27 junho 2015

Bolognesi perto de fechar contrato de GNL

O grupo gaúcho Bolognesi prevê fechar até o fim de julho o bilionário contrato de longo prazo de suprimento de gás natural liqüefeito (GNL) para as duas termelétricas vencedoras do leilão de energia “A-5″ (com início de fornecimento cinco anos à frente) de 2014. O contrato, de 25 anos de duração, é avaliado em cerca de US$ 32 bilhões. Segundo o vice-presidente executivo da Bolognesi, Paulo César Rutzen, o fornecedor, cujo nome não pode ser revelado, é um dos maiores do mundo, entre Total, ExxonMobil, Shell, Petronas, BG, BP e Chevron.

Em outra frente de atuação, a Bolognesi planeja emitir debêntures de infraestrutura para financiar parte da construção dos empreendimentos. “Certamente vai haver debêntures de infraestrutura. É uma necessidade do projeto em função do tamanho. Até porque os itens financiáveis do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e Eximbank [dos Estados Unidos] não atingem a totalidade do funding de longo prazo”, disse Rutzen, ontem, em seminário sobre gás natural do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (IBP), no Rio de Janeiro.

Segundo o executivo, as debêntures de infraestrutura poderão responder por cerca de 15% do investimento total previsto na construção das duas usinas e dos dois terminais de regaseificação, no Rio Grande do Sul e Pernambuco, da ordem de R$ 6,6 bilhões.

Pelo lado do capital próprio, Rutzen contou que a Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), braço do Banco Mundial, está fazendo uma “due diligence” (auditoria) para adquirir até 10% de participação no capital das termelétricas. Ele disse ainda que um “eventual FIP” (fundo de investimento em participações) também pode ingressar no capital das térmicas.

A Bolognesi avalia também vender alguns ativos para garantir uma reserva de capital para fazer frente ao investimento, se houver necessidade. “(A venda de ativos] é uma das alternativas. É um ‘backup’ para que não fiquemos curtos de ‘eguity’ em determinado momento do projeto. Então estamos considerando vender ativos”, disse Rutzen.

O grupo possui 15 usinas em operação no país, entre pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e térmicas a combustíveis fósseis, com um total de 1,2 mil megawatts (MW) de capacidade instalada. O Valor apurou com duas fontes do setor que a companhia colocou à venda suas PCHs.

A meta da Bolognesi é iniciar entre agosto e dezembro construção das térmicas, localizadas • em Rio Grande (RS) e SuapC(PÉ). Cada usina terá entre 1,2 mil MW e 1,5 MW de capacidade, dependendo do modelo da máquina geradora, que está em negociação com a americana GE. Cada usina demandará 5,5 milhões de metros cúbicos diários de gás natural.

Os terminais de regaseificação terão capacidade prevista de 14 milhões de metros cúbicos diários de gás, cada. Com isso, a Bolognesi estima que haverá um excedente de oferta de gás, pelos terminais, de pelo menos 17 milhões de metros cúbicos diários. A idéia é negociar esse volume no mercado de gás brasileiro. Fonte: Valor Econômico Leia mais em ABEGAS 26/06/2015

27 junho 2015



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