30 setembro 2011

Capgemini conclui aquisição da italiana Aive por US$ 58,5 milhões

A consultoria Capgemini finalizou a compra do grupo Aive, empresa italiana de soluções em tecnologia da informação, por 42,9 milhões de euros, o equivalente a US$ 58,5 milhões.

Em nota, a Capgemini afirmou que a aquisição faz parte da estratégia de fortalecer o portfólio. “A integração consolidará nossa posição no mercado, permitindo uma maior expansão no país”, disse, em referência ao mercado italiano, o diretor executivo de serviços de aplicações na Europa Continental, Olivier Sevillia.

Ainda segundo o executivo, o negócio vai reforçar a posição da empresa no mercado de projetos baseados em soluções personalizadas.

No ano passado, a Capgemini faturou cerca de 150 milhões de euros na Itália. Antes de ser comprado pela consultoria, o grupo Aive pertencia a três fundos – Emerald, Fidia e Athena. Em 2010, faturou 56 milhões de euros. Por Luciana Seabra
Fonte:valoreconomico30/09/2011

30 setembro 2011



Totvs conclui integração de suas 45 aquisições e quer mais

Nos últimos cinco anos, empresa alinhou aos seus negócios todas as pequenas e grandes operações e planeja ainda ir às compras

Cosentino, da Totvs: 45 aquisições em cinco anos não saciou o apetite do empresário

A Totvs passou os últimos cinco anos ocupada com a integração das 45aquisições que fez aos seus negócios. Neste ano, todo o processo deve ser concluído e, ao que tudo indica, os investimentos neste sentido não param por aí.

Segundo Laércio Cosentino, presidente da companhia a empresa está sempre à procura de novas oportunidades. “Queremos nos consagrar como uma companhia global, e aquisições estão sempre no radar”, disse o executivo, que participou, nesta sexta-feira, do Fórum EXAME.

Por se tratar de uma empresa de capital aberto, Cosentino desconversou quando questionado se, neste ano, alguma grande compra poderia ser anunciada pela Totvs, mas não descartou a possibilidade. “Podem vir mais 45 por aí”, afirmou o executivo.

Pedra no sapato

Cosentino participou da mesa de um dos painéis do evento, cujo tema era competitividade.
O executivo foi convicto ao afirmar que, hoje, uma das maiores pedras no sapato das empresas brasileiras é a carga tributária. “Sabemos que não dá para acabar com os impostos, mas sou a favor de um imposto mais justo”, defendeu.

Em seus últimos resultados financeiros, a Totvs apresentou crescimento constante de lucro. No segundo trimestre, os ganhos da companhia somaram 35,9 milhões de reais, com taxa de crescimento de cerca de 10% na comparação com o mesmo período de 2010.
A companhia espera manter o mesmo ritmo de crescimento nos próximos trimestre do ano. Daniela Barbosa
Fonte:exame30/09/2011



Brasil Ecodiesel vende fábrica de óleo para Dreyfus

A Brasil Ecodiesel divulgou hoje que vendeu, por R$ 40 milhões, a Fábrica de Óleo Itumbiara para a Louis Dreyfus Commodities.

Em fato relevante, a Brasil Ecodiesel informa que a fábrica, localizada em Itumbiara, estado de Goiás, era uma unidade de esmagamento de algodão que pertencia originalmente à Maeda, absorvida pela Brasil Ecodiesel, em dezembro de 2010.

Pelo acordo, o valor pago pela Dreyfus poderá ser acrescido em até R$ 20 milhões, dependendo dos resultados da fábrica nos anos de 2011, 2012 e 2013.

A venda da unidade de esmagamento de algodão faz parte da estratégia da empresa de se desfazer de seus ativos que não façam parte do 'core business' da 'nova' Brasil Ecodiesel, empresa criada com a absorção da Maeda Agroindustrial e da Vanguarda, e que irá se concentrar na produção de soja e milho e reduzir a participação da produção de biodiesel. Em 5 de outubro, uma assembleia geral extraordinária (AGE) deverá alterar o nome da empresa de Brasil Ecodiesel para Vanguarda Agro.
Fonte:estadao30/09/2011



Desenvix adquire controle integral da Enex

A Desenvix Energias Renováveis, braço de geração elétrica do grupo Engevix, adquiriu o controle integral da Enex, empresa especializada na operação e manutenção de pequenas e médias usinas hidrelétricas, da qual já detinha 50% do capital. A aquisição da metade restante das ações da controlada foi feita por R$ 18 milhões.

Em fato relevante divulgado hoje, a Desenvix anunciou ainda que Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou o início das operações da pequena central hidrelétrica (PCH) de Moinho a partir deste mês. O empreendimento é controlado integralmente pela empresa e adicionará 13,7 MW à sua capacidade instalada.

Neste mês, a Desenvix recebeu registro de companhia de capital aberto da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), e deve ser a segunda a integrar o Bovespa Mais - o chamado mercado de acesso da bolsa -, ao lado da Nutriplant.
Fonte:valoreconomico30/09/2011



Desenvix vai ingressar na segunda no Bovespa Mais

Empresas listadas no Bovespa Mais tendem a atrair investidores que visualizem nelas um potencial de desenvolvimento mais acentuado

A Desenvix, empresa de negócios na área de energia renovável, o que inclui geração e transmissão de energia, ingressa na segunda-feira (3/10) no segmento Bovespa Mais.
A companhia é a segunda a ser listada, atrás da Nutriplant.

O segmento foi formado para as empresas que desejam entrar no mercado acionário de forma gradual, buscando uma estratégia diferenciada.

As empresas listadas no Bovespa Mais tendem a atrair investidores que visualizem nelas um potencial de desenvolvimento mais acentuado, quando comparadas com empresas listadas no mercado principal.

As regras de listagem do Bovespa Mais são semelhantes às do Novo Mercado e, da mesma forma, as empresas nele listadas assumem compromissos de elevados padrões de governança corporativa e transparência com o mercado.

Atualmente, a BM&FBovespa conta com 184 companhias listadas nos segmentos diferenciados de Governança Corporativa, das quais 125 no Novo Mercado, 19 no Nível 2 e 38 no Nível 1.

A BM&FBovespa vai promover uma cerimônia que marca a adesão da Desenvix Energias Renováveis, com o código DVIX3M, no Bovespa Mais na segunda-feira, quando contará com a presença do CEO da companhia, José Antunes Sobrinho, e demais executivos da companhia.
Também estará presente o diretor executivo de Produtos e Clientes da BM&FBovespa, Marcelo Maziero.
Fonte: brasileconomico30/09/11



Ensino privado está "revolucionando" o Brasil, diz FT

Segundo jornal, faculdades privadas deram acesso a mais de 6 milhões de alunos; grupo Pearson, dono do FT, também investiu no País

Número de alunos inscritos no ensino superior cresceu de 1,8 milhão para 6,5 milhões em dez anos

O jornal Financial Times traz uma reportagem em que afirma que o setor de ensino privado está se desenvolvendo rapidamente no Brasil, apesar das frenquentes queixas por parte dos investidores sobre o fraco sistema educacional no País.

“As instituições de ensino privado iniciaram uma revolução na educação de terceiro grau e triplicaram o número de vagas disponíveis para a emergente classe média brasileira, de menor poder aquisitivo”, afirma o jornal financeiro britânico.

Algumas dessas instituições, como a Anhanguera Educacional Participações, já começam a fazer parte do ranking das maiores companhias de ensino no mundo em número de estudantes e estão se expandindo rapidamente no Brasil.

“Entre 2000 e 2010, o Brasil passou de 1,8 milhão de estudantes inscritos no ensino superior para algo entre 6 milhões e 6,5 milhões atualmente”, afirmou Alexandre Silveira, executivo do International Finance Corporation (IFC), braço privado do Banco Mundial e investidor da Anhaguera, à publicação. “A capacidade adicional (de ensino) vem essencialmente do setor privado”, disse Silveira.

O aumento dos salários elevou a renda das famílias mais pobres, fazendo com que mais de 30 milhões de pessoas ascendessem para a classe média na última década. "À medida que essas pessoas começaram a terminar o ensino médio, a demanda por educação de terceiro grau explodiu, provocando um “boom” no sistema privado de ensino, liderado pro empesas como a Anhaguera e Kroton", diz o FT.

“A indústria também está atraindo o interesse de grupos estrangeiros, como a Pearson, dona do Financial Times, que investiu R$ 888 milhões na aquisição de uma divisão do Sistema Educacional Brasileiro”, afirma o jornal.
Fonte: iG30/09/2011



Logística e terra fizeram Suzano Energia Renovável escolher o MA

A disponibilidade de terras a um preço acessível e a questão logística foram decisivas para que o Maranhão fosse escolhido para sediar duas das três fábricas da primeira fase de implantação da Suzano Energia Renovável.

As duas unidades serão independentes da fábrica de celulose que a controladora Suzano Papel e Celulose terá no Estado, segundo o presidente do braço de energia renovável, André Dorf.

As duas unidades estarão localizadas nos municípios de Urbano Santos ou Chapadinha, distantes de Imperatriz, onde será instalada a fábrica de celulose. O investimento previsto é de cerca de R$ 1 bilhão, entre a formação florestal e a parte industrial.
"Os motivos (para a escolha do Maranhão) são que a gente tem uma proximidade grande com o principal mercado consumidor, a Europa, a gente ganha uns cinco dias de navio, e tem a questão de disponibilidade de terras a um preço razoável", afirmou Dorf em entrevista à Reuters.

A Suzano Energia Renovável vai atuar no mercado de biomassa para geração de energia por meio da produção pellets de madeira (pequenos pedaços de eucalipto) para exportação. Estão previstas inicialmente três unidades produtoras de 1 milhão de t de pellets por ano cada, a serem instaladas até 2014. A terceira unidade ainda não tem local definido, mas Dorf garante que ela também será construída no Nordeste.

A empresa ainda não definiu como será a sua estrutura de capital, mas o objetivo é minimizar uma eventual necessidade de um aporte de recursos da controladora. "Estamos trabalhando em algumas alternativas. A gente está avaliando a possibilidade de trazer um sócio na operação", disse o presidente, que lembrou ainda da preocupação da Suzano Papel e Celulose com a sua alavancagem.

"A gente está avançando muito, já estamos negociando com fornecedores, frete marítimo", disse Dorf. A decisão de compra de equipamentos, entretanto, deve acontecer apenas em 2012. Ao contrário da fábrica de celulose, onde todo o transporte do insumo será feito por ferrovia, no caso das fábricas da Suzano Energia Renovável serão utilizadas rodovias para o transporte do produto final.

A fábrica de celulose no Maranhão iniciará suas operações em novembro de 2013. Em 2011, os aportes nessa unidade serão de R$ 1,154 bilhão, parte de um orçamento da Suzano de R$ 3,5 bilhões para o atual exercício. Está prevista ainda uma unidade no Piauí, com início das operações esperado para o primeiro semestre de 2016.
Fonte:terra30/09/2011



Adobe adquire tecnologia da Iridas

A Adobe anuncia que adquiriu determinados ativos da empresa privada Iridas, empresa de ferramentas de alta performance para graduação digital de cores e aprimoramento de filmes e vídeos profissionais, incluindo a tecnologia estereoscópica.

A graduação de cores é um componente fundamental para finalizar conteúdo profissional de televisão e filme de crescente importância durante a criação de conteúdos modernos, com o advento e o crescimento rápido do vídeo de Alto Alcance Dinâmico (HDR).

Com a tecnologia da Iridas, a Adobe Creative Suite Production Premium e a Adobe Creative Suite Master Collection, duas ferramentas para profissionais de vídeo, devem ganhar um conjunto extensivo de instrumentos para manipular cores e iluminação em qualquer tipo de conteúdo.

A aquisição da tecnologia Iridas inclui o SpeedGrade, um conjunto de ferramentas para Stereo 3D, processamento RAW, graduação de cores e acabamento de conteúdo digital. Além disso, oferece argumentos não destrutivos para a correção de cores primárias e secundárias que são otimizadas para desempenho em CPUs e GPUs multi-core
Fonte:partnersales29/09/2011



Ernst & Young Terco aponta os 10 maiores riscos e oportunidades para os negócios nos próximos dois anos

Guerra por talentos aparece no topo das prioridades entre líderes brasileiros, seguido por temas como regulação, inovação tecnológica e corte de custos .

A gestão de talentos será o fator de maior relevância para as organizações brasileiras até 2013. A tendência foi apontada pelo estudo Turn Risks and Opportunities into Results – Exploring the Top 10 risks and Opportunities for Global Organizations, realizado pela Ernst & Young e que aponta os dez principais fatores de risco e oportunidades para os negócios.

