31 janeiro 2014

Venda da Motorola mostra limites da estratégia da Microsoft

A venda apresenta uma lição clara para a aquisição da Nokia pela Microsoft: formar uma companhia de hardware ou de software, não de ambos 

A venda da Motorola Mobility pela Google Inc. apresenta uma lição clara para a aquisição de outra fabricante de smartphones, a Nokia Oyj, pela Microsoft Corp.: seja uma companhia de hardware ou de software, não de ambos.

 A compra pelo Lenovo Group Ltd. da empresa de hardware para consumidores da Motorola, adquirida pela Google há dois anos por US$ 12,4 bilhões incluindo patentes, permite à companhia de buscas se refocar no software e deixar de concorrer com outros fabricantes de smartphones que usam seu software, o Android.

 A Microsoft está a caminho de fechar a aquisição da empresa de celulares da Nokia por US$ 7,4 bilhões neste trimestre, no intuito de recuperar o território perdido em um mercado onde sua participação de 3,7 por cento é eclipsada pelo Android e pelo iPhone, da Apple Inc.

 A menos que a Microsoft consiga combinar software e hardware com tanta habilidade como a Apple faz com seus produtos, a fabricante de software se dará melhor sem a Nokia, conforme Michael Cusumano, professor da Sloan School of Management do Massachusetts Institute of Technology.

 “Não faz sentido ter uma unidade de hardware dentro de uma companhia de software, exceto se você unir ambas como a Apple faz”, disse Cusumano.

 Embora descartar a oferta pela Nokia não seja uma perspectiva provável agora, Cusumano disse que isso poderia acontecer no futuro. A Microsoft, que está no meio da busca de um novo CEO, apostou em seu futuro como companhia de dispositivos e serviços.

 Steve Ballmer, que se aposentará como CEO quando seu sucessor assumir o cargo, reorganizou a companhia sediada em Redmond, Washington, em volta da estratégia no ano passado e fechou a oferta pela Nokia em setembro para acelerar a transição.

 Frank Shaw, porta-voz da Microsoft, não quis comentar. Sem escolha A princípio, a Microsoft, que foi pioneira da indústria dos computadores pessoais vendendo software e deixando que a Dell Inc., a Hewlett-Packard Co. e outros fabricantes construíssem máquinas, seguiu o mesmo modelo no mercado de celulares.

 A Microsoft passou mais de uma década tentando replicar seu sucesso nos PCs com o sistema operativo Windows, mas ficou atrás da Apple e da Google.

 Embora a Microsoft tenha demonstrado com seus consoles de videogames Xbox – atualmente na terceira geração – que pode unir hardware e software com sucesso, a aquisição da Nokia foi um passo necessário, segundo Avi Greengart, analista de dispositivos para consumidores da Current Analysis.

 Sem a Nokia, a Microsoft ficaria essencialmente sem participação no mercado de celulares e tablets, pois a Nokia vendeu mais de 90 por cento dos dispositivos Windows Phone no ano passado, disse Greengart.

 “A Google não precisava comprar a Motorola”, disse Greengart. “Eu não acredito que a Microsoft tivesse muitas escolhas”.

 Mesmo caminho

 Até agora, o plano da Microsoft é continuar pelo caminho por que a Google tentou andar com a Motorola, vendendo hardware que concorra com o software vendido a fabricantes rivais.

 A decisão da Google de vender a Motorola Mobility, que poderia acabar gerando uma perda de vários bilhões de dólares, destaca as complexidades de concorrer com parceiros, segundo Gene Munster, analista da Piper Jaffray Cos.

 Ainda que os grandes fabricantes de smartphones com Android, como a Samsung Electronics Co. e a Lenovo, tenham poucas alternativas ao Android, ter que enfrentar a situação com Motorola Mobility era uma fonte de tensão.

 Após a compra, a Google prometeu que o grupo Motorola não receberia tratamento especial, como acesso prévio a novas versões do Android, e o manteve separado em um prédio diferente ao da equipe do Android.

 “Interessante ver a Google desistir de tentar ser uma companhia de software e hardware”, disse Cusumano. “Não me surpreenderia falar o mesmo da Microsoft daqui a dois ou três anos”. Peter Burrows e Dina Bass, da Bloomberg
Fonte: exame 31/01/2014


31 janeiro 2014



Grupo francês Kuhn adquire a Montana, do PR

O grupo francês Kuhn adquiriu a Montana Indústria de Máquinas, empresa brasileira de implementos agrícolas, com sede em São José dos Pinhais (PR), conforme antecipou ontem o Valor PRO, serviço em tempo real do Valor. O valor do negócio não foi divulgado. O acordo final da transação deverá ser fechado em fevereiro, conforme Gilberto Zancopé, atual presidente e fundador da Montana.

 Essa é a segunda aquisição da Kuhn no país. O grupo francês, um dos maiores fabricantes mundiais de implementos agrícolas, instalou-se no Brasil em 2005, quando adquiriu a empresa Metasa, em Passo Fundo (RS).

 Com faturamento superior a €1 bilhão em 2013, o grupo tem atualmente nove unidades de produção na Europa, Estados Unidos e Brasil. Com a aquisição, terá mais duas unidades no país – uma em São José dos Pinhais (PR) e outra em Fraiburgo (SC) – e uma na Argentina, na província de Santa Fé.

 A Montana iniciou em 1996 a produção de pulverizadores acoplados, segundo Zancopé. Depois passou a fabricar os pulverizadores autopropelidos (que não precisam ser acoplados a tratores) e hoje também produz colhedoras de algodão e de café. O faturamento bruto da empresa em 2013 foi de R$ 280 milhões.

 Mário Wagner, diretor-geral da Kuhn Brasil, disse que a Montana tem produtos complementares e que a aquisição vai criar sinergia para distribuição dos produtos da Kuhn. A francesa produz equipamentos das linhas de plantio, pulverização e fertilização e importa implementos voltados à alimentação animal. "O grupo Kuhn demonstra claramente que está apostando muito no Brasil e quer ser um dos líderes do setor", afirmou Wagner.

 Em comunicado, o diretor-presidente do grupo Kuhn, Michel Siebert, disse que "o portfólio de produtos autopropelidos da Montana fortalece ainda mais a posição da Kuhn, especialmente no importante setor de agricultura de grande escala comercial no Brasil".

 Gilberto Zancopé será conselheiro na empresa e terá ações da Bucher Industries AG, holding suíça que controla o grupo Kuhn. Segundo ele, a aquisição trará capital à Montana e acesso a mercados. Hoje, a empresa exporta apenas para a América do Sul.

 O setor de implementos agrícolas brasileiro registrou um faturamento nominal de R$ 13,105 bilhões no ano passado, considerando as empresas ligadas à Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Valor econômico
Fonte: alfonsin 31/01/2014




Após comprar Motorola Mobility, Lenovo anuncia reestruturação organizacional

Depois de anunciar a compra da Motorola Mobility e da divisão de servidores da IBM, a Lenovo informou nesta quinta-feira, 30, que vai remodelar sua estrutura organizacional, o que resultará na criação de quatro grupos empresariais, em vez dos dois atuais. A estratégia da fabricante chinesa com a aquisição das duas unidades, pelas quais vai desembolar mais de US$ 5 bilhões, é diversificar a atuação com smartphones e servidores para fazer frente à forte desaceleração do mercado de PCs.

 As mudanças, que serão efetivadas a partir de 1º de abril, culminarão na criação de uma divisão de PCs, outra de dispositivos móveis, uma unidade voltada ao mercado corporativo e um grupo de computação em nuvem, que se concentrará no fornecimento de conteúdo e serviços para sua base de clientes.

 O grupo de negócios corporativos será liderado por Gerry Smith, que comanda as operações da América do Norte e América Latina da Lenovo. Em comunicado, a empresa informa que esse grupo vai integrar o negócio de servidores low-end da IBM, cuja concretização ainda depende de aprovações regulamentares.

 A Lenovo, que comprou a divisão de PCs da IBM em 2005, tornou-se a maior fabricante mundial de PCs em unidades vendidas no ano passado, superando a HP. Ainda assim, a empresa está tentando encontrar novas fontes de receita, em razão da fraca demanda no mercado de PCs tradicionais. Ela identificou os smartphones e servidores como os próximos motores para o seu crescimento.

 O grupo empresarial de PCs da fabricante será comandado por Gianfranco Lanci, atual chefe de operações na Europa. Liu Jun, que lidera a unidade de produtos de consumo, irá supervisionar o novo grupo de negócios móveis, que consiste principalmente de smartphones e tablets.

 A Lenovo anunciou, ainda, que Peter Hortênsio, que chefia o negócio de PCs para escritórios, se tornará diretor de tecnologia. Já o CEO Yang Yuanqing continua no comando geral da companhia. 

Nesta quinta-feira, a Lenovo também informou que não terá de levantar capital para pagar as duas aquisições. Segundo disse o diretor financeiro Wong Waiming, durante uma teleconferência, a Lenovo tem mais de US$ 3 bilhões em caixa e facilidade de obtenção de empréstimos acima de US $ 1 bilhão para atender despesas de capital inicial de US$ 2,8 bilhões nos dois negócios. Com informações de agências internacionais.
Fonte: tiinside 31/01/2014

COMENTÁRIOS:

A Lenovo publica em seu site apresentação referente a aquisição da Mototrola - Investor Conference Call - Acquisitions of Motorola Mobility - January 30, 2014. Abaixo alguns sldies do referido documento.











