27 setembro 2011

Comoditização é risco para a indústria de software brasileira

Apesar de crescer acima do Produto Interno Bruto - previsão é de uma média anual de 7,7% até 2020 e, em 2011, o PIB numa estimativa otimista poderá chegar a 4,5% - a indústria de software e serviços de tecnologia da informação brasileira sofre com a concorrência acirrada, especialmente, da China e da Índia, até em função da forte comoditização do desenvolvimento do software.

Receita estimada para 2011 do setor no Brasil é de R$ 63 bilhões, um impulso de 7% em relação a 2009.

Os dados sobre o mercado de software e serviços de TI foram apresentados durante a 9ª edição do Rio Info 2011, que acontece esta semana no Rio de Janeiro, pelo observatório do Softex. Em palestra sobre Talento 2.0, a gerente do instituto, Virgínia Duarte, disse que o maior problema, hoje, do setor é que a margem líquida das empresas está caindo. "A produtividade maior determina que cada real exige mais gente. E profissional está faltando de verdade", destaca Virgínia Duarte.

Ainda que a produtividade maior determine margens menores e receitas também mais baixas, o crescimento do faturamento é estimado em 5,8%. Mas a executiva do Softex faz uma advertência relevante: a comodititização dos software e dos próprios serviços é um perigo para a indústria. "Criatividade está em falta. É preciso fazer mais", afirma.

Com relação ao tamanho do mercado, o levantamento setorial mostra que 97,3% das empresas têm entre 05 e 19 funcionários. As empresas com mais de 50 funcionários respondem por apenas 0,5%. "é fato que as pequenas empresas estão ganhando musculatura, mas faltam grandes empresas nacionais. Precisamos resolver isso", detalha.

De acordo com o Observatório Softex, o crescimento real entre 2003 e 2009 ficou em torno de 8%.

O ano de 2011 deverá terminar com cerca de 75 mil empresas atuando no setor de software e serviços de TI, sendo que serão gerados 470 mil empregos formais. Com as chamadas pessoas jurídicas, esse número deve chegar a 580 mil. Segundo o Softex,as medidas de desoneração da folha de pagamento, quando regulamentada- previsão para outubro/novembro- deverá incentivar ainda mais a contratação formal de profissionais.
Fonte:Convergênciadigital27/09/2011

27 setembro 2011



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