20 novembro 2015

Fundo dos EUA mais que dobra rede de escolas de inglês vel.Lep

A rede de escolas de inglês Cel.Lep deve chegar a 2016 com 65 unidades ­ mais que o dobro do tamanho que tinha há três anos, quando foi adquirida pelo fundo de private equity americano H.I.G. Capital. Na época, eram 25 pontos. Agora prepara­se para uma nova etapa de expansão que pode vir de aquisições ou por meio de crescimento operacional.

“Nos últimos anos, modernizamos as unidades, abrimos novas escolas e investimos, principalmente no pedagógico. Agora, avaliamos como será a expansão daqui para frente”, disse Felipe Franco, diretor­geral do Cel.Lep. Está em análise, por exemplo, a entrada em outras praças. Hoje, a atuação está concentrada no Estado de São Paulo.

Das 65 unidades que a rede terá em 2016, cerca de 30 são escolas de rua e o restante está dentro de colégios, universidades e empresas. A expansão será puxada pelos colégios, que respondem por 50% dos seus 15 mil alunos.

Todas as escolas são próprias. “Não queremos abrir franquias porque é difícil controlar a qualidade do ensino. Atendemos o segmento corporativo que é bastante exigente”, disse Franco. Cerca de 70% dos alunos adultos têm o curso subsidiado pela empresa em que trabalham. Segundo Franco, o reflexo do desemprego no país ainda é baixo para a rede. Ele diz que sentiu uma pequena queda no volume de alunos no segundo semestre e um pouco mais entre aqueles que pagavam do próprio bolso.

O valor da mensalidade para esse público gira em torno de R$ 1 mil. Já para crianças e adolescentes o preço varia de R$ 350 a R$ 700. Seus concorrentes diretos são o Alumni e o Berlitz.

Nesses três anos sob o comando do fundo, o Cel.Lep recebeu investimentos de R$ 20 milhões, cujos recursos vieram da própria geração de caixa da rede. Segundo Franco, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebtida, na sigla em inglês) da rede deve triplicar entre 2013 e 2018.

Metade do investimento foi para a área pedagógica com a criação de cursos para crianças a partir de três anos, modernização dos laboratórios e adoção de uma metodologia didática conhecida como “sala de aula invertida”. Esse modelo prevê que o aluno estude primeiro em casa e depois tire as dúvidas em sala. Na rede de idiomas, os alunos dos estágios intermediário e avançado aprendem primeiro no laboratório e depois reúnem­se com os colegas e o professor.

Fundado em 1967 pelo físico Walter de Toledo Silva (que morreu neste ano aos 95 anos), o Cel.Lep foi o pioneiro em usar laboratórios para ensinar inglês. Numa viagem à sede da Philips, na Holanda, Silva conheceu um equipamento de gravação de voz usado no curso de idiomas dos funcionários. Trouxe a ideia para o Brasil e adotou no Cel.Lep, cujas iniciais significam Centro de Ensino de Línguas do Liceu Eduardo Prado ­ escola referência nos anos 60.  Por Beth Koike | Valor Econômico – Leia mais em sbvc 20/11/2015


20 novembro 2015



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