30 junho 2013

Femsa compra empresa por R$ 978 milhões

Maior engarrafadora de refrigerantes da Coca-Cola no mundo anunciou ontem a aquisição da Companhia Fluminense de Refrigerantes

 A mexicana Coca-Cola Femsa (KOF), maior engarrafadora de refrigerantes da Coca-Cola no mundo, comprou a Companhia Fluminense de Refrigerantes por US$ 448 milhões (ou R$ 978 milhões). A KOF, uma parceria entre a Femsa e a Coca-Cola, disse que o acordo foi aprovado pelo seu conselho de administração da companhia e só resta agora a aprovação das autoridades brasileiras.

 A Companhia Fluminense de Refrigerantes foi fundada há 64 anos no Estado do Rio de Janeiro e tem presença, além do Rio, em Minas Gerais e em São Paulo. A empresa, que já produz e distribui produtos Coca-Cola, conta com uma unidade de engarrafamento e quatro centros de distribuição no País. Além disso, emprega 2 mil pessoas.

 Nos doze meses encerrados em março, a empresa brasileira teve receita líquida de US$ 232 milhões e Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de US$ 40 milhões, segundo o comunicado divulgado na sexta-feira, 28. Ainda de acordo com a Femsa, a Companhia Fluminense vendeu 56,6 milhões de garrafas de bebidas no período de 12 meses encerrado no dia 31 de março deste ano.

 Expansão
 Em dezembro do ano passado, a mexicana já tinha comprado uma participação de 51% nas operações de engarrafamento da Coca-Cola nas Filipinas por US$ 688,5 milhões em dinheiro. Na época, o acordo como um primeiro passo na estratégia de aquisições da companhia fora da América Latina., já que, atualmente, a Coca-Cola Femsa opera no México, Brasil, Colômbia, Venezuela, Argentina e América Central. Pelo acordo, a companhia tinha a opção de comprar os outros 49% da companhia filipina nos próximos sete anos.

Em janeiro deste ano, foi anunciada a compra do Grupo Yoli, do México, por cerca de US$ 700 milhões em ações e dívidas. As informações são do jornal
Fonte: O Estado de S. Paulo 29/06/2013

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30 junho 2013



Itaú compra operações de varejo do Citibank no Uruguai

Com o negócio, subsidiária uruguaia assume uma carteira de crédito de US$ 60 milhões

 O Itaú Unibanco comprou as operações de varejo do Citibank no Uruguai, de acordo com fato relevante publicado pela instituição financeira do Brasil. Com o negócio, a subsidiária do Itaú Unibanco no Uruguai, o Itaú Uruguay (BIU), assume um portfólio de mais de 15 mil clientes correntistas que representam mais de US$ 265 milhões em depósitos e uma carteira de crédito de US$ 60 milhões.

A transação também inclui a plataforma de cartões de crédito do Citibank emitidos no Uruguai nas bandeiras Visa, MasterCard e Diners, os débitos de seguros associados a esses cartões e empréstimos pessoais, além das agências de Carrasco e Punta Carretas. O valor envolvido no negócio não foi divulgado.

De acordo com comunicado do Itaú, não é "significativo" para a instituição e, portanto, "não acarretará efeitos contábeis relevantes em seus resultados". O gerente-geral do Itaú Uruguay, Horacio Vilaró, destacou, em nota, que a aquisição reforça o posicionamento do banco, que crescia de maneira orgânica.

 A operação está em linha, conforme comunicado do banco, com o foco estratégico do Itaú de fortalecer a atuação no Uruguai.

 "Todos esses anos crescendo, organicamente, nos garantiu o segundo lugar entre os bancos privados no país e um papel importante como emissor de cartões de crédito. Estamos muito animados para oferecer nossos serviços a esta nova base de clientes e estamos confiantes que nos escolham como seu banco principal", destacou Vilaró, em nota.

O Itaú Unibanco negociava a compra das operações de varejo do Citi no Uruguai desde meados de abril. Na ocasião, a instituição também acertava a compra da Credicard, oficializada há pouco mais de um mês, por mais de R$ 2,7 bilhões.

A Credicard chegou a ser disputada pelos Bancos Santander e Bradesco, mas foi vendida ao Itaú Unibanco, uma vez que foi a empresa que ajudou a constituir a base de clientes ao lado do Citi e do Unibanco, que na época ainda não tinha se unido ao grupo.

No Uruguai, a subsidiária do Itaú Unibanco conta com mais de 250 mil clientes, 23 agências e 572 funcionários. Os ativos somam US$ 3,250 bilhões enquanto os recursos geridos totalizam mais de US$ 7 bilhões, incluindo depósitos locais e custódia, conforme dados de maio. Agência Estado
Fonte: iG 28/06/2013 



Alstom adquire Engeman Serviços e Manutenção

Empresa recém-adquirida tem 300 clientes nos mercados de transmissão e distribuição

A multinacional Alstom anunciou a aquisição, no Brasil, da Engeman Serviços e Manutenção, especializada em serviços elétricos de média e alta tensão. O valor do negócio não foi divulgado.

De acordo com o comunicado, a Engeman tem um portfólio de 300 clientes nos mercados de transmissão e distribuição, como concessionárias de serviços públicos, empresas de geração de energia e setores que fazem uso intensivo de energia para diversos fins.

 A empresa executa mais de 1.300 projetos por ano. Ainda conforme o comunicado, com esta aquisição, a Alstom complementa sua carteira de serviços na América Latina.

 A Alstom e a Engeman já trabalham juntas no projeto Rio Madeira, onde a Alstom é responsável pelo fornecimento de uma estação conversora bipolo de corrente contínua de alta tensão.

 Segundo a Alstom, essa estação será integrada à mais longa linha de transmissão do mundo (2.386 km) que vai conectar as novas hidrelétricas do Rio Madeira à Região Sudeste do Brasil. A Engeman está no projeto como responsável por construção e comissionamento, bem como operações de tratamento e utilização de óleo nos transformadores conversores 500 MVA 600 kV. Agência Estado
Fonte: iG 28/06/2013 



Eike negocia venda de concessão da Marina da Glória

A Prefeitura do Rio recebeu uma consulta da MGX Serviços Náuticos, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, sobre a possibilidade de transferência da concessão da Marina da Glória, localizada no Parque do Flamengo, no Rio. O movimento ocorre em meio a uma série de articulações do grupo para se desfazer de ativos.

 A concessão da marina é do grupo de Eike desde 2009. O grupo interessado é a BR Marinas, empresa que administra instalações do gênero, como a Verolme, localizada em Angra dos Reis, no litoral fluminense.

 O espaço pertence à prefeitura e é administrado sob regime de concessão. Para que seja alterada, é necessária uma autorização do governo municipal.

 Procurada, a BR Marinas informou que o acordo ainda não está fechado e que, por isso, não irá se pronunciar. Já a REX, controladora da MGX Serviços Náuticos, disse que a informação sobre a venda da concessão não procede.

 No início deste mês, a MGX Serviços Náuticos recebeu prazo de 30 dias para fazer adaptações nas obras do espaço.

 Segundo o juiz federal Walner de Almeida Pinto, a MGX deve retirar a cisterna do local, disfarçar o alargamento do píer, remover as estacas do espelho d'água e liberar o acesso público ao mar.

 As alterações, diz o juiz, restringem o uso do trecho da Baía de Guanabara onde fica a área de treino e competições de remo. Caso as mudanças não sejam feitas, a multa diária será de R$ 50 mil.

 Outro problema enfrentado pelo grupo é para a aprovação de um projeto de reforma da marina dentro das normas de tombamento das instalações.

 Na segunda-feira, será publicado no "Diário Oficial" a criação de uma comissão para avaliar o que pode ser construído na área da marina. O grupo será formado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, órgão da prefeitura, e o IAB (Instituto dos Arquitetos do Brasil). (Folhapress)
Fonte: Valor Econômico 29/06/2013



Do outro lado do balcão

Um dos principais executivos do varejo brasileiro, Hugo Bethlem investe em rede de restaurantes para concorrer com o Spoleto

 Por quase três décadas, o agora empresário Hugo Bethlem atuou como executivo de destaque no mercado varejista. Ele teve passagens importantes, em cargos de comando de empresas como Carrefour, Sendas, Dicico e Pão de Açúcar, onde ocupou o cargo de vice-presidente de relações corporativas até agosto do ano passado e foi um dos cotados para assumir a presidência em 2010. Essa ampla experiência no segmento é hoje seu grande trunfo para ter sucesso em uma nova empreitada. Bethlem está abrindo uma rede de restaurantes de comida rápida especializada em massas, a Quasi Pronti.

 Ele tem como sócio no negócio o empresário português António Relva Ribeira, um ex-colega de trabalho da época do Carrefour, que criou a marca em Portugal, em 2001. Atualmente, a rede possui quase 30 lojas na Península Ibérica e na Romênia. A Quasi Pronti, cujo principal rival será o Spoleto, vai iniciar as operações com cinco lojas localizadas na capital paulista. A primeira deve ser aberta nesta semana no Shopping Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Em três anos, Bethlem espera, no mínimo, dobrar o número de restaurantes. O investimento na empresa será de US$ 5 milhões.

 Para levantar esses recursos, o empresário aproveitou-se de sua extensa rede de contatos. “Fiz uma rodada de investimentos do tipo que os americanos chamam de ‘family and friends’ (amigos e família)”, diz. Dessa forma, ele convenceu outras 13 pessoas a entrarem no negócio, a maioria ex-colegas de trabalho, que dividiram entre si dez cotas de R$ 500 mil. “Teve gente que nem chegou a trabalhar comigo, mas me conhecia e decidiu apostar.” Por contrato, nenhum investidor pode sair do negócio ou receber dividendos nos primeiros três anos da companhia. A rede de contatos de Bethlem também foi útil na hora de definir fornecedores.