No ranking global, porém, o quesito aparece em terceiro lugar, com índice de impacto para 2013 de 6,2 – numa escala que vai de 1 (pouco impacto) a 10 (muito impacto). No Brasil, o índice é de 7,5.

E o Brasil não está sozinho nessa “guerra por talentos”. A busca por bons profissionais parece impactar a maioria dos setores pesquisados, além dos demais mercados emergentes, como China, Índia e África do Sul.

A tendência é que a “fuga de cérebros” não se reverta no curto prazo, mostrando que mesmo a volta de talentos para seus países de origem, registrada por países como China e Índia, não foi suficiente para suprir a necessidade de trabalhadores nesses mercados que crescem em ritmo forte.

De acordo com o estudo, de forma global, a ausência de pessoas com a qualificação necessária é o item que mais contribui para reforçar os riscos relacionados à gestão de talentos nas organizações globais. “Isso se deve, em parte, a problemas históricos no sistema educacional, não privilegiando a formação técnica e qualificação profissional.

Outros fatores que dificultam a gestão de pessoas são a falta de foco no gerenciamento de profissionais e a crescente competição global por talentos, especialmente em países emergentes ainda pouco afetados pela crise global”, explica José Carlos Pinto, sócio de consultoria da Ernst & Young Terco.

Outros fatores que também preocupam as organizações brasileiras, segundo as previsões para 2013, são:
regulação e compliance (7,2);
inovação tecnológica (7,1);
corte de custos (6,8);
pressão por preços (6,4);
acesso ao crédito, que empata com
intervenção do Estado na economia (5,9);
risco de mercado (5,7);
riscos relacionados à responsabilidade social empresarial (5,1); e, por fim,
os riscos associados à economia(4,7).


Ranking global de riscos-
Em primeiro lugar no ranking geral das dez maiores ameaças para os negócios está regulação e compliance (6,6), seguido pelo vice, corte de custos (6,3). “A busca por soluções para as recentes turbulências na economia mundial, tais como a crise da dívida na Europa e o fraco desempenho da economia nos Estados Unidos, pode alavancar ainda mais o temor em relação à regulação e à necessidade de corte de custos para minimizar o impacto da crise nos negócios”, afirma José Carlos Pinto.

Completando a lista, aparecem ainda: gestão de talentos (6,2), pressão por preços (6,0), inovação tecnológica (5,9), riscos de mercado (5,5), intervenção do Estado na economia (5,3), riscos ligados à responsabilidade social empresarial (4,9), lenta recuperação (ou “recessão”, com 4,6) e acesso ao crédito (4,3).

Entre os fatores que podem aumentar o risco de regulação e compliance, o estudo aponta pressões regulatórias – especialmente para setor bancário e o de biociências, nova legislação e pressão da opinião pública. Para minimizar os problemas com regulação e compliance, a pesquisa aponta investimentos em relacionamento com o governo e rápida implementação das novas exigências. “As empresas buscam ter o Governo como parceiro em novos investimentos, incluindo projetos de pesquisa e desenvolvimento”, explicou o sócio da Ernst & Young Terco.

Em segundo lugar na lista global, a pressão pelo corte de custos afetará, em 2013, principalmente o setor da administração pública. Nesse quesito, o Brasil acompanha Itália, países do Oriente Médio e Reino Unido, ao classificar o item como fator de alto impacto. Restrições legais à flexibilidade de corte de custos e pressões políticas aumentam os riscos, segundo a análise da Ernst & Young.

Ao comparar as duas listas (Brasil e global), notam-se algumas diferenças nas previsões para 2013. Além de gestão de talentos, a inovação tecnológica, que aparece em quinto lugar na lista global, é, para o Brasil, mais um ponto de preocupação, apresentando índice de 7,1 (terceiro lugar). “Os principais desencadeadores desse fator são ausência de uma cultura de inovação e investimentos insuficientes no setor”, comentou José Carlos Pinto.

O Brasil também difere do ranking mundial quando se trata de acesso ao crédito: enquanto a previsão geral para 2013 apresenta um índice de 4,3, o Brasil tem um índice bem maior, de 5,9. “Apesar de beneficiados por iniciativas recentes de estímulo, nossos principais agentes econômicos ainda se deparam com elevadas taxas (spread bancário) e burocracia para a obtenção de crédito, principalmente quando comparamos com o cenário de economias mais desenvolvidas. Ainda há espaço para crescimento dos níveis de crédito em relação ao PIB”, conclui.

As dez oportunidades-
O estudo ainda traz itens destacados pelas companhias globais como as dez maiores oportunidades para os negócios. O Brasil, de uma forma geral, é fortemente impactado pela maioria dos quesitos.

Em primeiro lugar, foi citado pelo estudo da Ernst & Young a melhora na execução de estratégias dentro da empresa. Nesse ponto, a ação mais bem-sucedida é o fortalecimento da comunicação estratégica.

Em segundo, aparecem investimento em processos, ferramentas e treinamento.

Investimento em TI aparece no estudo em terceiro. Em ambos os casos, o principal desafio enfrentado por companhias globais é o orçamento insuficiente para atingir seus objetivos.

A lista das 10 maiores oportunidades segue ainda com inovações em produtos, serviços e operações (4º lugar) e crescimento da demanda em mercados emergentes (5º lugar). Neste caso, Brasil, Índia e China – exemplos de mercados emergentes com grande população – contribuem diretamente para as oportunidades encontradas pelas organizações globais.

A lista contém ainda investimento em tecnologia limpa (6º), excelência na relação com investidores (7º), novos canais de marketing (8º), fusões e aquisições (9º) e parceria público-privada (10º).
Ernst & Young Terco - é líder global em serviços de auditoria, impostos, transações corporativas e consultoria.
Fonte:revistafator30/09/2011



Rigor com franqueados garante vigor da Multicoisas

Com processo de seleção e treinamento rigorosos, a rede de franquias Multicoisas espera chegar em 2021 com 500 lojas.

No ano em que a economia mundial passava pelo pior momento da crise, em 2008, a Multicoisas estava empenhada em desenvolver seu plano de expansão, com intuito de sextuplicar o número de unidades abertas.

Reconhecida por oferecer soluções de reparos, acessórios e utilidades do cotidiano, a empresa planejava à época abrir 360 lojas em 10 anos.
Atualizadas as projeções neste ano, a Multicoisas espera agora chegar em 2021 com 500 unidades.

"Pela primeira vez traçávamos um plano de médio prazo. A partir desse exercício, de enxergar os próximos 10 anos, todas as possibilidades foram colocadas no papel e, consequentemente, na prática. Todas as áreas foram estruturadas", afirmou Nelson Oshiro Hokama, diretor de Expansão da Multicoisas.

Com quase 30 anos de existência, somente na década de 90 a Multicoisas passou a operar no modelo de franquia. Segundo Hokama, todo processo de reestruturação demorou justamente por primar pela qualidade dos produtos e saúde financeira dos negócios.
"Foi uma ousadia, porque pensar em reestruturação em época de crise houve resistência, mas aconteceu", disse.

Dentre as estratégias de reposicionamento da marca, foi instituído que toda loja iniciasse os negócios com grau de endividamento zerado.
Desde 2009, as inaugurações de lojas têm sido contínuas. Naquele ano, foram abertas 12 unidades, quantidade que saltou para 22 em 2010 e a meta para 2011 é somar mais 30 ou 35 à rede.

O faturamento atingiu R$ 170 milhões em 2010. A expectativa é que neste ano alcance R$ 230 milhões, o que representa um aumento de 35,3%.

O projeto de expansão abrange todo Brasil, com exceção da região Norte. "Ano que vem vamos começar por lá, em Belém. Na região, pesa a questão da logística", disse o executivo, destacando que a empresa estuda a construção de um centro de distribuição para atender melhor a região.

Com 126 lojas em operação, o Multicoisas já está presente em 19 estados brasileiros.

Processo de seleção
O diferencial da rede encontra-se no criterioso e rigoroso processo de seleção do franqueado, garantindo que nos últimos 10 anos nenhuma unidade fosse fechada.
Atualmente, são cerca de 300 interessados para uma concessão de franquia.

A primeira parte do processo de seleção consiste em seis passos: cadastro, palestra, entrevista, recebimento de circular de oferta, autorização para conhecer o negócio com um franqueado e "test drive" - um dia de vivência em uma loja de Campo Grande (MS), sede da Multicoisas.

Após essas etapas, consciente da sua vocação e seguro sobre o negócio, o candidato a franqueado é apresentado à diretoria, faz um teste psicológico e é entrevistado por todos os diretores.

Ao final de todo esse processo, o candidato aprovado passa por um treinamento de um mês na Universidade Multicoisas, como é conhecido o centro de formação dos franqueados.
"Não interessa se a pessoa tem capital, tem que ver se o perfil do candidato se enquadra à filosofia da rede", ressalta Hokama.

Os cuidados não param por aí. A franqueadora avalia os indicadores financeiros de todas as lojas mensalmente, e auxilia as unidades com desempenho abaixo da média.
O investimento para abrir uma loja Multicoisas - montada, com estoque, e capital de giro - é de aproximadamente R$ 515 mil.

Quanto à taxa de retorno, Hokama estima que a partir do terceiro ano de operação o processo é iniciado, variando de uma loja para outra.

Histórico
A rede Multicoisas surgiu como uma casa de materiais de construção - a Multicasa - em 1978, em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Foi a partir desse negócio que os fundadores Lindolfo e Elza Martin notaram a demanda dos clientes por peças e ferramentas para pequenos reparos e alteraram o perfil da loja dando origem a Multicoisas em 1984.
Atualmente, Lindolfo não tem função executiva, mas Elza está ocupa a presidência da rede. Por Micheli Rueda

Fonte: brasileconomico30/09/11



Presidente do Marfrig descarta mais aquisições neste ano

Cotado para comprar os ativos da Brasil Foods, Marcos Molina diz que prioridade é ganhar eficiência

O presidente doMarfrig, Marcos Molina, adotou uma postura cautelosa para comentar a eventual compra de ativos da sua principal rival, a Brasil Foods. Ao participar do EXAME Fórum, nesta sexta-feira, Molina limitou-se apenas a dizer que, apenas a dizer que, neste ano, a Marfrig não está planejando nenhuma aquisição.

“Estamos focados em busca de sinergias, eficiências, mas nada de compras”, disse. Recentemente, por exemplo, o Marfrig anunciou a venda das operações de logísticada Keystone Foods para a Martin-Brower por 400 milhões de dólares.

Na ocasião, a empresa justificou a venda com o argumento de que, assim, poderá se concentrar no foco do negócio, que é a industrialização de carnes.
Além disso, há uma semana, o Marfrig também informou que pretende vender seu terminal portuáriode Itajaí (SC), adquirido junto com a compra da Seara, em 2010.

O Marfrig é um dos mais lembrados pelo mercado, quando se trata de apostar quem levará os ativos que a Brasil Foods será obrigada a vender, por determinação do Cade, para viabilizar a fusão da Sadia e da Perdigão que lhe deu origem. Logo que o caso foi julgado, o próprio Marfrig veio a público afirmar que pediria prioridade na negociação.

Blindados
Enquanto não toma uma decisão sobre a Brasil Foods, Molina também olha para os asiáticos. O empresário afirmou que, ao contrário do que vem acontecendo com outros setores, como o automotivo e eletrônico, o setor de alimentos no Brasil está blindado à invasão chinesa.

“Não nos preocupamos com a China. Acho difícil que o setor venha produzir no país, não há espaço. E, em contrapartida, nossa demanda no mercado chinês é uma das que mais cresceram nos últimos cinco anos”, disse. “A Ásia já representa nosso segundo mercado”, afirmou Molina.

A crise é outra questão que também não está tirando o sono do empresário. Segundo ele, mesmo com poder de compra menor, hoje o preço da carne é bem mais baixo do que se comparado dez anos atrás.

“Já estamos acostumados com a crise e protegidos para enfrentá-la como foi em 2008. Ninguém vai deixar de comer carne por conta disso”, afirmou Molina.

A compra da americana Keystone Foods foi uma das estratégias para ampliar a atuação no mercado de food service. A subsidiária criada pela Marfrig começará a operar a partir do ano que vem e nasceu com faturamento de 1 bilhão de reais anualmente. Para Molina, o setor era um dos únicos ainda não muito explorados pela companhia. Por Daniela Barbosa
Fonte:exame30/09/2011



Telesp compra 49% das ações ordinárias da Lemontree

A Telecomunicações de São Paulo (Telesp) informou há pouco, em documento encaminhado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que comprou, ontem, 49% das ações ordinárias da Lemontree Participações.

A empresa adquirida detém 80,1% do capital ordinário da operadora paulista de serviços de televisão a cabo Comercial Cabo TV São Paulo.

