Quando uma empresa estreia na bolsa, por meio de uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), o feito é marcado com festa, com direito a chuva de papel picado e toque de sino. Entretanto, uma outra sigla de três letras, idêntica a uma interjeição usada para demonstrar espanto e com muito menos glamour, tem predominado: a OPA, oferta pública de aquisição de ações que uma empresa realiza em geral quando deseja retirar seus papéis da bolsa. Não que haja qualquer irregularidade, mas tradicionalmente a saída é pela porta dos fundos.
Considerando os dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre IPO e OPA este ano, há um saldo líquido de saída de quatro empresas. Nos últimos 21 anos, em apenas três deles, a bolsa registrou mais aberturas do que fechamentos de capital.
Somente este ano, foram registradas nove OPAs, sendo sete para cancelamento de registro e duas por alienação de controle - quando uma empresa acerta com os acionistas controladores a compra de outra, precisa oferecer as mesmas condições para os minoritários. Outras dez OPAs estão em análise no momento.
Entre a CVM autorizar a OPA e o leilão de fato ocorrer, leva-se um tempo. Além disso, mesmo depois de receber essa autorização o líder da OPA pode desistir da operação. Em termos de valores, as OPAs realizadas este ano somam aproximadamente R$ 3 bilhões, uma parcela pequena dos cerca de R$ 10,2 bilhões em IPOs. As maiores OPAs foram da Somos Educação (R$ 1,5 bilhão) e da Multiplus (R$ 1,0 bilhão)... Leia mais em valoreconomico 26/11/2019
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