29 junho 2017

'Vamos reavaliar com muito cuidado', diz presidente da Ser sobre possível fusão com a Estácio

Compra da Estácio pela Kroton foi barrada pelo Cade; Ser Educacional havia disputado negócio.

O presidente da Ser Educacional, Jânio Diniz, disse que a empresa vai "reavaliar com muito cuidado" uma possível fusão com a Estácio, que teve a compra pela Kroton rejeitada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na quarta-feira (28).

O acordo de compra barrado havia sido anunciado em agosto do ano passado. A Ser disputou o negócio até o último minuto e, na época, chegou a declarar que "tomaria as medidas cabíveis" para embargar a operação.

"Vamos entender o novo momento da companhia, ver que tipo de reestruturação foi feita nesse período [de negociação com a Kroton]. A Estácio tem que tentar criar seu próprio caminho e se for fazendo parte de uma fusão, nós vamos avaliar, mas nesse momento não é o nosso foco principal", afirmou Diniz em entrevista ao G1.

Para ele, a decisão do Cade foi técnica e "muito acertada", direcionada para "o que seria melhor para o consumidor".

"Uma companhia do tamanho da Kroton, com o poder financeiro que ela teria [junto da Estácio], ficaria muito distante da segunda colocada", avaliou.

A Kroton é a maior empresa de educação no Brasil e a Estácio, vice-líder no mercado. A união das duas daria origem a uma gigante. De 2011 para cá, o Cade só barrou 8 negócios, incluindo esse. No período, mais de 4,5 mil fusões e aquisições foram feitas no Brasil, segundo relatório da PwC.

Se a transação fosse aprovada sem ressalvas, o que era extramamente improvável, o grupo originado teria 1,5 milhão de alunos, 1.080 polos de ensino a distância e 213 campi, segundo dados de 2016. Só no ano passado, juntas, as duas faturaram mais de R$ 8 bilhões e lucraram quase R$ 2,5 bilhões.

Diniz avalia que ainda há espaço para consolidação no setor e que será preciso observar os próximos movimentos da Kroton, que tem grande poder de compra – ela encerrou o primeiro trimestre com R$ 1,3 bilhão em caixa....  Leia mais em G1 29/06/2017

29 junho 2017



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