Para estes autores, a abordagem assumida pela empresa deverá considerar 2 critérios (adicionais):
- A necessidade de interdependência estratégica;
- A necessidade de autonomia organizacional.
Interdependência estratégica
Não há dúvidas que o objectivo principal de uma aquisição é a criação de valor através da combinação de duas organizações. De acordo com Haspeslagh e Jemison existem 4 tipos de valor que podem ser criados:
- Partilha de recursos (o valor é criado combinando as empresas ao nível das operações);
- Transferência de competências funcionais (o valor é criado através da movimentação de pessoas ou partilha de informações, conhecimentos e know-how);
- Transferência de competências da gestão de topo (o valor é criado através de melhores conhecimentos, coordenação ou controlo);
- Benefícios de combinação (o valor é criado através do desenvolvimento dos recursos monetários, capacidade de empréstimo, poder de compra aumentado ou melhor poder de mercado).
Autonomia organizacional
Haspeslagh e Jemison avisam os gestores para não perderem a noção de que o objectivo de uma aquisição é a criação de valor. Como tal, não devem conceder, rapidamente, a autonomia. A necessidade para a autonomia organizacional poderá ser respondida com três perguntas:
- A autonomia é essencial para preservar a capacidade estratégica que compramos?
- Se sim, quanta autonomia deve ser permitida?
- Em que áreas específicas a autonomia é importante?
O modelo Fusões e Aquisições preferido
Dependendo da pontuação nos dois factores anteriores (ver esquema abaixo), as abordagens preferenciais à integração da aquisição são:
- Absorção - a gestão tem de ser corajosa de forma a garantir que a sua visão para a aquisição é executada;
- Preservação - a gestão está interessada em manter a fonte dos benefícios adquiridos intacta;
- Simbiose - a gestão deve garantir, simultaneamente, a preservação e a permeabilidade das fronteiras;
- Holding - não há intenção de integração e o valor é criado apenas por transferências financeiras, partilha de riscos ou capacidade geral de gestão.
Fonte: portal-gestão 04/04/2013
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