Totvs encerra 2013 com faturamento de R$ 1,6 bilhão

Comparado ao ano de 2012, companhia cresceu 14% na receita líquida.

 A Totvs anunciou seus resultados financeiros do quarto trimestre e do ano de 2013. A empresa cresceu 14% em receita líquida, comparado ao ano de 2012, totalizando mais de R$ 1,6 bilhão de faturamento.

Analisando o quarto trimestre, o aumento da receita liquida foi de 19,4% em relação ao mesmo período de 2012. Ambos os resultados superaram o crescimento médio de 13% dos últimos cinco anos. Destacam-se as receitas provenientes de Serviços e Manutenção, que juntas simbolizam 78,4% da receita líquida total de 2013.

 Com aumento de 16% registrado em 2013, a receita de serviços atingiu R$ 480,7 milhões. Comparando apenas o último trimestre, o resultado foi 23,1% maior que o mesmo período de 2012 e somou R$ 130,6 milhões.

 Já as taxas de Manutenção cresceram 17% em relação a 2012, acumulando uma receita de R$ 783,3 milhões no ano passado. No 4T13 o aumento em relação ao 4T12 foi ainda maior – 23,4%, representando R$ 212,7 milhões.

 Em 2013, o conjunto das receitas recorrentes representaram 49% do faturamento total, em um crescimento 14,3% maior do que o ano anterior. No 4T13, o aumento foi de 17,6% sobre o 4T12, totalizando R$ 242,3 milhões. Os dados reafirmam a fidelização dos clientes e a resiliência do modelo de negócios da companhia.

 Outro dado positivo foi o de investimentos em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), que teve um acumulado de R$ 213,6 milhões em 2013. Somados os investimentos nos últimos cinco anos, a TOTVS já direcionou R$ 830 milhões à área de P&D.

 “Decidimos seguir em frente com os investimentos planejados para o ano de 2013, mesmo com um cenário macroeconômico mais complexo. Quando falo de investimentos, me refiro principalmente a projetos ligados ao futuro da companhia. Investimentos, orgânicos e inorgânicos, que envolvem capital humano e que garantem o fortalecimento das soluções ofertadas pela TOTVS”, explica Gilsomar Maia, diretor de Relações com Investidores e de Finanças Corporativas.
Fonte:ipnews 31/01/2014

COMENTÁRIOS:
A Totvs publica em seu site apresentação referente aos seus resultados de 2013 - Divulgação de Resultados 4T13 e 2013. Abaixo alguns slides do referido documento.









Grupo de cabo Altice mira aquisições após estreia no mercado

Grupo está aproveitando uma onda de interesse de investidores no setor de cabos da Europa

 O grupo de serviços a cabo Altice está mirando mais expansão internacional após captar 750 milhões de euros (1 bilhão de dólares) com a estreia no mercado nesta sexta-feira.

 O grupo, construído por uma década de aquisições, está aproveitando uma onda de interesse de investidores no setor de cabos da Europa, à medida que um número crescente de consumidores se voltam para estas empresas buscando televisão e banda larga a velocidades mais altas e preços mais baixos do que as rivais de telecomunicação.

 A listagem da Altice, que segundo a empresa foi a maior já realizada por uma operadora de cabo na região da Europa, Oriente Médio e África, definiu um valor de mercado a empresa em 5,7 bilhões de euros.

 Os 750 milhões de euros captados com as novas ações serão usados para reduzir as dívidas conforme a companhia se prepara para trilhar o caminho das aquisições.

 "Nossa empresa está prestes a olhar para muitas aquisições em diversos países", disse o sócio majoritário Patrick Drahi a repórteres na bolsa de Amsterdã, se recusando a comentar especificamente sobre a possibilidade de reviver as negociações com a Vivendi sobre uma potencial fusão com sua unidade de telefonia móvel SFR. Reuters
Fonte: exame 31/01/2014



Yahoo compra startup por trás do assistente pessoal Donna

Empresa não comentou termos do contrato nem valor do acordo. Ainda não está claro se ela está adquirindo a companhia por interesse na tecnologia ou na equipe

O Yahoo fechou um acordo para adquirir a Incredible Labs, a startup por trás do aplicativo de assistente pessoal móvel Donna.

 A gigante não comentou os termos do contrato, o valor do acordo, e também não está claro se ela está adquirindo a companhia por interesse na tecnologia ou na equipe - uma prática conhecida como "acqui-hire". A única coisa que se sabe é que ao menos cinco membros da Incredible Labs serão adicionados à equipe de comunicação do Yahoo, onde eles irão trabalhar no Yahoo Mail.

 "Quando nos reunimos com a equipe do Incredible Labs, foi uma combinação imediata", disse o Yahoo em um comunicado liberado nesta quinta-feira (30). "Quando olhamos para o futuro, nossas visões se alinham no ponto em que achamos que a tecnologia deve ser inteligente o suficiente para pensar por nós."

 O assistente pessoal Donna também será encerrado, mas antes o aplicativo será retirado das lojas virtuais e terá o seu serviço descontinuado. Espera-se que o acordo seja concluído dentro de alguns dias, disse a gigante.

 O Donna ajuda os usuários a lembrar de compromissos agendados, notificando-os quando sair de casa, com base no tráfego, tempo de viagem, e na localização atual, e realiza chamadas em conferência.

 "No caso de você não ter ouvido falar dele, o Donna é incrível - tem uma imensa quantidade de intelecto, não te deixa atrasar e te dá a informação que precisa, quando você precisa", disse o Yahoo em comunicado. John Ribeiro, IDG News Service
Fonte: idgnow 31/01/2014





Empresa do governo de Cingapura avalia portos no Brasil

A Temasek, companhia de investimento do governo de Cingapura, está olhando negócios em infraestrutura, sobretudo em portos, para expandir seus tentáculos no Brasil. Com investimentos de US$ 1 bilhão em participações em empresas e fundos no País, a Temasek mantém conversas com grandes conglomerados brasileiros, como Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Odebrecht, para prospectar novos negócios, apurou o jornal O Estado de S. Paulo.

 Com um portfólio variado de investimentos, a companhia também está à procura de oportunidades em energia, florestas, varejo e mercado financeiro, segmentos nos quais já atua no mercado internacional. 

Existe disposição da Temasek de crescer no Brasil?, disse Matheus Villares, diretor-geral de investimentos da companhia no País. O Brasil representa hoje menos de 1% do total dos negócios da Temasek pelo mundo afora, que encerrou 2013 com uma carteira de investimentos de US$ 173 bilhões.

Segundo Villares, a Temasek poderá dobrar ou até triplicar seus investimentos no Brasil no curto e médio prazos. No entanto, a expansão vai depender dos negócios que surgirem. O jornal O Estado de S. Paulo apurou que a companhia tem avaliado nesses últimos meses oportunidades de negócios, entre os quais na CPFL, frigoríficos e em infraestrutura. No caso de portos e aeroportos, os aportes não serão feitos de forma direta. Se decidir fechar o negócio, a Temasek deverá se aliar a um conglomerado, que fará o investimento direto. O aporte também poderá ser feito por meio da Hidrovias do Brasil, empresa criada pelo fundo P2 (joint venture entre Pátria Investimentos e Grupo Promon), no qual a Temasek tem uma participação.

 Fundada em 1974, a Temasek, embora tenha o governo de Cingapura como único acionista, não é um fundo soberano, que aplica recursos oriundos das reservas de um país. Também não funciona como um fundo de private equity, com cotistas e prazo de investimento definido. ?Aplicamos nossos próprios recursos, pagamos impostos em todos países onde temos negócio e temos uma visão de longo prazo, com flexibilidade para que os projetos maturem?, disse Stephen Forshaw, diretor de assuntos corporativos da companhia.

 A América Latina representa apenas 2% dos aportes da companhia. Em 2011, a fatia era de 1%. ?Temos executivos locais onde temos presença porque essas pessoas podem identificar oportunidades. No Brasil, são onze profissionais?, disse Forshaw. A companhia está melhor posicionada na Ásia, com 41% dos seus negócios, excluindo Cingapura, e concentra maiores investimentos no setor financeiro. O foco dos negócios da companhia são em economias em transformação, classe média crescente, empresas líderes em ascensão. ?Gostamos de empresas campeãs.?

 Tíquete médio

 Segundo Villares, o tíquete médio de investimento da Temasek gira entre US$ 200 milhões e US$ 300 milhões, mas não é uma regra seguida à risca.

 Em 2010, quando tornou-se parceira da Odebrecht na divisão de óleo e gás, desembolsou US$ 400 milhões. Em seu negócio mais recente, fechado no fim de 2013, na Klabin, a companhia comprometeu-se a investir até US$ 550 milhões em debêntures conversíveis. A companhia também tem participação na Netshoes, Amyris, de origem americana, mas com unidades no Brasil, além de posições em fundos, como GP e Pátria. A companhia de investimentos também participou dos processos de oferta pública inicial de Visanet e Santander.

