“No mundo das fusões e aquisições,
nunca digo não”. Dessa forma Donald Feinberg, analista emérito do Gartner, que
nesta sexta-feira, 30, esteve em São Paulo, justificou a análise que fez de
possíveis fusões e aquisições no mercado global de TI.
Para ele, a HP tem demonstrado ter
problemas, e pode ser alvo de uma aquisição no futuro.
“Quando uma empresa tem quatro CEOs em
cinco anos, o problema não são os CEOs, mas o board. A questão é que é
impossível dispensar o board”, compara o analista.
Para Feinberg, a HP está se deparando
agora com o mesmo problema enfrentado pela IBM há anos, e que deve assombrar
ainda várias empresas do mercado de TI.
Ele afirma que, com a dinâmica de
mercado existente hoje, é praticamente impossível uma companhia atender aos
clientes corporativos e domésticos. “Leo Apotheker percebeu isso e estava certo
quando cogitou se desfazer da área de PCs”, ressalta Feinberg, indo mais longe.
“O ideal é que a HP se desfizesse das operações de PCs e de impressoras, mas o
board resiste a essa ideia”.
Com isso, a companhia pode estar se
fragilizando internamente, e abrindo espaço para tornar-se, ao invés de
compradora, alvo de uma aquisição.
“O melhor para o mercado seria que a
SAP comprasse a HP. Para ela seriam interessantes as áreas de servidores,
software e a antiga EDS. Com uma aquisição como essa, ela se tornaria
imediatamente maior que a IBM e que a Oracle. Seria o negócio perfeito”, diz.
Como o negócio perfeito nem sempre é o
realizado, Feinberg visualiza ainda outras aquisições que fariam sentido: como
a própria Oracle comprando a HP, para competir com a IBM, ou mesmo a IBM
adquirindo a SAP, para competir com a Oracle. Por Fabio Barros
Fonte: Convergênciadigital30/09/2011
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