrobras não retornou pedidos de esclarecimento sobre a data do negócio.

A CPFL, que opera distribuidoras de energia no Estado de São Paulo e no Rio Grande do Sul, já havia adiantado o interesse em avaliar a Celg, justamente pela maior proximidade da concessionária com as suas empresas.

Questionado sobre a possibilidade de a Eletrobras encontrar compradores em meio a um cenário conturbado da economia do Brasil, Ferreira citou como exemplo o leilão de hidrelétricas existentes da semana passada, no qual todos ativos atraíram investidores, viabilizando uma arrecadação de 17 bilhões de reais para o governo federal por meio de bônus de outorga a serem pagos pelos vendedores.

"O segredo do sucesso é esse, bons ativos, boas perspectivas regulatórias e jurídicas... não tenho dúvida de que, tomados esses cuidados, há uma chance boa de atrair capital", disse Ferreira. (Por Luciano Costa) Reuters Leia mais em yahoo 30/11/201



Grupo Cruzeiro do Sul vai às compras para crescer

Universidade Cruzeiro do Sul: com apenas 38 mil alunos em 2012, o grupo tem hoje 130.000 matriculados

Para se sobressair no mercado de educação, o grupo Cruzeiro do Sul Educacional está comprando escolas e universidades já consolidadas. Tendo adquirido quase duas empresas por ano desde 2007, o grupo acredita que ainda há espaço para crescer.

O ritmo acelerado de aquisições começou em 2007, mas se intensificou em 2012, quando o grupo de private equity Actis investiu 180 milhões de reais no grupo, em troca de uma fatia de 37%. Em oito anos, ela adquiriu 14 instituições.

Com apenas 38 mil alunos em 2012, hoje ela tem 130.000 matriculados em cursos presenciais e à distância.

Recentemente, ela adquiriu o Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio – CEUNSP, além de colégios nas cidades de Itu e Salto.

Mas o grupo ainda não pensa em frear o ritmo de crescimento, apesar da crise econômica no país. “Temos caixa e um nível e alavancagem confortável, temos fôlego para continuar crescendo”, diz Fábio Figueiredo, diretor de planejamento da Cruzeiro do Sul Educacional.

Com faturamento de 750 milhões de reais em 2014, o grupo prevê chegar a 850 milhões de reais em 2015 e a 1 bilhão de reais em receitas em 2016.

Concorrência regional

Figueiredo afirma que o objetivo não é fazer frente a gigantes como Kroton e Estácio, pois, para ele, a competição no ensino superior é regional, e não nacional.

“Para crescer por meio de aquisições, nossos alvos são colégios ou universidades que são líderes em seus mercados, marcas conhecidas regionalmente”, diz Fábio Figueiredo, diretor de planejamento da Cruzeiro do Sul Educacional.

Seus concorrentes mais diretos são o grupo Ser Educacional e Anima.

Segundo Figueiredo, o grupo também cresceu de forma orgânica em 2014 e 2015. O número de alunos nos cursos de educação à distância cresce 40% a 50% por ano, por exemplo – em 2015, eram 40 mil alunos nessa modalidade.  Karin Salomão, Leia mais em EXAME 30/11/2015



Endividamento de empresas brasileiras deve piorar em 2016, diz Fitch

A combinação de fraca atividade econômica brasileira e aumento das taxas de juros dos empréstimos deve pressionar as métricas de endividamento da maioria das empresas do país em 2016, disse nesta segunda-feira (30) a agência de classificação de risco Fitch.

Em relatório, a agência citou nominalmente empresas como as siderúrgicas CSN e Usiminas, que poderiam se tornar inviáveis diante desse cenário. Além disso, a Fitch considerou que companhias como o grupo Camargo Corrêa, a Eletrobras e Oi podem ter suas notas de crédito rebaixadas.

"O aumento das taxas de juros brasileiras têm impedido a geração de fluxo de caixa livre (FCF), ameaçando a viabilidade de empresas como CSN e Usiminas e contribuindo para os downgrades da Camargo Corrêa, Eletrobras e Oi ", disse Cristina Madero,

A Fitch ressaltou que a taxa Selic subiu de 7,25% para 14,25% ao ano desde 2013. Além disso, a linha de crédito mais barata do BNDES, a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP), passou de 5% para 7% ao ano.

A Fitch calculou que 32% das companhias avaliadas por ela no país hoje gastam mais de metade do resultado operacional medido pelo Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) com serviço da dívida, ante 24% no fim de 2013.

"A maioria dos emissores não é capaz de evitar um aumento do custo da dívida local. Os mercados de capitais internacionais permanecem fechados para a maioria das empresas, devido a preocupações ligadas à deterioração do ambiente político e econômico do Brasil e incertezas relacionadas a várias investigações de corrupção", comentou a Fitch.