Conforme a Telesp, a transação, que envolve 68.533.233 ações, estava prevista no acordo de convergência, compra e venda de ativos celebrado entre a companhia e Abril Comunicações, Tevecap, TVA e Rede Ajato em 29 de outubro de 2006. Por Stella Fontes
Fonte:valoreconomico30/09/2011



Groupe Casino fará novas aquisições na América Latina, diz diretor-presidente

O Groupe Casino, terceiro maior grupo varejista da França em faturamento, planeja se expandir na América Latina com aquisições feitas por sua subsidiária na Colômbia, a Almacenes Éxito SA, disse o diretor-presidente da Éxito, Gonzalo Restrepo, à agência Dow Jones Newswires na sexta-feira. No Brasil, o Casino é sócio do Grupo Pão de Açúcar, que inclui os hipermercados Extra e as lojas Ponto Frio e Casas Bahias, entre outras participações.

A Éxito, da qual a Casino detém 54,8%, captou US$ 1,3 bilhão com a venda de novas ações na bolsa colombiana semana passada e agora planeja usar os recursos para quitar uma aquisição no Uruguai. Ela também espera abrir até 100 lojas na Colômbia e tem um plano de três anos de expansão em "países politicamente estáveis" da América Central, Caribe e na região andina, disse Restrepo.

A Casino está usando a Éxito como um trampolim para se tornar uma empresa de maior peso na região, onde concorre com a rival francesa Carrefour SA, a americana Wal-Mart Stores e varejistas locais, como a SACIFalabella, do Chile.

A Casino ficou mais agressiva nos mercados emergentes nos últimos dois anos, aproveitando-se do crescimento da renda disponível de uma classe média emergente tanto na América Latina quanto na Ásia. A Casino também se beneficiou dos problemas que afetaram sua arquirrival Carrefour. No ano passado, a Casino comprou os ativos tailandeses da Carrefour e, este ano, impediu que a rival comprasse a parte de seu sócio na maior rede brasileira de varejo, o CBD Pão de Açúcar.

Restrepo mencionou Peru, Equador, Paraguai, Bolívia, República Dominicana, Panamá e outros países da América Central. Os mercados varejistas do Chile e México já estão saturados, disse ele, e a Casino já opera na Argentina.

"Não descartamos abrir operações do zero, mas preferimos o crescimento por meio da aquisição de participações majoritárias em varejistas locais", disse Restrepo. Ele acrescentou que a empresa prefere manter parceiros nacionais que são culturalmente afinados com os clientes e fornecedores locais, como a Casino fez na Colômbia com a Éxito.

Ele não quis especificar quanto dinheiro sua empresa está pronta para investir em aquisições na região.

Por motivos regulatórios, na Colômbia, a Éxito só pode abocanhar lojas independentes ou pequenas, porque a empresa já controla 42% da indústria do varejo formal.

Acompanhando o crescimento econômico da Colômbia, a Éxito deve divulgar um bom lucro este ano, disse Restrepo. A empresa já divulgou que o lucro do segundo trimestre quase dobrou se comparado ao mesmo período um ano antes. Restrepo disse que "o terceiro trimestre não vai desapontar".

A Éxito vai com certeza crescer em 2012, quando a economia do país deve expandir de 4,5% a 5%, acrescentou.
Fonte:wsj30/09/2011



29 setembro 2011

Marcopolo é a mais bem posicionada para adquirir os ativos da Busscar

A Busscar encerrou suas atividades e colocou seus ativos à venda no mercado. Ao mesmo tempo em que o poder de competitividade da Induscar-Caio aumentou, a venda dos ativos pode ser interessante para que a Marcopolo (POMO4), cuja folha de pagamentos saudável pode permitir ofertas mais agressivas que a da concorrente, sugerem Paula Kovarsky e Diego Mendes, da Itaú Corretora.

Para a dupla de analistas, a boa fase financeira da companhia aponta para duas direções: o anúncio de aquisições ou o aumento da razão para a distribuição de proventos. A eventual aquisição poderia ter um impacto positivo no valuation, já que seria mais provável do que o aumento dos dividendos, na visão do Itaú.

A aquisição da companhia iria imediatamente aumentar a capacidade instalada da companhia no Brasil e prevenir que um novo player entre na indústria de ônibus brasileira. "Vemos a Marcopolo como a companhia mais bem posicionada para adquirir os ativos da Busscar e, no evento em que a companhia anuncia esta aquisição, veríamos isto como um movimento estratégico importante", afirma Paula e Mendes.

Ação opera descontada em relação ao setor
A empresa opera historicamente descontada em relação a outras companhias do setor industrial, por conta de um lento crescimento, enquanto seu ROIC (Retorno sobre o Capital Investido) permanece em linha com os concorrentes. "O desconto já não é merecido e nós vemos espaço para uma mudança nos múltiplos da companhia", diz o Itaú. O banco acredita que a companhia pode exceder seus pares em crescimento com um dos maiores ROICs no futuro.

A corretora reforça a recomendação de outperform (performance acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 8,00 para o final de 2012. Por Tatiane Monteiro Bortolozi
Fonte:infomoney29/09/2011

29 setembro 2011



Brasileira Stefanini abre filial em Manila, nas Filipinas

Dando continuidade ao seu processo de expansão internacional, a brasileira Stefanini IT Solutions, companhia de serviços de tecnologia da informação (TI), inaugurou hoje sua filial na região metropolitana de Manila, nas Filipinas.

Com investimento não revelado, a nova unidade tem capacidade para 500 funcionários. Atualmente, a companhia tem atuação em todos os continentes, por meio de operações em 28 países.
Fonte:valoreconomico29/09/2011



Nadir Figueiredo compra a Santa Marina

A Nadir Figueiredo acaba de informar o mercado que adquiriu o negócio de utilidades domésticas da Saint-Gobain Vidros. O acordo envolve a compra da empresa Santa Marina, formada pela Marinex, Duralex e Santa Marina, além de uma linha de cerâmica e porcelana.

A companhia não informou valores da operação. O Valor apurou que, somadas, as empresas passam a ter mais de R$ 600 milhões em faturamento anual. O negócio terá de passar pelos órgãos de controle da concorrência.

A efetivação do acordo está condicionada ao cumprimento prévio de determinadas condições previstas no referido compromisso, diz o comunicado da empresa enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A Nadir Figueiredo contou com a assessoria do Banco Bradesco BBI. nesta operação.Por Adriana Mattos

Fonte:Valor29/09/2011



Venezuela aprova joint venture entre PDVSA e Odebrecht

A jointe venture será formada com uma participação de 60% da PDVSA e 40% da Odebrecht E&P Espana

O governo da Venezuela aprovou a criação da joint venture entre a estatal PDVSA e a brasileira Odebrecht. A informação foi divulgada hoje no Diário Oficial da União (DOU). A parceria terá como foco a pesquisa e a produção de petróleo no Estado de Zulia.

A jointe venture será formada com uma participação de 60% da PDVSA e 40% da Odebrecht E&P Espana. O acordo terá duração de 25 anos, pelo qual a companhia brasileira pagará US$ 50 milhões à PDVSA. A aprovação pela Assembleia Nacional da Venezuela dá sinal verde para as empresas explorarem e produzirem petróleo bruto e gás natural em Zulia.

A Venezuela tem procurado parceiros estrangeiros para desenvolver suas reservas de petróleo, como uma forma de elevar a produção para 4 milhões de barris por dia em 2014. Hoje, a produção é de 3 milhões de barris por dia. As informações são da Dow Jones.
Fonte:exame29/09/2011



Dinamize anuncia aquisição da empresa Livebuzz

Anúncio foi oficializado durante a edição do Rio de Janeiro, do EMM Brasil,

Há 11 anos no mercado e totalmente focada na comunicação digital, a Dinamize desfruta de sua melhor fase. Durante a realização do EMM Brasil 2011 - Edição Rio de Janeiro (o maior e mais importante evento relacionado ao uso do e-mail marketing da América Latina), a empresa anunciou conquistas e aquisições que mudarão a maneira de fazer negócio de seus clientes.

Apostando em tecnologia diferenciada e visando ser a maior e mais influente empresa de comunicação digital do mercado, a Dinamize adquiriu os 50% do Easy Buzz que ainda pertenciam à catarinense A2C e incorporou o Livebuzz (uma das principais ferramentas do Brasil de monitoramento de redes sociais), iniciando assim, o processo de fusão entre os softwares lançados em 2010, aproveitando o que há de melhor em cada um deles.

Através deste investimento, há como prospecção para 2012 que 10% do faturamento da empresa seja referente à comercialização do Livebuzz. A previsão de fechamento total no faturamento da companhia em 2011 é de 11 milhões, já para o ano seguinte a estimativa chega a 16 milhões de reais.

"Para esta ação, temos como foco estratégico, em longo prazo, desenvolver um plano que irá fornecer uma plataforma única de comunicação digital para o mercado corporativo da América do Sul. Acreditamos que assim as empresas poderão enviar campanhas e aferir dados de diferentes meios, como: E-mail Marketing, Redes Sociais e SMS, uma necessidade que hoje é latente nas empresas que englobam o ambiente digital", explica o diretor executivo da Dinamize, Jonatas Abbott.

Paulo Milreu, da Live Buzz, que além de sócio passa a atuar como diretor de Social Media Marketing da Dinamize. Considerada a maior empresa do segmento em presença no país, a Dinamize acaba de inaugurar mais uma filial e adquirir uma de suas franquias. Visando o atendimento personalizado ao centro-oeste paulista, a nova filial será instalada em Bauru. Já a maior franquia da empresa, no estado de Santa Catarina, foi adquirida pela Dinamize junto a A2C, que passa a ser um canal de vendas como as demais agências catarinenses. A partir de agora a companhia terá seis filiais próprias e quatro franquias.

Aliando melhorias no produto de e-mail marketing, Mail2Easy, e uma redução de custos significativa para os clientes, a empresa passa a oferecer um motor de envio diferenciado, fruto do trabalho de dois novos diretores que englobam a área técnica, o de desenvolvimento, Andrey Andrade, e o de tecnologia, Maurício Martini. Com isso, o e-mail marketing passa a ter capacidade de 300 milhões de envios por dia através do Mail2Easy, ou seja, mais de 8 bilhões de mensagens por mês e um aumento de 500% da capacidade atual. Além disso, também preocupada em aumentar significativamente a qualidade de entrega dos e-mails, a Dinamize acaba de firmar uma aliança estratégica com a maior empresa certificadora de e-mail marketing do mundo, a americana Rethurn Path.
Fonte:dinamize28/09/2011



Em negociação, entrada de novo sócio.

A abertura da empresa PLE TCI Engenharia é anunciada no momento em que a TCI BPO negocia a entrada de um novo sócio. Nesta semana, a empresa realizou uma série de reuniões com representantes de fundos de investimento.

Os investidores terão um mês para apresentar propostas. A previsão é fechar o acordo com um “grande fundo de investimento” em novembro. O novo sócio terá participação acionária de, no máximo, 15%, diz Fábio Fischer, vice-presidente do conselho de administração da TCI BPO. A estratégia faz parte dos planos da companhia de abrir o capital até 2014.

Em setembro, a TCI BPO fez uma captação de R$ 99 milhões com os bancos Credit Suisse, Banco Espírito Santo de Investimento e Itaú BBA, com a emissão de R$ 66 milhões em debêntures e R$ 33 milhões em notas promissórias. As debêntures têm prazo de cinco anos e não são conversíveis em ações. Os recursos serão usados para pagar dívidas de curto prazo, investir em projetos e fazer aquisições.

Com 4 mil funcionários e 400 clientes ativos, a TCI BPO encerrou 2010 com receita de R$ 224 milhões e projeta crescimento de 34% neste ano, para R$ 300 milhões.
Fonte: Valoronline29/09/2011



Laudo é alvo de disputas em todo mundo

Os laudos de avaliação são uma peça necessária em todos os mercados de capitais e alvo de questionamento em todos eles. "Trata-se de uma polêmica universal", afirmou o jurista Nelson Eizirik, contratado pela BM&FBovespa para conduzir estudos e discussões a respeito do Comitê de Fusões e Aquisições (CAF), que reunirá diversas entidades de mercado na criação do órgão, inspirado no modelo inglês do Takeover Panel.

"É uma daquelas coisas da vida que não têm solução perfeita. O que a gente pode fazer é trabalhar para melhorar sempre." Para Eizirk, a autorregulação pode ajudar.
O CAF deverá mediar previamente as operações de fusões, aquisições e incorporações de empresas, para evitar as disputas envolvendo controladores e minoritários. No comitê, de acordo com o jurista, os laudos terão de seguir as recomendações de melhores práticas, que podem ser do IBGC ou da Anbima.

O assunto, portanto, está na pauta das mais diversas associações. Um dos motivos para o tema estar em discussão, além do CAF, são os debates que recentemente ganharam destaque e, nos quais, o laudo estava no centro da questão.

Ao que tudo indica, porém, tão subjetivas quanto as premissas usadas numa avaliação são as opiniões quanto ao avanço que as iniciativas de autorregulação trarão.

Há quem diga que os laudos poderiam ser infinitamente debatidos, sem uma conclusão - afinal, as estimativas são subjetivas. Além disso, eles não definem as condições das operações, servem apenas como parâmetro para decisões. Por isso, o que importaria mesmo seria só a responsabilidade do administrador e quais definições ele aprovaria com base nessas avaliações.

Especialmente porque o regulador do mercado, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), já manifestou diversas vezes que não analisa laudos - mas fiscaliza sim o trabalho dos administradores. A autarquia também tem uma tendência histórica de não punir os avaliadores, uma vez que não entra no conteúdo da avaliação.

"O laudo é o instrumento mais importante de uma operação societária, pois ele pressupõe o conceito de justiça", defende Edison Garcia, presidente da Associação de Investidores no Mercado de Capitais (Amec). Segundo ele, embora o administrador seja o responsável pela justiça de uma operação, ele usa o laudo como instrumento para fazer essa justiça.

Por isso, Garcia acredita que os avaliadores deveriam ter sua dose de responsabilidade nas transações, além da defesa da reputação. A questão, contudo, esbarra na decisão da CVM de não averiguar o conteúdo das análises.

Os laudos de avaliação estão presentes nas mais diversas operações de mercado, por exigência ou legal ou regulatória. Estão anexados nos editais das ofertas públicas, são relevantes em transações de fusões e aquisições e são peça fundamental nas incorporações de controlada ou controladora - as transações mais polêmicas do mercado, porque são decididas pelos controladores, não dependem de aprovação da CVM, e são compulsórias para os minoritários.

"Quem faz um laudo deve estar investido de imparcialidade, independência e capacidade técnica", defende Garcia, da Amec. "É importante que os avaliadores não fiquem cobertos pelo manto do "disclosure" de que não são responsáveis pelo conteúdo", disse, referindo-se ao alerta que os bancos normalmente fazem na apresentação dos documentos, chamando a atenção para o fato de estarem utilizando premissas fornecidas pelas companhias. Por Graziella Valenti
FonteValoreconômico29/09/2011

Receita para laudos

Depois de ser o centro das atenções em disputas históricas entre controladores e acionistas minoritários, os laudos de avaliação vão virar alvo de autorregulação das mais diversas associações de mercado.

O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) foi o primeiro a comprar essa briga. Lança hoje uma carta diretriz sobre o tema, com o que chama de as melhores práticas na confecção de um laudo.

Iniciativa semelhante deve ser adotada, possivelmente ainda neste ano, pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) - ambas reúnem avaliadores.

As recomendações do IBGC vão desde a escolha do avaliador até o próprio laudo. Segundo a carta diretriz, cabe ao conselho de administração da empresa estabelecer um sistema formal para determinar o perfil dos avaliadores desejados e indicar o processo de definição da metodologia, parâmetros e premissas a serem usadas na elaboração do laudo. Para melhorar o processo, o conselho deve criar um comitê para essa seleção, com, pelo menos, três de seus membros, incluindo um independente.

Para os avaliadores, geralmente bancos e consultorias especializadas, a carta recomenda usar informações e projeções fornecidas pela administração desde que "respaldadas por verificação independente, sob pena de simplesmente emprestar-se a credibilidade da instituição às premissas da própria companhia". Assim, o ideal é que o banco contratado analise, teste, verifique e confirme as informações fornecidas pela empresa.

O IBGC recomenda ainda que os avaliadores demonstrem que agiram de forma criteriosa e imparcial, comprovando que em outros laudos e em situações similares seguiram os mesmos parâmetros. Também pede a carta diretriz que os bancos justifiquem com fundamentos adotar ou não as premissas dadas pela empresa.

Há recomendações especiais no caso de laudos para incorporação de controlada, por conta das polêmicas envolvendo essa operação. Nas demais transações em que o laudo é requisitado, é do minoritário a decisão sobre se aceita ou não vender os papéis. Já nas incorporações de controlada a decisão cabe ao controlador, e o futuro do minoritário é compulsório. Por isso, a indicação do IBGC é que seja previsto um contra-laudo aos minoritários insatisfeitos com a primeira avaliação. O instituto sugere, inclusive, regras para caso a diferença fique abaixo ou acima de 15%.

Mais uma questão abordada na carta diretriz que será divulgada hoje é a transparência do laudo. "Nada dessa prática de ficar a disposição apenas na sede da companhia", enfatizou Renato Chaves, relator do documento do IBGC. Segundo ele, é preciso haver publicidade do material, para acesso fácil por todos os investidores.

Chaves destacou que a decisão pela escolha do tema para a elaboração de uma carta diretriz tem relação com as constantes insatisfações em relação ao processo de escolha do avaliador, à forma de trabalho e à insuficiência das informações. Recentemente vários debates em torno dos laudos ganharam destaque.

Entre eles estão a discussão entre a família Gradin e a Odebrecht por uma fatia da holding do grupo, o processo administrativo contra executivos da Ultrapar na Comissão de Valores Mobiliários, que julgará a independência do laudo na análise das empresas do grupo Ipiranga, e a reestruturação em andamento da Oi, que levará a Brasil Telecom a incorporar as ações das demais empresas listadas. Por Graziella Valenti
FonteValoreconômico29/09/2011



Grupo Camargo Corrêa põe Shopping Jardim Sul à venda

O Shopping Jardim Sul, localizado na zona sul de São Paulo, foi colocado à venda pela Participações Morro Vermelho (PMV), holding que controla o grupo Camargo Corrêa, conforme apurou o Valor. Neste momento, a BR Malls é o grupo mais interessado na aquisição. A Brookfiled e a Multiplan chegaram a buscar informações sobre o negócio, mas já teriam inicialmente descartado a ideia de compra da operação.

De acordo com fontes do setor, o valor de mercado do Jardim Sul varia hoje entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões. Com cerca de 200 lojas e seis lojas âncoras, o empreendimento inaugurado em 1990 é o único shopping controlado pela Camargo Corrêa no país. Ele deixou de ser foco de investimentos prioritários da empresa nos últimos anos. A intenção com a venda é reforçar o caixa e aplicar os recursos em projetos do grupo ligados principalmente às áreas de energia e infra-estrutura, as duas principais "capacidades" do grupo, segundo informa uma fonte próxima ao shopping.

A Camargo Corrêa tem colocado à venda alguns ativos importantes - no fim de 2010, o grupo vendeu à Petros a sua participação na Itaúsa por cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 2,6 bilhões). Ainda no ano passado se desfez da Cnec, a sua empresa de projetos em engenharia, por R$ 170 milhões.

Procuradas, Camargo Corrêa e BR Malls não comentam o assunto. A Brookfield nega que tenha interesse no negócio e a Multiplan não se pronunciou por estar em "período de silêncio". Segundo uma fonte próxima ao shopping, Brookfield e Multiplan acreditam que teriam que investir somas altas no empreendimento para que desse um retorno maior rapidamente. "A possibilidade maior é que o negócio fique com alguém que conheça bem o mercado de São Paulo e consiga fortalecer a operação do Jardim Sul", diz um consultor.

Como pano de fundo dessa movimentação, existe um encarecimento dos grandes centros comerciais nas capitais e essa valorização tem se refletido nas propostas de vendas dos empreendimentos.

Uma negociação recente tem sido um bom termômetro citado pelo mercado. Em agosto, a australiana Westfield Shopping Center anunciou a compra de 50% da brasileira Almeida Junior, empresa que controla quatro shopping centers no sul do país. Pagou US$ 464 milhões por metade da brasileira, montante considerado alto por analistas do setor. A Almeida Junior tem 55% do mercado de shoppings em Santa Catarina (em área bruta locável).

Com foco maior nas classes B e C, o shopping Jardim Sul passou anos atrás por um programa de revitalização, com reforma da fachada, e decidiu fazer um reposicionamento de seu conjunto de lojas com a substituição de mais de 50% dos pontos. Foi o investimento de peso mais recente. Segundo os últimos rankings da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce), o Jardim Sul está entre os 60 maiores centros de compras do país - o maior é o Aricanduva, na zona norte de São Paulo. O setor de shoppings no país cresceu 17% no ano passado. Adriana Mattos
Fonte:Valor29/09/2011



ING vende sua participação na SulAmerica por US$ 1 bi, afirma FT

O ING Group está vendendo sua participação de 36% na seguradora brasileira SulAmérica, afirma reportagem no jornal Financial Times desta quinta-feira. Segundo o texto de Samantha Pearson, fontes próximas da operação afirmam que o valor pode ser de pelo menos US$ 1 bilhão, provocando uma disputa nesse mercado de "rápido crescimento" brasileiro.

As empresas cotadas para a aquisição são a seguradora francesa Taxa e a japonesa Tokio Mariner. A Taxa se recusou a comentar o assunto com o FT, enquanto a Tokio não foi localizada pela reportagem. A fatia que pertence à holandesa ING é estimada em US$ 1,5 bilhão de valor de mercado. A compra da parcela, segundo o jornal, concede uma participação de 45% na Sulaspar, o grupo controlador da seguradora.

O ING se recusou a comentar detalhes da venda ao Financial Times, mas disse que essa operação com a SulAmerica está alinhada com sua reorganização no setor de seguros para 2003.

Para o FT, desde o governo de Lula, a migração da população de classe baixa para a classe média aumentou a procura por serviços de seguro. Segundo o jornal, o setor também se beneficiou do mercado de trabalho do Brasil, que fez empregadores se esforçarem para oferecer benefícios como planos de saúde aos seus funcionários. Pedro Zambarda
Fonte: Exame29/09/2011



28 setembro 2011

A Kalunga está à venda, mas quem quer comprá-la?

Com faturamento de R$ 1 bilhão e modelo de negócios único no país, a empresa pode atrair muitos interessados

A Kalunga está à procura de um comprador. Conforme antecipou o blog Faria Lima, de EXAME.com, a maior varejista especializada em material de escritórios e informática do país contratou os serviços do banco francês Crédit Agricole para conduzir as negociações.

A rede possui um modelo quase exclusivo de negócio no varejo brasileiro, é bem posicionada, e o próprio setor no qual atua deve permanecer aquecido ainda por um longo período de tempo. Diante desse cenário, segundo especialistas consultados por EXAME.com, razões não faltam para que existam interessados nas operações da varejista. A dúvida, no entanto, é saber quem pode comprar a Kalunga, uma vez que no Brasil nenhuma outra rede se aproxima de seu modelo de negócio.

“Aqui, não consigo enxergar nenhuma companhia que possa gerar sinergia com as operações da Kalunga. Minha aposta é em fundos de privite equity, ou varejistas internacionais com modelos similares de negócios”, afirmou Ricardo Paixão , professor da Fundação Instituto de Administração (FIA).

Estrangeiros
Dentre as redes citadas por Paíxão, a americana Paper Depot é um dos destaques. “A rede já mostrou interesse no mercado brasileiro e, por meio de uma aquisição, ficaria mais fácil começar a operar aqui”, afirmou o especialista.

A Paper Depot possui operações em mais de 50 países, inclusive na América Latina. Em 2010, a varejista registrou vendas de 11,6 bilhões de dólares e, no mundo, soma mais de 40.000 funcionários. Uma de suas concorrentes no mercado americano, a Staples, também pode entrar na disputa pela varejista brasileira.

A Staples é uma das que mais se aproximam do modelo de negócios da Kalunga. No passado, a rede já tentou, sem sucesso, operar por aqui. Em 2010, as vendas da Staples somaram mais de 24 bilhões de dólares.

Caixa para comprar a varejista brasileira não seria problema. Segundo Paixão, a rede é avaliada entre 300 e 500 milhões de reais. O que pode atrapalhar as negociações é o fato de ambas as companhias possuírem capital aberto nos Estados Unidos e a Kalunga ser uma empresa fechada aqui – algo tradicionalmente relacionado pelos acionistas a falta de transparência.

Investidores
“Diante das possibilidades, minha aposta é que fundos de investimentos possam fazer ofertas pela Kalunga. O setor varejista vive uma de suas melhores fases no país, o que chama a atenção de diversos fundos”, afirmou Eugênio Foganholo, especialista de varejo.

O mesmo pensamento é compartilhado por José Lupoli Junior, sócio da Lupoli Junior Consultores Associados e professor da EACH/USP. Para ele, a compra das operações, ou pelo menos do controle da Kalunga por um fundo pode reposicionar a marca e elevá-la a um novo patamar no varejo. “Não descartaria, inclusive, a abertura de capital da companhia”, afirmou o especialista.

Fundada no início da década de 70, a Kalunga possui hoje quase 70 pontos de vendas. Segundo estimativas da própria rede, seu faturamento, no ano passado, somou mais de 1 bilhão de reais. A varejista atualmente é controlada por Roberto e Paulo Garcia, filhos de Damião Garcia, seu fundador.

Procurada, a Kalunga afirmou que a possibilidade de venda de suas operações não passa de boatos. “Nossa relação com o Crédit Agricole não é recente, e o banco francês há anos nos presta assessoria”, disse Hoslei Pimenta, diretor-geral da varejista. Por Daniela Barbosa
Fonte:exame28/09/2011

28 setembro 2011



Itaú compra operação de varejo do HSBC no Chile

Banco brasileiro ganha 5.500 clientes e carteira de US$ 20 milhões

O Itaú comprou a operação de varejo do HSBC no Chile. De acordo com o jornal Valor Econômico, o negócio foi confirmado pelo banco britânico. Já o Itaú não comenta a informação.

A negociação foi divulgada nesta quarta-feira pelo jornal chileno El Mercurio. Segundo a publicação, o acordo faz sentido para as duas instituições. O HSBC pretende concentrar sua atividades no Chile em empréstimos corporativos. Já o Itaú avançará no segmento de varejo premium, com 5.500 clientes e uma carteira de 20 milhões de dólares em crédito.

A fatia do HSBC no varejo bancário do Chile, segundo a Dow Jones, é bastante pequena: apenas 0,03% da clientela. Já o Itaú detém 3,33% do mercado sul-americano. Por Márcio Juliboni
Fonte:exame28/09/2011



Grandes firmas de auditoria poderão sofrer abalo enorme com novas regras.

Michel Barnier, comissário para mercado interno europeu, quer normas para limitar conflito de interesses no setor.

As “Big Four”, quatro maiores firmas de auditoria do mundo, podem ser desmembradas, ficando suscetíveis a aquisições, se forem em frente planos radicais da União Europeia para intensificar a concorrência, disse na terça-feira uma autoridade britânica do setor.

O comissário para mercado interno da UE, Michel Barnier, deverá publicar um projeto de lei em novembro para limitar o que considera um conflito de interesses – quando os auditores verificam os balanços contábeis e prestam serviços de consultoria a um mesmo cliente.
As firmas KPMG, Ernst & Young, Deloitte e PwC verificam a contabilidade de quase todas as grandes companhias do mundo.

O projeto de lei de autoria de Barnier propõe que os auditores sejam proibidos de oferecer serviços de consultoria às empresas que auditam ou até mesmo proibidos de prestar qualquer serviço de consultoria – uma decisão que poderá obrigar as firmas a desmembrar suas operações.
“Um desmembramento das Big Four as tornariam mais suscetíveis de serem compradas por empresas chinesas em ascensão”, disse ontem uma autoridade britânica do setor, sob condição de anonimato.

Barnier vem elaborando seus planos há um ano, e o setor esperava que eles estivessem diluídos, no momento em que ele os propusesse formalmente, em novembro.
“Para reforçar a independência e a confiança profissional, a proibição da prestação de serviços extra-auditoria às entidades auditadas – e até mesmo a proibição generalizada de prestação de serviços extra-auditoria – seria uma solução”, diz o projeto de regulamento.

“Melhores trabalhos de auditoria e relatórios mais informativos reforçarão a confiança nos mercados e, ao mesmo tempo, informarão as partes interessadas sobre quaisquer problemas em relação a uma determinada organização”, acrescenta o projeto.
O Parlamento Europeu, que dará a palavra final aos Estados da União Europeia, deu aos planos seu mais amplo apoio neste mês.

Técnicos do setor de auditoria estimam que entre 28% e 30% das receitas mundiais são provenientes da verificação legal de livros contábeis, com cerca de 18% de serviços de não auditoria prestados ao mesmo cliente de auditoria. Isso significa que cerca de metade das receitas totais provém da prestação de serviços de consultoria a clientes que não estão sendo auditados.

Barnier decidiu legislar na forma de uma regulamentação, que terá obrigatoriedade diretamente aplicável aos Estados da UE, não dando margem a alternativas locais.
O Reino Unido, como sede da base europeia das quatro grandes, provavelmente se oporá a algumas das propostas mais radicais de Barnier, embora seu Office of Fair Trading tenha anunciado em julho ser justificada uma investigação abrangente sobre as condições de concorrência no setor.

Autoridades do setor de contabilidade dizem que esse tipo de investigação se tornará desnecessária se elementos pró-concorrência contidos no projeto de Barnier forem incorporados.

“Se eu fosse responsável pela UK Competition Authorities, eu me inclinaria a deixar essas decisões para a Europa. Não é uma questão britânica, na realidade é uma questão de âmbito mundial”, disse a autoridade do setor de auditoria.

Outros elementos do projeto regulamentar são o diálogo regular entre auditores e suas entidades regulamentadoras; o rodízio de auditoria a cada nove anos; e a proibição às cláusulas restritivas com as quais os bancos insistem em que uma empresa que recebe um empréstimo deva ser auditada por uma das quatro grandes.

A proposta ainda prevê a implementação de auditorias conjuntas, para que o trabalho de uma das quatro grandes seja compartilhado com rivais menores. Isso se aplicaria a empresas com balanço patrimonial acima de €1 bilhão.

A Autoridade Europeia Fiscalizadora de Valores Mobiliários e Mercados desempenharia um papel de coordenação na supervisão dos auditores na UE.
Alguns dos planos já estão sendo aplicados, como a rotatividade, na Itália, e as auditorias conjuntas, na França.

Uma lei da União Europeia que entrou em vigor em 2008 estabelece o rodízio dos sócios auditores – porém não da firma de auditoria envolvida – a cada sete anos. Também diz que o auditor não pode fornecer serviços de consultoria a um mesmo cliente caso isso dê margem a grandes conflitos de interesse, porém muitos países ainda não aplicaram essa lei na íntegra.
Fonte: Valor Econômico28/09/2011



Thomson Reuters indica vice de operações e unifica divisões

A Thomson Reuters nomeou Jim Smith como vice-presidente de Operações do grupo e afirmou que vai unir suas duas principais divisões, Markets e Professional, para capturar eficiências de escala.

As mudanças ocorrem em meio a uma série de transformações no grupo fornecedor de notícias e informações após um crescimento decepcionante de receitas na divisão Markets, que representa cerca de 59 por cento do faturamento da empresa.

Smith, que assume o cargo imediatamente, era anteriormente presidente-executivo da divisão Professional, que vende produtos de informações para as áreas tributária, de direito e de contabilidade como o WestlawNext.

O presidente-executivo da Thomson Reuters, Tom Glocer, afirmou que as mudanças vão aperfeiçoar a organização e devem levar a algumas demissões no corpo diretivo.

A companhia também anunciou nesta quarta-feira que o vice-presidente financeiro, Bob Daleo, planeja se aposentar no próximo mês de julho, depois de completar 63 anos de idade. Ele será substituído em janeiro por Stephane Bello, que é atualmente diretora financeira da divisão Professional.

Os resultados do grupo no segundo trimestre mostraram crescimento fraco da divisão Markets que resultou na saída de seis importantes executivos da empresa, incluindo o presidente-executivo da divisão Devin Wenig.

A divisão Markets teve crescimento de 1 por cento na receita do segundo trimestre. O desempenho ficou atrás dos 8 por cento de alta no faturamento da área Professional.

Glocer assumiu responsabilidade direta sobre a recuperação da divisão Markets e tem cerca de um ano para seu plano dar resultados, disseram em julho fontes próximas do pensamento do Conselho e do acionista controlador da empresa, a família canadense Thomson.

A Thomson Reuters tem enfrentado dificuldades para convencer operadores do mercado financeiro e integrantes da indústria de bancos em adotar o Eikon, um novo terminal de notícias e informações lançado há cerca de um ano.

Analistas têm mostrado preocupação de que a Thomson Reuters pode deixar de cumprir metas de receita nos próximos anos se não puder convencer atuais clientes a migrarem para a nova plataforma e conquistar usuários de rivais como Bloomberg, Dow Jones e FactSet Research.Por Jennifer Saba
Fonte:Reuters28/09/2011



5 razões para entender por que a Colombo está sempre à venda

Vira-e-mexe, surgem rumores de que a Colombo pode ser comprada – e isso mostra que interessados e motivos não faltam

Não é a primeira vez que a Lojas Colombo é alvo de especulações de que está à venda. A coluna Radar da edição desta semana de Veja afirmou que a varejista gaúcha contratou o Bradesco para buscar um comprador.

Mais uma vez, a rede negou que esteja à venda, e declarou que a relação com o Bradesco tem a ver com a sociedade que ambas as companhias possuem na financeira Crediare.

A rede não é apontada pelos especialistas como a eterna noiva do setor varejista de graça. A Colombo possui atrativos que podem interessar, e muito, os concorrentes.

Veja, a seguir, cinco motivos que explicam por que a rede é com grande frequência alvo de especulações:

Faturamento bilionário

Pouco se sabe sobre o quanto a Lojas Colombo lucra com seus negócios, pois a rede, por não ter capital aberto, não precisa publicar seus números. Mas o faturamento de mais de 1 bilhão de reais e os mais de 340 pontos de vendas espalhados por cinco estados brasileiros despertam a atenção dos concorrentes.
Se bem administrada, a receita bilionária que a varejista possui pode gerar bons ganhos e, com certeza, de olho na rentabilidade que o negócio pode oferecer, outras varejistas almejam tanto comprar a rede sulista.

Falta clareza na sucessão da companhia

Estabelecida no final da década de 50, a rede até hoje é presidida por seu fundador, Adelino Colombo, de 80 ano – e ainda não está claro quem vai sucedê-lo. Há rumores de que os quatro filhos do empresário não estão dispostos a dar continuidade ao legado do pai. Tanto que, no final do ano passado, Colombo contratou um braço-direito para assumir a função de diretor-superintendente da rede e assim diminuir a carga de trabalho e responsabilidades na companhia.

A rede é a melhor porta de entrada para o Sul

Existe um ditado no Rio Grande do Sul que diz que, onde há uma prefeitura e uma igreja, há também uma loja Colombo. A verdade é que os sulistas costumam ser fieis a redes de sua preferência, e a Colombo, há décadas, já conquistou os consumidores da região. Isso a torna a melhor forma de outras varejistas entrarem no Sul do país.

Peso no ranking do varejo brasileiro

Sempre que se fala de uma eventual aquisição da Colombo, dois rivais são lembrados: a Máquina de Vendas e o Magazine Luiza, que hoje ocupam o segundo e terceiro lugar no ranking do varejo no país. A empresa é, hoje, a quarta maior do ranking de varejo. Para a Máquina de Vendas, sua aquisição ampliaria distância do Magazine Luiza e consolidaria seu segundo no ranking, atrás somente do grupo Pão de Açúcar.
Já se a rede presidida por Luiza Helena Trajano fechasse a operação, diminuiria a distância que a separa da Máquina de Vendas e impediria que o concorrente disparasse.

E claro, ganho de escala

Toda e qualquer negociação também visa o chamado ganho de escala e, com a compra da rede Colombo, não seria diferente. A varejista possui cerca de 340 lojas e dois centros de distribuição. Negociar descontos com fornecedores na compra de produtos ficaria mais fácil. A economia que qualquer rede poderia gerar com a compra da Colombo não é nada que se pode descartar. Por Daniela Barbosa
Fonte:exame27/09/2011



Grupo A Educação adquire GSI Online

O Grupo A Educação, antiga editora Artmed, adquiriu a GSI Online, empresa de e-learning criada na Incubadora Tecnológica da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM-RS).

A ideia com a aquisição é oferecer o conteúdo do grupo editorial A em plataformas tecnológicas. O Grupo A é dono das editoras Artmed, McGraw-Hill, Penso, Bookman e Tekne, que atuam no segmento de livros técnicos científicos.

“A ideia é agregar o expertise da empresa em desenvolvimento de conteúdo instrucional para o meio digital, no formato de jogos educacionais e cursos online. Isso serve tanto para o mercado corporativo quanto para instituições de ensino”, conta Bruno Weiblen, gerente de Novos Negócios do Grupo A.