 Ele conseguiu fazer parcerias com grandes fabricantes de alimentos, como a italiana Barilla, tradicional marca de macarrão, além do frigorífico JBS e da empresa de laticínios Vigor, ambas da holding J&F, da família Batista. Essa boa relação com fornecedores será fundamental para os planos do empresário de oferecer um preço menor no concorrido mercado de alimentação fora de casa. O setor, que faturou no ano passado cerca de R$ 20 bilhões, é formado basicamente por redes de franquias, com mais de 570 marcas disputando a preferência e o apetite dos consumidores. O prato mais barato da Quasi Pronti custará R$ 17,90. A média nas praças de alimentação de shoppings, onde estarão instaladas as primeiras cinco lojas da rede, é de R$ 22, segundo cálculos de Bethlem.  Por Rodrigo CAETANO
Fonte: istoedinheiro 28/06/2013



Cemig vai às compras

A holding de energia do governo mineiro está em busca de novos negócios no Brasil e no Exterior para recuperar receitas, depois de devolver 18 hidrelétricas ao governo federal

 O Brasil acordou diferente nos últimos dias e, agora, busca um novo caminho para fortalecer sua democracia e o bem-estar da população. Na vida das empresas, reviravoltas desse tipo também acontecem e exigem dos executivos respostas fortes para manter o caminho do crescimento e do lucro. No caso da Cemig, companhia mineira de energia que detém participação nas usinas de Belo Monte e Santo Antônio e é dona de 25% da Light, os atropelos do governo federal na renovação dos contratos de concessão, no ano passado, representaram uma oportunidade de rever estratégias e sair mais forte da crise que afetou todo o setor. É hora de ir às compras, diz o presidente da Cemig, Djalma de Morais.

“Em vez de ficarmos passivos, vamos em frente, com mais fôlego para novas aquisições”, afirma. “Queremos retomar os patamares do ano passado, com a compra de novos ativos, em busca de ainda mais musculatura do que antes.” No início de agosto, a companhia chegou a valer R$ 31,8 bilhões, o que a tornava a elétrica mais valiosa da América Latina. Mas a empresa, controlada pelo governo de Minas Gerais, viu suas ações caírem, principalmente com o anúncio de que devolveria 18 das 63 usinas hidrelétricas que operava. Não houve consenso sobre o preço mínimo das tarifas, estabelecido pelo Ministério de Minas e Energia para a renovação dos contratos.

 Embora tenha perdido 40% do seu valor de mercado, o assunto já é passado. Morais admite que está conversando com potenciais parceiros, tanto dentro como fora do País, para avaliar a viabilidade de ativos que façam sentido para a empresa mineira. No dia 14 de junho, ele começou a colocar em prática a nova estratégia. A Cemig anunciou a compra de 49% das ações da Brasil PCH que pertenciam à Petrobras, por R$ 650 milhões. O negócio somou 13 pequenas centrais hidrelétricas ao parque gerador. “Vamos focar nossa atenção prioritariamente em geração e, na sequência, em transmissão”, afirma Morais. O executivo não descarta também a aquisição de ativos do Grupo Rede, que se tornaram os mais cobiçados do setor.

 Para Thaís Prandini, diretora-executiva da consultoria Thymos Energia, de São Paulo, a estratégia da empresa está bem focada e os investidores vão premiá-la por isso. “A Cemig sempre foi pioneira em tomar decisões estratégicas, sempre com respaldo técnico”, diz Thaís. “Definitivamente, não acreditamos que terá grandes problemas.” Thaís lembra que, ao contrário da Cemig, outras estatais, como Chesf e Furnas, mantiveram um comportamento mais cauteloso no mercado. “Elas reduziram suas participações em leilões de geração e transmissão”, afirma. A Cemig não esconde o apetite para expandir seus horizontes, inclusive no Exterior. “Estamos conversando com bancos que representam empreendimentos no Chile e em outros países da América Latina”, diz Morais.

 Ele está atento aos movimentos da portuguesa EDP, cujo maior acionista é a chinesa Três Gargantas. “Se buscarem associação, ou estiverem dispostos a vender ativos, estamos de olhos bem abertos.” Apesar dos desgastes vividos com as mudanças no setor elétrico – que geraram críticas pesadas ao estilo de gestão da presidenta Dilma –, o presidente da Cemig entende que as renovações seriam inevitáveis. “Faltou um pouco de diálogo”, acredita. Mas admite que o exercício seria complexo, capaz de inviabilizar o objetivo do governo, que era buscar tarifas mais baixas para os novos contratos, em busca da redução do custo Brasil. “Talvez seja isso que norteou a presidenta. Se ela fosse dialogar, não teria feito as mudanças”, diz.  Por Carla JIMENEZ
Fonte: istoedinheiro 28/06/2013



Brasil terá onda de IPOs cancelados

O Brasil e outros países da América Latina devem ter um segundo semestre difícil para ofertas iniciais públicas de ações (IPO, na sigla em inglês). Das muitas operações que estão na prateleira na região, várias podem ser adiadas ou canceladas e outras terão de reduzir os preços dos papéis, preveem banqueiros de investimento de Wall Street ouvidos pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Dois fatores estão contribuindo para aumentar a aversão ao risco dos investidores estrangeiros. O principal é a possibilidade de mudança na política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano) até o final do ano. O segundo fator vem da Ásia.

A perspectiva de menor crescimento chinês e, mais recentemente, que o país possa ter problemas de liquidez no setor bancário também está contribuindo para um aumento da aversão ao risco do investidor.

No caso do Brasil, há também o receito dos estrangeiros com a política macroeconômica do governo, que tem dificuldade para controlar a inflação e acelerar o crescimento. A resposta política de Dilma Rousseff às manifestações populares também pode impactar o interesse de estrangeiros. Altamiro Silva Júnior - O Estado de S. Paulo.
Fonte: yahoo 29/06/2013



Tupy pede interrupção de oferta de ações

A oferta pública de distribuição primária e secundária de ações ordinárias da Tupy está interrompida até 5 de setembro. A informação consta do site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), segundo o qual a companhia pediu a interrupção de acordo com o previsto no artigo 10 da Instrução 400 da autarquia, que prevê a adoção do mecanismo por até 60 dias úteis.

 A empresa havia publicado o prospecto preliminar da oferta, mas não havia detalhado o número de ações que fariam parte da operação ou o cronograma. Os recursos provenientes da oferta primária seriam destinados a projetos de redução de custo e de expansão e adequação de estrutura de capital, de acordo com o documento.

 Conforme a Agência Estado havia adiantado na semana passada, fontes do mercado acreditavam que a oferta da companhia do setor de fundição também poderia não sair do papel, assim como a da Votorantim Cimentos, interrompida na semana passada.

 Em fevereiro, os acionistas da fundição Tupy aprovaram a conversão da totalidade das ações preferenciais da companhia em ordinárias, o desdobramento dos papéis ON, o aumento do capital autorizado para R$ 1,2 bilhão e a reforma integral do estatuto. As mudanças fazem parte do plano da companhia para migrar para o Novo Mercado da Bovespa. Agência Estado
Fonte: em.com.br 23/06/2013



Quem são os 'anjos' que multiplicam o lucro das startups

Eles têm dinheiro e estão de olho em ideias inovadoras e com potencial de retorno de até 50 vezes o capital investido. Os investidores-anjo movimentam quase R$ 500 milhões no Brasil

Aos 16 anos, a estudante Camila Farani começou a trabalhar como caixa de uma charutaria no Rio de Janeiro. Hoje, a advogada e empresária de 31 anos é também a primeira investidora-anjo do Brasil a injetar seu capital em duas startups. Ela e outros 6.300 ‘anjos’ brasileiros já aplicaram quase R$ 500 milhões em novas empresas até o ano passado, segundo a Anjos do Brasil, entidade que fomenta este tipo de investimento no País.

 Mais comum nos EUA – onde há pelo menos 268 mil investidores-anjo – a aposta em empresas embrionárias, com propostas inovadoras, surge como alternativa a investimentos tradicionais, como o mercado de capitais. “O potencial de retorno é de até 50 vezes o capital investido, maior do que qualquer investimento disponível no mercado. Mas o risco também é maior”, explica Cássio Spina, fundador da Anjos do Brasil, empresário e investidor.

 O número de ‘anjos’ no Brasil saltou 18% em 2012 ante o ano anterior. São pessoas com capital consolidado, dispostas a vê-lo crescer junto a novas empresas. Eles possuem entre 30 e 60 anos, fizeram curso superior e especializações e costumam ter forte espírito empreendedor, segundo Spina. Muitos deles já são empresários, outros são executivos de grandes empresas e alguns, profissionais liberais, como médicos e advogados.

 Os ‘anjos’ costumam reservar entre 5% e 10% do seu patrimônio pessoal para o crescimento das empresas, mas o valor pode variar. De acordo com Spina, que acompanha grupos de interessados por todo o Brasil, mulheres ainda são minoria absoluta.

 A vontade de empreender, no entanto, levou Camila a ser exceção neste meio. Do primeiro emprego ao topo do pedestal, ela tornou-se sócia minoritária do grupo Boxx com 21 anos e fundou a Farani Fresh Food, uma rede de alimentação saudável.

A vivência de empresária no setor incentivou Camila a apostar na startup Easy Food, focada em educação nutricional e otimização de estabelecimentos de consumo em escolas. “A experiência de campo é decisiva para o desenvolvimento do novo negócio, quando o cenário de incerteza é predominante”, acredita.

 Camila também adotou o projeto Hotelli, uma plataforma com hotéis e pacotes com preços corporativos, até 70% menores que agências e sites de viagens. Ainda embrionárias, as empresas nas quais ela apostou recebem não só dinheiro, mas orientação e capacitação. “Pretendo auxiliar os empreendedores a desenvolverem seus modelos de negócio, ajudando-os a se tornarem grandes líderes”, conta a investidora.

 Atratividade 
 A realização pessoal do investimento-anjo é o maior atrativo do negócio, junto ao retorno financeiro, na visão de Spina. “O papel dos ‘anjos’ é também ajudar o empreendedor a construir o negócio e ser um conselheiro. É um sócio que não apenas coloca dinheiro na empresa, mas se dedica ao seu crescimento”.

 Mas antes de apostar em uma startup, os ‘anjos’ avaliam se a proposta é de fato inovadora – e se for inspirada em modelos de outros países, que seja nova em território nacional. Se for parecida com modelos já existentes, deve ter algum diferencial, além de potencial de retorno financeiro e demonstração de que a ideia funciona: se já houver algum retorno financeiro ou for possível comprovar a adesão inicial do público, a proposta ganha pontos com os investidores.

 De executivo a empreendedor 
 Após 13 anos como executivo da Vale, Aracruz e Fibria-Votorantim, Marcos Barcelos decidiu investir seu capital em duas startups, ainda embrionárias. “Sempre investi no mercado financeiro, com o intuito de poupar, e assim consegui ter a liberdade de entrar no mundo do empreendedorismo”, conta.

