21 maio 2012

Fusões e aquisições no setor energético aumentam 140% no 1º trimestre de 2012, diz KMPG

Das 12 operações concretizadas em 2012, nove foram domésticas, ou seja, envolveram apenas empresas de capital brasileiro

 Nos primeiros três meses deste ano, as fusões e aquisições realizado de companhias do setor energético tiveram um forte aumento em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Pesquisa de Fusões e Aquisições, da KPMG no Brasil. Segundo os dados, foram 12 operações no primeiro trimestre de 2012, representando um aumento de 140% em comparação ao mesmo período de 2011, no qual foram concretizadas cinco operações.

 Das 12 operações concretizadas em 2012, nove foram domésticas, ou seja, envolveram apenas empresas de capital brasileiro. As outras três foram de empresas de capital majoritariamente brasileiro adquirindo, de estrangeiros, empresa de capital estrangeiro estabelecida no País (CB3). Com esse total, o setor formado pelas companhias de energia alcançou a 4ª posição do ranking, ficando atrás apenas de Tecnologia da Informação; Telecomunicação e Mídia; e Companhias de Serviço. O ranking feito pela KPMG inclui ainda outros 41 segmentos que juntos totalizaram 204 operações no 1° trimestre de 2012, melhor resultado da história para este período do ano.

 Para a sócia da KPMG no Brasil e líder da área de Energia, Vânia de Sousa, o aumento pode ser um sinal de recuperação do setor que começou no fim do ano passado. "A movimentação das empresas de energia em busca de novos parceiros é sinal de que o mercado doméstico está bastante aquecido", afirma.

 Segundo ela, essa alta vai ser uma tendência também nos próximos anos. "Os números mostram que o país vem sendo um dos lugares preferidos dos investidores que estão de olho no potencial do Brasil na geração de energia elétrica", analisa a sócia.

 Para o coordenador da pesquisa, Luis Motta, sócio-líder da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, o que chama a atenção na pesquisa como um todo neste trimestre é a forte participação das empresas estrangeiras no número total de operações. "Das 204, 99 envolveram organizações de fora do país na ponta compradora, sendo 74 de operações do tipo CB1 (veja legenda logo abaixo) e 25 do tipo CB4. E, apesar das turbulências internacionais percebidas nos últimos meses, prevíamos de fato que a atividade de fusões e aquisições seguiria aquecida e essa diferença foi mesmo determinada pelo apetite das empresas estrangeiras, embora esta tendência não tenha se verificado ainda no setor de energia onde prevaleceram os compradores locais", explica.
 Legendas
 Transações Domésticas: entre empresas de capital brasileiro
 CB1: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil;
CB2: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no exterior;
CB3: Empresa de capital majoritário brasileiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil;
CB4: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil;
CB5: Empresa de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no exterior.
 Fonte: Administradores 21/05/2012

21 maio 2012



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