Fundado no Rio Grande do Sul, o Grupo A Educação fatura R$ 100 milhões por ano. Desde 2009, tem como sócios do BNDESPar e a gestora de recursos de fundos de private equity CRP, que possuem respectivamente 10% e 2,5% do capital da editora gaúcha.Por Beth Koike
Fonte:valor28/09/2011



Arbitragem terá novas regras para agilizar negócios

Câmaras que usam método alternativo de resolução de conflitos entre sócios mudam para acompanhar operações sofisticadas

Em time que está ganhando não se mexe, decreta o surrado ditado. A máxima pode servir para o futebol, mas parece não se aplicar à arbitragem. Não para aquela praticada nos campos de jogo — e sempre motivo de polê- mica — mas para a utilizada pelas empresas como método para resolver complexas disputas societárias sem ter de enfrentar a lentidão do Judiciário.

A prova disso é que a Câmara de Comércio Internacional (CCI), com sede na França, quase 90 anos e considerada principal palco da arbitragem internacional, acaba de reformular seu regulamento. Várias empresas brasileiras têm processos arbitrais em andamento na CCI. É o caso do duelo travado entre Abílio Diniz e seu sócio, o grupo francês Casino.

Entre as novas regras, que valem a partir do início do próximo ano, está a que estabelece a existência de uma conferência prévia. O objetivo é possibilitar que as partes se organizem melhor, planejem se haverá a necessidade de coleta de testemunhos, como será feita a produ- ção de provas e se é possível tentar um acordo, afirma André Abbud, do Barbosa Müssnich & Aragão. “É um avanço, pois evita que os envolvidos percam tempo com questões que não serão o foco da arbitragem”.

“Era muito comum que se levasse horas e se consumisse centenas de páginas para falar de questões que não têm relação alguma com a finalidade e o tema tratado na arbitragem”, lembra Arnold Wald, membro da corte internacional de arbitragem.

Além de deixar mais claros os objetivos das discussões, o novo regulamento da CCI faz com que as empresas se comprometam a tornar o processo mais rápido e equilibrado, acredita Joaquim de Paiva Muniz, sócio do Trench, Rossi e Watanabe.

Outra novidade incorporada pelo regulamento é a possibilidade de solicitar um árbitro de emergência. Ele será acionado em casos específicos e se for necessário tomar alguma medida que anteceda a arbitragem.

“Como o painel arbitral demora meses para ser constituí- do, os envolvidos podem recorrer ao árbitro ou ao Judiciário para tomar qualquer medida que exija urgência” , diz Wald. Para garantir a neutralidade da decisão, o árbitro escolhido para atuar em s i tuações de emergência não poderá compor o painel arbitral depois.

Em busca da simplicidade

Também é considerada relevante por especialistas a alteração que permite a unificação de arbitragens. Atualmente, cerca de 30% dos processos arbitrais envolvem mais de duas partes, diversos contratos e, cada vez mais, consórcios entre empresas e entes públicos em concessões governamentais. “O objetivo de unificar é evitar decisões conflitantes sobre o mesmo tema”, pondera Wald.

Embora possa ajudar a acelerar processos de arbitragem, a unificação não é algo simples. Pelas regras gerai s , em uma discussão entre duas partes cada uma indica seu árbitro. Juntos escolhem o presidente do painel. “A manutenção desse equilíbrio fica bem mais complexa quando se várias partes envolvidas. Uma pode se considerar prejudicada na escolha dos árbitros”, exemplifica Adriana Braghetta, presidente do Comitê Brasileiro de Arbitragem.

Espelho

Quarto país em volume de empresas e investidores que mais aciona a CCI, o Brasil acompanhou de perto a reforma do regulamento. É natural, portanto, que as câmaras do país adequem suas regras às necessidades do mercado.

A mais famosa delas, a do Centro de Arbitragem e Mediação da Câmara de Comércio Brasil-Canadá, está à frente do processo. Sua recente reforma ampliou a lista de árbitros que os clientes podem escolher. Pelas normas, o presidente do tribunal não precisará mais integrar a lista da câmara. “As mudanças têm como objetivo explícito acelerar o processo de internacionalização da câmara”, diz Luis Fernando Guerrero, especialista em arbitragem do escritório Dinamarco, Rossi, Beraldo & Bedaque.

Em alta nos grandes centros, modalidade tenta renascimento em Goiás

Quinze anos após a lei da arbitragem passar a vigorar no Brasil, o perfil e o nível de profissionalismo das câmaras ainda é bastante distinto.

Depende muito da região em que acontece o processo. Consagrada nos grandes centros, onde estão concentradas as maiores operações de fusão e aquisição no país — e não à toa ficam também as câmaras mais acionadas por empresas e investidores — a arbitragem tenta caminhar para obter o mesmo sucesso no resto do país.

O maior problema é que essa popularização tem seu preço. Pode vir acompanhada de efeitos colaterais. Um deles, registrado com alguma frequência em Goiás nos últimos anos, tem sido o uso de símbolos e estruturas judiciais por câmaras arbitrais.

Essa utilização é proibida, pois a arbitragem é um processo entre particulares. Para evitar essas indesejáveis parcerias público privadas, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) derrubou decreto do Tribunal de Justiça (TJ) de Goiás que abria a possibilidade desses convênios. “Goiás está em um momento de renascimento de sua arbitragem. Tentando usar o que é bom e descartar o que é ruim para acertar”, define Luis Fernando Guerrero, que coordena uma comissão que tenta colocar a arbitragem local nos eixos. Por Luciano Feltrin
Fonte:brasileconomico28/09/2011



Grupo pretende abrir capital na bolsa para crescer ainda mais

O próximo passo do grupo Multi, administrado pelo empresário Carlos Martins, é abrir capital na bolsa de valores. 'Ao fazer isso, você fecha as portas do mercado para a concorrência e se estabelece como líder absoluto', afirma Martins. 'A empresa passa a dispor de recursos para se fortalecer no mercado nacional e até no internacional.'
Este próximo passo está ligado ao plano de expansão do negócio, cuja receita ultrapassa R$ 1 bilhão.

Atualmente, o grupo Multi é composto por dez empresas, todas ligadas à educação.

Além da Wizard, que atende cerca de 500 mil alunos por ano e gera 20 mil empregos, integram a empresa as redes Yázigi, Skill, Alps e Quatrum - também voltadas ao ensino de idiomas. O grupo atua ainda em outros segmentos do setor educacional. A Microlins, rede de franquias de escolas profissionalizantes, foi adquirida recentemente e tem faturamento de R$ 400 milhões.

O grupo Multi ainda administra a Smartz, além da SOS, People e Bit Company. A expansão promovida por Carlos Martins e seus filhos, que o auxiliam no empreendimento, não se resume ao País. O empresário atua também no exterior e mantém escolas nos Estados Unidos, Ásia, África, Europa e América Latina.

Mas ser uma das grandes empresas do segmento educacional no mundo exige constante inovação. Por isso, no início de setembro, o grupo Multi começou as atividades da WeSpeak, primeira rede social idealizada para atender estudantes interessados em aprender o idioma inglês.

A empresa investiu R$ 10 milhões no projeto, cujo lançamento ocorreu simultaneamente no Brasil e China. A estratégia parece alinhada com o mundo corporativo, que busca oferecer cada vez mais produtos e serviços nas mídias sociais. Recentemente, por exemplo, o Magazine Luiza, da empresária Luiza Trajano, passou a vender seus produtos por meio do Facebook.

No caso do grupo Multi, a WeSpeak permite que seus usuários façam exercícios de aprimoramento do idioma inglês e contem, ainda, com a interação e auxílio de outros participantes. A inscrição e uso de grande parte da rede social, conforme informou a empresa por ocasião do lançamento, são gratuitos.

Caso precise da ajuda de um professor, para tirar dúvidas e ter aulas particulares pela internet, o aluno terá de desembolsar R$ 10. A expectativa do grupo é contar com um milhão de usuários cadastrados até o final deste ano. E Carlos Martins não pretende parar por aí. Em 2012, o plano do grupo Multi é preparar e lançar a versão em espanhol da rede social, desta vez, com foco no público latino.Por Ligia Aguilhar
Fonte: estadao28/9/2011



Grupo Ibmec reestrutura a Veris Educacional

Após vender as faculdades Uirapuru e Imapes, de Sorocaba, para a Anhanguera há sete meses, o Grupo Ibmec reestrutura a Veris Educacional, formada por três faculdades voltadas a alunos das classes C+ e B, dispostos a pagar mensalidades entre R$ 600 e R$ 700.

A meta é transformar a Metrocamp, faculdade de Campinas adquirida em 2008 pela Veris, em uma unidade do Ibmec a partir de 2016. "Será uma mudança gradual. Temos um concorrente forte na região que é a Facamp por isso vamos fazer essa mudança com cuidado", diz VanDyck Silveira, presidente do Grupo Ibmec desde fevereiro.

O Ibmec só pode abrir uma unidade em São Paulo (em um raio de 120 quilômetros a partir da Praça da Sé) daqui cinco anos por conta do acordo fechado com o Insper, que até 2009 operava também com o nome Ibmec. "Esse é o tempo necessário para o Insper consolidar seu [novo] nome no mercado. A partir 2016, podemos abrir unidades em São Paulo e eles nas praças em que atuamos", diz Silveira. "Com certeza teremos também um Ibmec na capital no dia 1º de janeiro de 2016".

As faculdades IBTA e Veris, cujos campi ficam em São José dos Campos e em São Paulo, respectivamente, também passarão por mudanças. Essas duas unidades que atualmente ministram apenas cursos tecnológicos, com duração de dois anos, terão também graduação nas áreas de engenharia, segundo Silveira.

O Valor apurou que as faculdades Veris chegaram a ser oferecidas a possíveis compradores. Questionado se o Ibmec está em negociações ou tem intenções de vender esses ativos, uma vez que o foco atual do grupo é a marca Ibmec, Silveira negou que tenha planos de se desfazer dessas faculdades: "Vendemos a Uirapuru e Imapes porque o perfil delas era muito diferente das demais faculdades da Veris. Mas foram vendas pontuais, não pretendemos vender as outras".

Entre as estratégias atuais de crescimento, uma delas é transformar o Ibmec em uma universidade politécnica com cursos de engenharia, arquitetura e, possivelmente, design e gestão de saúde. Hoje, o Ibmec é basicamente uma escola de negócios, com cursos nas áreas de administração, economia e gestão. A meta para 2014 é atingir um faturamento de R$ 340 milhões, o que representa o dobro da receita registrada no ano passado

As mudanças no foco do grupo Ibmec foram anunciadas um ano após a entrada da fundo americano de investimento Capital, que em 2010 adquiriu 30% do capital do Ibmec por R$ 130 milhões. Por Beth Koike
Fonte:Valoreconômico28/09/2011



Ativos no Brasil estão muito caros, diz Deloitte

Apesar de o Brasil ser atualmente considerado um país de menor risco para negócios, o setor de mineração brasileiro não tem se envolvido em um grande número de fusões e aquisições. A explicação para o país não estar no centro da tendência observada ao redor do mundo é simples: os ativos no Brasil, em geral, são caros.

"Os estrangeiros estão muito interessados no país. Temos verificado muitos processos de due dilligence (auditoria). Mas as transações, no fim, não são realizadas", afirmou ao Valor o líder global em mineração da empresa de auditoria Deloitte, Philip Hopwood.

Dados divulgados pela Deloitte mostram que, globalmente, o setor de mineração está entre os cinco que mais se envolveram em anúncios de fusões e aquisições de janeiro de 2010 a maio de 2011. Foram 4,9 mil acordos, totalizando um valor de US$ 321,2 bilhões. Os países que guiaram esses movimentos no período foram EUA, Canadá, Austrália e China. No Brasil, em 2010 foram verificados 35 acordos desse tipo (envolvendo empresas de capital nacional como compradoras ou alvo). Até setembro deste ano, apenas 11 negociações foram anunciadas.

Segundo o executivo, os ativos brasileiros representam pouco no montante global, pois estão valorizados e competem com ativos dos outros principais centros mineradores, economias com as quais as empresas conseguem ganhar boas margens. O setor no Brasil tem grandes desafios, como a forte competição das megaempresas, a busca por boas reservas e a falta de mão de obra.

Segundo a Deloitte, projetos greenfield (de construção a partir do zero) para unidades de aço no Brasil custam de 44% a 69% mais do que na Índia e na China.

"Os custos no sudeste asiático oferecem vantagem competitiva. Se o Brasil quiser brigar nesse ambiente competitivo, terá que mostrar como reduzir os custos. Mantê-los baixos é a grande questão do setor", afirmou Hopwood. "Mas, em uma situação de alta da inflação isso é difícil", completou.

Ele destaca que o foco nas estratégias de crescimento, por aquisições e com redução de custos, tem se intensificado diante do novo contexto econômico mundial. O fluxo de commodities tem se voltado cada vez mais para os países emergentes. Ao mesmo tempo, muitos mercados fornecedores têm se fechado ao comércio exterior, preocupados em garantir reservas de matérias-primas para atender primeiro o mercado doméstico. Vide a China com terras-raras. "Essas novas situações vêm afetando a forma como operam as companhias de mineração", destacou Hopwood.