 Entre o fim de 2012 e início de 2013, a Temasek chegou a negociar aporte de US$ 1 bilhão na Vale Logística, mas não foi adiante. A companhia também analisou a Abril Educação, Intermédica e Odebrecht Realizações Imobiliárias, segundo fontes.

 Peculiaridade

Cada país tem sua dinâmica para fazer negócios. No Brasil é diferente. Assim como na China, tem que conhecer pessoas. Aqui os ?deals? (acordos) demoram mais, tem que ser mais paciente. A transação com Klabin, por exemplo, demorou quase dois anos. A diferença é que a Temasek tem duas vantagens. Uma é ter um time local. A outra é que já investe em países em desenvolvimento?, disse Villares. ?Se você tem sucesso no Brasil, é bem-sucedido em outros lugares?, afirmou, referindo-se ao modelo complexo de negócios do País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. CÁTIA LUZ E MÔNICA SCARAMUZZO - Agencia Estado
Fonte: estadao 31/01/2014



Ruína de startups bilionárias gera medo de uma nova bolha da internet

Empresas como o Fabs mal ingressaram no seleto clube do US$ 1 bilhão, e já desesperam investidores ao perder mil vezes seu valor de mercado

 O Fab.com, uma loja online que vende design de primeira linha a preços acessíveis, dava sinais no ano passado de que se tornaria a próxima Amazon. Porém, alguns meses depois ela já dava sinais de que poderia se tornar o próximo Pets.com.

 Capitalistas de risco famosos, incluindo a firma Andreessen Horowitz, investiram muito dinheiro na empresa ao longo dos últimos anos, atraídos por seu crescimento exorbitante.

Depois de conseguirem mais de US$ 170 milhões em investimentos de risco em junho, essa rodada elevou o valor de empresa para mais de US$ 1 bilhão e a colocou no seleto grupo das iniciantes com este valor, que incluem Snapchat, Pinterest, Evernote, Spotify e Dropbox.

 No entanto, ao final do verão, o Fab já não fazia mais parte desse grupo de elite. Em meio a problemas financeiros, ela mandou embora centenas de funcionários. Um dos fundadores e o diretor de operações deixaram a empresa, que passou a valer menos de um US$ 1 milhão, deixando alguns investidores desesperados.

 A ascensão e a queda do Fab demonstra a velocidade com a qual a sorte das iniciantes pode mudar. E quando chegou ao auge, isso também mostrou porque algumas empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão geram o medo de uma nova bolha "ponto com".

 "Prever o que está mal avaliado e o que está superavaliado é incrivelmente difícil", afirmou Josh Lerner, professor de empreendedorismo da Harvard Business School. "É uma barra ver uma empresa jovem e supervalorizada e dizer que aquilo está errado, mas às vezes é o que acontece". O Fab não quis dar declarações para este artigo.

 O crescimento do clube das empresas de US$ 1 bilhão deixou no chinelo a exuberância de pouco mais de uma década atrás.

 Nos três anos entre 2011 e 2013, houve ao menos 34 investimentos que elevaram os valores de empresas a mais de US$ 1 bilhão, de acordo com a Dow Jones VentureSource, se comparado com as 16 entre 1998 e 2000.

 Porém, é de mais do que um frenesi especulativo que está elevando o valor dessas empresas. Uma série de mudanças nos mercados de capital, no setor de capitais de risco e nos mercados de public equity se uniram para que seja mais fácil do que nunca fazer o valor de iniciantes em começo de carreira passar de US$ 1 bilhão.

 Por um lado, os mercados de ações e fusões demonstraram que as valorizações rápidas de muitas empresas são mais que justificáveis. As ações do Facebook foram às alturas depois dos problemas iniciais.

Empresas que abriram o capital recentemente, como o Twitter, estão se saindo bem. Além disso, o Instagram e o Tumblr venderam ambos mais de US$ 1 bilhão cada, encorajando os capitalistas de risco.

"Uma série de empresas de primeira linha no espaço das mídias sociais obteve sucesso, criando um loop que se retroalimenta", afirmou Lerner. Outro fator por trás das valorizações é o aumento de 38% no ano passado no índice composto da Nasdaq, que conta em grande parte com empresas de alta tecnologia. Para investidores de risco ansiosos na busca da nova grande descoberta, mercados de ação saudáveis agem como um farol verde para que o fluxo de dinheiro não pare de chegar às empresas privadas que podem abrir o capital ou ser vendidas.

 "Sempre há uma exuberância longa e quase irracional ligada ao entusiasmo, à excitação e ao crescimento de uma empresa quando a economia vai bem", afirmou Jayshree Ullal, executiva-chefe da Arista Networks, uma empresa de cloud networking avaliada em US$ 2,5 bilhões.

 Mais do que isso, a existência de financiamento barato para empresas e investidores, que ajudam a manter o mercado de ações, permite que os investidores financiem negócios com facilidade e emprestem mais dinheiro. NYT

 Fundos de pensão e renda estão colocando mais dinheiro nos fundos de capital. No terceiro trimestre, as empresas de capital de risco levantaram mais de US$ 4,1 bilhões, um aumento de 28% em relação ao trimestre anterior, de acordo com a National Venture Capital Association.

 E com tanto dinheiro para gastar, os fundos de risco estão competindo entre si para investir o dinheiro, um processo que muitas vezes ajuda a elevar ainda mais as valorizações.

 Quando o serviço de compartilhamento de caronas Lyft tentava conseguir outra rodada de investimentos no ano passado, muitas empresas, incluindo a Greylock Partners, estavam interessadas em investir.

 Antes que eles pudessem oferecer qualquer dinheiro ao Lyft, a Andreessen Horowitz já havia feito uma oferta que o Lyft não podia recusar, de acordo com pessoas que sabiam sobre a situação.

 A Andreessen Horowitz é conhecida no Vale do Silício por esse tipo de tática, depois de ter sucesso com empresas como o Facebook, o Twitter e o Skype. De acordo com a CB Insights, que registra investimentos de risco, o tamanho médio dos investimentos da empresa era substancialmente maior que o das concorrentes New Enterprise Associates e Greylock.

 Contudo, a Andreessen Horowitz não está só. No terceiro trimestre, empresas de capital de risco investiram US$ 7,8 bilhões, um aumento de 12% em relação ao trimestre anterior, de acordo com a associação de capital de risco e a PricewaterhouseCoopers.

 A competição é especialmente acirrada quando se trata de investimentos de estágio final nas empresas bilionárias mais admiradas, um grupo que inclui empresas como a Square, a Box e a Uber.

 E a briga está se tornando mais acirrada à medida que novos investidores começam a concorrer com os fundos de risco. Concorrência de investidores de estágio final como a Meritech Capital, a Institutional Venture Partners e fundos hedge como o Tiger Global e a Valiant Capital Management elevaram ainda mais as valorizações.

 Esses fundos esperam retornos mais baixos que os capitalistas de risco, de forma que correm menos risco investindo em empresas mais maduras e que são apostas mais seguras.

 "Se você dispõe de fundos e precisa investir bastante de uma vez, não é melhor apostar em algo que seja mais seguro?", perguntou Aileen Lee, fundadora da Cowboy Ventures. Em uma postagem de blog lida por muitos sobre as empresas de tecnologia avaliadas em mais de US$ 1 bilhão, Lee chamou o grupo de "Unicorn Club".

 Em maio do ano passado, o Evernote, uma empresa que faz um aplicativo de produtividade, arrecadou dinheiro e gerou uma valorização significativamente maior. Depois de apenas sete meses, o interesse da Valiant, um fundo hedge com sede em São Francisco que também investiu no Dropbox, e da afiliada da AGC Equity Partners, m8 Capital, elevaram a valorização para cerca de US$ 2 bilhões.

Para as empresas de capital de risco que não são capazes de investir em empresas de ponta, sua inclinação é espalhar o investimento entre uma gama ampla de empresas, muitas das quais são derivativas.

 Quando o site de ofertas Groupon ia bem, por exemplo, grandes investidores, incluindo a Amazon, colocaram bastante dinheiro na rival LivingSocial. Por algum tempo, a empresa estava avaliada em US$ 1,5 bilhões. Todavia, em fevereiro, a LivingSocial recebeu US$ 110 milhões em novos investimentos quando já valia menos, uma rodada baixa, como é conhecida no setor.

 "Esses fundos têm muito dinheiro e o investem em qualquer coisa que pareça boa", afirmou Alexander Ljungqvist, professor de finanças da Universidade de Nova York. "É como jogar macarrão na parede e ver o que cola".

 Contudo, muitos investidores duvidam que empresas jovens irão justificar as valorizações abismais algum dia.

 "As valorizações nunca são um reflexo do desempenho atual, mas da oportunidade futura", afirmou Ullal, da Arista Networks. "A maioria dessas empresas se valorizam tranquilamente e não saem de cena depois disso".

 Além disso, investidores em tecnologia destacam que o mercado para as empresas de tecnologia é maior do que era há 15 anos.

