Estudo realizado pelo boostLAB, programa do BTG Pactual, com aceleradora ACE Cortex mostra aumento no interesse pela área no país
O valor investido em fintechs aumentou mais de sete vezes entre 2016 e 2018 no Brasil. O dado faz parte de um estudo realizado pelo boostLAB, programa de potencialização de startups do BTG Pactual, realizado em parceria com a aceleradora ACE Cortex, obtido com exclusividade por Época NEGÓCIOS. O salto, que leva em conta o investimento por anjos, fundos e empresas, subiu de R$ 203 milhões em 2016 para um recorde de US$ 1,5 bilhão em 2018. E o número deve continuar a crescer.
“IPOs, como da Stone e da PagSeguro, mostram que há oportunidade de saída. O investidor sempre quer o retorno. Deve haver crescimento no interesse por investir nesse tipo de negócio”, afirma a Época NEGÓCIOS Frederico Pompeu, sócio responsável pelo boostLAB. O estudo ainda relembra que, entre os cinco unicórnios anunciados no ano passado, três são empresas de meios de pagamentos: Nubank, PagSeguro e Stone.
Uma particularidade do mercado brasileiro é que, das 422 fintechs em atuação no Brasil, 114 atuam em meios de pagamentos—como as citadas acima.
Pompeu faz uma analogia para explicar a relação entre bancos e as fintechs. O banco é um urso e as fintechs, abelhas. Em uma mãozada, o urso pode derrubar muitas abelhas, mas se o enxame for grande, elas podem vencer o grandalhão. “Existe um movimento dos bancos de se aproximar e não ver mais as fintechs como concorrentes, mas como parceiros para viabilizar oportunidades”, afirma Pompeu.
A opinião é compartilhada pelo analista do BTG Pactual Eduardo Rosman. “Os bancos vencedores terão que abrir a cabeça. Não dá para ir contra as fintechs. Eles podem perder alguns negócios, mas terão de focar no que são bons e deixar interação e serviços para o cliente com as fintechs”, diz.
Ambos concordam que a parte de crédito dos bancos, porém, deve demorar para ter uma atuação mais ameaçadora das fintechs. Por outro lado, o setor de pagamentos eletrônicos tem sido atingido pelas fintechs.
Futuro
Pensando em cenários para o futuro, um dos exemplos citados no estudo é do mercado chinês. Com inovações desde a biometria facial usando sorriso como forma de autenticação, até ecossistemas complexos, como os desenvolvidos por Alibaba, com o AliPay, e o WeChat podem apontar o futuro dos pagamentos eletrônicos.
O Banco Central brasileiro, porém, deve atuar para evitar uma característica daquele mercado hoje: o duopólio das duas empresas citadas. “O BC tem deixado claro que quer pagamentos instantâneos e mais baratos, democratização do pagamento eletrônico no BR, mas com várias empresas participando”, afirma Rosman.
O estudo ainda cita modelos de pagamentos com menor fricção para o usuário. A Amazon Go, supermercado sem filas e caixas registradoras da Amazon, é um exemplo de como o pagamento eletrônico pode evoluir para formas ainda mais simples para o consumidor... Leia mais em epocanegcios 23/01/2019
23 janeiro 2019
Investimento em fintechs no Brasil aumentou sete vezes em três anos
quarta-feira, janeiro 23, 2019
Compra de empresa, Investimentos, Tese Investimento, TI, Transações MA, Venda de Empresa
0 comentários
Postado por
Ruy Moura
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário