Novos unicórnios, recordes de vendas e IPOs históricos. Relembre alguns feitos alcançados no ano que passou
Novos unicórnios, IPOs históricos e a rápida expansão de empresas no mercado de varejo e pagamentos digitais marcaram o ano de 2019. Entre eles, estão o anúncio da compra da Avon pela companhia de cosméticos Natura e criação da quarta maior fabricante de automóveis do mundo, resultado da fusão entre a o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler (FCA) e o francês PSA Peugeot Citroën. Relembre alguns dos negócios que marcaram o ano:
Nasce uma gigante dos cosméticos
Loja da Natura no Shopping Morumbi (Foto: Reprodução/Facebook)
Em maio, a companhia de cosméticos Natura anunciou a compra da Avon. Em novembro, a Natura obteve do Cade, o órgão de defesa da concorrência no Brasil, o sinal o verde para a aquisição. A Comissão Europeia também aprovou o acordo em dezembro. A expectativa é que a operação seja concluída no início de 2020, gerando um negócio de US$ 10 bilhões.
Em dezembro, a Avon anunciou que proibirá o teste de seus produtos em animais. As diferenças na forma como as duas companhias lidavam com essa questão era uma das dúvidas que analistas levantavam sobre a fusão.
Nada é para sempre - pelo menos não para a Forever 21
Loja da marca Forever 21 (Foto: Steve Taylor/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
A varejista americana de moda Forever 21 entrou com um pedido de recuperação judicial perante a Justiça dos Estados Unidos no mês de setembro. Logo após a expansão bem-sucedida em mais de 50 países nos últimos anos, a companhia tem passado por momentos difíceis. Nos EUA, 178 lojas podem ser fechadas. Entre os motivos que explicam a queda de receita da empresa, estão a mudança no hábito de compra dos consumidores jovens e polêmicas envolvendo direitos autorais e marcas registradas.
Kroton passa por reformulação
Rodrigo Galindo, CEO da nova Cogna, antiga Kroton (Foto: Marcus Steinmeyer)
A Kroton, maior empresa privada de educação do Brasil, anunciou em outubro a mudança de nome, de foco e governança. Com valor de mercado de R$ 18,2 bilhões, a companhia tornou-se uma holding chamada Cogna Educação e ganhou uma nova sede, na Avenida Paulista. O grupo foi dividido em quatro subsidiárias: Kroton, Saber, Platos e Vasta. Com o fatiamento, a companhia agora quer avançar na prestação de serviços para escolas e faculdades. "Com essa mudança de foco, estamos triplicando nosso mercado potencial", diz o CEO, Rodrigo Galindo.
Nasce uma nova gigante dos automóveis
No mês de dezembro, o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler (FCA) e o francês PSA Peugeot Citroën confirmaram a fusão entre as duas companhias. O acordo cria a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, avaliada em US$ 50 bilhões. A nova empresa terá 400 mil funcionários e faturamento de US$ 190 bilhões.
Low costs chegam o Brasil
A companhia aérea chilena Sky Airline é considerada uma low cost (Foto: Divulgação)
2019 também foi o ano em que as low cost, companhias aéreas de baixo custo, finalmente aterrissaram no Brasil. Entre elas, Flybondi, Sky Airline e JetSmart já começaram a atuar em voos internacionais no país. O fenômeno acontece graças a uma mudança na legislação do Código Brasileiro de Aeronáutica que permite que empresas aéreas de capital 100% estrangeiro atuem no país. Outro ponto importante é a permissão para a cobrança de bagagem despachada. Isso também possibilitou que as empresas de baixo custo oferecessem passagens mais baratas. Além disso, para manter os preços baixos, as low cost reduzem gastos operacionais, colocando mais assentos nos aviões, cobrando pela alimentação a bordo, entre outras medidas.
Empresa brasileira de investimentos em Nova York
Abertura de capital da XP Investimentos na Nasdaq (Foto: Reproduçãp/Facebook XP Investimentos)
Em dezembro, a XP Investimentos levantou US$ 2,25 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, em Nova York, tornando-se a empresa brasileira de maior valor listada nos Estados Unidos em 2019. A companhia precificou suas ações a US$ 27. Parte dos recursos obtidos serão utilizados para a ampliação do portfólio de produtos da empresa.
O último caminhão
Em outubro, após 52 anos, a Ford encerrou a produção na fábrica de Taboão, em São Bernardo do Campo (SP). A unidade já concentrou toda a produção de automóveis da empresa no Brasil e era responsável pela fabricação da linha de caminhões. Cerca de 600 trabalhadores foram demitidos. Em comunicado, Lyle Watters, presidente da Ford na América do Sul, disse que a ação foi “difícil, mas necessária para a reestruturação dos negócios da empresa”.