 "No último ciclo, havia pouco mais de 500 milhões de pessoas online e todas com modens de 56k", afirmou David Lee, da SV Angel, uma empresa de investimentos em estágio inicial. "Até 2015, haverá cinco bilhões de pessoas com supercomputadores nas mãos".

 Ainda assim, para alguns, o Fab e outras empresas que se valorizam muito se tornaram um sinal de que muito dinheiro está indo atrás de poucas boas ideias.

 "Esse é o drama que já se repetiu em diversas ocasiões e em um dado momento a música vai parar de tocar", afirmou Lerner, da Harvard.
Fonte: iG 25/01/2014



Roche está atenta a oportunidades de aquisição no Brasil

O grupo farmacêutico suíço Roche, primeiro produtor mundial de tratamento contra o câncer, sinaliza interesse em fazer aquisições, inclusive no Brasil, usando parte do quase US$ 18 bilhões que tem em caixa.

Em entrevista ao Valor, o presidente-executivo da Roche, Severin Schwan, afirmou que a empresa está atenta a oportunidades que surgirem no Brasil, porque o país "continua a ser um mercado muito importante, está crescendo e vamos aumentar nossa presença".
Fonte: Valor Econômico 31/01/2014



Capitalizada, ePharma compra In Health

A ePharma, empresa que presta serviços para companhias que subsidiam medicamentos a seus funcionários e gerencia programas do governo como o Farmácia Popular, comprou a In Health. O valor não foi informado.

 A In Health importa medicamentos produzidos à base de biologia molecular - uma das maiores apostas da indústria farmacêutica - para o governo brasileiro que tem um programa de remédios de alto custo. "Um dos programas do governo é o de medicamentos de biologia molecular e oncologia que tem um orçamento de R$ 5 bilhões", disse Carlos Pappini Jr, fundador da In Health, que ocupará cargo de diretor na ePharma.

 Os recursos para a aquisição foram provenientes do aporte feito pelos fundos de investimento americanos Valiant e Aberdare . Estes compraram 45% do capital da ePharma no começo do ano passado por R$ 70 milhões.

 Com a aquisição da In Health, a ePharma agregará ao seu Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) um montante de R$ 6 milhões até o fim do próximo ano. Em 2013, a ePharma registrou uma receita bruta de R$ 52 milhões. Porém, o grande salto deve acontecer neste ano. A empresa está prestes a fechar contrato com uma operadora de planos de saúde que fará com que o seu faturamento dobre para R$ 100 milhões.

 A partir deste ano, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) passou a exigir que os convênios médicos paguem o custo de medicamento oncológico de uso domiciliar. "Vamos fazer uma gestão de um trabalho que compreende desde a compra do remédio junto à indústria farmacêutica até a entrega ao usuário. Esse é um tipo de trabalho que está fora do escopo do plano de saúde", explicou Luiz Carlos Monteiro, presidente da ePharma. Para atender essa nova demanda, ePharma criou, no ano passado, uma empresa de entrega de medicamentos especiais que demandam um tratamento diferenciado como, por exemplo, refrigeração entre outras normas definidas pela Anvisa.

 Outra empresa que está de olho no novo nicho de mercado é a 4Bio, importadora de medicamentos de alto custo para hospitais, clínicas e operadoras de planos de saúde. No fim do ano passado, a 4Bio criou uma divisão para atender os convênios médicos, que agora são obrigados a pagar o medicamento oncológico.

 A 4Bio já fechou contrato com cinco operadoras: Tempo Assist, Golden Cross, Care Plus, Unimeds de Juiz de Fora e de Uberlândia. "Até então, só importávamos medicamentos. Mas os planos de saúde começaram a demandar por serviços de compra e entrega de remédios especiais", disse André Kina, fundador da 4Bio. "A maioria dos medicamentos de alto custo exige refrigeração. A pontualidade é outro item fundamental, por exemplo, em tratamentos de fertilidade em que a mulher precisa tomar a remédio no horário exato", complementou Kina.

 A 4Bio encerrou o ano passado com receita de R$ 92 milhões, o que representa um crescimento de 42% em relação a 2012. Desde que foi fundada em 2005, a empresa vem registrando taxas de expansão na casa dos 50%, mas esse é um patamar difícil para ser mantido. Esse foi um dos motivos que levaram Kina a agregar valor ao trabalho de sua empresa que estima um aumento de 30% no faturamento neste ano 31/01/2014 Valor Econômico Jornalista: Beth Koike
Fonte: abradilan 31/01/2014




Estrangeiras apostam em insumos no Brasil

O ano começou movimentado para o segmento de insumos agrícolas no Brasil. O Valor apurou que quatro empresas estrangeiras, duas delas chinesas, negociam a compra de duas empresas instaladas no Brasil. Uma joint venture formada por três empresas do segmento de insumos deve comprar o controle da paranaense Prentiss, que produz defensivos. Além disso, a alemã Bayer negocia a compra de participação na unidade brasileira da argentina Biagro, produtora de inoculantes.

 Se confirmada, a compra pela Bayer da unidade brasileira da Biagro significará a segunda investida da alemã no mercado mundial de agrobiológicos. Em 2012, a alemã comprou, por US$ 425 milhões, a AgraQuest, uma empresa americana de produtos biológicos (com base em microorganismos naturais) para controle de pragas.

 A empresa argentina entrou no Brasil há três anos e instalou uma fábrica em Cambé (PR) para produzir inoculantes - produtos feitos à base de micro-organismos utilizados para aumentar a fixação de nitrogênio por leguminosas.

 Em ata publicada nesta semana no Diário Oficial de São Paulo, a Bayer informou que, em reunião no dia 13 de dezembro de 2013, seus acionistas aprovaram "por unanimidade" a autorização para a diretoria adotar as providências necessárias para a "aquisição de quotas da sociedade Biagro do Brasil Ltda".

 Por meio de sua assessoria de imprensa, a Bayer confirmou que as tratativas estão em andamento, mas não informou o percentual de participação na empresa que está em negociação. Procurada, a Biagro se limitou a dizer que as negociações estão sendo lideradas pela sede da empresa na Argentina, e que a unidade no Brasil não está envolvida nas tratativas.

 Já a Prentiss, uma empresa familiar do Paraná, está em negociações avançadas para vender 70% do seu capital para uma joint venture formada por três estrangeiras, duas das quais indústrias chinesas de produtos técnicos concentrados para fabricação de defensivos, a Langfeng (Jiangsu Lanfeng Bio-chemical) e a Tide Group, que detêm juntas 90% da joint venture. A terceira companhia é a italiana Agroventure, também do mesmo segmento.

 A expectativa é que a venda do controle da Prentiss seja concluída até o início de março próximo. Com sede em Curitiba, a empresa tem uma fábrica de defensivos em Campo Largo, no interior do Paraná, especialmente para as culturas do algodão, arroz, café, cana-de-açúcar, citros, milho e soja. A unidade tem capacidade para produzir por ano 35 milhões de litros de herbicida, 15 milhões de litros de inseticidas e 15 milhões de litros de fungicidas.

 A operação da Prentiss foi afetada pela oscilação do preço do produto técnico concentrado do glifosato na China, entre 2008 e 2009. Houve um "descasamento" entre o valor de importação do produto e de venda no mercado interno brasileiro, o que gerou à empresa um elevado endividamento, segundo fontes a par do assunto. Com pouco capital de giro, a operação da Prentiss foi reduzida de forma que seu faturamento, de US$ 21 milhões em 2010, caiu para US$ 5 milhões dois anos mais tarde.

 A China é a maior fornecedora de produtos técnicos para fabricação de agrotóxicos no mundo e também a maior consumidora. A vantagem em comprar participação em companhias brasileiras é que, por tabela, essas empresas compram o registro de produtos e também ganham acesso ao mercado brasileiro, que representa 20% das vendas globais de defensivos, estimadas em US$ 51 bilhões em 2013, segundo o consultor da AllierBrasil, Flávio Hirata.

 A primeira companhia chinesa a entrar no mercado brasileiro foi a gigante estatal de químicos, China National Chemical, mais conhecida como ChemChina. Em 2011, ela adquiriu o controle da Milenia, maior indústria de defensivos genéricos do Brasil, da israelense Makhteshim-Agan.

 No mesmo ano, o grupo chinês Chongqing Huapont Pharm, listado na bolsa de Shenzen, comprou a participação de 7,5% na brasileira CCAB Agro, braço de insumos agrícolas da holding CCAB Participações, formada por 16 cooperativas de produtores rurais de diversos Estados. O negócio foi fechado por US$ 20 milhões. Fabiana Batista e Mariana Caetano Fonte: Valor Econômico
Fonte: udop 31/01/2014



Eletrobras mantém negociação para aquisição de 51% da Celg

A compra da distribuidora pela Eletrobras foi aprovada pelo Cade

A Eletrobras informou na noite de quinta-feira que assinou termo de entendimento com o Estado de Goiás para manter negociações para a aquisição de 51 por cento da distribuidora de energia Celg (Celg D). 30/01/2014 | Time Warner amplia investimentos e recusa oferta da Charter

A compra da Celg D pela Eletrobras foi aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) em maio do ano passado.

