Um dos principais executivos do varejo brasileiro, Hugo Bethlem investe em rede de restaurantes para concorrer com o Spoleto
Por quase três décadas, o agora empresário Hugo Bethlem atuou como executivo de destaque no mercado varejista. Ele teve passagens importantes, em cargos de comando de empresas como Carrefour, Sendas, Dicico e Pão de Açúcar, onde ocupou o cargo de vice-presidente de relações corporativas até agosto do ano passado e foi um dos cotados para assumir a presidência em 2010. Essa ampla experiência no segmento é hoje seu grande trunfo para ter sucesso em uma nova empreitada. Bethlem está abrindo uma rede de restaurantes de comida rápida especializada em massas, a Quasi Pronti.
Ele tem como sócio no negócio o empresário português António Relva Ribeira, um ex-colega de trabalho da época do Carrefour, que criou a marca em Portugal, em 2001. Atualmente, a rede possui quase 30 lojas na Península Ibérica e na Romênia. A Quasi Pronti, cujo principal rival será o Spoleto, vai iniciar as operações com cinco lojas localizadas na capital paulista. A primeira deve ser aberta nesta semana no Shopping Ibirapuera, na zona sul de São Paulo. Em três anos, Bethlem espera, no mínimo, dobrar o número de restaurantes. O investimento na empresa será de US$ 5 milhões.
Para levantar esses recursos, o empresário aproveitou-se de sua extensa rede de contatos. “Fiz uma rodada de investimentos do tipo que os americanos chamam de ‘family and friends’ (amigos e família)”, diz. Dessa forma, ele convenceu outras 13 pessoas a entrarem no negócio, a maioria ex-colegas de trabalho, que dividiram entre si dez cotas de R$ 500 mil. “Teve gente que nem chegou a trabalhar comigo, mas me conhecia e decidiu apostar.” Por contrato, nenhum investidor pode sair do negócio ou receber dividendos nos primeiros três anos da companhia. A rede de contatos de Bethlem também foi útil na hora de definir fornecedores.
Ele conseguiu fazer parcerias com grandes fabricantes de alimentos, como a italiana Barilla, tradicional marca de macarrão, além do frigorífico JBS e da empresa de laticínios Vigor, ambas da holding J&F, da família Batista. Essa boa relação com fornecedores será fundamental para os planos do empresário de oferecer um preço menor no concorrido mercado de alimentação fora de casa. O setor, que faturou no ano passado cerca de R$ 20 bilhões, é formado basicamente por redes de franquias, com mais de 570 marcas disputando a preferência e o apetite dos consumidores. O prato mais barato da Quasi Pronti custará R$ 17,90. A média nas praças de alimentação de shoppings, onde estarão instaladas as primeiras cinco lojas da rede, é de R$ 22, segundo cálculos de Bethlem. Por Rodrigo CAETANO
Fonte: istoedinheiro 28/06/2013
30 junho 2013
Do outro lado do balcão
domingo, junho 30, 2013
Alimentos, Investimentos, Plano de Negócio, Tese Investimento, Transações MA
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Ruy Moura
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