02 setembro 2016

Oria deve investir R$ 250 milhões

Pouco mais de um ano depois de se separar da DLM Invista - na qual operava como braço de private equity - a Oria Capital está montando um novo fundo de investimentos como foco em empresas de tecnologia. Ele funcionará nos mesmos moldes do primeiro, montado em 2012 na DLM: R$ 250 milhões em recursos para comprar participações minoritárias em empresas com receita entre R$ 15 milhões e R$ 150 milhões que já tenham atingido a rentabilidade.

Os aportes podem variar entre R$ 10 milhões e R$ 50 milhões. O alvo são companhias que vendem produtos e serviços para outras empresas (o B2B) em segmentos como segurança, análise de dados (Big Data), gestão de pessoas, internet das coisas (IoT), serviços financeiros (fintechs), entre outros.

Além do novo fundo, a Oria tem um novo sócio: Carlos Testolini. Fundador da Procwork, ele comandou os negócios no Brasil da chilena Sonda desde a aquisição da companhia brasileira, em 2007, até o ano passado. Segundo ele, a ideia é usar sua experiência para ajudar outros empresários a crescerem.

"Não tenho mais idade para montar uma startup", brincou Testolini, de 53 anos.
De acordo com Paulo Caputo, sócio do fundo, o foco em empresas mais estruturadas do B2B e não em iniciantes que atendem consumidores (o B2C) tem a ver com o ambiente de negócios no Brasil.

"Com o dinheiro custando caro e o risco alto, não dá pra fazer uma pulverização muito grande dos investimentos [o chamado 'spray anda pray', ou 'espalhe e reze']. Tudo tem que dar certo. Não é pessimismo, é uma questão do país", disse.

Segundo Piero Rosatelli, a Oria se posiciona no meio do caminho entre um fundo de venture capital e um de private equity, não buscando empresas em estágio inicial de desenvolvimento, nem companhias com receita entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões.

Em seu portfólio, a Oria tem hoje oito empresas em áreas como segurança (Cipher), saúde (ToLife e InterPlayers), mobilidade (Navita). Em 2015, ela vendeu à Linx a Chaordic, criadora de um sistema de recomendação de produtos usado no comércio eletrônico. A operação, segundo Caputo, teve um retorno de 63% sobre o capital investido. "Nossa meta é 30%", disse. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 02/09/2016

02 setembro 2016



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