 A Celg Distribuidora tem como acionista majoritário o governo do Estado de Goiás, com 99,70 por cento de participação na companhia, e atende a cerca 2,4 milhões de unidades consumidoras em 237 municípios de Goiás.
Fonte: exame 31/01/2014



Empresas estudam sair ou reduzir presença na bolsa

Fechamento de capital ou redução de ações disponíveis para negociação em bolsa está no horizonte de diversas companhias do setor de saúde.

 A possibilidade de fechamento de capital ou de redução da quantidade de ações disponíveis para negociação em bolsa está no horizonte de diversas companhias do setor de saúde. Nesse grupo estão, por motivos diferentes, Dasa, Fleury, Odontoprev, além de Cremer e Providência.

Duas empresas com hospitais e operadoras de planos de saúde já deixaram de ser uma opção para os investidores. A Medial, em 2009 comprada pela Amil. E a própria Amil, adquirida pela americana UnitedHealth em 2012.

Acredito que se trata mais de uma coincidência do que de algum problema entre os negócios do setor e o relacionamento com a bolsa, diz Pedro Zabeu, analista da Fator Corretora. Todas essas empresas têm escala suficiente para manter uma estrutura de governança de companhia aberta, o que, inclusive reduz custos para elas em termos de acesso a capitalizações.

No final do ano passado, médicos que concentram 41,2% do Fleury anunciaram a contratação do JP Morgan para avaliar a venda de sua participação. O bastidor é que eles estariam insatisfeitos com o preço atribuído pelo mercado à empresa e buscam, então, uma melhor opção para monetizar o investimento. Os médicos têm o controle do Fleury em acordo com o Bradesco Saúde, que possui 16,4%. Como a fatia dos médicos é bastante relevante, a entrada de um novo investidor, ainda que no acordo, levantará a discussão sobre a troca de controle na companhia. Nesse caso, o comprador deverá estender a oferta aos minoritários do Fleury. Isso poderia levar ao fechamento de capital ou fazer com que a quantidade de ações livre para negociação em bolsa (free float) seja bastante reduzida. Atualmente, 37,29% do capital do Fleury está em circulação.

Os comentários de mercado são de que alguns fundos de participações estariam disputando o Fleury e, inclusive, dispostos a pagar múltiplos bastante elevados, avaliando a rede a valor superior aos R$ 2,86 bilhões atuais em bolsa.

Uma fonte ouvida pelo Valor avalia que essa disposição dos interessados no Fleury foi o catalisador da oferta de Edson Bueno, criador da Amil, pelo controle da Dasa. Uma venda do Fleury a múltiplos elevados poderia transformar a Dasa em um novo alvo para investidores estratégico e a valores mais altos, alinhados com o da venda de seus concorrentes. A Dasa vale na bolsa hoje R$ 4,6 bilhões.

Bueno saiu com a oferta pelo controle da rede de laboratórios 20 dias depois de o Cade ter julgado a fusão entre a Dasa e a MD1 Diagnósticos - este é o veículo de investimento atual de Bueno na Dasa. Apenas depois desse julgamento ele poderia fazer uma movimentação e o fez quase que imediatamente. O empresário ofereceu R$ 15 por papel, mas encontrou resistência de alguns acionistas, que desejavam que ele pagasse mais pelo controle da empresa.

Bueno, então, retirou a condição de ficar com o controle da oferta e manteve o lance por todas as ações da empresa. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) chegou a suspender o leilão afirmando que ele não poderia retirar a condição. Nesta quarta-feira foi informado que chegaram a um entendimento. A CVM autorizou uma oferta unificada: se a adesão dos acionistas alcançar os 26,41% do capital da empresa mais uma ação, Bueno fará obrigatoriamente uma oferta pelo controle da Dasa. Se não atingir esse total, a oferta será sem um número mínimo de papéis. O leilão foi remarcado para 10 de fevereiro. Bueno já teve uma sinalização de que, aos R$ 15 oferecidos, pode elevar sua fatia na Dasa hoje em 23,5%, para 45%, retirando essa diferença em ações da livre circulação na bolsa, pelo menos. São movimentos contrários. Os médicos querem vender as ações no Fleury para fazer dinheiro. E Bueno, que já tem liquidez por conta da venda da Amil, está querendo voltar a controlar uma empresa, diz Zabeu.

Para Gustavo Ballvé, sócio da Edge Investimentos, tanto Dasa quanto Fleury tiveram problemas na integração de diversas e grandes aquisições. Quando demora para reverter a situação, certo ou não, o mercado derruba a ação e os donos ou controladores se irritam com o esse 'curto-prazismo' dos investidores e até mesmo querem provar que o negócio vale mais, diz Ballvé. Na visão dele, esse foi o caso da Amil, vendida por Bueno a múltiplos bem altos a um investidor estratégico estrangeiro que pagou o prêmio para entrar no Brasil. Aparentemente Bueno e os médicos têm essa avaliação sobre Dasa e Fleury, afirma.

Um gestor ouvido pelo Valor e que prefere não se identificar avalia que os fundos estão olhando para o setor com grande apetite por conta das expectativas de elevado crescimento para essas empresas. A avaliação é baseada no incremento de renda e envelhecimento da população brasileira. No entanto, ele acredita que comandar um negócio como esse não é tarefa simples.

O negócio de laboratório é de muito difícil gestão. As margens são comprimidas, uma vez que ele fica espremido entre os planos de saúde e os fornecedores, que são grandes e concentrados em [poucas] empresas. Dessa forma, não conseguem repassar preços e têm que buscar melhorar as margens aumentando apenas a produtividade, diz. Nesse sentido, talvez um empresário do setor possa sair-se melhor do que um administrador mais financeiro. Outro caso de apostas de fechamento de capital é o da OdontoPrev, ainda mais depois que o fundador Randal Zanetti, vendeu suas ações na empresa para a Bradesco Saúde, ano passado. Para analistas, faria muito sentido para o Bradesco incorporar a OdontoPrev a seu negócio.

A Odontoprev já esgotou o crescimento em planos para grandes empresas. O que deverá mover a expansão do negócio agora será a venda para empresas menores e planos individuais, afirma Zabeu, da Fator. Sendo assim, o Bradesco, com sua rede de agências, pode comandar esse crescimento. Por essa razão, teria uma justificativa para incorporar a empresa, avalia o analista completando que seria o mesmo racional do Itaú, quando deslistou a operadora de cartões Redecard.

Fernando Araujo, gestor da FCL Capital, diz que o movimento que pode reduzir as opções no setor para o investidor em bolsa, ao menos no curto prazo, tem menos relação com o setor de saúde em si e mais relação com o fato de a bolsa estar negociando a níveis bem depreciados. Em períodos de mercado valorizado, muitas empresas correm para abrir o capital. Em períodos de baixa, como o atual, ocorre o contrário, resume. Mas os investidores gostam bastante do setor e ele conta com tendências positivas, pelo envelhecimento e enriquecimento da população, diz Araujo.

Pregão é porta de saída para fundos

As possibilidades de baixas no setor de saúde na bolsa não se limitam às grandes do segmento, que é representado hoje na bolsa por empresas que se dedicam a negócios diversos. Por razões distintas, a Cremer, fornecedora de produtos para cuidados com a saúde nas áreas de primeiros socorros, cirurgia, tratamento e higiene; e a Providência, fabricante de materiais usados na produção de fraldas e absorventes, também são candidatas a deixar o mercado. No entanto, analistas observam que, apesar do momento atual, existem boas perspectivas de que, no futuro, o segmento tenha até mesmo maior representatividade em bolsa.

Muitos fundos de participações investiram em saúde recentemente e podem usar a bolsa como porta de saída para o investimento, afirma Gustavo Ballvé, sócio da Edge Investimento s. E me surpreende o fato de no Brasil ainda não existir na bolsa um grupo privado operando uma rede de hospitais, diz.

A lista de empresas com participação de fundos é grande: o BTG investiu na Rede D 'Or; o Kinea, no Grupo Delfin, dono de uma rede de seis clínicas de medicina diagnóstica no Nordeste; o Pátria, na Alliar; e o Gávea, no Hermes Pardini.

Ballvé destaca que, no exterior, movimentos de deslistagem são comuns em qualquer setor e, muitas vezes, seguidos por uma volta ao mercado anos depois. Muitas vezes a administração busca essa solução, atraindo um novo investidor, e depois se espera entre 2 e 5 anos e a empresa volta a ser listada para dar saída para o fundo, se capitalizar ou pagar dívidas, diz. A lógica é que o mercado de ações acaba 'não deixando' os gestores ou os controladores tomarem as iniciativas que no curto prazo machucam os resultados, impactando as ações, mas que no longo 'endireitam' a empresa. Isso não é comum por aqui, mas um dia vai acontecer também , diz.

