O movimento das startups de serviços financeiros, as fintechs, começou a ganhar força no Brasil no fim de 2014 e tem crescido de forma acelerada. Já são mais de 130 empresas com atuação em segmentos como pagamentos, gerenciamento financeiro, empréstimos e negociação de dívidas, entre outros serviços financeiros. O número representa um crescimento de 30% em relação à pesquisa anterior, de setembro.
Os dados são da FintechLab, uma iniciativa da agência de inovação Clay Innovation para acompanhar o setor, que também inclui negócios nas áreas de captação de investimento, seguros, eficiência financeira, segurança, conectividade e bitcoin/blockchain.
Entre os principais nomes do setor estão o cartão de crédito Nubank, o aplicativo de gestão financeira Guia Bolso, o site de investimento Magnetis e o f(x) (lê-se éfê de xis), de empréstimos para empresas de médio porte.
No levantamento mais recente, uma entre cada cinco empresas afirma ter mais de 20 funcionários. Do total, 70% estão em funcionamento, ou seja, têm clientes e receita. Metade das 130 companhias tem receita superior a R$ 1 milhão. Um avanço significativo em relação ao ano passado, quando o percentual era de 30%. Somadas, as companhia chegam a uma receita de R$ 173 milhões, o equivalente ao resultado operacional do 16º maior banco brasileiro, segundo o Banco Central (Bacen).
Os números das fintechs no Brasil ainda são minúsculos frente ao tamanho que o setor tem tomado globalmente. Nos EUA, a estimativa é que existem pelo menos duas mil startups de serviços financeiros divididas entre as costas leste e oeste do país. Segundo a revista "The Economist", globalmente, fundos de investimento aplicaram US$ 15 bilhões em fintechs ao longo de 2015.
Mas o avanço das iniciativas no país tem chamado a atenção dos investidores. Dois terços das empresas já receberam algum aporte de capital, sendo que 38% receberam valores superiores a R$ 1 milhão. A FintechLab estima que, em 2015, foram investidos aproximadamente R$ 200 milhões nas fintechs brasileiras. Para 2016, o montante pode chegar a R$ 450 milhões. O número será impulsionado pela venda do sistema de pagamentos Moip à alemã Wirecard e pelo investimento de R$ 200 milhões recebido pela Nubank em janeiro. Em sua quarta rodada de investimento, a companhia de menos de dois anos foi avaliada em US$ 500 milhões.
"Em qualquer mercado que tenha concentração em poucos bancos, você tem uma oportunidade muito grande. As fintechs têm vantagem de ter estruturas flexíveis, com custo menor e conseguem repassar esse ganho para o usuário", disse David Vélez, fundador da Nubank. Segundo pesquisa da PwC, em um prazo de cinco anos, as fintechs poderão tomar, em média, 23% dos negócios que hoje são feitos por instituições financeiras ao redor do mundo.
Grandes bancos estão de olho. O Itaú montou o Cubo, um prédio em São Paulo com capacidade para abrigar 50 startups. Também investe no Sinergia, um espaço semelhante no Uruguai. O Bradesco, criou o InovaBRA, programa de com atuação em áreas de interesse do banco. O Santander vai trazer ao Brasil o braço de investimentos InnoVentures. A primeira atividade ocorre em 5 de maio, quando serão selecionadas três empresas para receber recursos. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 26/04/2016
26 abril 2016
Setor de startups financeiras cresce e chega a 130 empresas no Brasil
terça-feira, abril 26, 2016
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Ruy Moura
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