O protecionismo intensifica uma das questões de maior atenção para o setor: o descolamento entre a oferta e a demanda. Enquanto os projetos de urbanização e infraestrutura na China apontam um futuro promissor para as commodities industriais, o fornecimento dessas matérias-primas está ficando cada vez mais apertado.

As minas tendem a envelhecer, o que diminui o teor de minérios. Além disso, o mundo ficou mais complexo no que tange às regulações. Os impostos incidentes sobre as operações mineradoras foram elevados por governos de várias regiões produtoras, como na Austrália e no Chile. No Brasil, o governo atualmente discute o novo marco regulatório, que também pode influenciar a indústria no país.

Diante desses fatores, o perfil de risco das mineradoras mudou. "Para aliviar essas limitações, algumas mineradoras tentam acessar reservas em lugares não tradicionais, como a África", afirmou o líder em mineração da Deloitte no Brasil, Eduardo Raffaini. Muitas vezes, por exemplo, as empresas têm o custo de investir em infraestrutura para operarem nesses locais. "Isso exige maior atenção das mineradoras. Temos que lidar ainda mais com a gestão de riscos", completou Hopwood.Por Vanessa Dezem
Fonte:Valor Econômico28/09/2011



Iberdrola negocia para ter 60% da Neoenergia

As negociações entre a Iberdrola e o fundo de pensão Previ para a compra da Neoenergia ganharam fôlego este mês, com a vinda do presidente da empresa espanhola ao Brasil. Ignacio Galán tenta fechar a compra do controle da Neoenergia adquirindo parte da participação de 49,01% da Previ, numa operação que envolverá também a empresa de participações do BNDES, a BNDESPar.

Segundos fontes, a proposta da companhia espanhola é de que, ao final do acordo, a nova composição acionária da Neoenergia seja 60% Iberdrola, 20% Previ e 20% BNDESPar. O Banco do Brasil, que participa hoje da sociedade com 11,99% por meio da BB Investimentos, deixará a empresa.

Nenhuma das empresas confirma oficialmente o andamento do negócio, que envolve cifras bilionárias. A Neoenergia estaria avaliada em mais de R$ 20 bilhões. A Previ, de acordo com fontes ouvidas pela Agência Estado, teria proposto que a companhia de energia paulista Elektro, adquirida no início do ano pela Iberdrola, por US$ 2,4 bilhões, entrasse no acordo como moeda de troca, sendo incorporada pelo fundo de pensão.

Com isso, a Previ daria início ao processo de fusão entre a Elektro e a também paulista CPFL Energia, na qual o fundo de pensão participa do bloco de controle, mas os espanhóis estariam reticentes quanto a essa troca. Até o início do ano, a intenção da Previ era unir a CPFL e a Neoenergia.

A próxima reunião do conselho de administração da Neoenergia será na sede da Iberdrola, na Espanha, na primeira semana de outubro, quando pode ser decidida a aprovação do acordo. A Iberdrola corre contra o tempo, pois precisa lançar o resultado no balanço de 2011.

Para isso, precisará também que o acordo tenha a aprovação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e, pelas novas regras internacionais de contabilidade (IRFS), só pode contabilizar o resultado da Neoenergia sendo majoritária. Em maio deste ano, os acionistas da Iberdrola haviam aprovado em assembleia que a direção da empresa tomasse as medidas necessárias para assegurar o controle acionária da Neoenergia.

Fatia. Segundo fontes, o BNDES poderá entrar no negócio de duas formas: diretamente, adquirindo participação acionária, e financiando as partes envolvidas. Estima-se que a participação direta da BNDESPar possa chegar perto de R$ 2 bilhões. Uma das alternativas é uma operação triangular, na qual ações do Banco do Brasil fossem incorporadas pelo BNDES, que adquiriria a participação da BB Investimentos e parte da fatia da Previ.

Há algum tempo, esse tipo de negociação foi tentada, mas encontrou resistência na antiga direção do fundo de pensão. No passado, chegou-se também a cogitar a abertura de capital da Neoenergia como uma alternativa para a Previ e o Banco do Brasil reduzirem suas participações acionárias na holding elétrica.

No início do mês, Ignacio Galán reuniu-se, em Brasília, com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, para expor os planos da Iberdrola de investimento no Brasil. A intenção de Galán era conseguir uma audiência com a presidente Dilma Rousseff, mas não houve como conciliar as agendas. De volta à Espanha, Galán teria indicado aos acionistas que as negociações no Brasil corriam 'em boa direção'.
Fonte:OEstadodeSP28/9/2011



27 setembro 2011

Como preparar uma empresa para ser vendida

Antes da fusão ou aquisição, vale investir em uma reestruturação para conseguir o maior valor possível ao assinar a venda.

O número de fusões e aquisições no Brasil vem crescendo nos últimos anos. Em 2010, o país bateu o recorde com 707 transações realizadas e, este ano, a trajetória ascendente continua. Para se ter uma ideia, de janeiro a junho de 2011, foram realizadas 379 transações, número recorde para um primeiro semestre e também 8% superior ao verificado no mesmo período do ano passado, segundo dados da empresa KPMG.

No entanto, com o mercado de grandes empresas cada vez mais consolidado, a tendência é ter mais fusões e aquisições em empresas de médio porte. Assim, aqueles que pretendem conseguir investimentos ou estão em processo de fusão, buscando joint-venture, mudanças societárias ou até mesmo procurando venda total ou parcial, estão definitivamente diante da necessidade de rever o andamento do seu negócio.

Antes da fusão ou aquisição, vale investir em uma reestruturação para conseguir o maior valor possível ao assinar a venda. Há empresas especializadas nesse serviço que podem ser chamadas para fazer uma espécie de “arrumação da casa”. Ou seja, profissionais qualificados que irão preparar a empresa para ser adquirida após um periodo de gestão profissional.

No caso de empresas familiares — que compreende a maioria das pequenas e médias empresas no Brasil — a reestruturação costuma ter como maior obstáculo o dono e a família que têm dificuldade de se desligar do dia a dia da empresa. Mas a valorização devido à profissionalização do negócio chega a ser tão relevante, que o próprio dono às vezes acaba entendendo que é melhor ter participação minoritária valorizada do que continuar “dono pobre”.

Antes de assinar a venda é preciso solucionar alguns problemas. Muitas empresas nacionais de médio porte apresentam um grau elevado de informalidade incluindo problemas trabalhistas e fiscais. Investidores internacionais e fundos de investimento pedem, para primeira análise, uma série de relatórios que muitas dessas empresas não possuem. Isso faz com que promissores compradores desistam do negócio.

Por isso, acabam aparecendo alguns problemas nos processos de fusão e aquisição. Muitos negócios estão estagnados ou não avançam pela própria falta de qualidade e preparação das empresas. Com poucos dados concretos da situação da companhia e, consequentemente, da segurança necessária para efetivação do negócio, a ponta compradora acaba desistindo da transação.

O resultado é um painel de recuo na compra. Os investidores, institucionais ou estratégicos, ficam impossibilitados de adquirir um ativo por conta de características e processos inadequados, mesmo sendo um ativo bastante atrativo e com bom potencial de crescimento.

A existência de passivos tributários, trabalhistas e até ambientais traz grandes dificuldades em se concretizar uma negociação. O valor destes passivos acaba superando, às vezes, o valor do ativo, inviabilizando assim a operação.

A avaliação desses passivos potenciais é parte integral desse trabalho de preparação, como a preparação de um documento detalhado para negociar com bons compradores. Esse relatório inclui informações da empresa como o setor em que atua, principais clientes e fornecedores, estrutura de recursos humanos, descrição dos equipamentos e instalações, descrição dos produtos, preços e margens e apresentação das demonstrações financeiras.Por Vincent Baron,da Naxentia
Fonte:metaanalise27/09/2011

27 setembro 2011



Comoditização é risco para a indústria de software brasileira

Apesar de crescer acima do Produto Interno Bruto - previsão é de uma média anual de 7,7% até 2020 e, em 2011, o PIB numa estimativa otimista poderá chegar a 4,5% - a indústria de software e serviços de tecnologia da informação brasileira sofre com a concorrência acirrada, especialmente, da China e da Índia, até em função da forte comoditização do desenvolvimento do software.

Receita estimada para 2011 do setor no Brasil é de R$ 63 bilhões, um impulso de 7% em relação a 2009.

Os dados sobre o mercado de software e serviços de TI foram apresentados durante a 9ª edição do Rio Info 2011, que acontece esta semana no Rio de Janeiro, pelo observatório do Softex. Em palestra sobre Talento 2.0, a gerente do instituto, Virgínia Duarte, disse que o maior problema, hoje, do setor é que a margem líquida das empresas está caindo. "A produtividade maior determina que cada real exige mais gente. E profissional está faltando de verdade", destaca Virgínia Duarte.

Ainda que a produtividade maior determine margens menores e receitas também mais baixas, o crescimento do faturamento é estimado em 5,8%. Mas a executiva do Softex faz uma advertência relevante: a comodititização dos software e dos próprios serviços é um perigo para a indústria. "Criatividade está em falta. É preciso fazer mais", afirma.

Com relação ao tamanho do mercado, o levantamento setorial mostra que 97,3% das empresas têm entre 05 e 19 funcionários. As empresas com mais de 50 funcionários respondem por apenas 0,5%. "é fato que as pequenas empresas estão ganhando musculatura, mas faltam grandes empresas nacionais. Precisamos resolver isso", detalha.

De acordo com o Observatório Softex, o crescimento real entre 2003 e 2009 ficou em torno de 8%.

O ano de 2011 deverá terminar com cerca de 75 mil empresas atuando no setor de software e serviços de TI, sendo que serão gerados 470 mil empregos formais. Com as chamadas pessoas jurídicas, esse número deve chegar a 580 mil. Segundo o Softex,as medidas de desoneração da folha de pagamento, quando regulamentada- previsão para outubro/novembro- deverá incentivar ainda mais a contratação formal de profissionais.
Fonte:Convergênciadigital27/09/2011



BNDES: Dinheiro tem. Faltam empreendedores no Brasil

Ao participar do Rio Info 2011, nesta terça-feira, 27/09, o vice-presidente do BNDES, José Carlos Ferraz, tocou numa ferida do setor de TIC. Disse que a instituição está apta a investir em projetos da área, mas lamentou o pouco foco em inovação por parte das companhias.

Durante a sua apresentação, Ferraz admitiu que o momento econômico mundial é grave - e a situação crítica deverá perdurar por alguns anos - mas salientou que o Brasil, depois de ter sofrido tantos problemas internos, está mais fortalecido para enfrentar uma possível recessão. "Mas temos que investir muito em inovação. O Brasil tem uma oportunidade sem igual, mas precisa saber que a disputa será muito acirrada", destacou.

Em entrevista à CDTV, do Portal Convergência Digital, o vice-presidente do BNDES ressaltou que as mudanças no Prosoft - projeto de incentivos ao software onde 327 projetos já foram beneficiados - serão para aperfeiçoar o modelo. "Posso garantir que tudo virá para melhorar. TIC é uma área prioritária", afirmou.

Mas foi bastante crítico com o setor: "Dinheiro o BNDES tem, mas faltam projetos empreendedores. Temos que inovar muito mais".

Ferraz também não hesitou em afirmar que se as empresas nacionais não aproveitarem o momento, as companhias entrantes - leia-se capital internacional - vão ocupar o espaço, uma vez que há o potencial de negócios. Acompanhe a entrevista de José Carlos Ferraz à CDTV, do Convergência Digital.
Fonte:Convergênciadigital27/09/2011



Perda nas bolsas em 4 meses soma R$ 18 trilhões, diz Tombini

Presidente do BC lembra que perda de riqueza tem efeito negativo sobre comportamento dos agentes econômicos

O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, disse que levantamentos internacionais mostram que o valor de mercado das bolsas de valores mundiais registra perda aproximada de US$ 10 trilhões (cerca de R$ 18 trilhões) em quatro meses. "Essa perda de riqueza tem efeito negativo e perverso sobre o comportamento dos agentes econômicos".

Dados da organização internacional World Exchange Federation (WEF) mostram que o valor de capitalização de mercado das 52 bolsas de valores que são suas associadas passou de US$ 99,3 trilhões em maio deste ano para US$ 88,8 trilhões em agosto. A diferença é de US$ 10,4 trilhões.

A WEF divide as bolsas em três grupos: Americas, Ásia Pacífio e, por último, Europa, África e Oriente Médio. Nos cálculos da organização, o último grupo foi responsável pela maior parte da diferença, com US$ 6,4 trilhões. Enquanto isso, as bolsas das Americas encolheram em US$ 3 bilhões e, as asiáticas, US$ 980 bilhões.

