A venda da TAG faz parte de um amplo programa de vendas de ativos da Petrobras
Pelo menos três consórcios, liderados pela francesa Engie, pelo grupo australiano Macquarie e pelo fundo soberano Mubadala, dos Emirados Árabes Unidos, fizeram propostas de compra de uma rede de gasodutos da Petrobras, disseram três fontes com conhecimento do assunto.
Sexta-feira foi o último dia para a entrega de propostas, na primeira fase do processo de aquisição de uma participação de 90% na Transportadora Associada de Gás, unidade da Petrobras, conhecida como TAG, que tem 4.500 quilômetros de gasodutos no nordeste Brasil.
A venda da TAG faz parte de um amplo programa de vendas de ativos da Petrobras, que busca levantar US$ 21 bilhões no biênio 2017-2018, enquanto a empresa tenta reduzir sua dívida de US$ 95 bilhões, a maior da indústria global de petróleo.
A expectativa é que a venda da TAG seja uma das maiores do plano de desinvestimento da empresa. A Reuters publicou em outubro que 20 grupos, que se organizaram em consórcios, devido ao tamanho do negócio, estavam interessados em participar.
A expectativa é que o negócio atraia lances de US$ 5 bilhões a US$ 7 bilhões, segundo duas fontes.
Procurada, a Petrobras informou que não iria comentar.
A Engie disse apenas, em uma resposta por email, que está "interessada em investimentos em ativos no setor de gás e considera boas oportunidades no Brasil".
Macquarie disse que não iria comentar, enquanto o Mubadala não respondeu imediatamente.
Macquarie , maior administrador de fundos de infraestrutura do mundo, fez parceria com o Canada Pension Plan Investment Board (CPPIB) e o fundo soberano de Cingapura GIC, de acordo com uma das fontes. CPPIB também não quis comentar, enquanto GIC não respondeu imediatamente.
O Mubadala fez parceria com a EIG Global Energy Partners LLC, de acordo com uma das fontes. EIG também não respondeu imediatamente.
A empresa brasileira Pátria Investimentos, que tem uma parceria com a norte-americana Blackstone , não apresentou uma proposta à petroleira brasileira, de acordo com as fontes, que falaram na condição de anonimato, porque o processo de concorrência é sigiloso.
As empresas brasileiras Cambuhy Investimentos, que gerencia investimentos da família bilionária Moreira Salles, e a Itaúsa Investimentos Itaú SA também se juntaram ao grupo Macquarie, de acordo com a fonte.
As fontes não detalharam quais parceiros foram escolhidos pela francesa Engie .
Pátria, Blackstone, Itaúsa e Cambuhy disseram que não iriam comentar.
Plano de dois anos
A Petrobras vendeu outra rede de gasodutos, no sudeste do Brasil, no ano passado, conhecida como Nova Transportadora Sudeste (NTS), para um grupo liderado pela canadense Brookfield Asset Management, por US$ 5,2 bilhões. Isso deixou a TAG com uma rede no nordeste conhecida como Nova Transportadora do Nordeste (NTN), que é responsável por uma menor parcela do consumo de gás natural do país. Embora esteja vendendo uma rede menor, a Petrobras espera um preço mais alto, devido a melhores perspectivas de crescimento econômico após a recessão mais severa do Brasil em décadas, segundo duas fontes.
A estatal brasileira levantou R$ 5 bilhões (US$ 1,5 bilhão) na semana passada com a venda de cerca de 29% de sua unidade de distribuição de combustíveis, a BR Distribuidora , em uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Nesta semana, a empresa anunciou também a venda de 25% do campo de Roncador, um dos maiores produtores de petróleo do Brasil, por US$ 2,9 bilhões. (Por Tatiana Bautzer) POR AGÊNCIA REUTERS Leia mais em epocanegocios 20/12/2017
20 dezembro 2017
Consórcios de Engie, Mubadala e Macquarie fazem propostas por rede de gasodutos da Petrobras, dizem fontes
quarta-feira, dezembro 20, 2017
Compra de empresa, Desinvestimento, Investimentos, Logística, Sinergia, Tese Investimento, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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