05 abril 2013

Fusões e Aquisições: modelo de abordagens da integração da aquisição

Philippe Haspeslagh e David Jemison criaram o modelo de abordagens de integração da aquisição para que, quando se tiver de escolher a abordagem de integração mais benéfica, fosse possível ter mais conhecimentos e orientações sobre as Fusões e Aquisições (F&A).

 Tipicamente, quando as pessoas se referiam às fusões e aquisições o mote era "tranformá-los em nós". Se não se optasse por este método eram escolhidos critérios bastantes simples na escolha da abordagem de integração como, por exemplo, a dimensão da organização adquirida.

 Para estes autores, a abordagem assumida pela empresa deverá considerar 2 critérios (adicionais):

  • A necessidade de interdependência estratégica; 
  • A necessidade de autonomia organizacional. 

Interdependência estratégica 

 Não há dúvidas que o objectivo principal de uma aquisição é a criação de valor através da combinação de duas organizações. De acordo com Haspeslagh e Jemison existem 4 tipos de valor que podem ser criados:

  • Partilha de recursos (o valor é criado combinando as empresas ao nível das operações); 
  • Transferência de competências funcionais (o valor é criado através da movimentação de pessoas ou partilha de informações, conhecimentos e know-how); 
  • Transferência de competências da gestão de topo (o valor é criado através de melhores conhecimentos, coordenação ou controlo); 
  • Benefícios de combinação (o valor é criado através do desenvolvimento dos recursos monetários, capacidade de empréstimo, poder de compra aumentado ou melhor poder de mercado). 

Autonomia organizacional 

 Haspeslagh e Jemison avisam os gestores para não perderem a noção de que o objectivo de uma aquisição é a criação de valor. Como tal, não devem conceder, rapidamente, a autonomia. A necessidade para a autonomia organizacional poderá ser respondida com três perguntas:

  • A autonomia é essencial para preservar a capacidade estratégica que compramos? 
  • Se sim, quanta autonomia deve ser permitida? 
  • Em que áreas específicas a autonomia é importante? 

O modelo Fusões e Aquisições preferido 

Dependendo da pontuação nos dois factores anteriores (ver esquema abaixo), as abordagens preferenciais à integração da aquisição são:
  • Absorção - a gestão tem de ser corajosa de forma a garantir que a sua visão para a aquisição é executada; 
  • Preservação - a gestão está interessada em manter a fonte dos benefícios adquiridos intacta; 
  • Simbiose - a gestão deve garantir, simultaneamente, a preservação e a permeabilidade das fronteiras; 
  • Holding - não há intenção de integração e o valor é criado apenas por transferências financeiras, partilha de riscos ou capacidade geral de gestão.

05 abril 2013



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