Laboratório começou a analisar investimentos nesses dois continentes; grupo também quer crescer no setor pet
A Eurofarma, uma das maiores farmacêuticas de capital nacional, deverá definir até o fim deste ano aquisições fora do continente latino-americano, onde já tem presença consolidada. A empresa, que começou seu plano de internacionalização em 2009, está avaliando ativos em países da África e da Ásia.
Laboratório está em 20 países e teve faturamento bruto de R$ 2,7 bilhões em 2016
Com presença em 20 países e unidades produtoras no Uruguai, Argentina, Peru, Chile, Colômbia e Guatemala, a companhia, que registrou faturamento bruto de R$ 2,7 bilhões no ano passado, foi uma das pioneiras do setor a fazer aquisições fora do território nacional.
Em 2015, a Eurofarma deu um passo ao adquirir uma participação minoritária – de 3% – na farmacêutica americana Melinta, produtora de antibióticos. Embora seja uma fatia pequena, o grupo nacional participa do conselho da companhia americana e discute ativamente de decisões sobre inovação.
Em entrevista ao Estado, a executiva Maria Del Pilar Muñoz, conhecida no mercado como Pilly, diretora de novos negócios do grupo, afirmou que os acionistas da companhia começaram a traçar seus planos de internacionalização para a próxima década.
Forte em vendas de produtos com prescrição médica, a companhia começou a avaliar o mercado asiático e africano nos últimos meses. “Estamos mapeando a fundo esses dois continentes para entender como funcionam esses mercados”, disse.
Apesar de buscar oportunidades na Ásia e na África, o grupo ainda não desistiu de entrar no mercado mexicano – país que sempre foi alvo da Eurofarma. Pilly disse que a presença nesse mercado poderá ser por meio de licenciamentos.
Longo prazo. Além de buscar novos mercados, a companhia também está de olho em expansão em segmentos em que ainda tem uma atuação reduzida, caso dos medicamentos para o segmento veterinário.
A executiva da Eurofarma não deu dá detalhes sobre o plano de expansão da companhia para esse negócio, mas afirmou que é um mercado que tem crescido e é atrativo para as empresas farmacêuticos, sobretudo segmento pet (animais de pequeno porte, como gatos e cachorros).
Fontes do setor afirmam que o mercado veterinário de pequeno porte no País tem sido cobiçado tanto por empresas nacionais quanto por estrangeiras. Com a desaceleração do crescimento do setor farmacêutico – um dos poucos que ainda se mostravam resistentes à recessão –, as indústrias do setor passaram a procurar outras alternativas de receita. Mônica Scaramuzzo, Leia mais em OEstadodeS.Paulo 05/07/2017
06 julho 2017
Eurofarma avalia compra de ativos na África e na Ásia
quinta-feira, julho 06, 2017
Compra de empresa, Plano de Negócio, Saúde, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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