A Cremer, na verdade, já passou por esse procedimento. Ela abriu capital nos anos 70 e, entre 2003 e 2004, por conta de sua situação de endividamento, teve o controle transferido para Merrill Lynch. Por conta de uma reestruturação, fechou capital em 2004. Mas voltou à bolsa em 2007, no auge da onda de ofertas de ações no Brasil. Dois anos depois, a gestora de recursos Tarpon entrou para o controle da empresa, em movimento alinhado com outros fundos. No entanto, recentemente, a Tarpon aumentou fortemente sua posição na empresa e hoje concentra 72% da companhia, mas sem revelar qual a estratégia para o negócio. Outros 10,59% estão nas mão do M&G Investment Management e, no mercado para negociação, resta apenas 17,20% das ações. Pela grande concentração das ações com a Tarpon, um fechamento de capital também é ; uma possibilidade - embora na configuração atual, para lançar a operação, tenha de negociar com a M&G. A Tarpon também é acionista da Dasa e questionou o valor oferecido por Bueno pela empresa.

Fundos que são acionistas da Providência anunciaram esta semana que venderam participação conjunta de 71,25% na empresa por R$ 555,87 milhões, ou R$ 9,75 por ação, para o grupo PGI Brasil e haverá uma oferta para os minoritários. O negócio ainda depende da aprovação dos órgãos regulatórios, assim como o valor a ser pago por ser afetado por questões judiciais, referentes a benefícios fiscais de incorporação de ágio - enquanto não houver uma decisão sobre essa causa, R$ 106 milhões envolvidos na negociação ficarão bloqueados.

Pedro Zabeu, analista da Fator Corretora, comenta que esse valor representa R$ 1,87 por ação do total de R$ 9,75 oferecidos. Como essa questão pode se arrastar por anos na Justiça, e existe risco de a Providência perder a causa, acredito que exista a possibilidade de uma negociação com os minoritários para o pagamento de um valor menor, mas que os desvincule de esperar o julgamento da questão, afirma.

Enquanto novas empresas não vêm para a bolsa, ainda há opções de investimento como a Qualicorp, corretora e administradora de planos de saúde, que está valendo na bolsa R$ 5,5 bilhões. O investimento nessa empresa tem atraído grandes fundos como Credit Suisse, FMR, 3G e BlackRock. Uma outra opção está no segmento de farmácias. BR Pharma, Raia Drogasil e Profarma são englobadas no segmento por terem grande parte das receitas vinculada à venda de medicamentos. No entanto, esse negócio também tem muita proximidade com o das empresas de varejo, não sendo puramente atrelado à saúde.

No caso dessas empresas, comenta Zabeu, da Fator, é esperado até mesmo um movimento de consolidação. E o fato de estar na bolsa, poder ter acesso a capital mais barato e usar ações como moeda de negociação, pode fazer a diferenca. Valor Econômico  Por Ana Paula Ragazzi
Fonte: sindsegs 31/01/2014



Renault-Nissan estende meta de sinergias em 2016

A Renault e sua sócia Nissan elevaram nesta quinta-feira a meta de ganhos de sinergias, prometendo estender a cooperação no desenvolvimento e produção de veículos, enquanto a competição global se aprofunda entre as montadoras.

 A união das duas trará cortes de custos de pelo menos 4,3 bilhões de euros (5,8 bilhões de dólares) em 2016, disseram as empresas, ante meta anterior de 4 bilhões de euros anunciada em 2012, quando a sinergia somou 2,7 bilhões de euros.

 A Renault e sua sócia japonesa, na qual detém 43,4 por cento do capital, estão "focadas em melhorar o desempenho operacional", disseram em comunicado, enquanto o presidente-executivo Carlos Ghosn apresentava as novas metas em reunião interna de dois dias em Amsterdã.

 Ghosn também nomeou executivos para liderar os esforços para convergir fabricação, pesquisa, desenvolvimento e recursos humanos.

 Pressionadas pelo aumento dos custos de regulação das emissões e competição mais acirrada em mercados emergentes, onde a demanda está desacelerando, as montadoras estão procurando ganhos de escala através de fusões, alianças e acordos de produção.

 Em quase 15 anos de aliança, Renault e Nissan estão trabalhando continuamente para reunir mais peças, tecnologia e linhas de produção em nível mundial.

 A Renault-Nissan fica atrás de Volkswagen, Hyundai-Kia e Toyota em escala de plataforma -total de veículos montados numa arquitetura comum.

 A queda de seis anos no mercado europeu ajudou a convencer os gestores em ambas as montadoras a abraçar uma integração mais profunda.

 A apresentação de Ghosn aconteceu um dia após o chefe da Fiat, Sergio Marchionne, anunciar um plano de fundir a italiana com a Chrysler seguindo-se a acordo com sua sócia minoritária. Por Laurence Frost e Gilles Guillaume | Reuters
Fonte: uol 31.01.2014



Zynga adquire empresa de aplicativos móveis e anuncia nova rodada de demissões

A produtora de games sociais Zynga vai pagar mais de US$ 500 milhões pela NaturalMotion, desenvolvedora de aplicativos móveis com sede no Reino Unido. Conforme os termos do contrato assinado entre as empresas, a Zynga vai pagar US$ 391milhões em dinheiro e transferir 38,9 milhões de ações aos donos da NaturalMotion.

 O anúncio ocorre ao mesmo tempo em que a Zynga confirma uma nova rodada de demissões e divulgou os resultados financeiros do quarto trimestre e de todo o ano de 2013. A empresa, porém, não revelou o número de cortes, que se somarão aos 314 funcionários dispensados recentemente e que devem, segundo a Zynga, trazer uma economia de US$ 33 milhões a US$ 35 milhões ao seu caixa neste ano. Ela já havia reduzido significativamente sua força de trabalho no ano passado, o que fez o número de empregados cair de 3,3 mil, em 2012, para 2,1 mil funcionários no ano passado.

 A aquisição da NaturalMotion é parte da estratégia da Zynga de concentrar o foco em jogos para celular, já que grande parte do sucesso da empresa se deve ao game CSR Racing, um jogo de corrida, mais especificamente rachas de automóveis, desenvolvido para o iPhone e iPad, um dos mais vendidos na App Store da Apple em 2012. A NaturalMotion é a segunda companhia de tecnologia britânica a ser adquirida por uma empresa americana nesta semana, depois de o Google ter comprado por US$ 660 milhões a Deepmind, especializada em inteligência artificial que também já desenvolveu jogos.

 O gasto não reflete o balanço divulgado pela Zynga nesta quinta-feira, 30, o qual mostra um prejuízo de US$ 25,2 milhões no quarto trimestre de 2013, embora represente uma queda de 48% frente a perda de US$ 48,56 milhões registrada em igual período do ano anterior. No ano, o prejuízo atingiu US$ 36,98 milhões, ante US$ 209,44 milhões do ano anterior. A receita no trimestre manteve a tendência de queda, recuando de US$ 311 milhões, entre outubro e dezembro de 2012, para US$ 176,3 no mesmo período do ano passado. No ano, a receita retraiu de US$ 1,28 bilhão para US$ 873 milhões.
Fonte: tiinside 31/01/2014




30 janeiro 2014

Fundo negocia fatia do shopping JK Iguatemi

A construtora WTorre deve anunciar nos próximos dias a venda de sua participação de 50% no shopping JK Iguatemi, em São Paulo, avaliada em 750 milhões de reais.

A Iguatemi, empresa de Carlos Jereissati que tem preferência de compra, deverá adquirir 10% do negócio. A outra fatia, de 40%, está sendo disputada pelo fundo de pensão americano Tiaa-Cref e pelo Adia, fundo soberano de Abu Dhabi.

Pessoas próximas à operação dizem que o Tiaa-cref despontou como favorito no leilão. O Itaú BBA é o assessor financeiro da WTorre. Procurada, a construtora não quis comentar o assunto. Por Thiago Bronzatto
Fonte: exame 29/01/2014


30 janeiro 2014



Acordo com GetNet sairá nas próximas semanas, diz Santander

O acordo se destina à aquisição das operações de credenciamento, captura e processamento de pagamentos com cartões da GetNet

 O acordo do Santander para aquisição das operações de credenciamento, captura e processamento de pagamentos com cartões da GetNet deverá sair nas próximas semanas, disse nesta quinta-feira, 30, o presidente da instituição financeira, Jesús Zabalza. "Está tudo praticamente arrumado. Nas próximas semanas, iremos anunciar", disse o executivo, em coletiva de imprensa.

 Questionado sobre a demora para a assinatura do acordo, o executivo disse que ocorreu por "temas menores". A aquisição das operações com a GetNet permitirá ao banco acelerar o crescimento de sua participação no mercado brasileiro de adquirência.

 O Santander registrou volume financeiro de R$ 42,687 bilhões em suas máquinas que capturam transações com cartões de crédito e débito (POS, na sigla em inglês) em 2013, montante 67% superior ao visto no ano anterior, de R$ 25,512 bilhões. As informações constam de apresentação da companhia para analistas de mercado.

 O número de transações feitas no ano passado foi a 501,6 milhões, alta de 61%. Do total, 217,8 milhões foram operações com cartão de débito e 283,8 milhões com crédito. Em termos de volume, a captura de transações com plásticos de débito cresceu mais.