 O ‘anjo’ de 36 anos uniu-se a dois grupos de três investidores para apostar em uma startup ligada ao mercado financeiro, e outra a serviços gerais, ambas embrionárias. “As duas propunham inovações que me atraíram pelas perspectivas de retorno e proposta de produto, além do bom relacionamento com o empreendedor, que considero fundamental. Sinto-me como dono do negócio”. Além do investimento, ele também pretende abrir duas startups próprias.

 Idade não é empecilho para empreender 
 A gerente de gente e gestão da Ambev, Carolina Augusta, conta que sonhava em investir em empresas desde os 20 anos. Hoje aos 26, ela tornou-se membro da Anjos do Brasil e avalia como aplicar seu capital, parte dele recebido de herança.

Grupos de investidores-anjo são comuns para dividir o investimento e diluir os riscos do negócio

Formada em relações internacionais, Carolina acredita que o mundo acadêmico e profissional forneceu a base para ingressar no empreendedorismo. “É muito importante trabalhar numa grande empresa antes de empreender, porque você cria uma visão sistêmica, desde conhecimento de todas as áreas, gestão de metas e de passivos trabalhistas, que geram grande impacto em qualquer negócio”, conta.

 Hoje Carolina prospecta ao menos cinco propostas de negócios para os próximos três anos, e já entrou como sócia no projeto de uma lanchonete, apesar de não acompanhar de perto os negócios da empresa. “Tive dificuldade em ingressar no universo de investimentos-anjo, no início, devido a minha idade e ao capital limitado que possuía frente outros investidores”, conta.

 Carolina ainda estuda se vai abrir sua própria startup com aporte de investidores-anjo, ou se pretende apostar como ‘anja’ em uma proposta de negócio que se interessou. Mas já tem várias ideias na gaveta. Ela planeja investir nos setores de moda, alimentação ou educação. Também pensa em um aplicativo para redes móveis ligado a saúde e esportes e, num futuro mais distante, sonha em empreender no comércio de cães e gatos de raças raras no Brasil. “Este é um gosto pessoal que gostaria de realizar no longo prazo”, diz.

 Ela considera que o investimento-anjo em grupos enriquece o negócio, além de aumentar o aporte e minimizar os riscos. “Investidores de perfis diferentes podem se complementar. Enquanto um prioriza metas e resultados financeiros, o outro cuida da parte criativa do negócio”.

 Barreira jurídica 
 A ideia é não só injetar capital para o negócio deslanchar, mas acompanhar o desenvolvimento da startup e tornar-se um mentor do empreendedor, segundo o fundador da Anjos do Brasil. Alguns investidores esperam a empresa crescer para vender sua parte e realizar os lucros. Outros assumem o projeto e permanecem como orientadores permanentes após a empresa deslanchar.

 Spina conta que os setores que recebem mais aportes de ‘anjos’ atualmente são de tecnologia da informação, empresas ligadas a internet e serviços móveis, como aplicativos. “Mas há também muita gente investindo na área educacional e de saúde, por exemplo”. O investidor-anjo costuma apostar na área que conhece como executivo ou acadêmico, mas o interesse pessoal também faz o gosto dos investidores.

 Para o número de ‘anjos’ avançar no Brasil, Spina acha necessário superar barreiras que ainda afugentam grande parte dos interessados neste mercado. “Potenciais investidores ainda têm receio de comprometer seu patrimônio com eventuais passivos da empresa”, afirma.

 O empresário considera que as empresas de capital fechado deveriam ter a mesma regulamentação jurídica das do mercado de capitais. “Os acionistas não respondem por todos os passivos das empresas de capital aberto”, exemplifica.
Fonte: iG 26/06/2013



28 junho 2013

Adobe adquire empresa francesa de marketing digital por quase US$ 600 milhões

A Adobe Systems, fabricante de software de editoração eletrônica e design gráfico, anunciou na última quinta-feira, 27, a compra da Neolane, fornecedora francesa de tecnologia de gestão de campanha cross-channel, por aproximadamente US$ 600 milhões. Com a aquisição, que será paga em dinheiro, o aplicativo da Neolane se torna a sexta solução a ser integrada ao software de marketing na nuvem da Adobe, o Adobe Marketing Cloud.

 “A compra da Neolane traz capacidades críticas de gerenciamento de campanha cross-channel críticos para o Adobe Marketing Cloud. A Adobe tem sido o parceiro de confiança para profissionais criativos e agora estamos estendendo nossa liderança no espaço de marketing digital com a adição da Neolane. Desde a criação da campanha por meio do planejamento, até a execução e otimização de tecnologia, a Adobe está dirigindo todo o processo de comercialização”, declarou o vice-presidente sênior e gerente geral de negócios de marketing digital da Adobe, Brad Rencher, em comunicado.

 Ainda segundo a companhia, o negócio baseia-se em estratégia de combinar inovação orgânica com aquisições importantes para fornecer o conjunto mais robusto de soluções de marketing digital da Adobe. A transação, que deverá ser concluída em julho, está sujeita às condições habituais de fechamento.
Fonte: tiinside 28/06/2013

COMENTÁRIOS:

 A ADOBE disponibilizou no seu site Adobe investor presentation June 2013. Abaixo alguns slides extraídos da referida apresentação.




















28 junho 2013



BTG ofereceu US$ 1 bi por mineradora para juntar com empresa de Eike

Intenção é comprar outra mineradora, fazer a fusão com a MMX e oferecer uma companhia mais viável a potenciais interessados

A operação de resgate da MMX, a mineradora de Eike Batista, abriu uma nova frente. Além de negociar a venda da empresa com as multinacionais Glencore e Trafigura, os negociadores de Eike tentam fazer a fusão da MMX com mineradoras vizinhas do interior de Minas Gerais, para viabilizar o projeto. A tarefa vem sendo conduzida pela B&A, uma sociedade do banco BTG Pactuai de André Esteves com o ex-presidente da Vale Roger Agnelli, que também poderia entrar como sócia na operação.

O primeiro lance ocorreu esta semana. A B&A ofereceu US$ 1 bilhão pela Minerita, da região de Serra Azul, no interior mineiro. O dono, Dílson Fonseca, recusou. "Eu aceito vender. Só que US$ i bilhão é um terço do que minha empresa vale. Se for para dar, deixo para a família ", disse o empresário ao Estado. Procurados, o BTG e a B&A não quiseram se pronunciar.

O BTG Pactuai, que trabalha na reestruturação e venda de participações das empresas de Eike, opera em várias frentes no caso da MMX. A alternativa dos sonhos é encontrar um comprador disposto a levar a empresa inteira, com seus ativos e dívidas.

Só que as primeiras ofertas, da suíça Glencore e da holandesa Trafigura, foram apenas pelo Porto Sudeste. O porto, localizado em Itaguaí (RJ) é o ativo mais valorizado da MMX, uma vez que a qualidade do minério de ferro de suas reservas é apenas razoável, a empre sa tem problemas com licenças ambientais e ainda precisa de investimentos pesados.

As propostas da Glencore e da Trafigura ficaram muito abaixo do piso desejado por Eike, que é o valor das dívidas da empresa, cerca de R$ 3 bilhões. O esforço maior ainda é para convencer a Glencore, que este ano comprou uma fatia da mineradora brasileira Ferrous, a ampliar sua presença em minério de ferro no País e comprar a MMX. Mas há outras tentativas em curso.

Uma das ideias é tentar comprar outras mineradoras da região de Serra Azul, consolidá-las na MMX, aumentar a produção e, com o aumento da escala, melhorar o potencial da mineradora de Eike. "Essa foi a conversa que tiveram conosco", conta Fonseca, da Minerita. "Mas não tenho certeza se a Minerita seria a saída. A MMX precisa de investimentos absurdos."

Esse trabalho está sendo feito por meio da B&A, que estaria avaliando outras mineradoras da região. A empresa do BTG e de Agnelli também poderia ter participação na MMX. O pacote incrementado poderia desperta ir mais interesse - de preferência da Glencore.

As alternativas em curso ainda têm muitos pontos em aberto, principalmente porque as negociações ocorrem em meio a uma forte pressão dos credores, aflitos por resultados rápidos. O próprio BTG, que encabeça as negociações, é um dos grandes credores de Eike.

Crise. A crise de confiança que tomou conta das empresas de Eike está completando um ano. Começou quando a OGX, do setor de óleo e gás, reconheceu que sua produção seria menor do que havia prometido.

De lá para cá o valor das empresas do grupo EBX em bolsa despencou, Eike caiu de 7o para 100 o na lista de bilionários da Forbes e, nos últimos dias, fornecedores de suas empresas começaram a fazer cobranças públicas, aumentando a desconfiança em relação ao futuro das empresas X. Autor David Friedlander
Fonte: O Estado de S. Paulo 28/06/2013



Grupo Sener compra a empresa Exen

O grupo espanhol Sener, especializado em projetos industriais em energia e petroquímica, adquiriu a brasileira Exen, de engenharia. A empresa foi fundada em 2005 por Alexandre Gama e Gilberto Yamamoto e conta com importantes projetos no currículo, como os serviços de engenharia de detalhamento para a refinaria Presidente Bernardes, da Petrobrás. Entre os clientes estão Akzo Nobel, Down Chemical, Multiner e Umicore.

 Segundo Guido Casanova, diretor geral da Sener no Brasil, a Exen se destaca em geração energética e na qualidade dos projetos. “Sem dúvida esta aquisição veio para enriquecer as capacidades técnicas de nossa equipe, graças ao seu profundo conhecimento do mercado brasileiro e sua ampla experiência em setores chave como o petroquímico”, afirmou.

 Já o grupo Sener conta com uma divisão operativa de 350 profissionais de engenharia e construção, que desenvolve projetos de Energia e Processos, Infraestrutura e Transporte, Aeroespacial e Naval. Além disso, a Sener controla 48% da empresa Setepla, de engenharia civil.
Fonte: petronoticias 26/06/2013

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Foto da Revista Sener - El sector del Gas Natural.