A agência lembrou ainda que apenas seis empresas brasileiras conseguiram acessar o mercado em 2015: Petrobras, Votorantim Cimentos, Oi, Embraer, Globo e BRF. Em 2014, 36 companhias haviam conseguido emitir papéis no mercado. (Por Aluisio Alves) Reuters  Leia mais em bol.uol 30/11/2015



CSN anuncia acordo para combinar Casa de Pedra e Namisa

A Companhia Siderúrgica Nacional anunciou nesta segunda-feira acordo com sócios asiáticos para criação de uma empresa de mineração que combinará a mina Casa de Pedra com a mineradora Namisa, além de ativos de logística, e que vai permitir a transferência de parte de dívidas do grupo siderúrgico para a nova companhia.

O valor de referência para as relações de troca envolvidas na operação foi de 16 bilhões de dólares após anos de negociações entre a CSN e os sócios asiáticos que até agora dividem a Namisa com a CSN.

Segundo a CSN, que tem agido para reduzir seu endividamento por meio de venda de ativos, a nova empresa, chamada de Congonhas Minérios, ficará com dívida de 850 milhões de dólares que antes estava no balanço do grupo comandado por Benjamin Steinbruch.

As ações da CSN subiam 0,51 por cento às 10h48, pouco após o anúncio do acordo, enquanto o Ibovespa tinha desvalorização de 1,34 por cento.

A transação prevê ainda que a CSN vai comprar 4 por cento das ações da Congonhas Minérios detidas pelo consórcio asiático por 680 milhões de dólares. Com isso, a participação final da CSN na nova empresa será de 87,52 por cento.

Já o grupo asiático, formado por Itochu Corporation, JFE Steel Corporation, Posco, Kobe Steel, Nisshin Steel e China Steel Corp, ficará com os 12,48 por cento restantes da Congonhas Minérios.

A CSN afirmou que a Congonhas Minérios terá sob seu conjunto de ativos direitos de operar o terminal portuário Tecar em Itaguaí (RJ) e 18,63 por cento das ações da ferrovia MRS Logística, antes sob responsabilidade da CSN. O conjunto de ativos também inclui contratos de 40 anos para venda de minério de ferro para a CSN e os integrantes do consórcio. A CSN acertou ainda contratos de longo prazo para importar matérias-primas pelo Tecar.

A Congonhas Minérios tem reservas de estimadas em 3 bilhões de toneladas de minério de ferro de alta qualidade, afirmou a CSN, acrescentando que a empresa tem o quarto menor custo de produção do mundo. Leia mais em exame 30/11/2015



Onda mundial de fusões e aquisições pode chegar ao país

Assim como ocorreu no ano passado, 2015 tem sido extremamente profícuo no terreno das fusões e aquisições para a indústria farmacêutica global. No mais recente lance, a gigante americana Pfizer, dona do Viagra, e a Allergan, fabricante do Botox, chegaram a um acordo de fusão avaliado em cerca de US$ 160 bilhões, que dará origem à maior farmacêutica do mundo em vendas. Trata­-se da maior transação da história, oficializada na segunda feira passada.

A mesma Pfizer, no início de setembro, já havia anunciado a conclusão da compra da Hospira , líder mundial no fornecimento de medicamentos injetáveis e tecnologias de infusão e em biossimilares. À época do fechamento da transação, de US$ 17 bilhões, o principal executivo da Pfizer, Ian Read, admitiu que a empresa seguia avaliando outras oportunidades de aquisição.

Laboratórios brasileiros também se movimentaram ao longo deste ano, porém sem as grandes cifras registradas no passado. O Laboratório Cristália, por exemplo, comprou em setembro a Latinofarma, farmacêutica nacional especializada em produtos para cuidados com os olhos cujo faturamento anual gira em torno de R$ 90 milhões. O valor do negócio não foi revelado.

A Eurofarma, por sua vez, fechou a compra da fábrica do laboratório francês Sanofi na Argentina. O valor da aquisição não foi relevado, mas segundo o site argentino especializado em informações sobre o setor farmacêutico Pharmabiz, a operação envolveu desembolso de US$ 18 milhões e acordo de produção terceirizada para a própria Sanofi, que deixa de ter unidades fabris naquele país.

Ainda na indústria nacional, a Hypermarcas, uma das maiores farmacêuticas do país, vendeu sua divisão de fabricação e comercialização de cosméticos para a multinacional Coty por R$ 3,8 bilhões. Com a operação, a Hypermarcas direciona integralmente seu foco ao negócio de medicamentos, mas, na avaliação de alguns analistas, também torna a companhia mais atraente a eventuais compradores estrangeiros da área farmacêutica.

