Aproveitando as boas projeções para o setor educacional nos próximos anos, Anima Educação e Ser Educacional adotam políticas mais ousadas para expandirem seus negócios
As boas perspectivas para o setor de educação nos próximos anos empurraram mais duas novas empresas a abrirem capital na Bovespa. Anima Educação e Ser Educacional são as novas companhias a representarem uma das áreas mais carentes e também mais promissoras do País na bolsa, fazendo frente com as outras quatro do setor - Kroton (KROT3), Anhanguera (AEDU3), Estácio (ESTC3) e Abril Educação (ABRE11). O IPO (Oferta Pública Inicial) das duas companhias ocorre pouco após Kroton e Anhanguera ganharem ainda mais espaço na bolsa, ao virem suas ações serem incluídas no Ibovespa, sendo as duas primeiras do setor a participarem do índice.
Considerado um dos grandes gargalos da economia brasileira, juntamente com o setor de infraestrutura, o segmento educacional é, na visão de muitos economistas, uma necessidade de investimentos se o País quiser melhorar suas taxas de crescimento no PIB (Produto Interno Bruto). "Em algum tempo, vai dar certo. Não tem como o Brasil não investir em educação. As empresas de educação na bolsa deram uma subida deram uma subida nos últimos 3 ou 4 anos", argumentou em palestra Ilan Golfajn, economista-chefe do Itau, que ainda vê muito espaço para o setor subir no futuro.
Com tantas projeções positivas, Anima Educação e Ser Educacional aproveitam para adotar políticas mais ousadas de expansão, optando por abrir capital na Bovespa para financiar futuros investimentos para fazerem frente com as demais empresas do setor. Vale destacar que, em abril, Kroton e Anhanguera anunciaram fusão, que culminará em uma geração de caixa próxima a R$ 1 bilhão neste ano. A notícia causou reviravolta no setor, fazendo com que a competidora Estácio anunciasse sua maior aquisição da história: a Uniseb, por R$ 615,3 milhões.
Anima: aquisições e investimentos em EAD
Com mais de 10 anos de experiência no setor de ensino superior brasileiro, contando com três centros universitários em Minas Gerais e São Paulo, além de duas faculdades em Betim e Contagem (MG), a Anima Educação é uma rede que conta com aproximadamente 48 mil estudantes matriculados em cursos presenciais nos mais de 81 cursos de graduação, 87 de pós-graduação e 215 de extensão. Com o IPO, a empresa pretende ampliar seu leque de aquisições e investir em EAD (Ensino a Distância), uma das principais apostas no setor educacional para o futuro. A companhia também acredita atuar em um cenário um pouco diverso ao das duas principais empresas do setor, que têm um foco maior no ensino superior para a classe C.
"Entendemos que o setor de educação no Brasil apresenta grande potencial de crescimento e consolidação por diversas razões, dentre as quais destacamos: crescimento populacional, bem como do mercado de trabalho; aumento da renda familiar; aumento da demanda por mão de obra qualificada; crescente oferta de crédito educacional e de programas de incentivo à educação de qualidade por parte do Governo Federal; aumento da penetração de cursos de Ensino a Distância; e fragmentação do setor, que está em meio a um processo de consolidação", afirma a Anima Educação em relatório.
A empresa, que antes esperava levantar entre R$ 500 milhões e R$ 600 milhões com a oferta, captou até R$ 468,21 milhões na operação, segundo informações desta sexta-feira (25). Os papéis ANIM3 foram precificados em R$ 18,50.
Ser Educacional: R$ 1 bilhão em IPO
A Ser Educacional é uma unidade do grupo Abril, empresa que já conta com ações da Abril Educação na bolsa - companhia que, embora também atue no setor educacional, é bem diferente de suas concorrentes, por focar mais no ensino médio e no desenvolvimento de material didádico. Controlador do Centro Universitário Maurício de Nassau (Uninassau), o grupo tem 23 unidades espalhadas por 11 Estados do país, em 17 cidades no Norte e Nordeste, além da Faculdade Joaquim Nabuco.
Recentemente, a empresa viu seu pedido de oferta pública de distribuição primária e secundária de ações ser suspenso pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), que revogou a decisão na última segunda-feira (21). A autarquia havia suspendido o pedido por conta da falta de informações "completas, precisas e atuais para uma tomada de decisões consciente por parte dos investidores".
O início da negociação dos papéis da companhia na Bovespa está previsto para ocorrer na próxima terça-feira (29), com o ticker SEER3. A empresa pode movimentar até quase R$ 1 bilhão em seu IPO, que tem um objetivo semelhante ao da Anima: utilizar 70% dos recursos em aquisições, sobretudo nas regiões norte e nordeste do País. InfoMoney
Fonte: portalsoma 25/10/2013
26 outubro 2013
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sábado, outubro 26, 2013
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Ruy Moura
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