SENER adquiere la firma de ingeniería brasileña EXEN



Aspen compra negócio da Merck por US$ 1bi

A Aspen Pharmacare, da África do Sul, disse na quinta-feira que iria adquirir um negócio de medicamentos e fabricação da farmacêutica norte-americana Merck

A Aspen Pharmacare, farmacêutica da África do Sul, disse na quinta-feira que iria adquirir um negócio de medicamentos e fabricação da farmacêutica norte-americana Merck, em um acordo de 1 bilhão de dólares para reforçar sua presença na Europa, América Latina e Ásia.

 A maior fabricante de medicamentos genéricos da África está em uma trilha de aquisição agressiva este ano que ampliou sua oferta de remédios em regiões de rápido crescimento, como América Latina e sudeste da Ásia, e elevou o preço da sua ação.

 A Aspen disse na semana passada que estava em negociações para comprar drogas para tratamento de trombose e uma fábrica francesa da GlaxoSmithKline em um acordo que provavelmente também será de 1 bilhão de dólares.

 Analistas não esperam que o negócio com Merck inviabilize a compra da Glaxo.

 "O acordo com a Merck é bastante bom para o seu plano de expansão", disse Sibonginkosi Nyanga, analista da corretora Imara SP Reid. "Eles têm comprado ativos em quase todo o mundo. Seu negócio quase deixou de ser um negócio sul africano. Agora é uma operação bem diversificada."

 A Aspen disse em um comunicado que iria comprar uma carteira de 11 medicamentos - incluindo terapia de reposição hormonal, contraceptivos orais e um anti-coagulante - da Merck e um negócio de fabricação, na Holanda, que também tem uma unidade nos EUA. Reuters
Fonte: exame 27/06/2013



ReadSoft adquire fornecedora de software para gestão de documentos eletrônicos

A desenvolvedora sueca ReadSoft, especializada em sistemas para gestão de documentos, acaba de concluir a aquisição da conterrânea Expert Systems, fornecedora de software como serviço (SaaS) com foco em gestão de documentos eletrônicos. O valor da transação não foi revelado.

 Segundo a companhia, a compra deve impulsionar negócios no segmento de produtos e serviços oferecidos em nuvem, uma vez que o portfólio da Expert complementa as soluções da desenvolvedora nessa área. Em 2012, a ReadSoft registrou crescimento de 18% nas vendas globais.

 A aquisição é a segunda realizada pela ReadSoft desde o ano passado. Em 2012, a companhia anunciou a incorporação da alemã FoxRay e trouxe para o Brasil a plataforma XBound, lançada em março e direcionada para o setor de bancos, seguradoras e centros de serviços compartilhados. Para o segundo semestre, a ReadSoft prepara novos lançamentos no Brasil, mercado onde tem investido em portfólio e ampliação de canais e para o qual projeta um crescimento médio anual de 25% até 2015.
Fonte: tiinside 27/06/2013



Casa em ordem

A companhia já traçou seu plano estratégico e considera que uma oferta pública inicial de ações (IPO) é a ferramenta ideal para atingir os objetivos. O que fazer a seguir?

Pois bem, esta é a hora de arrumar a casa para receber os investidores. A lista de tarefas é significativa. Começa por modificar o estatuto, para estabelecer as regras da empresa no ambiente de capital aberto. É importante também aperfeiçoar os controles internos e melhorar a contabilidade, para prestar as informações que o mercado de ações requer. Criar uma estrutura de governança corporativa — se ela não existir — inspirará confiança aos novos acionistas. A empresa deve ainda avaliar a necessidade de promover uma reestruturação societária, para fortalecer a oferta. Por fim, é preciso selecionar os parceiros que farão o IPO deslanchar: escritórios de advocacia, bancos coordenadores e corretoras.

 A empresa já precisa ter o capital aberto antes de fazer o IPO? 

Não. É possível conduzir o processo de abertura de capital e de oferta pública de ações concomitantemente, uma vez que o tempo para se obterem os registros de companhia aberta e da oferta é praticamente o mesmo. Essa, aliás, é a forma mais comum. No entanto, se a empresa já for aberta, a papelada que ela deverá entregar à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e à BM&FBovespa será menor. A grande vantagem de a companhia ter aberto o capital previamente não decorre de aspectos jurídicos, mas sim de mercado, considera a advogada Fabíola Cavalcanti, do escritório Barbosa Müssnich & Aragão. Isso porque a empresa aberta costuma ser mais conhecida pelos investidores e está acostumada a divulgar demonstrações e resultados.

 Quais são os prazos para a abertura de capital e para o registro da oferta pública? 

 Uma vez protocolados os pedidos de registro da oferta e do status de companhia aberta, a CVM tem 20 dias úteis para examinar a papelada. Caso haja alguma pendência, a autarquia avisa os ad-vogados, que têm 40 dias úteis para resolver as questões — geralmente, porém, esse processo le-va em torno de cinco dias úteis. Então a documentação é protocolada novamente na CVM, que tem dez dias para determinar se as pendências foram resolvidas. Caso os documentos ainda não estejam em ordem, eles voltam novamente para a empresa, a fim de que ela possa cumprir as exigências que não foram atendidas. Concluída mais essa etapa, a CVM tem três dias para conceder tanto o registro de companhia aberta como o registro da oferta.

 É possível que a CVM aprove apenas o registro de companhia aberta e recuse o da oferta? 

 Sim. As exigências para obtenção de cada um desses registros são distintas, assim como os departamentos que fazem as análises. No entanto, dificilmente os advogados deixam a situação chegar a esse ponto: quando percebem que o registro de companhia aberta não será dado (um dos motivos pode ser a existência de demonstrações financeiras com ressalvas), retiram o pedido de registro da oferta. 

Quanto tempo demora para a empresa prepa- rar um IPO? 

 "Fazer um IPO é montar um quebra-cabeça de mil peças", a firma Alexandre Barreto, advogado do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Juntar todas as partes requer tempo. Os resultados precisam estar auditados por, no mínimo, três anos (embora seja possível fazer auditorias retroativas). A companhia deve dispor ainda de uma boa estrutura de gover nança e área de relações com investidores (RI). Se ela já estiver nesse estágio, a preparação para a oferta pode levar quatro meses. Entretanto, para que o nível de estresse da equipe durante o processo não comprometa a qualidade da operação, é importante evitar que o trabalho seja feito em cima da hora. "Há muita pressão sobre os executivos para não perder uma janela de demanda", diz Barreto.

 Que outras providências precisarão ser tomadas antes de fazer a oferta pública? 

 O processo pode envolver planejamento sucessório, se a empresa for familiar, reforma do estatuto e, frequentemente, reorganização societária. Muitas vezes, a companhia se apresenta como um caso de investimento interessante, porém precisa antes se organizar para atrair investidores.

 Por que o estatuto da empresa deve passar por ajustes? 

 "Quanto mais preciso for o estatuto, melhor ", destaca a advogada Eliana Chimenti, do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. É impor tante o documento se adequar à nova realidade que a abertura de capital representa. Os principais itens a serem modificados nesse contexto são: os aspectos necessár ios para enquadrar a empresa no segmento de listagem na BM&F Bovespa a que ela irá aderir; as ocasiões em que as ações preferenciais terão direito a voto e quais as suas vantagens; o tipo de dividendo (fixo ou mínimo) que será pago; os assuntos de competência do conselho e sujeitos à votação na assembleia; as regras para convocação das assembleias; e os ajustes nas atribuições, na composição e no funcionamento do conselho de administração. Outro ponto importante é a definição de normas que evitem a concorrência entre a empresa e seus acionistas, ao restringir a criação e novos negócios. 

É necessário adequar as áreas de controle interno e de contabilidade? 

 Depende do estágio em que a empresa se encontra, mas provavelmentesim, dada a agilidade com que as companhias abertas têm de prestar informações ao mercado. A contabilidade e a área de controles internos, necessárias para dar robustez às demonstrações financeiras, devem estar preparadas para produzir relatórios consistentes nos prazos exigidos pela CVM. Todas as companhias abertas têm de entregar os resultados trimestrais (por meio dos ITRs) em até 45 dias após o encerramento do período. Também precisam publicar as Demonstrações Financeiras Padronizadas (DFPs) em até 90 dias. O Formulário de Referência (FR) —que é anexado ao prospecto da oferta — deve ter atualização anual e ser entregue à CVM. 

A companhia deve ter um conselho de administração montado antes da oferta? 

 Uma estrutura boa de governança dá segurança aos investidores. Muitas empresas que fizeram IPOs bem-sucedidos já contavam com um conselho de administração atuante, algumas vezes com membros independentes, antes da ofer ta. Isso é especialmente válido para aquelas que receberam aportes de fundos de private equity, como Localiza, Totvs e Odontoprev. As duas últimas listaram ações na bolsa em 2006, mas possuíam um conselho de administração formado desde, respectivamente, 1999 e 1998. Na Localiza, o conselho foi criado em 1997, oito anos antes do IPO, em 2005.

 Quando a área de relações com investidores (RI) deve ser formada? 

 A área de RI costuma ser estruturada de seis meses a um ano antes do IPO. Isso permite que os trabalhos sejam conduzidos de forma organizada e tranquila.  Quando faz o pedido de registro de companhia aberta, o diretor de relações com investidores, que responderá legalmente pela empresa, já deve estar designado. Na Odontoprev, a área foi formada em janeiro de 2006 e o IPO ocorreu em novembro daquele ano. Contudo, há exceções. Na Hering, por exemplo, que fez uma espécie de novo IPO em 2007, o departamento de RI respondia à diretoria de finanças até 2009, quando ganhou independência e profissionais exclusivamente dedicados.

 Qual é a formação ideal de um profissional de RI? Ele deve ser buscado na própria empresa?

 Encontrar alguém "da casa" é a situação ideal. "Melhor buscar quem conhece bem a companhia", aconselha Roberto Mendes, diretor de finanças e relações com investidores da Localiza. Além de estar familiarizado com o modelo de negócios e saber os detalhes da operação, um profissional interno pode contar a história da companhia a partir da sua própria vivência. Quando essa opção não é possível, Mendes sugere contratar o profissional com dois anos de antecedência, para que haja tempo de ele se preparar até o IPO.

 Empresas montam área de RI antes do IPO 

 Elas ainda nem chegaram à bolsa, mas já começaram o trabalho de relações com investidores(RI). A Altus, empresa do setor de automação industrial, e o Grupo Empreza, que atua com serviços de recursos humanos, estão apostando no relacionamento prévio com o mercado para pavimentar a estrada que leva a um IPO bem-sucedido.

