26 novembro 2019

Em duas décadas, OPA supera IPO na maioria dos anos

Quando uma empresa estreia na bolsa, por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), o feito é marcado com festa, com direito a chuva de papel picado e toque de sino. Entretanto, uma outra sigla de três letras, idêntica a uma interjeição usada para demonstrar espanto e com muito menos glamour, tem predominado: a OPA, oferta pública de aquisição de ações que uma empresa realiza em geral quando deseja retirar seus papéis da bolsa. Não que haja qualquer irregularidade, mas tradicionalmente a saída é pela porta dos fundos.

Considerando os dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre IPO e OPA este ano, há um saldo líquido de saída de quatro empresas. Nos últimos 21 anos, em apenas três deles, a bolsa registrou mais aberturas do que fechamentos de capital.

Somente este ano, foram registradas nove OPAs, sendo sete para cancelamento de registro e duas por alienação de controle - quando uma empresa acerta com os acionistas controladores a compra de outra, precisa oferecer as mesmas condições para os minoritários. Outras dez OPAs estão em análise no momento.

Entre a CVM autorizar a OPA e o leilão de fato ocorrer, leva-se um tempo. Além disso, mesmo depois de receber essa autorização o líder da OPA pode desistir da operação. Em termos de valores, as OPAs realizadas este ano somam aproximadamente R$ 3 bilhões, uma parcela pequena dos cerca de R$ 10,2 bilhões em IPOs. As maiores OPAs foram da Somos Educação (R$ 1,5 bilhão) e da Multiplus (R$ 1,0 bilhão)... Leia mais em valoreconomico 26/11/2019


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