27 maio 2013

Entre aquisições em análise, 'podem existir térmicas', diz Cemig

O presidente da Cemig, Djalma Bastos de Morais, disse nesta segunda-feira que as recentes mudanças nas regras do setor elétrico abriram oportunidades de aquisições para a empresa. "Investidores que têm ativo aqui talvez estejam um pouco preocupados com possíveis mudanças de regras no futuro e nós temos sido realmente procurados numa intensidade um pouco maior do que antes para que possamos adquirir esses ativos", afirmou.

 Bastos disse que entre as possíveis aquisições que estão sendo avaliadas pela Cemig "podem existir térmicas". Mas acrescentou que a empresa vai procurar "sempre ativos, mesmo entre as térmicas, desde que não tenham problemas com o meio ambiente".

 Seguindo ele, o fato de o governo de Minas Gerais ter saldado uma dívida antiga com a empresa ajudou a dar mais estabilidade financeira à Cemig. "Tenho certeza que não vai ser problema de dinheiro que vai nos atrapalhar [em futuras aquisições]", disse Morais.

 O presidente da Cemig disse ainda que a companhia fez aquisições de cerca de R$ 2 bilhões nos últim os três anos e que, para os próximos três anos, "teremos de fazer bem mais e vamos fazer".

 Perguntado sobre especulações recentes do interesse da Cemig nos ativos do Grupo Rede, Morais confirmou que o grupo Rede é um ativo que interessa, mas ressaltou que as negociações estão sendo conduzidas pela Equatorial e pela CPFL. "Se essas empresas tiverem sucesso e nos procurarem também para estarmos presentes nessa aquisição de ativos, vamos estudar". Caso a Cemig seja solicitada a participar, a empresa vai analisar mais detalhadamente os ativos, completou.

 Fernando Henrique Schüffner Neto, diretor de novos negócios da companhia, afirmou mais cedo, que uma das aquisições em discussão poderá ser anunciada já em junho.

 O presidente da Cemig disse também que o objetivo da empresa é voltar ao patamar de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) que tinha até agosto do ano passado, um mês antes de o governo federal ter anunciado seu plano de redução das tarifas de energia elétrica.

 Morais lembrou que, ao longo das discussões sobre a Medida Provisória nº 579, a empresa perdeu quase R$ 10 bilhões em valor de mercado. Ele definiu a MP como "um pequeno tropeço, uma pequena adversidade".

 A Cemig não aderiu às novas regras do governo, no caso das geradoras, e, por isso, se a posição do governo se mantiver, a companhia perderá o direito a três hidrelétricas - São Simão, Jaguara e Miranda.

As declarações foram feitas durante encontro anual com investidores, que ocorre em conjunto com a reunião da Associação de Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), em Uberlândia, Minas Gerais. Valoronline
Fonte: bol.uol 27/05/2013

27 maio 2013



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