 A Altus registrou pedido de companhia aberta e de listagem na BM&FBovespa na primeira quinzena de abril. Seu planoé fazer um IPO no Bovespa Mais até julho de 2015. Enquanto o dia da oferta não chega, quer ganhar experiência como companhia aberta e no relacionamento com investidores. Seu site de RI deve entrar no ar daqui a dois meses.

 Segundo Fabiano Favero, diretor de RI da Altus, as dúvidas mais comuns dos investidores se referem à atuação da empresa — ela produz controladores lógicos programáveis (CLPs), que monitoram processos industriais. A Altus já havia participado de encontros com potenciais investidores promovidos pelo BNDESPar, dono de 39% do capital da companhia, pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e pela BM&FBovespa.

 O Grupo Empreza também descobriu potenciais investidores po intermédio da Bolsa. No fim de 2012, participou de um fórum de empresas candidatas a entrar no Bovespa Mais, em que fez apresentações a pelo menos dez fundos de private equity interessados em conhecer a companhia. É o que conta Dov Najman, diretor de RI do grupo.

 Aos poucos, o Empreza vem se preparando para captar recursos: constituiu uma área de RI em setembro de 2012 e contratou uma das maiores firmas de auditoria do setor para escrutinar suas demonstrações contábeis. Até o fechamento deste guia, estava prestes a decidir entre captar recursos via fundos de private equity e fazê-lo via IPO. Em 2012, o Empreza faturou R$ 255 milhões — para 2013, a meta é chegar a R$ 452 milhões.

 Reorganização Societária 

 Em que circunstâncias a reorganização societária é importante? 

 Sempre que for necessário colocar sob um mesmo guarda-chuva os ativos da empresa que terá ações vendidas no mercado. Isso pode ocorrer, por exemplo, em grupos que atuam de forma ver ticalizada (em todas as etapas de uma cadeia produtiva), por meio de várias empresas. Nesse caso, é interessante agrupálas para vender ações de uma só companhia, dando mais robustez à ofer ta. Outra situação que requer uma reorganização é aquela em que o IPO se baseia no modelo "roll up". Ele consiste em identificar um segmento fragmentado, desprovido de um grande participante, e criar uma holding para fazer sucessivas aquisições de pequenas empresas, todas com forte potencial de geração de caixa. Seus antigos donos tornam-se sócios da companhia consolidadora. A holding é, então, listada na bolsa por meio de um IPO.

 É complexo estruturar o processo de reorganização societária? 

 Sim. "Ele pode ser complexo tanto do ponto de vista jurídico quanto do contábil", avisa Alexandre Barreto, sócio do escritório de advocacia Souza, Cescon, Barrieu & Flesch. Dependendo do segmento de atuação da companhia, o processo pode envolver questões regulatórias. No setor de óleo de gás, por exemplo, para que os contratos sejam transferidos de uma empresa para outra, é neces- sário ter autorização dos parceiros. Outro ponto delicado é a parte contábil: caso a companhia que ofertará as ações seja nova, fruto de uma reorganização, ela deve apresentar uma demonstração pro forma dos últimos três anos.

 O que é demonstração financeira pro forma? 

 É uma espécie de simulação de resultados. Mostra como a última linha do balanço da empresa ficaria, caso já operasse no novo formato. A demonstração também é útil quando a companhia adquire um ativo muito importante, pois revela como a aquisição teria impactado os resultados da empresa. Essa demonstração costuma entrar no item "outras informações" do Formulário de Referência (FR). A CVM colocou em audiência pública uma minuta de instrução detalhando como ela deve ser feita, já que ainda não há regras a esse respeito. Atualmente, as companhias brasileiras costumam apresentar a demonstração pro forma voluntariamente e de acordo com o modelo americano, uma vez que muitas delas fazem esforços de venda para investidores nos Estados Unidos, onde essa demonstração é regulamentada.

 Escolha dos parceiros 

 Quais são os prestadores de serviço que a empresa precisa contratar? 

 No momento em que a companhia estiver com a casa arrumada e as contas auditadas, ela deverá selecionar os escritórios de advocacia e os bancos coordenadores, que viabilizarão a oferta. Quando há esforço de venda no exterior, geralmente são necessários quatro escritórios para estruturar a operação: dois locaise dois estrangeiros. Com relação aos bancos, em geral há a formação de um consórcio de quatro ou cinco coordenadores, além das corretoras que cuidarão da distribuição para o varejo.

 Qual é o trabalho do coordenador-líder e dos demais coordenadores?

 O coordenador-líder é o responsável legal da oferta perante a CVM. Junto com os demais coordenadores, ele é responsável por receber as reservas de ações, ajudar a selecionar os investidores e atribuir preço para a ação. De uma forma mais ampla, o papel da coordenação é aproximar os interesses de vendedor (a empresa), que deseja vender suas ações pelo máximo valor possível, e compradores (os investidores), que querem comprar pelo preço mais baixo. 

Por que há tantos coordenadores? 

 Atualmente, os IPOs costumam ser formados por um sindicato de quatro a cinco coordenadores, o que possibilita acessar mais investidores. "Os bancos têm capacidades complementares: alguns se destacam pelo contato com os estrangeiros, outros têm acesso a investidores especializados em determinado setor e outros ainda são voltados a investidores institucionais brasileiros", explica Cleomar Parisi Jr., superintendente de equity capital market do Santander. Outro ponto é que a visibilidade da oferta aumenta quando ela conta com vários coordenadores, já que eles costumam designar analistas para acompanhar as ações.

 Qual é a participação dos coordenadores contratados e das corretoras? 

 A participação do contratado frequentemente se limita a escalar um analista para acompanhar os papéis e a recomendar a operação. Ele não interfere no livro de preços (bookbuilding) e não recebe ordens de compra das ações. As corretoras são responsáveis por vender as ações para a pessoas físicas.

 O que a empresa deve levar em conta na hora de selecionar os coordenadores? 

 Ao contratar os coordenadores, as companhias analisam capacidade técnica, histórico no mercado, domínio do negócio e conhecimento do setor. Elas ainda olham bastante para o relacionamento deles com cada instituição. Caso o banco já tenha trabalhado com a empresa em outra operação — como fusão ou aquisição — pode ter costurado um acordo em que tenha preferência nos IPOs. Muitas companhias abrem um processo de seleção, formal ou informal, nos quais os bancos fazem apresentações sobre seu trabalho e, quando possível, levam uma pré-avaliação do valor da empresa. Há empresários que dão mandato de coordenador-líder para a instituiçãoque avaliara companhia pelo valor mais alto. Aos poucos, contudo, essa mentalidade vem mudando — até mesmo porque, depois, o mercado não dá sustentação para preços considerados irreais, e as ações acabam se desvalorizando. 

Listagem sem oferta 

 Primeiro, listar as ações na bolsa. Depois de um tempo, fazer a oferta pública inicial (IPO). Essa fórmula foi testada pela Senior Solution, que, além de dividir a operação em duas fases, usou a criatividade para obter custos mais baixos que os usuais.

 "Enquanto estava apenas listada na bolsa, a empresa se acostumou à divulgação de resultados e ganhou visibilidade", diz Bernardo Gomes, diretor de relações com investidores. Desde 2007, a Senior Solution pensava em listar os seus papéis no Bovespa Mais, mas foi pega no contrapé pela crise de 2008. A ideia de acessar o mercado em duas etapas surgiu, então, como uma alternativa: "A crise nos mostrou que as janelas de oportunidade se abrem pouco. A empresa precisa estar preparada para acessar o mercado quando tiver chance", afirma Gomes. Em maio de 2012, a empresa listou suas ações na BM&FBovespa; em março do ano seguinte, realizou o IPO, com captação de R$ 39,6 milhões na oferta primária e R$ 15,8 milhões na secundária.

 A Senior Solution também elaborou um modelo "low cost" de oferta. A título de comparação, a Linx, que listou suas ações no novo Mercado, gastou R$ 24,1 milhões para ofertar as ações (o que representava 5,25% dos R$ 460 milhões que pretendia captar). Já a Senior Solution desembolsou R$ 2,5 milhões, ou 4,6% dos R$ 55 milhões captados.

 Na primeira fase do projeto, a de registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) como companhia aberta e listagem na BM&FBovespa, a Senior Solution gastou R$ 299 mil com advogados, publicações legais, taxas do regulador e da Bolsa, desenvolvimento do site de relações com investidores e assessoria de imprensa.

 Durante o IPO, a preocupação com os custos se manteve. Uma economia importante foi com advogados: nas grandes emissões, se a oferta é só no Brasil, há dois advogados, um para a empresa e outro para o banco (ambos pagos pela emissora). no IPO da Senior, houve apenas um, o escritório Veirano Advogados. Com a auditoria dos números da oferta, a empresa gastou R$ 40 mil (contratou a RSM, que não é uma das quatro maiores do setor), frente aos estimados R$ 650 mil cobrados pelas firmas líderes.

 Nos grandes IPOs, os bancos cobram uma taxa que gira em torno de 3,5% do valor emitido, acrescida de uma comissão por sucesso de 1,5%. Interessados em que o Bovespa Mais deslanche, os bancos (Votorantim e Banco do Brasil) cobraram da Senior apenas 3%.

 Consultada sobre a necessidade de impressão do prospecto, a CVM afirmou que, conforme a Instrução 400/03, o prospecto impresso deve ser entregue apenas aos investidores que o demandarem. Caso contrário, pode estar disponível apenas em meio eletrônico —opção adotada pela Senior Solution. Já a BM&FBovespa permitiu que a companhia, em razão de se listar no Bovespa Mais, economizasse na taxa de liquidação. A remuneração, de 0,035%, varia de acordo com o volume da oferta, mas existe um patamar mínimo de R$ 138 mil. Esse valor foi descartado para a Senior Solution. Resultado: a companhia pagou os 0,035% sobre o volume da oferta, o que deu R$ 19 mil.

 Na segunda fase, após o IPO, a empresa estima que gastará R$ 230 mil a mais por ano do que se não tivesse feito a oferta. Nesse cálculo estão computados o acréscimo da auditoria — decorrente da mudança de periodicidade de anual para trimestral —, o incremento nas horas de advogado, o aumento das publicações legais, a manutenção da equipe de relações com investidores (RI) e as taxas de fiscalização e escrituração das ações.