Em relatório do início do mês, o analista Marcel Moraes, do Deutsche Bank, escreveu que, com a venda da divisão de beleza e diante da desvalorização do real frente ao dólar, "a Hypermarcas torna­se mais palatável a farmacêuticas estrangeiras dispostas a investir no mercado de alto crescimento de genéricos e no lucrativo mercado brasileiro de OTC [isentos de prescrição]". "Apesar de acreditarmos que as chances de um potencial negócio tenham crescido, o horizonte de tempo permanece bastante imprevisível", acrescentou.

Na indústria, as opiniões se dividem quanto a uma potencial nova rodada de aquisições de laboratórios no país. Do lado daqueles que veem margem para novos lances, os argumentos mais fortes são o impacto do câmbio nas operações fechadas em real e a perspectiva de crescimento sustentado do mercado doméstico de medicamentos. Na outra ponta, aqueles que não apostam em uma nova onda destacam que os múltiplos elevados das últimas operações, de mais ou menos 15 vezes o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização), afugentam potenciais compradores.

No ano passado, segundo o Firepower Index, levantamento anual da EY (exErnst & Young) que mede a capacidade das empresas farmacêuticas em financiar fusões e aquisições, a arrecadação com negócios dessa natureza subiu para mais de U$ 200 bilhões.

"Grandes farmacêuticas voltaram a fazer negócios em 2014 gastando quase U$ 90 bilhões com fusões e aquisições. Seus principais negócios visaram a aquisição de empresas fora de seu negócio principal e focadas no desenvolvimento de terapias para doenças crônicas, como câncer e diabetes", informou a EY. Os laboratórios especializados, por sua vez, aplicaram mais de U$ 130 bilhões em novas aquisições.

Para 2015, a expectativa da consultoria era de que o ano fosse "desafiador e altamente competitivo para empresas que desejam crescer por meio de aquisições, uma vez que elas enfrentarão a escassez de oferta e um aumento na competição".  Autor: Stella Fontes  Fonte: Valor Econômico Leia mais em tuofarma 30/11/2015



Recessão, Lava-Jato e crise fiscal dobram falências de empreiteiras

De janeiro a outubro, 125 empresas do segmento tiveram a falência decretada pela Justiça

Compasso de espera. Obras em estradas no Rio: empresas de infraestrutura vêm sofrendo com atraso no pagamento de contratos, inclusive por parte do governo federal -

A crise econômica, o agravamento da situação fiscal do país e os desdobramentos da Operação Lava-Jato estão balançando o mercado de construção civil — sobretudo na área de infraestrutura — e já resultam em encolhimento do setor. De janeiro a outubro, 125 empresas do segmento tiveram a falência decretada pela Justiça. É mais que o dobro do volume registrado em igual período de 2014, de 60 casos, segundo dados do Instituto Nacional de Recuperação Empresarial (Inre). O alto óbito é consequência de um também robusto aumento no número de corporações que recorreram à recuperação judicial, numa tentativa de reestruturar o negócio e preservar as operações em meio à turbulência da economia. No total, 304 empresas de construção civil pediram proteção à Justiça,
contra 165 nos primeiros dez meses do ano passado, um salto de 84%.

— A situação econômica crítica do país tem levado a muitos pedidos de recuperação judicial. A paralisação de grandes obras e a falta de financiamento no mercado financeiro fazem com que as grandes empreiteiras entrem com o pedido de recuperação — diz Carlos Henrique Abrão, desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que também é conselheiro e fundador do Inre. — Isso causa um efeito boliche. Sem pagar os fornecedores, geralmente empresas menores, estes entram em situação falimentar.

Preocupação para estrangeiros
O que se vê hoje, argumenta Abrão, é a falência de um maior número de empresas menores. E, segundo ele, ―ainda não há luz no fim do túnel.‖

A fatia de empresas do setor de construção pedindo proteção judicial ou em falência é bem superior à média da economia como um todo. De janeiro a outubro, o número de falências cresceu 17%. Em pedidos de recuperação judicial, o aumento foi de 40,6%, segundo a Boa Vista SCPC. A companhia de serviço de proteção ao crédito argumenta que a crise econômica e os custos elevados dificultam a geração de caixa, comprometendo a solvência das empresas. Sem perspectiva de mudança a curto prazo, a Boa Vista SCPC prevê que os indicadores de falências continuarão em alta, podendo apresentar este ano o maior crescimento da série, iniciada em 2005.

