Crescimento dos investimentos e queda do volume dos negócios de fusões e aquisições de empresas de Tecnologia da Informação – TI e Telecom no Brasil, no mês de novembro de 2018.
Foram realizadas 30 transações, uma queda de 3,2%, correspondendo a um montante de R$ 2,4 bilhões, com crescimento de 149,5% em relação ao mês de novembro/17.
O acumulado do ano alcançou 248 transações, com um crescimento de 3,3%, e um montante dos negócios no total de R$ 34,4 bilhões, representando um aumento de 307,6%.
Os segmentos de maior volume de operações no mês foram os de SOFTWARE e COMÉRCIO ELETRÔNICO, SERVIÇOS DE INTERNET e SERVIÇOS DE TELECOM.
Em novembro, os investidores estratégicos foram mais ativos em volume, como também os de capital nacional.
No acumulado do ano, os Investidores Financeiros realizaram 129 operações, enquanto os Investidores Estratégicos alcançaram 119 negócios.
Os Investidores Estrangeiros responderam, nesse mesmo período, por 91,9%, com montante estimado em R$ 31,6 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 8,1%, com um valor de R$ 2,8 bilhão.
Em novembro/18, quatro países foram responsáveis por 7 operações. No acumulado do ano, foram 72 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por cerca de 51,4% desses negócios.
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza retomada do crescimento.
A maior transação no mês de novembro/18, com valores divulgados, foi a iFood recebendo US$ 500 milhões em aporte - O valor representa o maior investimento no setor de tecnologia da América Latina até o momento. 13/11/2018
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
No acumulado dos primeiros onze meses de 2018, com 248 transações, verificou-se um crescimento de 3,3% comparativamente ao mesmo período de 2017. No mês de novembro/18, foram realizadas 30 transações, uma queda de 3,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior (31 transações).
No fluxo de transações realizadas mês a mês, verificou-se uma queda significativa de 3,2% em relação ao mês anterior.
O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em novembro/18, sinaliza uma retomada do crescimento .
Os segmentos de maior volume de operações em nov/18, foram os de SOFTWARE, COMÉRCIO ELETRÔNICO, SERVIÇOS DE INTERNET e SERVIÇOS DE TELECOM representando uma concentração de 80%.
Na classificação entre os Segmentos de TI no mês de novembro, os subsegmentos de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. Recursos Humanos.. (Verticais App) de SOFTWARE foram os mais ativo. No acumulado dos primeiros onze meses do ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações, seguido por MÍDIA.
O montante das transações no acumulado de 2018, alcançou R$ 34,4 bilhões, representando um crescimento de 307,6 % sobre igual período do ano anterior. No mês de novembro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (89,9%) e as não divulgadas (estimados 10,1%), alcançaram cerca de R$ R$ 2,4 bilhões, representando um crescimento de 149,5% em relação ao mês de novembro/17.
Comparando-se o número de transações do acumulado dos primeiros onze meses do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos, verifica-se o significativo crescimento dos segmentos de SOFTWARE. De outro lado, queda do segmento de SERVIÇOS DE TI e SERVIÇOS DE INTERNET.
RACIONAL DO INVESTIMENTO
A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias.
(1) Aumentar a atual capacidade ou faturamento; penetrar em novos mercados geográficos
(2) Aumentar ofertas de novos produtos e serviços – expansão/ complemento do mix, ampliar competências
(3)Aumentar market-share, aproveitar sinergias e economias de escala, geralmente entre duas companhias com negócios similares
(4) Empresa brasileira adquire empresa de capital estrangeiro – acesso a mercados globais seja no âmbito do escopo, seja de escala;
PORTE DAS EMPRESAS
O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno e médios portes no presente mês.
• Microempresa <= R$ 2,4 milhões
• Pequena empresa > R$ 2,4 milhões e <= R$ 16 milhões
• Média empresa > R$ 16 milhões e <= R$ 90 milhões
• Média-grande empresa > R$ 90 milhões e <= R$ 300 milhões
• Grande empresa > R$ 300 milhões
PERFIL DO INVESTIDOR
Em relação ao perfil do investidor das 30 operações destacadas, os Investidores Estratégicos foram responsáveis por 18 negócios em nov/18. Desse volume, 17 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 1 de capital estrangeiro. Os investidores Financeiros realizaram 12 negócios, sendo 6 de capital nacional.
No acumulado dos onze primeiros meses de 2018, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 129.
Por sua vez, o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 176 operações (71,0%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 72 negócios (29,0%).
Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 2,4 bilhões, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 64,1% dos investimentos enquanto os Nacionais ficaram com 35,9%.
No acumulado do ano, R$ 34,4 bilhões, verificou-se um significativo crescimento de 307,6% comparado ao mesmo período do ano passado. Os Investidores estrangeiros responderam por 91,9%, com montante estimado em R$ 31,6 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 8,1%, com um valor de R$ 2,8 bilhões.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
VALOR MÉDIO
O valor médio das transações nos primeiros onze meses de 2018, por Segmento de TI, foi de R$ 138,7 milhões, representando um crescimento de 294,4% em relação ao valor médio do mesmo período do ano passado.
NACIONALIDADE DOS INVESTIDORES
Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de novembro/18, foram registradas 7 operações de 4 países de origem. No acumulado do ano, foram 72 operações com investidores estrangeiros. Os EUA foram responsáveis por cerca de 51,4 % dos negócios.
MAIOR TRANSAÇÃO DIVULGADA NO MÊS
A maior transação no mês de novembro/18, com valores divulgados, a iFood recebendo US$ 500 milhões em aporte - O valor representa o maior investimento no setor de tecnologia da América Latina até o momento. O iFood, aplicativo de delivery da Movile, recebeu um novo aporte da Naspers e a Innova Capital 13/11/2018
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2018
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
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