 Transparência e conflitos de Interesse 

 Quais são os conflitos de interesses que permeiam um IPO? 

 Eles estão relacionados ao valor da ação. A empresa quer vender os papéis pelo preço mais alto possível, enquanto o investidor quer pagar o mínimo. O banco pode se ver tentado a superavaliar a companhia, tanto para conseguir o mandato de coordenador como para ser bem remunerado, já que seu pagamento é um percentual do valor total ofertado. No entanto, as boas instituições financeiras costumam refrear essa ânsia pelo lucro no curto prazo. O risco de somente levarem a mercado operações muito caras é caírem no descrédito dos investidores. Outro possível conflito vai na direção oposta: o banco pode ser levado a privilegiar os investidores, com quem está em permanente contato, e subavaliar as ações da empresa. Isso ocorreria porque o IPO é um evento único e os follow-ons são esporádicos na vida de uma companhia.

 Se a empresa pegar um empréstimo pré-IPO com um os bancos coordenadores, ela será malvista pelos investidores? 

 Essa prática,chamada de equity-kicker, é malvista no mercado. Ocorre quando a empresa pega um empréstimo que não conseguiria saldar apenas com seu fluxo de caixa. O financiamento é concedido para que a companhia ganhe porte (por meio de aquisições, por exemplo) e se torne elegível a um IPO. Com o dinheiro captado na oferta,a empresa está obrigada, por força das cláusulas do contrato, a pagar o empréstimo. A princípio, uma situação como essa poderia sinalizar que o banco confia na companhia e no seu plano de negócios e, por isso, estaria disposto a correr um risco maior para fazer a operação deslanchar. Após vários IPOs feitos dessa forma em 2007, a conclusão a que se chegou não foi boa: as companhias que pegaram os empréstimos venderam caro suas ações, deixando pouco espaço para valorização dos papéis no longo prazo. Hoje, como o risco de um IPO não dar certo tornou-se maior, os bancos pararam de oferecer esse tipo de financiamento.

 A relação entre o emissor das ações e os coordenadores deve ser explicitada? 

 Sim, ela deve constar nas seções "operações vinculadas à oferta" e "relacionamento entre o ofertante e os coordenadores da oferta" do prospecto. O código de melhores práticas de ofertas públicas da Anbima também regula esse aspecto, para desestimular o equity-kicker. Os bancos participantes devem informar, em "operações vinculadas", a existência de empréstimos dados à emissora e explicar suas condições, como taxa, prazo e condições de pagamento. Também precisam informar se têm direitos de subscrição de ações da empresa, além de declarar a intenção que tinham ao conceder o empréstimo e possíveis benefícios que obterão em decorrência dele.

 A Oferta 

 É possível listar ações na bolsa sem fazer oferta pública inicial? 

Sim. Essa é uma forma de companhias de pequeno ou médio porte, que têm mais dificuldade em acessar o mercado por meio de IPOs, se tornarem conhecidas pelos investidores e se acostumarem à rotina de companhia aberta. A desvantagem dessa prática é que a empresa, inicialmente, arca com todos os custos de permanecer aberta, mas não capta recursos do público. Algumas companhias que trilharam esse caminho foram a RJCP, negociada no segmento tradicional da BM&FBovespa, e a Desenvix, listada no Bovespa Mais — nesse segmento, as empresas têm até sete anos para fazer o IPO.

 Uma empresa com ações listadas na bolsa só pode fazer ofertas públicas? 

 Não. Ela pode fazer também aumentos de capital privados, que são bem mais simples que uma oferta pública e podem atender às necessidades de recursos. Para isso, deve aprovar o aumento em assembleia e publicar um aviso ao mercado. Os acionistas têm um prazo de 30 dias para exercer o direito de preferência, se não quiserem ter suas participações diluídas. Caso nem todas as ações sejam compradas, a companhia pode ainda promover duas rodadas de oferta aos sócios. Se nem assim houver demanda pelos papéis, deverá ofertá-los no mercado por meio de leilão de sobras.

 Quais são os requisitos para realizar um IPO por meio de leilão de sobras? 

 O leilão de sobras pode ser realizado se a empresa fez um aumento de capital privado, mas seus acionistas não subscreveram todas as ações. Sua realização dispensa a elaboração tanto do prospecto quanto do anúncio de início de distribuição. De acordo com o ar tigo 6o da Instrução 400/03 da CVM, para a utilização desse procedimento simplificado, as sobras não podem ser superiores a um terço das ações em circulação no mercado. Em dezembro de 2012, no entanto, a autarquia publicou comunicado informando que as companhias podem fazer IPO por meio de leilão de sobras sem necessariamente observar esse limite, mediante dispensa solicitada e concedida pela CVM caso a caso. Para isso, é necessário que a companhia per tença à categoria A (definição dada pela Instrução 480/09 da CVM) e seja listada num dps níveis diferenciados de governança da bolsa. Nesses casos, o limite máximo para a oferta é de R$ 150 milhões, e os papéis só podem ser destinados a investidores qualificados (com mais de R$ 300 mil em aplicações financeiras).

 Qual é o prazo para as ofertas subsequentes? 

 Uma vez que a companhia já realizou o IPO e quer voltar a mercado por meio de uma oferta subsequente (follow-on), o processo é bem mais rápido e simples, esclarece o advogado Jean Marcel Arakawa, do escritório Mattos Filho, Veiga Filho, Marrey Jr. e Quiroga Advogados. A CVM e a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima) possuem um convênio pelo qual a associação faz uma análise prévia da documentação e só a encaminha para a autarquia depois de aprovada. Enquanto o sinal verde para o IPO demora mais de dois meses, a liberação da oferta subsequente costuma durar cerca de 40 dias. 

O que é uma companhia pré-operacional? 

 Não há, na legislação, uma definição do que seja uma companhia pré-operacional. O entendimento geral é que se trata de negócios com menos de dois anos de existência e que não tenham origem em outras atividades — a exemplo das várias empresas do grupo EBX, do empresário Eike Batista. Ficam de fora do rol companhias criadas especificamente para o IPO que, contudo, já atuavam no ramo por meio de outras empresas.

 O que é necessário para fazer o IPO de uma empresa pré-operacional? 

 Por conta da falta de histórico de geração de receita, as companhias pré-operacionais devem apresentar ao mercado um estudo de viabilidade, com projeções, de acordo com as instr uções 400/03 e 480/09 da CVM. "Nesses IPOs, os cuidados precisam ser redobrados", adverte Eliana Chimenti, advogada do escritório Machado, Meyer, Sendacz e Opice Advogados. É preciso estar claro, no prospecto, que a companhia ainda não está opera ndo e quais projeções correm o risco de não se realizar. Devido ao risco elevado, as ofertas de companhias pré-operacionais costumam estabelecer tíquetes mínimos para os investidores, o que acaba por afastar o aplicadorde varejo.

 O que é o modelo de roll up? Quais são as vantagens dele? 

 O roll up é um modelo baseado em aquisições de empresas de pequeno e médio portes. Uma das suas vantagens é permitir a arbitragem de múltiplos: a consolidadora paga preços baixos pelas empresas adquiridas, já que elas são pequenas, entretanto consegue lançar ações na Bolsa por valores polpudos devido ao seu por te e à estrutura de transparência e governança desenvolvida para o IPO. Outro atrativo advém da sinergia e do ganho de escala. É possível montar uma única estrutura administrativa, financeira, de controle e de sistemas para atender às várias empresas que fazem parte da holding e, com isso, diluir custos fixos. A companhia constituída de participações em outras menores também ganha acesso a capital mais barato e cria uma marca forte. Como realiza suas compras preponderantemente por meio da troca de ações cotadas na bolsa, não se endivida fortemente e mantém a alavanca- gem sob controle. Hoje, há três companhias brasileiras que listaram seus papéis na bolsa utilizando o modelo de roll up: Brazil Pharma, Brasil Brokers e Brasil Insurance. Constituídas como holdings, elas atuam em mercados fragmentados e, a partir da compra de empresas regionais, tentam se firmar como líderes nacionais. "Um dos desafios nesse tipo de oferta é dar aos investidores uma visão do todo", justifica Glenn Mallett, superintendente executivo do Bradesco BBI.
Por: Capital Aberto - Guia para a Abertura de Capital
Fonte: seniorsolution 17/06/2013



27 junho 2013

Magazine Luiza vende participação em CD ao Fundo Kinea

Venda foi assinada pelo valor de R$ 205,5 milhões

O Magazine Luiza informou nesta quinta-feira, 27, que assinou um contrato de venda da sua participação de 76,7% no centro de distribuição (CD) localizado no município de Louveira (SP) para o Fundo Kinea Renda Imobiliária Fundo de Investimento Imobiliário - FII, pelo valor de R$ 205,5 milhões. Conforme o fato relevante, 90% desse valor foi pago hoje e os restantes 10% ficarão retidos numa conta vinculada até o cumprimento de certas condições precedentes.

 A companhia diz também, no comunicado, que continuará utilizando este centro de distribuição, mediante contrato de locação assinado hoje por um período de dez anos, renovável por demais períodos.

 "O principal objetivo do Magazine Luiza com essa transação é concentrar investimentos no negócio principal, varejo de lojas físicas, virtuais e o e-commerce, reduzindo ativos imobiliários, aumentando o retorno para os acionistas e reafirmando seu compromisso com a continuidade do crescimento da companhia", diz a empresa, no fato relevante.

 O Magazine Luiza acrescenta que a MTG Administração, Assessoria e Participações, sociedade pertencente ao grupo controlador da companhia, continua detentora de sua participação de 23,3% do centro de distribuição de Louveira. Por   Eulina Oliveira, do Estadao
Fonte: exame 27/06/2013

27 junho 2013



TI e telecomunicação poderão crescer até 20% neste ano

Companhias e organizações que representam as indústrias de software, serviços e equipamentos de tecnologia preveem uma demanda aquecida no Brasil em 2013 e nos próximos anos. A Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estima que o setor de TI vai registrar receita de US$ 132 bilhões este ano no Brasil, equivalente a um crescimento de 7,3% em relação a 2012, quando o setor faturou US$ 123 bilhões. Porém, US$ 54 bilhões desse total não se referem a receita gerada a partir de vendas, mas sim de valorização das empresas por meio de desenvolvimento e inovação com suas equipes internas.