É consenso entre especialistas, dirigentes de classe e empresários que a parada no setor de infraestrutura e os atrasos e cortes de pagamentos feitos pelo governo são a principal ameaça à saúde financeira das companhias de construção. Também a Lava-Jato, que compromete as maiores corporações do setor no país, tem forte impacto na diminuição do volume de investimentos, projetos e negócios na área.

— Com os grandes desse mercado fora de combate devido à Lava-Jato, o freio em investimento vem em cascata. Trava o processo de concessões e cria também um problema de compliance, afugentando investidores estrangeiros — conta uma fonte do setor. — Não existe um plano ―B‖. As empresas vão reduzindo custos e equipes para atravessar a crise. Com isso, muitas vão desaparecer.

Grandes empresas como OAS e Galvão Engenharia, investigadas pela Lava-Jato, entraram em recuperação judicial. Mas isso também ocorreu com outras que nada têm a ver com a operação da Polícia Federal.

A advogada Juliana Bumachar, especializada em recuperação de empresas, admite uma alta significativa nas consultas feitas ao escritório por companhias que avaliam pedir proteção à Justiça.

— O que se vê agora são empresas que, pelo comprometimento de caixa, já não são mais elegíveis a um processo de recuperação judicial — diz Juliana. — A recuperação pressupõe que a empresa possa manter sua atividade de forma a ter recursos para honrar gastos regulares e o cumprimento do plano de reestruturação.
Do contrário, melhor liquidar ativos.

Impacto em credibilidade e crédito

A especialista avalia que mais empresas vão engrossar as estatísticas de pedidos de proteção judicial:

— Há empresas de diversas áreas tentando vender ativos para escapar ou fazer frente a uma recuperação judicial. Mas o mercado está difícil para quem compra ou vende ativos. A insegurança econômica e jurídica travou a atuação dos investidores nacionais e estrangeiros.

Para recorrer à recuperação, as empresas precisam ter condições de operar com um mínimo de saúde financeira, diz Luís Claudio Montoro, especialista em recuperação judicial do Insper:

— A recuperação judicial foca em proteger a atividade empresarial. Tal e qual um remédio, ela ataca a parte ruim, que é a crise, mas afeta também a parte boa. Há impacto em credibilidade, acesso a crédito e investimento, levando à queda em participação de mercado.

Para Montoro, 2016 será um ano de postura conservadora para os empresários, que devem avaliar inclusive a viabilidade da atividade foco de seus negócios:

— Tem empresas perdendo o prazo para buscar uma negociação saudável com seus fornecedores porque estão tentando sucessivas alternativas, sem resultado. O empresário deve estar atento.
José Carlos Martins, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), minimiza o efeito da Lava-Jato e diz que empresas de pequeno e médio porte atravessam problemas, principalmente, por falta de pagamento:

— Quem entrou em recuperação é porque deixou de ter receita. Não há como não receber e manter o fluxo de caixa tendo de arcar com pagamento de impostos, salários e outros compromissos, sem contar a alta do juro e o crédito mais restrito.

Efeito cascata no setor imobiliário

O Rio Grande do Sul é um dos estados que mais sofre com problemas de pagamentos no segmento de construção de estradas e pavimentação. Dentre as 80 empresas gaúchas que atuam na área de rodovias e infraestrutura, 15 entraram em recuperação judicial este ano, conta Ricardo Portella, presidente do Sindicato da Construção Pesada do Rio Grande Sul (Sicepot-RS):

— O governo do estado está numa situação falimentar, com dívidas ainda de 2014 a pagar. Os contratos com o governo federal, principalmente com o Dnit, estão com pagamentos atrasados em até 120 dias. Não há como operar com juro alto, insumos mais caros e sem caixa.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) soma hoje perto de R$ 2,5 bilhões em valores a pagar. Em nota, o órgão informou que parte desta soma será quitada em dezembro. E ressaltou que os pagamentos são efetuados de acordo com a disponibilidade de recursos oriundos do Tesouro Nacional.

No mercado imobiliário, a situação não é diferente. Olivar Vitale, conselheiro jurídico do Sinduscon-SP, conta que o caixa das construtoras vem sofrendo com a alta dos juros no financiamento à produção, que já alcançam 12% ao ano, quase o dobro do praticado entre 2006 e 2013.

Em muitos casos, para evitar a retomada dos empreendimentos pelos bancos por falta de pagamento dos financiamentos, as construtoras pedem recuperação judicial, conta o presidente da Corporate Consulting, Luís Alberto Paiva. Isso, explica ele, afeta toda a cadeia:

— Os fornecedores menores pedem falência direto. Acredito que essa situação difícil deve durar por mais três anos. Fonte: O Globo Leia mais em sinicon 29/11/2015



Grupos japoneses buscam oportunidades no Brasil

Há duas semanas, dez vereadores do município de Três Barras (SC) aprovaram um projeto de lei que proíbe o prefeito de conceder à iniciativa privada os serviços de  saneamento básico da cidade. Em Alagoas, a Assembléia Legislativa barrou neste ano a tentativa do governo de vender o controle da empresa estadual de água e esgoto.