 Foram R$ 16,335 bilhões no ano passado, aumento de 73% em relação a 2012. No crédito, o volume foi a R$ 26,352 bilhões, expansão de 64%, na mesma base de comparação. Fernanda Guimarães, do Estadao
Fonte: exame 30/01/2014



Lenovo compra Motorola Mobility do Google por US$ 2,91 bilhões

Uau. Isso sem dúvidas foi bastante inesperado. Menos de três anos depois de comprar a Motorola Mobility por US$ 12,5 bilhões, o Google vendeu a divisão de celulares responsável pelos excelentes Moto X e Moto G para a Lenovo por US$ 2,91 bilhões.

 Sim, por bem menos do que pagou. E pouco depois de estampar seu nome no logo da Motorola, que desde meados de 2013 se orgulha de ser uma Google Company. Considerando que o Google vendeu a divisão de cable box por US$ 2 bilhões, o prejuízo com a brincadeira da Motorola foi de cerca de US$ 7 bilhões. 

A venda foi confirmada em uma Conference Call feita pela Lenovo na noite desta quarta-feira (manhã de quinta-feira na China), com a presença do presidente e CEO da chinesa, Yang Yuanqing, e o CFO da Lenovo, Wong Waiming, e através de um comunicado divulgado pelo próprio Google. Por esse comunicado, o Google anunciou que ficará com “a grande maioria do portfólio de patentes da Motorola, incluindo pedidos atuais de patentes e divulgações de invenções.” As patentes motivaram a compra da Motorola lá atrás – e o Google não quis se desfazer delas. A Lenovo poderá licenciar esse portfólio de patentes.

 Dennis Woodside, CEO da Motorola, escreveu no blog oficial da fabricante que, com a Lenovo, a Motorola espera “levar internet móvel para as próximas 100 milhões de pessoas”, e a Lenovo é “a parceira perfeita pra isso”.

 Vamos tentar entender o que o Google fez. Não é novidade alguma que a Motorola sempre sangrou dinheiro quando esteve sob o comando da gigante das buscas. No terceiro trimestre de 2013 (os resultados do último trimestre serão anunciados nos próximos dias), o prejuízo foi de US$ 248 milhões – um ano antes, o prejuízo era de US$ 192 milhões. Então ela passou a perder mais dinheiro. Portanto, podemos dizer que a compra nunca se justificou, o que pode ter incentivado o Google a se desfazer da Motorola.

 O que faria sentido para empresas comuns, mas não ao Google. Estamos falando de uma empresa que adquiriu, nos últimos meses, diversas empresas ligadas à robótica, além da Nest, responsável por aparelhos inteligentes para o lar. Podemos observar uma mudança de rumo para o Google, se afastando dos smartphones e se aproximando de algo muito maior (robôs, pessoal, isso é muito grande)? Difícil. O Android ainda é o sistema móvel mais popular do mundo e não há sinal de que isso mudará em curto prazo.

 Sob o comando do Google, a Motorola se destacou com o lançamento de dois smartphones, o Moto X e o Moto G. Dois aparelhos espetaculares, com um preço acessível, um Android quase puro. Ela se tornou a queridinha do Android, talvez mais até que a linha Nexus. Com a compra pela Lenovo, o futuro dessa linha de smartphones é incerto – é pouco provável que a Lenovo não altere a forma como as coisas são conduzidas na Motorola. Afinal, a empresa está perdendo dinheiro.

 Para a Lenovo, a aquisição da Motorola significa uma participação maior dentro do mercado dos Estados Unidos. A chinesa anunciou planos de entrar no mercado ocidental – Europa e Estados Unidos, especialmente – a partir de 2015, mas com a aquisição da Motorola, já pode dizer está presente em solo americano. Ou ao menos estará, quando a transação for concretizada.

 Recentemente, a Lenovo comprou a divisão de servidores da IBM por US$ 2,3 bilhões. E, em 2012, comprou a CCE por R$ 300 milhões. Atualmente, ela é a líder mundial em vendas de PC – e, aparentemente, quer ser uma gigante também em smartphones. Por: Daniel Junqueira
Fonte: gizmodo.uol 29/01/2014




O sucesso nas fusões e aquisições

Apesar das incertezas em muitos países, as empresas continuam a enxergar uma fusão ou uma aquisição como negócio precioso para alcançar crescimento e rentabilidade.  No Brasil, inclusive, ainda existe um volume considerável de possibilidades para formação de parcerias.

Importante que todos tenham em mente que existem muitas fases antes do negócio ser sacramentado, mas concomitante à assinatura do contrato e ao fechamento da transação, nada é mais importante do que a estratégia e o plano de integração. Bem-sucedida, a integração é fundamental para o alcance dos resultados esperados e a captura de valor ao negócio. Entretanto, segundo dados levantados pela KPMG, apenas 33% das transações geram valor, daí a importância de se prestar muita atenção na fase pós-transação. As diferenças culturais entre as empresas normalmente são subestimadas e representam um dos principais ofensores à criação de valor.

Muito pode ser feito para que uma promissora fusão seja bem-sucedida. Na grande parte das negociações, o foco é financeiro, com os responsáveis preocupados com as sinergias (de custo e comerciais), investimentos e lucros envolvidos. Porém, transações que demandam integração de negócios não são simples operações matemáticas, pois envolvem muito mais do que questões financeiras. Os desafios que surgem durante um processo de integração são, na maioria das vezes, relacionados às pessoas, políticas internas, disputa de poder ou harmonização da cultura das empresas integradas.

Os aspectos culturais empresariais são poucos observados, contudo são os mais problemáticos na formação dessas parcerias. Ao invés de encarar essas diferenças como peças incidentais consequentes da parceria, é importante colocá-las no centro da discussão, diminuindo os riscos e gerando sinergias. O entendimento da forma como uma empresa toma decisões, suas aptidões colaborativas, competitivas ou se trata de uma empresa burocrática ou superfocada em atingir seus objetivos serão determinantes no alcance dos objetivos da parceria, sendo alguns deles: aumento da capilaridade de venda, ganho de market share, complementaridade de competências ou sinergias de know-how.

Transações envolvendo empresas de países diferentes tendem a ter mais problemas de integração. Contudo, no Brasil, uma nação com dimensões continentais, podemos identificar grandes problemas inclusive nas operações domésticas. Seriam as diferenças culturais de uma empresa sediada em Fortaleza e outra em Porto Alegre menores que as de uma companhia em São Paulo e outra em Berlim?

Os executivos no Brasil estão passando por uma fase de mudanças na forma com que encaram integrações de empresas ou unidades de negócio, o que já aconteceu na Europa e Estados Unidos há alguns anos. As empresas brasileiras estão se preocupando mais com uma plena integração e tentam prever os problemas para amenizá-los. As grandes crises surgem nos primeiros cem dias e após seis meses torna-se muito difícil, senão custoso, corrigir qualquer revés. Quando uma integração não é realizada adequadamente, com uma fase robusta de planejamento e mitigação dos riscos inerentes a esse tipo de operação, torna-se praticamente impossível reverter o cenário que se instala na nova operação.

Existem três ações que podem ajudar - e muito - em uma integração: identificação de diferenças culturais no início da formação da parceria; análise do impacto financeiro potencial de problemas relacionados a diferenças culturais dentro da parceria; e utilização das diferenças culturais como fator gerador de valor na parceria.

Nenhum funcionário ou empresa passa por uma integração sem sentir os reflexos do contato com outra cultura. Os benefícios de uma aquisição são evidentes, mas, para o sucesso da integração, uma série de fatores deve ser levada em conta. Uma assessoria pode ajudar a maximizar as sinergias e aumentar o valor gerado, tornando o processo o mais suave possível para todos os envolvidos, desde os colaboradores até os acionistas, passando, inclusive, pelos clientes.

O foco é traçar uma efetiva estratégia de integração para minimizar todos os efeitos negativos, explorar as melhores práticas, harmonizar as diferenças culturais e posicionar a empresa numa direção rentável, de forma a propiciar boas experiências para o mercado e, principalmente, maximizar o desempenho do item mais importante de qualquer organização: o capital humano. por Josefina do Nascimento Pinto Fonte: DCI-SP
Fonte: contabeis 28/012014



Cartel do cimento: a hora de vender o ativo imobilizado

Vender um ativo imobilizado é uma operação bem simples, desde que esteja preparado para evitar problemas, porque os ganhos obtidos na venda de imóveis, máquinas e equipamentos são tributados

 Uma notícia veiculada na semana passada levantou uma questão importante: a venda de ativos. Acusadas de cartel, seis empresas cimentícias, além dos pagamentos das multas, terão que vender unidades fabris equivalentes a 25% da capacidade de produção.

 Vender um item de ativo não envolve a complexidade da venda de uma empresa. A operação de alienação de bens do ativo envolve dois aspectos: o primeiro é estabelecer o valor certo da venda; o segundo é analisar com cuidado os aspectos fiscais e tributários envolvidos na operação de venda de ativo imobilizado.

 O importante é estar preparado para evitar dores de cabeça porque os ganhos obtidos na venda de ativo são tributados. Assim a questão passa a ser como determinar corretamente o ganho ou perda na venda para evitar autuações com pagamentos de multas, juros e pagamentos excessivos por falta de registro e controle.