 De acordo com a Brasscom, as vendas de equipamentos podem chegar a US$ 35,3 bilhões; as de software, US$ 9,5 bilhões; e as de serviços, US$ 21,2 bilhões (incluindo o segmento de serviços de terceirização de TI).

 Antonio Gil, presidente da Brasscom, disse que o setor de TI responde por aproximadamente 5% do Produto Interno Bruto brasileiro, enquanto em economias maduras o setor movimenta algo em torno de 8% do PIB. “Uma participação de 8% no PIB é quanto deveria ser. Por isso, a meta para o setor é se desenvolver para alcançar essa marca até 2022″, afirmou. Esse crescimento equivale a uma expansão de 54% na receita do setor em dez anos. Gil considerou como fatores de estímulo o aumento do uso de TI em empresas pequenas e médias e o aumento das compras no setor público e nas áreas privadas de educação e saúde.

 As taxas de crescimento variam de acordo com o segmento analisado. Gerson Schmitt, presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), disse que o mercado de software e serviços cresceu 26,7% no ano passado, para US$ 24,43 bilhões, e estima expansão de 20% para este ano. 

“Esse é um mercado que não para de crescer, mas temos capacidade de produzir melhor, mudando o modelo de negócios”, disse. Schmitt defendeu o estímulo à propriedade intelectual de softwares no Brasil e criticou a decisão do governo federal de estimular mais a produção de software livre – que tem como principal fonte de receita serviços de suporte aos softwares – em detrimento do desenvolvimento de tecnologia proprietária. “Perdemos dez anos discutindo software livre, enquanto o resto do mundo investiu em redes, nuvem e em outras tecnologias que dominam o mercado”, disse.

 Em TI e telecomunicações a previsão de alta é mais modesta. Humberto Barbato, presidente Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), prevê crescimento em torno de 6% em 2013, chegando a R$ 69,9 bilhões, nessas duas áreas. Nesse cálculo ele inclui as vendas de equipamentos como computadores e celulares. O crescimento será impulsionado pela substituição de celulares por smartphones e pela ampla adoção de tablets.

 Equipamentos de TI para o varejo poderão ter um desempenho melhor, com crescimento de pelo menos 10% nas vendas este ano, segundo cálculo de Cleber Morais, presidente da Bematech, especializada no segmento. Para o mercado de software, Morais prevê um incremento maior, mas não cita números. “O varejo apresenta uma demanda mais forte por software e serviços de TI este ano”, disse Morais. Ele afirmou que as empresas também elevaram as encomendas de serviços de gestão de grandes volumes de dados (“Big Data”) e softwares que facilitam o relacionamento entre a empresa e seus públicos.

 Alexandre Dinkelmann, vice-presidente-executivo para estratégia e finanças da Totvs, não citou números, mas também afirmou que a companhia prevê crescimento este ano. “Um dos principais impulsionadores é a grande demanda das empresas por software e serviços de TI na nuvem [que podem ser acessados remotamente por internet]“, disse. Dinkelmann também antevê um crescimento expressivo da procura por centros de dados, softwares para desenvolver negócios a partir do grande volume de dados que as empresas possuem, softwares de gestão empresarial (ERP) e para gestão da rede de dispositivos fixos e móveis das empresas. Valor Econômico
Fonte: consecti 27/06/2013



Itaú Unibanco compra BMG Seguradora por R$ 85 milhões

A BMG Seguradora gerou R$ 62,6 milhões em volume de prêmios retidos durante o ano de 2012.

 O Itaú Unibanco anunciou nesta quinta-feira (27/6) que o Banco Itaú BMG (joint venture) comprou quase 100% das ações de emissão da BMG Seguradora por R$ 85 milhões.

 A BMG Seguradora gerou R$ 62,6 milhões em volume de prêmios retidos durante o ano de 2012 e, durante os meses de janeiro a maio de 2013, um volume de prêmios retidos de R$ 42,4 milhões, 77% acima do volume gerado em igual período de 2012.

 A BMG Seguradora celebrará acordos de exclusividade com o Banco BMG e com a joint venture para a distribuição de produtos securitários a serem atrelados aos produtos comercializados por esses bancos.

A instituição estima-se que referida aquisição não acarrete efeitos contábeis relevantes nos resultados do Itaú Unibanco, que consolidará a operação em suas demonstrações financeiras.
Fonte: Brasil Econômico 27/06/2013 



BSI Tecnologia se estrutura para fazer IPO em 2 anos

"Temos uma estratégia em desenvolvimento para em 2015, aí sim, discutir a abertura de capital", afirmou o presidente da empresa, Ogarito Lopes

 Segundo Lopes, a BSI está fazendo a "lição de casa", buscando informações na Bolsa. "É um caminho novo, que estamos acompanhando e entendendo", afirmou

A BSI Tecnologia se estrutura desde agora para fazer uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) daqui a dois anos.

 "Temos uma estratégia em desenvolvimento para em 2015, aí sim, discutir a abertura de capital", afirmou o presidente da empresa, Ogarito Lopes, nesta quarta-feira, 26, em seminário sobre as perspectivas do setor de TI.

 Segundo ele, a BSI está fazendo a "lição de casa", buscando informações na Bolsa. "É um caminho novo, que estamos acompanhando e entendendo", afirmou, acrescentando que a companhia ainda não definiu em que mercado poderia ser listada.

 O presidente da Cast Informática, José Calazans, que também afirmou mais cedo no evento que pretende promover o IPO da empresa, informou que a companhia mira o Novo Mercado da Bovespa. Rodrigo Petry, do Estadao
Fonte: exame 26/06/2013



Prime Interway faz spin-off de divisão de automação comercial

A Prime Interway, distribuidora de valor agregado, anunciou nesta quarta-feira, 26, que fará spin-off (separação) de sua divisão de automação comercial. A partir de 1º de julho, a área passa a operar de forma independente, sob a denominação de DNAC Tecnologia e Automação.

 O spin-off é parte de um processo de reestruturação da distribuidora, que está cada vez mais focada na distribuição de valor agregado. “Estamos deixando mercados em que importa mais o volume e centrando nossas atividades em negócios onde podemos fazer a diferença para nossos clientes, oferecendo, muito além de produtos, soluções de valor”, afirma Henrique Castro, CEO da Prime Interway.

 Com o negócio, cujo valor não foi revelado, toda a estrutura comercial da área de automação comercial da Prime será absorvida pela DNAC. Além disso, a nova companhia continuará operando em Itajubá, no interior de Minas Gerais. “Nessa nova fase daremos ênfase à linha de produtos de automação, mas integrados a outras tecnologias, como acesso e segurança, ampliando ainda mais o portfólio”, afirmou Monica Leite, que já atuava à frente da divisão e a adquiriu. Ela adianta que o foco neste ano será a expansão da atuação nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste.
Fonte: tiinside 26/06/2013



Mason Square Capital busca projetos de mobilidade urbana, mídia e setor financeiro

A empresa de investimentos Mason Square Capital chegou ao Brasil com o objetivo de oferecer financiamento, assistência operacional e consultoria para startups locais nas áreas de mobilidade urbana, mídia e setor financeiro.

 “Nós investimos em etapas que vão desde a criação, incentivando o pensamento inovador, o embrião do negócio, comprometendo-nos com a ideia em sua fase inicial e suportando o plano de negócio comprovado e a equipa de gestão”, diz Daniel Bernd, diretor da empresa.

 Ele informa que o primeiro projeto local em operação é o iCab2go, uma plataforma de serviços móveis baseada no booking de táxi. A meta é divulgar os investimentos em mídia e setor financeiro já no segundo semestre deste ano.

 A Mason Square Capital tem sede em Miami nos Estados Unidos e ramificações em mais de 50 países.
Fonte: tiinside 25/06/2013



Oi vai à CVM e desmente fusão com Portugal Telecom

Em comunicado enviado ao órgão regulador do sistema financeiro, a CVM, nesta terça-feira, 25/06, a Oi, mais uma vez, garante que não há, no momento, qualquer negociação envolvendo as duas operadoras para uma fusão de ativos. O comando da Oi está nas mãos do PT com Zeinal Bava à frente do dia-a-dia da operadora brasileira. No informe, a Oi esclarece uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, que diz que há a PT e a Oi preparam uma fusão.

No informe, o diretor de Relações com Investidores da Oi S.A, Bayard Gontijo, garante que não há qualquer negociação.

 No texto, a tele sustenta que "Conforme mencionado nos Fatos Relevantes de 4 de junho de 2013, 28 de janeiro de 2013, 27 de janeiro de 2013 e 28 de julho de 2010, a Oi e a Portugal Telecom têm uma parceria estratégica e tecnológica (“Aliança Industrial”), pela qual há a constante busca e análise de alternativas que possam intensificar esta Aliança Industrial, de forma aassegurar uma melhoria operacional, ampliar presença internacional e alavancar sinergias entre estas companhias, especialmente nas áreas de engenharia, rede tecnologia e inovação de serviços".

 No último dia 04, em entrevista à Reuters, o presidente do Conselho de Administração do grupo, Henrique Granadeiro, destacou que "do ponto de vista da Portugal Telecom, é crítico acelerar o programa de 'turnaround' (recuperação) da Oi através de uma materialização das sinergias entre as empresas, nomeadamente partilhando ainda mais o 'know-how' em muitos dos temas que serão chave para concluir com sucesso esse 'turnaround'".

 No mesmo dia, Zeinal Bava, que se mantém como presidente-executivo da PT, assumiu no lugar do interino José Mauro Carneiro da Cunha, no posto desde a saída de Francisco Valim, em janeiro – quando o nome de Bava já fora cotado. Portugal Telecom tem cerca de 25% do capital da Oi e participações acionárias nas duas principais controladoras da empresa brasileira.  Ana Paula Lobo
Fonte: Convergência Digital 26/06/2013



Ibmec muda comando e descarta venda

O Ibmec demitiu o presidente VanDyck Silveira e o diretor financeiro Felipe Negrão, que fizeram uma proposta de compra no valor de R$ 280 milhões pelo grupo educacional. Para os seus cargos foram nomeados, respectivamente, João Arinos dos Santos e Naia Lourenço, que há duas semanas vinham ocupando as posições interinamente. Silveira e Negrão foram afastados por 90 dias de suas funções após a oferta de aquisição.