Episódios como esses são frequentes no país e evidenciam a muralha que ainda separa o capital privado do setor de saneamento. Hoje, cerca de 90% das empresas de água e esgoto são controladas por prefeitos e governadores, que com a crise econômica estão reduzindo investimentos que já são, historicamente, insuficientes.

Apesar da conjuntura desfavorável, grupos internacionais continuam observando com lupa o mercado brasileiro. As poucas empresas privadas existentes despertam o interesse de europeus e, principalmente, japoneses. Segundo apurou o Valor, ao menos quatro grupos nipônicos estão avaliando aquisições de empresas nacionais do setor: Marubeni, Sumitomo, Itochu e Mitsubishi.

Já os europeus da Suez, por meio da empresa Degrémont, estão entre os interessados na aquisição do controle da CAB Ambiental, companhia responsável por abastecimento de água e esgotamento sanitário em 36 municípios de São Paulo, Mato Grosso, Paraná, Santa Catarina e Alagoas. Envolvida na Operação Lava-Jato, a Galvão Engenharia quer se desfazer de sua fatia de 66,6% na empresa.

Apesar do alcance pequeno devido à predominância das empresas públicas , o potencial dos investimentos privados é grande. Um estudo que está sendo finalizado por uma grande consultoria aponta que a abertura do setor brasileiro de saneamento poderia incrementar cerca de 0,5 ponto percentual ao Produto Interno Bruto. A resistência política, contudo, dificulta os investimentos.

Na maioria dos casos, são os políticos que resistem a abrir mão do controle das empresas. Muitos recebem o apoio de sindicatos de trabalhadores da área, que também são contrários à abertura do setor. Os principais argumentos são de que a privatizações, concessões ou PPPs não entregam o que prometem e encarecem as tarifas do serviço para a população.

"Não acreditamos que o setor privado vá universalizar o acesso. O que interessa para eles são as regiões mais desenvolvidas, onde os níveis de cobertura já estão mais avançados", opina Edson Aparecido Silva, coordenador da Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental (FNSA). Criado em 1997, o grupo reconhece os problemas de gestão, mas defende o investimento 100% público no setor.

O dirigente entende que a perda na distribuição de água é um dos principais problemas a serem enfrentados. Em plena crise hídrica, o Brasil perde quase 40% da água que passa por suas tubulações. O Japão, maior interessado em investir por aqui, é referência no mundo, com perdas inferiores a 10%.

No Brasil, a situação é mais crítica na região Norte, onde as perdas passam de 50%. O Amapá é o campeão de desperdício, com 76,5%. Apesar de elevados, os  menores índices de perdas da região estão no Amazonas e em Tocantins, Estados que concederam seus serviços de saneamento a empresas privadas.

Se considerada isoladamente, a questão do esgotamento sanitário é ainda mais preocupante. Segundo dados recentes, quase metade da população permanece sem rede coletora e o percentual de tratamento do que é coletado não chega a 40%. O efeito disso é a piora na qualidade da água fornecida.

Sem dinheiro para resolver o problema, o governo de Pernambuco assinou em 2013 uma parceria público-privada com a Odebrecht Ambiental. O contrato visa a universalização do esgotamento em 14 municípios da Região Metropolitana do Recife, incluindo a capital, em um prazo de 12 anos.

Com duração de 35 anos, a PPP consiste na construção da rede de coleta e no tratamento do esgoto. A concessionária será remunerada com o valor equivalente a 86,5% das tarifas pagas pela população. O restante fica com a Companhia Pernambucana de Saneamento, controlada pelo governo estadual. Segundo Pedro Leão, diretor da Odebrecht Ambiental, o investimento previsto é de R$ 4,5 bilhões ao longo do contrato. Até agora, foram gastos R$ 300 milhões.

De acordo com a Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), suas associadas têm hoje uma carteira de pouco mais de R$ 30 bilhões em investimentos contratados.