 O ganho ou perda de capital na venda de ativo imobilizado é a diferença entre o valor da venda do bem e o respectivo valor contábil. Sem o registro contábil e controle individualizado não há como apurar o valor contábil do bem. Se não puder comprovar que o objeto da venda é um item de imobilizado, não poderá se beneficiar da isenção do ICMS e deduzir o valor contábil do bem para fins de tributação.

 O valor contábil é o custo de aquisição subtraído das depreciações, amortização ou exaustão acumulada até a data da venda. Nas empresas do regime de Lucro Presumido, as perdas de capitais não podem ser deduzidas. A base para a determinação do cálculo do imposto são as receitas brutas, sem descontar os custos, despesas ou perdas de capital.

 A questão é como comprovar o ganho ou perda de capital sem o controle individualizado dos bens. Se for um bem imóvel (terreno e construção) adquirido antes de 1996, terá que considerar nos cálculos as correções monetárias tanto do valor original como da depreciação acumulada, tornando o processo de apuração bastante complexo. Desta forma é melhor se preparar adotando alguns procedimentos básicos.

O ponto de partida é o registro contábil da compra de imobilizado. Muitas empresas não fazem o registro contábil porque não sabem distinguir o que é compra de bem, de ativo imobilizado. São bens tangíveis utilizados na operação da empresa, com mais de um ano vida útil e custam mais de mil e duzentos reais (MP 627/2013).

 O passo seguinte é o registro correto do custo de aquisição do bem. É o valor da aquisição do bem somado dos impostos não recuperáveis, tais como impostos de importação. Pode-se adicionar ainda o frete e todas as despesas até pôr o bem em funcionamento.

 O terceiro passo é a manutenção dos controles individuais e cálculo das depreciações mensais. Ao longo da vida o bem pode sofrer acréscimos e reduções de valores devido a reforma, substituição de partes, etc. Além das transferências realizadas entre departamentos, baixa por quebra ou obsolescência. 

O quarto procedimento é realizar periodicamente o inventário físico dos bens do ativo imobilizado. É para assegurar que os bens estão identificados com etiquetas patrimoniais, onde estão e que há uma coerência entre o registro contábil e o cadastro físico dos bens patrimoniais. Este procedimento é muito importante para poder comprovar que o controle e as demonstrações financeiras estão corretos.

 O quinto procedimento é avaliação periódica dos bens patrimoniais para que os registros contábeis não fiquem defasados com o tempo. Este procedimento, conhecido como Teste de Impairment, ou seja, a determinação do valor justo, é procedimento obrigatório para as empresas se adequarem ao IFRS, Lei 11638, CPC 01 e CPC 27.

 É muito comum encontrar pequenas empresas que não efetuam o registro do custo de equipamentos construídos internamente. O problema só aparece quando é necessário comprovar a situação patrimonial, dar uma garantia de financiamento ou na hora de vender. O pior é que não há como remediar. Conheci uma empresa em processo de negociação que não tinha realizado a contabilização do custo das imobilizações dos bens construídos na ordem de R$ 800 mil. Imagina o montante do prejuízo devido a falta de registro e controle? Por  Orlando Norio
Fonte: administradores 29/01/2014



Novartis avalia joint ventures para negócios menores

A Novartis avalia opções como joint ventures para três negócios menores para deixá-los em linha com suas operações farmacêuticas, disse a empresa nesta quarta-feira, em uma revisão que deve ser concluída em meados deste ano.

A empresa suíça tem lançado um novo olhar sobre suas operações após a saída do veterano presidente do Conselho e presidente-executivo, Daniel Vasella, o arquiteto da fusão da Ciba-Geigy e Sandoz que criou a Novartis em 1996.

 Embora o novo presidente do Conselho Joerg Reinhardt defenda a estratégia diversificada, ele diz que a Novartis quer que todos os seus negócios fiquem entre os líderes mundiais, lançando dúvidas sobre três unidades menores: remédios sem receita, saúde animal e vacinas.

O presidente-executivo Joe Jimenez disse a repórteres que espera que a revisão seja concluída até o fim do verão no hemisfério Norte.

"Estamos considerando todas as opções incluindo estruturas potencialmente únicas que iriam permitir às unidades se tornarem negócios líderes em seus setores", disse ele, acrescentando que isso pode incluir joint ventures e outros acordos não convencionais diferentes de uma aquisição ou venda.

Fontes disseram que a Novartis está discutindo trocar suas unidades de saúde animal e vacinas de uso humano pela unidade de remédios sem receita da Merck em um negócio que poderia impulsionar os ganhos de ambas as empresas.

A Novartis disse que as vendas líquidas do quarto trimestre subiram 2 por cento para 15,08 bilhões de dólares, comparado com a estimativa média de analistas de 15,09 bilhões em uma pesquisa da Reuters.

O lucro principal por ação caiu 3 por cento, para 1,20 dólar, comparado com a estimativa de 1,28 dólar por papel.

A companhia espera que as vendas em 2014 cresçam em torno de um dígito percentual baixo a médio, levemente menos confiante do que no ano passado. (Por Caroline Copley) Reuters
Fonte: Yahoo 29/01/2014

COMENTÁRIOS:

A Novartis divulga em seu site apresentação referente Novartis Investor Day - London, 22 November 2013. Abaixo alguns slides extraídos do referido documento.

















Uma startup precisa de fãs e não de clientes

"Para uma startup chamar a atenção, ela precisa ter boas ideias e ser realista. Precisa ter fãs e não clientes." É o que garante Bruce Dickinson, vocalista do Iron Maiden e um dos principais palestrantes da sétima edição da Campus Party Brasil.

 Mas o que heavy metal tem a ver com tecnologia? Além de ser um dos maiores rockstars do mundo, Dickinson também é investidor-anjo (isto é, especializado em financiar startups) e empreendedor - ele é dono de uma companhia aérea e de uma escola de aviação na Grã-Bretanha. Bruce veio a São Paulo falar aos campuseiros nesta terça-feira, 28, sobre seus negócios e dar dicas de empreendedorismo.

Falou sobre seu envolvimento com o empreendedorismo e o fato de ter investido em seus próprios negócios apenas depois de já ter se tornado famoso com o Iron Maiden. "Meu pai era um empreendedor. Acabei virando cantor, o que foi insperado para minha família", disse.

 A ideia de empreender na área de aviação, segundo ele, surgiu após ver a falência de uma companhia aérea da qual era piloto. "Entrei num projeto com meus companheiros da companhia aérea. Criamos um negócio muito mais simples, e acreditamos que era melhor assim. Estamos quase dando lucro neste momento", diz.

 A Cardiff Aviation recebeu 500 mil libras de investidores e mais 500 mil libras do governo inglês. "É um negócio difícil porque envolve muita engenharia. Reduziremos nossos custos em 70% nesse ano. A Embraer é incrível, mas a Cardiff tem um modelo de negócios 360 graus, de maneira que nós cuidamos de tudo."

 Palco

 Durante sua apresentação no palco da Campus Party, porém, Bruce fez diferente e usou a estratégia da sua banda como exemplo do principal ponto defendido em sua apresentação: a importância do relacionamento com o consumidor.

 "Ninguém quer ter clientes. Eu odeio clientes porque eles têm escolha, podem sempre ir para outro lugar. Precisamos ter fãs", disse Bruce. Segundo ele, as empresas precisam criar uma relação próxima com seus consumidores, como uma banda. "Você não vende um produto, você vende um relacionamento com o consumidor."

 É por isso, diz ele, que mesmo com a crise na indústria fonográfica, o Iron Maiden não perdeu receita. Em vez disso, a banda procurou criar outras fontes de renda, como a venda de camisetas e, mais recentemente, o lançamento de um selo próprio de cerveja. "Um dia nos reunimos e pensamos: Imagine se todos os caras que fazem o download da nossa música puderem comprar algo nosso?", diz. " Então, pensamos, o que as pessoas fazem quando elas escutam música? Bebem cerveja!"

 No mercado de tecnologia, Bruce citou a Apple e a Microsoft como empresas que foram capazes de criar um relacionamento de ídolo e fã com seus clientes. E comentou a entrada da Samsung no mercado de smartphones, e seu crescimento a partir da dificuldade da Apple em alimentar a relação com seus seguidores nos últimos anos, segundo ele, por problemas como a qualidade do iPhone 5, inferior a do iPhone 4. "Somos criaturas emocionais e tudo que fazemos envolve relacionamentos", disse.

 Bruce também repetiu a máxima dos empreendedores ao redor do mundo: quem quer empreender deve colocar sua ideia em prática, sem pensar muito nas dificuldades. "Quando você está envolvido com algo, você usa todos os recursos que estão a seu dispor", diz. Mas, apesar de incentivar o sonho, Bruce também disse ser importante uma boa dose de realismo. "Existem muitos CEOs e diretores que são fãs de Iron Maiden e hoje dirigem companhias. Isso me ajuda a chegar até a porta, porque as pessoas tem curiosidade sobre mim. Mas é o que faço depois que passo da porta que realmente importa." Para ele, a educação formal tem um peso pequeno no sucesso de um negócio. "Você pode ensinar macacos a ter um MBA" afirmou. Por LIGIA AGUILHAR E BRUNO CAPELAS
Fonte: estadao 29/01/2014