Após 2 acidentes, Boeing suspende a produção do 737 MAX
Aviões Boeing 737 MAX parados em instalação da empresa em Seattle (Foto: Lindsey Wasson/Reuters)
Após mais de 300 pessoas morrerem em quedas de aviões 737 Max na Indonésia em outubro de 2018 e na Etiópia em março de 2019, em decorrência de problemas de fabricação da aeronave, a americana Boeing anunciou que vai suspender a produção do avião. De acordo com a empresa, os funcionários ligados à fabricação da aeronave não serão demitidos, mas é provável que a paralisação afete a cadeia produtiva da companhia.
IPO de peso na China
Comemoração do Dia dos Solteiros no grupo Alibaba (Foto: Getty Images)
A oferta de ações do Alibaba Group movimentou cerca de US$ 12,9 bilhões em uma abertura de capital histórica em Hong Kong. O IPO da gigante chinesa de comércio eletrônico foi o maior da região em nove anos. O grupo fundado por Jack Ma já havia estreado na bolsa de Nova York em 2014, quando fez a maior abertura de capital já feita em bolsas de valores até o momento, captando US$ 25 bilhões.
O varejo entra no setor de pagamentos
A Magazine Luiza anunciou em dezembro a criação de uma nova empresa dentro do ecossistema digital da companhia. Chamada de Magalu Pagamentos, a iniciativa pretende oferecer serviços financeiros para os clientes e vendedores do marketplace da marca, como a carteira digital Magalupay. Depois de alcançar mais de 800 mil adesões a seu serviço de conta digital, a varejista Pernambucanas também espera avançar no setor de pagamentos. Em novembro, a companhia, que completou 111 anos em 2019, lançou sua própria carteira digital.
Amazon: cada vez mais brasileira
O Echo Show é um dos três dispositivos integrados à Alexa lançados no Brasil esse ano (Foto: Divulgação)
A Amazon expandiu suas oprações no mercado brasileiro com a estreia de novos produtos no país. O sistema com inteligência artificial Alexa foi finalmente lançado em português e poderá ser acionado em três dispositivos da companhia. Outra novidade por aqui foi o lançamento do Amazon Prime, o pacote de benefícios para assinantes, como descontos em produtos e frete grátis ilimitado. Além disso, o município de Cabo de Santo Agostino, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco, foi escolhido para sediar o primeiro centro de distribuição da gigante americana na região Nordeste.
Novos unicórnios
Com sede em São Paulo, a Loggi atua no setor de entregas, conectando os usuários diretamente aos mensageiros através do computador ou do celular (Foto: Reprodução/Facebook/Loggi)
O Brasil fecha 2019 com 10 unicórnios, as startups que valem ao menos US$ 1 bilhão. Cinco deles alcançaram a marca este ano. A empresa de entregas Loggi levantou US$ 150 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelo Softbank. A Gympass, serviço de assinatura de academias, recebeu um aporte de R$ 300 milhões. Outras empresas somaram-se ao seleto de grupo, como o QuintoAndar, após captar US$ 250 milhões, e a empresa de games Wildlife, que recebeu US$ 60 milhões. Já a fintech Ebanx não revelou o valor do aporte, liderado pela FTV Capital.
Mais mobilidade
No primeiro mês do ano, a startup brasileira de bicicletas sem estações e a mexicana de patinetes elétricos Grin anunciaram a fusão dos dois negócios. O acordo deu origem à Grow Mobility Inc, que já completou 10 milhões de corridas realizadas na América Latina desde a fusão. O ano também marcou a estreia dos patinetes elétricos da Uber no Brasil, que teve início em Santos, no litoral de São Paulo.
Embraer e Boeing: finalmente juntas?
Aeronave da Embraer (Foto: Divugação)
Os rumores sobre a compra da divisão de comercial de aviões da Embraer pela Boeing começaram em 2017. A expectativa inicial era de que o negócio estivesse aprovado pelos órgãos de concorrência internacionais até o fim de 2019, mas reviravoltas adiaram o acordo. A Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Abradin) entrou com um pedido de investigação no Conselho Administrativo e de Defesa Econômica (Cade). Além disso, a Comissão Europeia, órgão antitruste da União Europeia, também investiga o acordo entre as duas empresas. Espera-se que a situação resolva no início de 2020.
Aquisição de luxo
Vitrine de loja da Tiffany&Co. em Paris, França (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)
No mês de novembro, a LVMH, proprietária da fabricante francesa de artigos de luxo Louis Vuitton, adquiriu a joalheria norte-americana Tiffany por US$ 16,2 bilhões, sua maior aquisição até o momento. O objetivo do negócio é fortalecer a LVMH nos Estados Unidos dentro do mercado de jóias a ajudar a expandir a marca Tiffany na Europa e na China. A Tiffany se junta às outras subsidiárias Bulgari e Tag Heuer, da divisão de jóias e relógios da LVMH. ... MICAELA SANTOS .. leia mais em epocanegocios 30/12/2019
30 dezembro 2019
Retrospectiva 2019: os negócios que marcaram o ano
segunda-feira, dezembro 30, 2019
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Ruy Moura
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