Na esfera pública, o ambiente de restrição fiscal coloca em xeque os investimentos. Somente neste ano, o governo federal cancelou 54 contratos com Estados e municípios que ainda não tinham iniciado as obras. A liberação de recursos também esbarra frequentemente no endividamento das empresas públicas. Segundo o secretário de saneamento do Ministério das Cidades, Paulo Ferreira, apenas 12 das 25 empresas estaduais têm capacidade de financiamento. Colaborou Edna Simão, Por Murillo Camarotto | De Brasília | Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 30/11/2015
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BNDES vai assumir fatia de ações da Andrade Gutierrez na Cemig

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se prepara para entrar no bloco de controle da gestão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A operação, uma vez finalizada, dará ao BNDES Participações 12,9% do capital votante da elétrica e direito a dois assentos em seu conselho de administração. A mudança implicará numa redução da fatia que a empreiteira Andrade Gutierrez tem hoje na Cemig.

O banco já submeteu a negociação ao Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade) para confirmar se sua entrada na Cemig não seria considerada conflituosa com sua participação em outras empresas elétricas. O Cade deu sinal verde e a perspectiva no banco, segundo apurou o Valor, é concretizar a operação ainda este ano.

A mudança é parte do acordo firmado entre o BNDES e a Andrade em fins de 2009.
Por meio de sua subsidiária, a AGC Energia, a Andrade se tornou naquele ano sócia da Cemig, passando a ser dona de 14,4% do capital total da elétrica. É uma fatia que pertencia à AES e que era objeto de uma longa disputa jurídica com o BNDES.

A Andrade, então, entrou no circuito e adquiriu essa fatia do capital da Cemig, o que deu a ela 33% das ações ordinárias (capital votante) da elétrica.

Esse bloco de ações custou à época R$ 2,115 bilhões à Andrade Gutierrez, dos quais 500 milhões foram pagos à vista e R$ 850 milhões, saldados este ano. O restante, R$ 765 milhões, foram levantados por meio de uma operação de debêntures com o BNDES que estabelecia que a partir de fevereiro de 2015 essas debêntures seriam obrigatoriamente trocadas por ações da Cemig, segundo
informou o BNDES, por meio de sua assessoria. Foi essa permuta que o Cade autorizou em agosto.

Em números, isso significa que o BNDESPar receberá participação equivalente a 12,9% das ações ordinárias e a 2% das ações preferenciais, o que representará 5,6% do capital total da Cemig. Somada à porção quase simbólica de 0,75% que tem hoje, a nova fatia tornará o banco dono de 6,35% do capital total da elétrica.

Além do BNDES, o Valor ouviu três pessoas que acompanham de perto a movimentação dos acionistas. Andrade e Cemig não quiseram comentar o assunto. Para a Andrade, haverá duas mudanças práticas. Dos cinco assentos que a empresa ocupa no conselho de administração da Cemig, passará a ter direito a três.

Com o número atual de representantes, ela já não tem poder de veto nem de controle. Na Andrade, se diz que sua participação na Cemig nesses ano se deu muito mais no campo da gestão.
Sua participação de 14,4% do capital total cairá para 8,76%. Dos 33% ações ordinárias atuais, a AGC ficará com 20,05%.

O acerto não mudará, no entanto, o acordo de acionistas. Este continua valendo até a participação de 20% do capital votante. No momento, o BNDES não tem intenção de assumir os dois lugares no conselho da Cemig nem almeja ter uma posição de maior ingerência, segundo uma pessoa no banco.

Empresa mista de capital aberto, a Cemig é uma das maiores empresas de energia elétrica do Brasil e tem como controlador o Estado de Minas Gerais. Suas ações são negociadas na Bovespa e nas bolsas de Nova York e Madri. No terceiro trimestre, a receita líquida consolidada de R$ 4,7 bilhões, 26% maior do que no mesmo período do ano passado.

Desde que firmou o contrato de debêntures com a Andrade, o BNDES recebe 39,18% de todos os dividendos que a Cemig paga à Andrade. O dia que o banco tomar a decisão de efetivar a permuta por ações, ele vai receber da Cemig o mesmo percentual de dividendos que vem recebendo hoje. Com uma diferença: em vez de  receber por meio da AGC, o BNDES vai receber diretamente da Cemig, disse à reportagem uma das fontes familiarizadas com os interesses da Andrade.

Do ponto de vista financeiro, portanto, a operação é "completamente neutra" para o BNDES e para a empreiteira, disse uma das fontes. A mesma fonte lembra que o banco terá, no entanto, mais liquidez uma vez que tenha uma participação direta na Cemig e não mais via AGC.

O parecer do Cade, de 19 de agosto, que aprovou a operação fala ainda de outro ponto. Diz que a permuta tem "como objetivo garantir à Cemig maior flexibilidade na gestão de sua carteira de ativos, pois as debêntures não são negociadas no mercado secundário, enquanto as ações ordinárias (CMIG3) e preferenciais (CMIG4) são negociadas diariamente."

Pelo acordo de 2009, a Andrade não poderia simplesmente optar por manter sua participação na Cemig e o banco tampouco teria como escolher receber em dinheiro sua parte.