A BM&FBovespa, bolsa de valores brasileira, perdeu US$ 140 bilhões no período, passando de US$ 1,545 trilhão para US$ 1,404 trilhão, segundo a WEF.
Fonte:agenciaestado27/09/2011



Carrefour erra a mão no segmento de supermercados

Grupo fechou lojas na região de Ribeirão Preto que havia comprado em 2009; rede já havia fracassado com o Champion em 2005

O Carrefour decidiu fechar parte das dez lojas compradas há apenas dois anos da rede de supermercados Gimenes, na região de Ribeirão Preto, e pelas quais havia desembolsado R$ 45 milhões na época.

Essa, contudo, não foi a primeira vez que o Carrefour fracassa no segmento de supermercados.

Em 2005, a multinacional francesa foi obrigada a reconhecer um prejuízo de 196 milhões de euros no Brasil após a sua mal sucedida investida no setor de supermercados no País.

No início dos anos 2000, o grupo comprou várias redes regionais de supermercados em Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo e converteu essas lojas para a bandeira Champion, que foi extinta em 2005. Das lojas adquiridas na época, 26 foram fechadas ou devolvidas aos antigos donos.

Na última terça-feira, o Carrefour anunciou que desativou oito lojas no interior de São Paulo, incluindo quatro em Ribeirão Preto, duas em Jaboticabal, uma em Monte Alto e uma em Matão. As lojas do Gimenes estavam localizadas justamente nessas cidades.

Procurada, a assessoria de imprensa do Carrefour respondeu que não sabia informar se as lojas fechadas eram as mesmas que foram adquiridas em 2009.

Assim como o Champion, a aquisição do Gimenes também mostrou não ser um bom negócio para o Carrefour, que, ao que tudo indica, não conseguiu acertar a mão no segmento de supermercados.

Declínio dos hipermercados

A multinacional francesa é considerada a idealizadora do hipermercado no mundo, modelo que foi imitado por outras varejistas na década de 70 e 80.

No entanto, a era das grandes lojas entrou em declínio à medida que as pessoas passaram a dar prioridade para as lojas de bairro e a fazer compras mais vezes durante o mês.

No Brasil, em particular, o fim da inflação acelerou a migração dos consumidores dos hipermercados para as lojas de bairro.

O Carrefour vem buscando alternativas para a sua divisão de hipermercados. Mas, no Brasil, pelo menos, a tarefa tem se mostrado difícil.

Resposta do Carrefour

"O Carrefour Brasil vem realizando um amplo processo de reestruturação de suas operações. Essas mudanças na rede estão alinhadas com o redesenho do modelo de negócio iniciado em 2010.
A implementação das medidas contribuirá para que o Carrefour Brasil fortaleça sua posição de líder no varejo alimentar nacional. Nesta etapa do plano de reestruturação, a empresa anuncia a decisão de desativar oito lojas Carrefour Bairro, sendo quatro unidades em Ribeiro Preto (SP), duas em Jaboticabal (SP), uma em Monte Alto (SP) e uma em Matão (SP)", informou o Carrefour, em um comunicado à imprensa.

"Ao mesmo tempo, o Carrefour atua no fortalecimento de sua operação de hipermercados, investindo na revitalização e reforma de cerca de 20 lojas, com investimento 50% superior ao realizado em 2010. A empresa também investe na expansão da rede Atacadão, que vem apresentando altas taxas de crescimento, com a abertura de 17 unidades ao longo deste ano", afirmou a empresa. Por Claudia Facchini,
Fonte:iG27/09/2011



Tereos vê espaço para fusões e aquisições no Brasil

A consolidação do setor de cana-de-açúcar ainda não atingiu o pico no Brasil, e a fraca perspectiva econômica global somada à necessidade de atingir economias de escala entre os principais produtores mundiais podem desencadear uma nova onda de fusões e aquisições no País. A opinião é do diretor de Relações com Investidores da Tereos Internacional SA, Marcus Erich Thieme.

Em entrevista à agência Dow Jones durante a 2ª Conferência Anual de Recursos Globais do HSBC, em Cingapura, hoje, Thieme disse que, inclusive, fusões e aquisições são uma parte importante da estratégia da empresa para ampliar as operações de açúcar no Brasil, onde a Tereos ocupa o terceiro lugar entre as maiores processadoras de cana.

Maior produtor de açúcar do mundo, o Brasil viu nos últimos anos várias companhias estrangeiras envolvidas em atividades de fusão e aquisição, como a Glencore International PLC, o Noble Group, a BP, a Cargill, a Royal Dutch Shell e a Shree Renuka Sugars Ltd.

Impulsionado em parte pela forte demanda mundial por açúcar e etanol, o preço das usinas aumentou para cerca de US$ 110 a US$ 120 por tonelada da capacidade anual, ante cerca de US$ 95 por tonelada em 2010, segundo Thieme. As usinas do Brasil ainda são um ativo atraente para eventuais compradores, afirmou. Ele ponderou, contudo, que os preços podem recuar diante da deterioração das condições macroeconômicas.

No Estado de São Paulo, cerca de 140 usinas independentes processam perto de 250 milhões de toneladas de cana por ano. Tais unidades, que pertencem principalmente a pequenos grupos e famílias, podem se tornar alvos de compra, acrescentou Thieme. As informações são da Dow Jones. Por Gabriela Mello
Fonte:agenciaestado27/09/2011



Ranking de TI mostra pequeno avanço do Brasil

O Brasil registrou uma ligeira evolução no ranking que estabelece o Índice de Competitividade do Setor de Tecnologia da Informação (TI), elaborado pelo Economist Intelligence Unit e divulgado anualmente pela Business Software Alliance (BSA). Na nova edição da pesquisa, que abrange 66 países e é realizada desde 2007, o país subiu uma posição e ocupa agora a 39ª colocação.

Com a participação de nove analistas de mercado, o relatório avalia aspectos que impulsionam a competitividade do setor de TI em cada país, por meio de fatores como ambiente de negócios, infraestrutura de TI, ambiente jurídico, pesquisa e desenvolvimento, e capital humano. Os Estados Unidos continuam na liderança do ranking, seguidos pela Finlândia, que manteve o segundo lugar, e por Cingapura, Suécia e Reino Unido.

Em uma escala de 0 a 100, o Brasil registrou a pontuação 39,5 e se manteve na segunda posição entre os países da América Latina, atrás do Chile. Em relação aos países do Bric, o Brasil foi superado pela Índia (34º lugar) e China (38º) e ficou à frente da Rússia (46º). O mercado indiano de TI registrou o maior avanço desde o ranking anterior, subindo 10 posições.

Para Frank Caramuru, diretor da BSA no Brasil, mesmo ainda bem aquém de seu potencial, o país conquistou pontos importantes em segmentos como pesquisa e desenvolvimento. Nesse campo, ele destaca o fato de que 9% dos 4.023 pedidos de patentes registrados pelo Brasil nos últimos quatro anos estão relacionados ao setor de TI. Os dados são da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (WIPO).

Caramuru também ressalta que o Brasil é considerado um país com ambiente de negócios de TI inovador pelos analistas. Questões como a tributação excessiva e a regulação rígida do setor impedem, no entanto, que o mercado local evolua com mais rapidez. "Temos mercado e demanda, mas esses fatores fazem com que tudo caminhe muito lentamente por aqui".

Outro desafio está relacionado à mão de obra para o setor, apesar de o estudo indicar que o número de profissionais formados nas áreas de ciências e engenharia vem crescendo no país. "O nível de preparo desses profissionais continua baixo", diz Caramuru. Ele alerta que o déficit de mão de obra qualificada de TI no país, hoje, é de 90 mil vagas, e a projeção é de que esse índice chegue a 800 mil em 2014.
Fonte:valoreconômico27/09/2011



13 anos de Google em 13 aquisições

Negócios fechados pela empresa ajudam a contar sua história e mostram como o Google se tornou o gigante que é hoje

O Google comemora hoje 13 anos, período durante o qual, realizou mais de 100 aquisições. A maior delas foi também uma das últimas: a compra de parte da Motorola por 12,5 bilhões de dólares.

Motorola
Em agosto, o Google realizou a maior aquisição de sua história: a empresa pagou 12,5 bilhões de dólares para comprar a Motorola Mobility. O CEO do Google, Larry Page, enfatizou o interesse do Google no acervo de mais de 20 mil patentes da Motorola Mobility. A aquisição gerou muita discussão. A Motorola já estava longe de seus dias de liderança da era do celular analógico. A compra pelo Google aconteceu sete meses depois de a Motorola ter sido dividida em duas, a Motorola Mobility, a fabricante de celulares, e a Motorola Solutions, que fornece equipamentos de comunicações de voz e dados para empresas. As empresas acreditam que a operação será concluída no final desse ano ou no começo de 2012.

AdMob
Em 2010 o Google comprou oficialmente a AdMob, que faz publicidade em celulares. O valor da operação foi de 750 milhões de dólares. Os executivos da empresa tem saído e diz-se que a integração não está indo muito bem.

ITA
Ainda em 2010 o Google assinou um acordo para a compra da ITA, empresa de softwares especializada na organização de dados de companhias aéreas, incluindo horários de vôos, disponibilidade e preços. Especula-se que o valor pago foi de 700 milhões de dólares. A ITA também compila informações de ferramentas de busca rivais, por isso a compra recebeu reclamações por parte de competidores que dependem do serviço da ITA.

DoubleClick
Em 2008 o Google concluiu as negociações para a aquisição da DoubleClick – o anúncio de intenção de negócios ocorreu no ano anterior, mas as empresas tiveram que esperar aprovações dos órgãos reguladores. Essa era a aquisição de maior valor do Google antes da compra da parte da Motorola. O negócio foi fechado por 3,1 bilhões de dólares. A aquisição lançou o Google no negócio de publicidade de display.

YouTube
Por 1,65 bilhão de dólares, o Google comprou oYouTube em 2006. Na época, foi a maior compra realizada pelo Google, que não foi poupado de críticas. Hoje, é vista como uma das aquisições mais importantes.

dMarc
Nesse ano também foi comprada a dMarc, empresa de publicidade em rádio digital. Estima-se que o Google tenha desembolsado cerca de 102 milhões de dólares pela empresa – e que a aquisição foi um erro. O Google encerrou o programa na metade de 2009.

Android
Em 2005 o Google comprou uma start-up de 22 meses de vida, a Android, de Andy Rubin. Inicialmente, não se sabia qual a atuação da empresa. Hoje, o Android é uma das armas do Google na briga com o iPhone. Estima-se que o valor da aquisição foi de cerca de 50 milhões de dólares. Diz-se que, no final de 2010, o líder da divisão de fusões e aquisições do Google, David Lawee, chamou a aquisição de “o melhor negócio que já fizeram”. Menos de três anos depois de seu lançamento, ela se tornou a plataforma de smartphones mais popular do mundo.

Urchin
Nesse ano a empresa comprou a Urchin, uma empresa de análises da web cuja tecnologia foi usada para criar o Google Analytics, lançado em novembro do mesmo ano.

Picasa
Em 2004 o Google comprou o Picasa, que buscava, armazenava e possibilitava a edição de fotos – hoje ele tem um álbum como o do Flickr. O valor da operação não foi informado.

Keyhole
No ano de seu IPO, a empresa comprou também a Keyhole, uma empresa de mapeamento digital cuja tecnologia daria origem, no ano seguinte, o Google Earth. A empresa não divulgou os termos do acordo.

Applied Semantics
O Google comprou a Applied Semantics em abril de 2003 por 102 milhões de dólares. A Applied Semantics construiu o AdSense – a plataforma de busca publicitária paga que ainda é responsável pela maior parte da receita e lucros do Google.

Blogger
Em fevereiro de 2003 o Google comprou a Pyra Labs, criadora do Blogger, uma ferramenta para a criação de blogs. A empresa não informou os termos do negócio. O Google não realizou nenhuma aquisição em 2002.

Deja
Em fevereiro de 2001 o Google realizou sua primeira aquisição pública, o serviço de grupos de discussão Usenet, da Deja.com, um arquivo de 500 milhões de discussões da Usenet, iniciado em 1995. O google adicionou recursos de pesquisa e navegação e lançou os Grupos do Google. O valor da operação não foi divulgado.

Perdas

Durante sua existência, o Google também falhou na tentativa de adquirir algumas empresas. A companhia já tentou comprar o Facebook, em 2007, por cerca de 15 bilhões de dólares. Mas não formalizou uma proposta. Dois anos antes, a empresa havia tentado comprar o Flickr, que ficou com o Yahoo!. Por Beatriz Olivon,
Fonte:exame27/09/2011