19 maio 2018

Empresas lácteas preveem nova onda de aquisições

Multinacionais avaliam a entrada ou expansão no país e empresas médias negociam compras.

O setor de lácteos deverá passar por uma nova temporada de fusões e aquisições no país nos próximos meses, segundo executivos da área.

Há dois movimentos paralelos: o de multinacionais que avaliam a entrada ou a expansão no Brasil e o de empresas médias do ramo que, pressionadas por operações recentes, negociam compras.

O segmento registrou oito operações no ano passado, segundo a PwC. Entre elas, estão a aquisição da Vigor pela mexicana Lala por cerca de R$ 4,3 bilhões e a da Itambé pela Lactalis, estimada em R$ 2 bilhões.

A consultoria contabilizou apenas um negócio neste ano, mas avalia que há apetite do mercado para mais.

“Haverá consolidação no futuro próximo. Vemos interesse de multinacionais em ativos brasileiros e companhias locais de médio e grande porte dispostas a negociar”, afirma Alessandro Ribeiro, sócio da PwC.

A tendência é que negócios mais relevantes sejam feitos após a definição do quadro eleitoral. As empresas com portfólio mais diversificado são as mais cobiçadas, diz Ribeiro.

“Somos procurados toda semana, mas por enquanto não há interesse em venda”, afirma o vice-presidente da Aviação, produtora de manteiga, requeijão, queijos e doces.

A marca, que faturou R$ 300 milhões em 2017, avalia a compra de ao menos uma concorrente especializada em queijos finos. “Queremos fortalecer nossa atuação nessa área.”

A Embaré, cuja receita anual é de R$ 1,3 bilhão, também negocia aquisições. “Temos conversas em andamento”, diz o presidente, Romero Marinho.


Fábricas 
A Aviação investirá R$ 15 milhões para dobrar a produção de manteiga e ampliar sua planta de doces de leite.

A Embaré deverá lançar uma linha de queijos neste ano. A marca vai aportar R$ 15 milhões em sua linha de produção (Folha de S.Paulo, 18/5/18) Leia mais em brasilagro 18/05/2018

19 maio 2018



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