A possibilidade de o BNDES receber em dinheiro o valor referente às debêntures nem teria sido cogitada pelo banco. E, num momento em que a Andrade, assim como todas as grandes empreiteiras dos país, estão sob forte pressão da Operação Lava-Jato e de um mercado em retração, seria duvidoso se ela teria interesse e capacidade de saltar essa fatia. A Andrade fechou acordo de leniência com as
autoridades da Lava-Jato e aceitou pagar multa de R$ 1 bilhão por causa de subornos em contratos recentes. Por Marcos de Moura e Souza | De Belo Horizonte Fonte: Valor Econômico Leia mais em sinicon 30/11/2015
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Empresas dos EUA desistem de abrir o capital e preferem ser vendidas

A Petco, varejista de produtos para animais de estimação, chegou a planejar uma oferta pública inicial de ações na bolsa dos Estados Unidos, mas acabou sendo vendida por US$ 4,6 bilhões para a firma de private equity CVC Capital Partners e um fundo canadense de pensão. ENLARGE
A Petco, varejista de produtos para animais de estimação, chegou a planejar uma oferta pública inicial de ações na bolsa dos Estados Unidos, mas acabou sendo vendida por US$ 4,6 bilhões para a firma de private equity CVC Capital Partners e um fundo canadense de pensão.

Empresas americanas estão desistindo de abrir o capital e optando por ser vendidas no ritmo mais acelerado dos últimos três anos, o que destaca a diferença atual entre a volatilidade das bolsas e a força do mercado de fusões e aquisições nos Estados Unidos.

Enquanto o montante de fusões e aquisições dispara à medida que as empresas buscam ganhar escala e impulsionar os lucros num cenário de fraqueza econômica, a grande maioria dos investidores prevê que os mercados continuarão voláteis por uma série de razões. Essa volatilidade, que é normalmente ruim para as aberturas de capital, é o resultado da alta de juros que o Federal Reserve, o banco central americano, vai provavelmente fazer em dezembro, de avaliações de ações acima de suas médias históricas e de preocupações com o terrorismo e outros riscos geopolíticos.

Como consequência, muitos candidatos à abertura de capital estão recebendo ofertas melhores de potenciais compradores, incluindo rivais estratégicos e empresas financeiras.

O valor em dólar das ofertas públicas iniciais de ações nas bolsas americanas caiu 63% neste ano ante 2014, para um total de US$ 36 bilhões. Ao mesmo tempo, mais de US$ 2,3 trilhões em acordos de fusões e aquisições foram anunciados neste ano, um valor recorde que está 46% acima do total de 2014.

“Quando os donos da empresa vendem, eles tiram os riscos do mercado da mesa, ao contrário de uma abertura de capital. Isso é muito atraente nesse momento”, diz Pete Lyon, um dos diretores de serviços de banco de investimento para as Américas do banco Goldman Sachs Group Inc.

Pelo menos 18 empresas desistiram de abrir capital na bolsa dos EUA neste ano porque estão sendo adquiridas, segundo uma análise dos dados da Dealogic feita pelo do The Wall Street Journal, número que representa cerca de 10% das empresas que solicitaram abertura de capital e estrearam nas bolsas ou foram vendidas em 2015.

É a maior proporção desde 2012 e quase o dobro da registrada em 2014, ano que apresentou o maior número de aberturas de capital desde que o boom da internet terminou, mostra a análise do WSJ.

Os números desde 2012 podem ainda ser maiores devido aos pedidos confidenciais de abertura de capital. Naquele ano, uma nova lei entrou em vigor, permitindo que empresas com menos de US$ 1 bilhão de receita pudessem solicitar a abertura de capital confidencialmente.

A Petco Holdings Inc., varejista de produtos para animais de estimação, concordou neste mês em ser vendida por cerca de US$ 4,6 bilhões para a empresa de private equity CVC Capital Partners Ltd. e para o fundo de pensão canadense CPPIB. No início do ano, a Petco havia protocolado um pedido para abrir o capital, buscando arrecadar cerca de US$ 4 bilhões, conforme relatou o WSJ.

A Interactive Data Corp., fornecedora de dados financeiros, e a cervejaria Ballast Point Brewing & Spirits Inc. também informaram que foram vendidas depois de solicitar uma oferta pública inicial de ações. Outras empresas também estão cancelando sua abertura de capital mesmo sem a opção de ser vendidas. A rede de supermercados Albertsons Cos. e o banco LoanDepot Inc. recentemente adiaram suas estreias na bolsa, citando condições de mercado desfavoráveis.