 O Ibmec informou ainda que não pretende vender o grupo educacional. Em comunicado divulgado ontem, observou que "não há interesse em negociar os termos de tal proposta, o que já foi comunicado aos proponentes. O Grupo Ibmec esclarece também que não se encontra em andamento qualquer processo que tenha ou possa ter por objetivo a alienação do controle acionário do Grupo Ibmec, nem tampouco há qualquer decisão no sentido de se iniciar tal processo."

 Fontes próximas às negociações disseram que Silveira e os outros quatro executivos que fizeram a proposta conversavam com Claudio Haddad e o fundo Capital, dono de 35% da faculdade, há cerca de um ano.

 No último domingo, alunos, pais e ex-alunos do Ibmec fizeram um abaixo-assinado apoiando a iniciativa dos executivos e contra a venda da instituição para grandes grupos de ensino. Até ontem, mais de 460 pessoas já tinham assinado o manifesto, que está na internet. Procurado pela reportagem, Silveira preferiu não se manifestar.  Por Beth Koike | De São Paulo Valor Econômico
Fonte: clippingmp 27/06/2013



26 junho 2013

Módulo Security anuncia aquisição da Bridge Consulting

A Módulo Security Solutions, empresa brasileira especializada em soluções de Governança, Riscos, Compliance e Segurança da Informação, anuncia que finalizou compra do controle acionário da Bridge Consulting. Com a experiência da Bridge em Mapeamento, Governança e Gestão de Processos em geral e mais especificamente em TI, a Módulo fortalece ainda mais sua presença de mercado com uma solução abrangente e integrada.

 A Bridge era controlada pelos dois sócios, Carlos Eduardo Carvalho e Carolina Abrantes, ambos formados em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. A empresa ofereceu consultoria para importantes empresas, como as multinacionais Michelin e Rexam. A Módulo e a Bridge já vinham realizando projetos em conjunto, sendo que um dos principais trabalhos executados foi desenvolvido em parceria com FINEP/SEBRAE.

 De acordo com a Bridge Consulting, a expectativa da empresa é, com este movimento, poder atender cada vez mais a demanda por governança e reestruturação de processos de Tecnologia da Informação. 

Para o CEO da Módulo Security Solutions, Sergio Thompson-Flores, esta aquisição vem ampliar ainda mais o escopo de atuação da empresa. Para ele, a Módulo agora pode oferecer um portfólio mais completo de soluções, desde o mapeamento e gestão de processos para definição da governança até a integração ao Risk Manager, garantindo a conformidade com as normas regulatórias de mercado.

 O Risk Manager é um software, desenvolvido pela Módulo, que permite a implementação de forma integrada de processo para automatização e harmonização dos processos de Governança, Riscos e Compliance, eliminando as lacunas e falhas de processos e, com isso, reduzir risco e contribuir para a redução de custos. Risk Report
Fonte: decisionreport 26/06/2013

26 junho 2013



AMG Elevadores passa a integrar o grupo espanhol Orona

Empresa brasileira será a representante do grupo no Brasil. Valor do negócio não foi divulgado

O grupo espanhol Orona anunciou a compra da empresa brasileira AMG Elevadores. O objetivo é se consolidar como um dos maiores fornecedores de transporte vertical do país. A unificação das empresas será gradual: as diretorias e gerências da AMG permanecerão trabalhando. O valor da compra não foi divulgado.

 "Com a aquisição passamos a ser a própria Orona, o que nos possibilitará maior acesso a novas tecnologias, processos, produtos e investimentos, direcionados aos nossos clientes e colaboradores. O mercado brasileiro está entre os maiores do mundo e possui forte potencial de crescimento", afirma Fernando Moura, diretor-superintendente da AMG Elevadores.

 Segundo o diretor, um dos maiores desafios da gestão será a escassez de mão de obra especializada. "Certamente vamos investir em treinamento e formação de mão de obra própria", disse.

 A Orona pretende gerar novos negócios no valor de 100 milhões de euros no Brasil. Rodrigo Louzas
Fonte: piniweb 26/06/2013



Conselho do Indusval aprova compra do Banco Intercap

O Conselho de Administração do Banco Indusval (BI&P) assinou nesta quarta-feira, 26, a compra de 100% do capital social do Banco Intercap. O contrato foi firmado com os acionistas Roberto de Rezende Barbosa, Afonso Antônio Hennel, Cristina Hennel Fay, George Antônio Hennel e Ricardo de Santos Freitas, que também estabeleceram o compromisso de investir no BI&P para futuro aumento de capital.

O valor da operação será o patrimônio contábil do Intercap no fim deste mês. Para referência, o Indusval divulgou, em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que o patrimônio líquido da instituição, em 31 de março deste ano, era de R$ 117 milhões. A carteira de crédito total atingiu R$ 350 milhões no término do primeiro trimestre deste ano, com índice de Basileia de 15,13%.

Os investimentos por parte dos acionistas do Intercap correspondem ao total dos recursos recebidos com a aquisição, por meio da cessão do direito de preferência, mediante a subscrição e integralização de ações ordinárias a serem emitidas pelo Banco BI&P em um aumento de capital privado.

A aquisição e aumento de capital dependem de aprovação do Banco Central, do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e serão submetidos à Assembleia Geral Extraordinária (AGE), sem data definida.

Constituído em 1990, o Banco Intercap atua em crédito corporativo, operações de câmbio e intermediação de operações da BM&F Bovespa. "A operação visa a reforçar e ampliar a base de capital do Banco BI&P. Uma vez concluída, o patrimônio líquido passará a ser de aproximadamente R$ 700 milhões, o que permitirá crescer a sua base de ativos dentro de uma estrutura de capital ainda mais robusta", informou a instituição financeira.Por Marcelle Gutierrez  Estadão
Fonte:  Yahoo26/06/2013



BHG vai acelerar expansão com compras


A BHG - Brazil Hospitality Group, terceira maior rede hoteleira do país, prepara-se para aumentar em 20% o número de quartos adicionados em sua rede, a cada 12 meses, com aquisições. O presidente da companhia, Peter van Voorst Vader, quer usar mais de R$ 300 milhões para elevar a oferta em 1,8 mil quartos em vez da atual taxa de aumento, que é da ordem de 1,5 mil unidades agregadas em 12 meses.

O executivo diz que essa estratégia independe da conjuntura hoje de incertezas provocadas pela recente volatilidade do dólar, que se apreciou 13% ante o real desde maio. "Quero anunciar uma aquisição antes da publicação do balanço trimestral", disse, referindo-se à divulgação de resultados, em 13 de agosto.

 "O câmbio tem impactos que se anulam no nosso negócio, embora volatilidade não seja boa para ninguém", diz o presidente da empresa, cuja principal bandeira é a Golden Tulip. A rede é formada por 49 hotéis - 16 próprios, 26 de terceiros, sete de participação mista e três em fatia minoritária.

 A BHG tem hoje 20 projetos em desenvolvimento, que elevarão a capacidade de oferta dos atuais 8.691 quartos para 13.077 unidades até o fim de 2015. "Esse cenário não inclui as aquisições que vamos fechar neste ano", afirma Vader. Ele conta que a empresa tem caixa hoje, demandando contratos de aquisição.

 O grupo captou R$ 328 milhões em uma oferta pública adicional de ações, no dia 18 de abril. Cada papel saiu a R$ 17,50, acima da cotação de fechamento nesta segunda-feira, de R$ 15,65.

 Cerca de dois-terços desse montante foram alocados por estrangeiros, o que é apontado pelo executivo como sinal de confiança no setor hoteleiro do Brasil. "O câmbio desestimula o turismo internacional para o brasileiro e torna mais barato para o estrangeiro a vinda ao Brasil", afirma. "O dólar valorizado também estimula a indústria exportadora e favorece retomada da demanda em cidades com fábricas".

Na lista de 20 hotéis em desenvolvimento, a BHG tem 13 unidades que não estão em capitais, mas em zonas urbanas sedes de indústrias manufatureira ou extrativista, como São José dos Campos (SP), Itaguaí (RJ) e Marabá (PA).

 No balanço do primeiro trimestre, o BGH elevou em 35,5% a margem das receitas antes de juros, impostos e depreciação (margem Ebitda) para R$ 20,8 milhões. "Queremos virar líderes em receitas no setor de hotelaria", diz Vader para explicar que esse processo exige um ritmo de aquisições mais rápido.

O grupo quer usar 80% dos recursos captados na oferta feita em abril em oportunidades de aquisições e fusões. Desde 2010, foram oito compras que somaram perto de R$ 400 milhões.

 Além dos recursos gerados pela oferta de ações, o BHG conta com o Fundo de Investimento em Participações (FIP), que levantou inicialmente R$ 150 milhões. Para esse capital, a taxa de retorno prometida aos cotistas é de 13% ao ano mais variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 O executivo não lista quais cidades estão no radar das aquisições que vai fazer, mas dá dicas ao citar preocupação com mercados em que ele enxerga excesso de oferta após o choque de oferta recente. "Porto Alegre, por exemplo, aumentou em 30% a oferta. Tem outras cidades que deram um choque de oferta que vai exigir mais tempo para que a demanda se equilibre, especialmente se a economia continuar assim por mais tempo".

 O presidente da BHG afirma que se a economia crescer entre 1% e 2% ao ano até 2015, a demanda tende a permanecer estável; com um Produto Interno Bruto (PIB) abaixo desse patamar, há risco de retração. "Mas temos um cenário em que a economia volta a se recuperar neste segundo semestre".

Segundo estudo realizado pela consultoria Hotel Invest, pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) e pelo Senac-SP, focado nas 12 cidades-sede que vão receber a Copa do Mundo FIFA de Futebol em 2014, o setor hoteleiro vai elevar a oferta em 24,2% até 2015, mas a demanda vai crescer 15,7%. Nesse universo, o aproveitamento de unidades - e consequentemente as margens de retorno dos empreendimentos - terá respostas diferentes.

 Enquanto no setor hoteleiro fluminense, por exemplo, a taxa de ocupação será da ordem de 88% na categoria econômica, no mesmo horizonte, daqui a dois anos, as taxas de ocupação média nesse segmento serão de 53% em Porto Alegre, 48% em Belo Horizonte e 81% em São Paulo. Valor Econômico -
Fonte: clippingmp 26/06/2013

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A BHG em seu site disponibiliza Apresentacão Institucional - Junho 2013. Abaixo alguns slides extraídos do mencionado documento.