O volume financeiro de fusões e aquisições no mercado brasileiro somou R$ 29,5 bilhões no primeiro trimestre de 2019, uma queda de 56% no valor total aportado em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior.
Foi o menor valor investido no primeiro trimestre do ano desde 2017. De acordo com os dados publicados no relatório mensal da Transactional Track Record (TTR), em parceria com a LexisNexis, foram registrados 223 novos negócios, baixa de 20,5% no período.
Em volume financeiro, esse foi trimestre de menor movimentação dos últimos 27 meses. O subsetor mais ativo, mantendo tendência que se repete desde 2014, foi tecnologia. No período, foram registradas 55 transações, em baixa de 15% em comparação ao mesmo intervalo do ano anterior. A queda acompanha a diminuição de 37,8% das aquisições estrangeiras nas áreas de tecnologia e internet.
Os setores financeiro e seguros e transporte, aviação e logística também fecharam os três primeiros meses do ano em retração, com quedas de 24% e 6%, respectivamente.
O destaque positivo ficou para o segmento de internet, que cresceu 6% no período. No âmbito inbound, em que empresas estrangeiras compraram participação em companhias brasileiras, foram contabilizadas 58 aquisições no trimestre.
Os norte-americanos seguem como investidores mais ativos no país, com 23 operações, que somadas ultrapassam a marca dos R$ 3 bilhões em investimentos. Destas, sete transações foram no segmento de tecnologia.
Destaque também para o crescimento da aposta de países como Espanha e México no cenário nacional. No ano, empresas espanholas já aportaram R$ 1,9 bilhões no Brasil, totalizando sete investimentos, enquanto as empresas mexicanas chegaram ao montante de R$ 3,4 bilhões, em duas operações.
Uma dessas operações foi a compra da Nextel Brasil pela América Móvil pelo valor de US$ 905 milhões.
No caminho inverso, as compras das empresas brasileiras no exterior tiveram como alvo prioritário no período os Estados Unidos, onde foram investidos R$ 2,1 bilhões em dez operações. Portugal foi alvo dos investidores brasileiros, que aportaram R$ 361 milhões em empresas lusitanas.
Private equity e venture
Entre as operações de private equity e venture capital, o primeiro trimestre de 2019 fechou com um cenário negativo.
As operações de private equity registradas no Brasil de janeiro a março sofreram uma queda de 54,5% no número de deals – dez, enquanto o volume financeiro registrado, R$ 2,9 bilhões, também ficou abaixo do registrado no período homólogo do ano anterior, representando uma retração de 35,9%.
Os investimentos de venture capital também fecharam em baixa. As 37 operações registradas no TTR nos três primeiros meses do ano ficaram 36,7% abaixo do registrado no mesmo período de 2018, e revelaram valores que somam 581 milhões de reais, total 54,5% inferior ao reportado no mesmo intervalo de 2018.
A transação eleita pelo TTR como a de destaque do mês do trimestre foi a aquisição pela Vale da New Steel, empresa que desenvolve tecnologias de beneficiamento de minério de ferro, detida pelo Hankoe FIP, por US$ 500 milhões. A New Steel possui atualmente patentes de processos de concentração a seco (Fines Dry Magnetic Separation em 56 países.
O pódio do ranking TTR de assessores financeiros por valores das transações fecha o primeiro trimestre com a liderança do Rothchild, com R$ 6,3 bilhões, seguido por Banco Itaú BBA, que lidera por quantidade de transações (5), e acumulou o valor transacionado de R$ 4,2 bilhões no período... Leia mais em dci 03/04/2019
03 abril 2019
Volume em aquisições diminui 56% para R$ 29,5 bi
quarta-feira, abril 03, 2019
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Ruy Moura
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