O Itaú Unibanco vai expandir a estrutura do Cubo, incubadora de startups em parceria com a norte-americana Redpoint, com pretensão de torná-lo no maior centro de empreendedorismo de inovação da América Latina.
O novo edifício, próximo ao que ocupa na capital paulista, deve comportar a partir de 2018 cerca de 210 startups, quatro vezes o número que abriga atualmente. O valor investido no projeto não foi revelado.
Criado em setembro de 2015 com inspiração no Vale do Silício, berço de gigantes norte-americanas como Google e Facebook, o Cubo tem ajudado a catalisar a expansão de empresas pré-operacionais no país, como as fintechs Banco Neon e Verios.
Segundo o diretor-executivo de TI do Itaú Unibanco, Ricardo Guerra, a decisão de expandir o projeto responde à demanda bastante superior à estrutura que a instituição pode oferecer. Hoje são 53 startups atendidas.
"O ecossistema é maior do que o Cubo pode comportar", disse a Guerra jornalistas nesta quarta-feira. "Tem um fila enorme na nossa porta".
Segundo o executivo, a estrutura ampliada permitirá ao Cubo receber negócios de inovação num espectro maior de setores da economia, além de ter parcerias com universidades e grandes empresas, além de acompanhar os projetos por mais tempo.
Atualmente, startups que crescem muito rápido e atingem uma equipe superior a 15 pessoas são praticamente obrigadas a deixar as instalações da entidade, por falta de espaço.
"Em muitos casos, as startups precisam atingir um nível de maturidade, fase em que o nosso ambiente pode ser importante para seu desenvolvimento", disse o diretor do Cubo, Flavio Pripas.
Segundo ele, o Cubo tem mantido conversas com empresas de vários setores, mas não revelou nomes. Atualmente, a entidade tem entre os parceiros Gerdau, Microsoft, Saint-Gobain e TIM.
O movimento acontece num momento em que as grandes instituições financeiras do país têm desenvolvido programas próprios de estímulo à inovação, à medida que cresce o número de plataformas independentes de serviços financeiros.
Na semana passada, o Bradesco adiantou que deve lançar até dezembro seu próprio espaço de coworking e co-inovação, o habitat, iniciativa similar à do Cubo. O Bradesco já tem um programa de inovação aberta para prospectar novos modelos de negócio para o setor financeiro, chamado InovaBra.
No caso do Cubo, que não tem fins lucrativos, o Itaú Unibanco diz não ter investimento em nenhuma das empresas que passaram pelo espaço, mas que algumas delas hoje são fornecedoras de serviços para o banco. Por Aluisio Alves - Reuters Leia mais em dci 23/08/2017
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quarta-feira, agosto 23, 2017
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Ruy Moura
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