Depois do desembarque de marcas de ‘fast fashion’ no País, como GAP e Forever 21, que anunciaram lojas no mês passado, os próximos alvos dos estrangeiros no varejo serão os segmentos de farmácias e restaurantes.
A previsão é do diretor-presidente de varejo para as Américas da consultoria Cushman & Wakefield, Matthew B. Winn. Em visita recente ao País, ele disse que o mercado brasileiro é o que tem maior potencial de consumo das Américas no médio prazo, apesar da desaceleração das vendas.
Como o senhor vê o varejo mundial?
O varejo de luxo e o destinado aos estratos de menor renda estão bem. Mas o varejo voltado para a classe média não está tendo bom desempenho. Esse segmento foi afetado pela crise e está demorando para se recuperar. O estrato intermediário está sofrendo mais nos mercados maduros e menos nos emergentes.
A análise é válida para o Brasil? Qual é sua avaliação sobre o varejo local?
No curto prazo, essa análise é válida para o Brasil. Mas, no médio prazo, as oportunidades oferecidas aqui são as maiores entre o varejo nas Américas por causa do potencial de consumo. O crescimento do PIB será baixo no curto prazo. Mas a população com renda disponível de pelo menos US$ 5 mil por ano para gastar com produtos que não são básicos deve aumentar muito até 2020. Esse potencial é mais nítido em artigos de vestuário.
Isso explica a chegada maciça das marcas de ‘fast fashion’?
Sim. É isso que atrai essas marcas para cá e para outros países emergentes: classe média com renda para gastar. Esses varejistas de ‘fast fashion’ não têm mais como expandir nos EUA ou na Europa.
Qual será o próximo alvo das marcas estrangeiras no País?
Grandes operadores estrangeiros de supermercados já estão aqui, como Walmart, Carrefour.
Talvez a próxima onda de estrangeiros seja em farmácias e restaurantes em geral, não apenas em fast food.
Porque farmácias? Por causa da melhoria na renda?
Sim. Mas também porque as farmácias oferecem a compra de conveniência.
Qual é o modelo de negócio mais interessante para se investir no varejo no Brasil?
Todos os segmentos são interessantes. As maiores oportunidades estão nos outlets porque oferecem uma melhor relação custo/benefício para todos os tipos de produto. Há poucos outlets no País. A história dos outlets no Brasil está só começando. Já existem alguns movimentos interessantes no setor, como General Shopping, JHSF e BR Malls.
Haverá mais investimentos?
Operadores internacionais têm nos contactado para ver o que podem fazer no Brasil, quais são as oportunidades. Mas estão na etapa de investigação de oportunidades. Nos próximos cinco anos, a expectativa é de que sejam lançados dez outlets no País. Autor: Márcia De Chiara | O Estado de S.Paulo
Fonte: tudofarma 14/10/2013
14 outubro 2013
Farmácias são os novos alvos dos gringos
segunda-feira, outubro 14, 2013
Compra de empresa, Fusões, Saúde, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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