Gestores de fundos tem US$ 1 trilhão para investir - e o Brasil está no topo da lista de prioridades.
Não se surpreenda se alguma empresa muito conhecida receber uma injeção de capital ou for adquirida por um fundo de private equity do qual você nunca ouviu falar. Neste ano, esses fundos dedicados a investimentos em companhias fechadas, mas com grande potencial de crescimento, devem apresentar os melhores resultados desde a euforia do começo da década passada.
Uma pesquisa da consultoria americana Bain & Co. obtida com exclusividade por DINHEIRO mostra que esses fundos possuem US$ 1 trilhão em recursos disponíveis, e mais da metade dessa quantia é controlada por recém-chegados ao mercado.
“O dinheiro disponível é suficiente para sustentar negócios pelos próximos três anos”, diz Hugh MacArthur, executivo da Bain, em Boston, responsável pelo setor.Segundo MacArthur, os países que atraem mais interesse são, pela ordem, China, Índia e Brasil, além de outros alvos menos cotados na Ásia, Leste Europeu e América Latina (veja o mapa). “O interesse pelo Brasil só não é maior porque há menos oportunidades aqui”, diz MacArthur.
Além de os preços estarem elevados, há uma relativa escassez de empresas de médio porte capazes de atrair esses recursos.
“Muitas das companhias brasileiras mais promissoras ainda são pequenas e precisam de mais tempo para crescer”, diz ele. O executivo acredita que muitas das novas oportunidades serão encontradas fora do radar. “Há diversas empresas fora do eixo Rio-São Paulo que são bastante promissoras, mas elas exigem mais trabalho para ser encontradas”, afirma. Ou seja, os empresários que estiverem à procura de um sócio investidor devem arregaçar as mangas – há bastante dinheiro à disposição.
Por Cláudio GRADILONE
Fonte: Revista Isto É Dinheiro 21/04/2012
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Ruy Moura
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