28 julho 2019

O Brasil é o segundo principal mercado pet do planeta, com padaria, cervejaria e até terapia para animais

Quando pet não tem dono, mas 'tutor'

Quando alguém diz que "vai levar o filho na natação" é melhor certificar-se primeiro de qual dos filhos a pessoa está falando. Existe uma chance considerável de o assunto ser o cachorro, o pet da família. Isso vale para as aulas de ioga, reiki, festinhas de aniversário, casamentos, terapia e salão de beleza.

Segundo dados do Instituto Pet Brasil, o País tem 54,2 milhões de cães vivendo como animais de estimação. O Brasil é o segundo principal mercado pet do planeta - perdendo apenas para os EUA.

No ano passado, o varejo pet nacional movimentou R$ 34,4 bilhões - alta de 4,6% frente a 2017. A estimativa é fechar este ano com R$ 36,2 bilhões. De acordo com o instituto, o gasto mensal médio com um cão é de R$ 338,76. Mas, claro, o valor pode ser superado à medida que o pet tenha demandas específicas ou uma rotina mais, digamos, humanizada.

Não à toa já tem cão gerando a própria renda, como é o caso dos cachorros influencers do Instagram. Sim, esse é um nicho mundial. Milhares de pets têm os próprios perfis na rede social e se transformaram em celebridades. Os golden retrievers (@bob_marley_goldenretriever) têm 312 mil seguidores.

Nas fotos, Bob e Marley aparecem em festas de aniversário, viagens, piscinas e eventos promocionais. "O importante é que eles se divirtam", conta o tutor da dupla, o comerciante Luiz Higa (tutor é a palavra usada para substituir dono, que já não é mais considerada politicamente correta).

Claro, se o tutor achar que o seu cão tem jeito para celebridade, ele pode procurar uma agência de modelo especializada em animais de estimação, como a Pet Model Brasil. A empresa faz a ponte entre produtoras de publicidade, TV, cinema, eventos e os animais. Os pacotes para criação de perfil custam de R$ 60 a R$ 150. "Os cachês de publicidade começam em R$ 250, mas o valor pode ser maior", conta a proprietária da agência, Deborah Zeigelboim.

Com tanto trabalho, nada melhor do que abrir uma cervejinha ao chegar em casa. Na Padaria Pet, há cerveja em lata para cães (R$ 14, 90, em média - preço de algumas cervejas artesanais para humanos). "Nós trabalhamos com a questão da humanização do pet. Hoje, o tutor trata o cão como um filho ou um neto", explica Arquelau So, diretor de expansão da Padaria Pet. "A cerveja em lata proporciona aquela experiência do dono abrir uma latinha para ele e para o seu cão."

Mas beber não é a resposta para nada, e os problemas caninos também têm sido enfrentados com terapia. "Os tutores estão preocupados em entender como os cães estão se sentindo emocionalmente", comenta o especialista em comportamento animal e idealizador da Cão Cidadão, Alexandre Rossi. Agora, não basta apenas evitar que o seu cachorro destrua seu apartamento ou não coma quando está sozinho. "Observando o comportamento é possível entender as causas e saber como agir em favor do bem-estar animal."Se a terapia não for o suficiente, o cachorro pode experimentar algo mais alternativo, como cromoterapia, acupuntura, reiki ou ioga. Na Casa do Equilíbrio Pet, a veterinária Sandra Clemente Fernandes trabalha para equilibrar o campo energético de cães e donos...
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo... Leia mais em epocanegocios 28/07/2019

28 julho 2019



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