Os volumes em dólar resultantes de aberturas de capital e de fusões e aquisições divergiram dessa forma — caindo numa categoria em relação ao ano anterior e subindo na outra — em somente sete dos últimos 20 anos, revelam os dados da Dealogic. O fraco desempenho de algumas estreias recentes na bolsa ajudou a provocar algumas desistências. Até 20 de novembro, as ações das empresas que abriram o capital neste ano caíram em média 2% em relação ao preço de estreia, comparado com um ganho de 19% nas ofertas de 2014 até o fim do ano, segundo a Dealogic.

Isso assustou muitos investidores, principalmente com o aumento da volatilidade das bolsas nos últimos meses, que dificultou ainda mais a previsão do desempenho de aberturas de capital no curto prazo.

Como resultado, os investidores estão exigindo grandes concessões de preços das empresas. Nas 20 aberturas de capital mais recentes até 20 de novembro, mais da metade foi precificada abaixo do intervalo projetado, mostram os dados da Dealogic. E o número de ofertas públicas iniciais de empresas de assistência médica e tecnologia, que geralmente têm um potencial de ganho maior, caiu 43% até 20 de novembro ante um ano atrás, segundo a Dealogic. “Abrir o capital agora não está tão animador”, diz David Rudow, analista sênior de ações da gestora de recursos Thrivent Asset Management.

O fraco desempenho das ofertas iniciais afetou especialmente os gestores de fundos ativos, que são os principais compradores em aberturas de capital. Muitos perderam terreno no mercado, num momento em que as estratégias “passivas” atreladas a índices ganham popularidade. Os investidores sacaram US$ 125 bilhões líquidos de fundos mútuos de ações nos EUA neste ano até o fim de outubro, segundo o Investment Company Institute, ante retiradas líquidas de US$ 33 bilhões no mesmo período de 2014.

Os gestores de fundos ativos estão como que “em greve para comprar ações estreantes”, diz Joseph Amato, diretor-superintendente e de investimentos da Neuberger Berman. Enquanto isso, as ações de empresas americanas de capital aberto que anunciaram acordos de compra acima de US$ 1 bilhão subiram uma média de 2% no dia seguinte ao anúncio, de acordo com a Dealogic, revertendo a queda média de 1% registrada nos últimos 20 anos.

É verdade que os ganhos com fusões e aquisições parecem estar caindo. A alta de 2% neste ano, por exemplo, é menor que a de 3% em 2014 e de 4% em 2013.

Também há indicações que os investidores estão começando a evitar a compra de mais títulos de dívida corporativos. Alguns grandes compradores de empresas tiveram que cortar os preços dos títulos de dívida que estavam vendendo.

Ainda assim, num momento em que o crescimento de receita é raro, as aquisições devem se manter populares.

“Estamos em um ambiente de baixo crescimento de receita para a maioria das empresas, e fusões e aquisições continuam sendo uma das melhores formas de aumentar os lucros, principalmente se elas podem criar sinergias e cortar custos com as fusões”, diz Chris Bartel, diretor de pesquisa global de ações da gestora Fidelity Investments.  Por TELIS DEMOS e  CORRIE DRIEBUSCH Leia mais em wallstreetjournal 30/11/2015



Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas, vai às compras na noite da Black Friday

O empresário Josué Gomes da Silva, dono da Coteminas e filho do ex-vice-presidente José Alencar (2003-2011), foi às compras neste noite de Black Friday. Ele assinou agora pouco, pelo valor de R$ 20 milhões, a compra de 30% da MyGloss, rede de acessórios femininos e bijuterias pertencente ao paulistano Rodrigo Stocco, que tem 45 lojas, fatura R$ 60 milhões e produz todos os acessórios em território nacional.

Depois de uma demorada e difícil negociação, o aporte foi feito pelo empresário em conjunto com a família e amigos. Sua ambição é transformar a MyGloss em uma espécie de nova MMartan. Ou seja, seu sonho é transformá-la em uma rede de sucesso, de grande porte e referência em acessórios femininos. Hoje, esse mercado é liderado pela Morana.

A meta é ter 100 lojas nos próximos cinco anos e 25 quiosques premium até 2018. Foram cerca de dois anos de negociações e ficou acertado no contrato que todo montante será reinvestido na empresa.

A ideia de trazer dinheiro para a expansão foi tomada por Stocco que, há dois anos, procurou Douglas Carvalho Jr, da boutique de fusões e aquisições Target Advisor, que é especializada em moda e participou das vendas de empresas como VR, Lojas Avenida, Aramis e Bobstore.

Futuramente, é bem provável que Gomes da Silva avance e se torne controlador da rede. Françoise Terzian Leia mais em forbes 27/11/2015