Nível da Bolsa deve provocar nova onda de fusão de corretoras.

Dependentes de escala de investidores e de tarifas de corretagem, as 91 corretoras de valores que atuam no mercado financeiro brasileiro podem sofrer um processo de consolidação até 2013.

“Eu acredito que nos próximos dois anos o setor deve enxugar bastante. Alguns expoentes do mercado dizem que haverá uma redução para 30 corretoras”, afirma o gestor de negócios da Pax Corretora, José Luiz Martins. O gestor teve a experiência de passar pela corretora independente Intra quando a instituição foi adquirida pelo Citibank.

No Brasil, tem sido recorrente corretoras independentes de médio porte serem adquiridas pelos grandes bancos de varejo ou, ainda, serem compradas por instituições estrangeiras que buscam consolidar seu espaço no mercado financeiro brasileiro. Este é o caso do Bradesco, que comprou a Ágora, e do UBS com a Link Investimentos.

Com a atual crise e a queda das receitas de corretagem, as instituições estão fragilizadas e algumas já registram prejuízo em seus balanços. Outras buscam escala para ganhar porte, um exemplo foi a união da Interfloat com a XP Investimentos em junho deste ano. A fusão gerou a iniciativa da XP de abrir seu capital em 2012.

Segundo os agentes de mercado, a saída para fortalecer o mercado de gestão de recursos no Brasil é a popularização da Bolsa de Valores e também a expansão geográfica, já que a atividade é muito concentrada no eixo Rio de Janeiro-São Paulo.
Fonte:DCI20/10/2011

20 outubro 2011