23 novembro 2011

Fundo britânico investe em serviço de helicópteros no Brasil

A Stirling Square Capital Partners, gestora de private equity com sede em Londres, resolveu apostar no setor de petróleo e gás no Brasil. A empresa anuncia hoje o investimento da R$ 98 milhões em uma empresa portuguesa, a Omni Helicopters International.

O dinheiro vai ser todo usado para operações no Brasil, e será aplicado na subsidiária Omni Taxi Aéreo, prestadora de serviços de transporte aéreo de helicóptero para empresas de petróleo e gás no País, com 44 aeronaves.

Com o aporte de recursos, a Omni brasileira vai comprar mais aeronaves. O objetivo é chegar em 2015 com 55 helicópteros. Para isso, serão investidos em uma primeira fase 170 milhões, entre recursos do fundo e de outros sócios.

O Brasil tem um dos mercados de petróleo e gás que mais crescem no mundo, especialmente offshore, por isso o interesse no País, disse à Agência Estado, por telefone, de Paris, Gregorio Napoleone, sócio da Stirling Square.

O investimento é o quinto do segundo fundo de private equity da Stirling Square. A gestora administra dois fundos, totalizando € 735 milhões em capital, e fez dezesseis investimentos desde que foi criada em 2003.

Transporte.
Sediada no Rio de Janeiro, a Omni Brasil oferece serviços de transporte de pessoal e de equipamentos de bases em terra para plataformas marítimas e outras instalações, incluindo emergência médica.

A empresa tem a sua própria academia de treinamento de pilotos e centros de manutenção. Entre seus sócios estão os irmãos Salim e Eugenio Mattar, de Belo Horizonte, que também são investidores da Localiza. Outro acionista é Rui Faria de Almeida, um dos fundadores da empresa.

A participação que o fundo comprou na Omni não é revelada. Segundo Napoleone, é superior a 50%. A Stirling vai ficar no conselho, participando de decisões estratégicas. A gestão da companhia brasileira continuará a cargo dos executivos atuais.

Napoleone diz que a Stirling Square avalia outro investimento no Brasil. Desta vez, no setor de consumo. A operação ainda está sendo negociada, mas segue a mesma lógica do investimento anunciado hoje. O fundo vai fazer um aporte em uma empresa espanhola e o dinheiro será aplicado por ela em operações no Brasil.

O investimento na Omni envolveu os escritórios de advocacia Vieira de Almeida & Associados (Portugal) e Pinheiro Neto Legal (Brasil), e as consultorias KPMG (Portugal e Brasil) e PwC Transaction Services (Portugal e Brasil).Por ALTAMIRO SILVA JÚNIOR
Fonte:estadao23/11/2011

23 novembro 2011



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