No início deste mês, a Danone anunciou a aquisição da americana WhiteWave Foods, gigante em alimentos orgânicos. A companhia francesa explicou que o negócio vai resultar na “criação de uma líder mundial de posicionamento único, totalmente em linha com as novas tendências de consumo por uma alimentação mais saudável e durável”. A transação deu valor de US$ 12,5 bilhões a WhiteWave.
As grandes indústrias do setor de alimentos e bebidas estão aproveitando as oportunidades trazidas pela crescente demanda por produtos mais saudáveis. Lançamentos, fusões e aquisições costuram esse movimento. Em abril, a Ambev — dona de marcas como Antarctica e Brahma — comprou uma fatia da Sucos do Bem. Em junho, a Coca-Cola Company, com sua parceira mexicana, anunciou a compra da Ades, de bebidas à base de soja, da Unilever, por US$ 575 milhões. No fim de 2015, assinou a compra da mineira Verde Campo, de produtos lácteos.
Até 2014, no Brasil, a produção de refrigerantes vinha encolhendo, enquanto a de sucos, néctares, chás, isotônicos e energéticos avançava, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não Alcoólicas (Abir). Em 2015, a produção de refrigerantes caiu 5,9%. Os dados sobre os demais segmentos não estão disponíveis.
— Existe uma crescente variedade de refrigerantes, sucos, néctares e refrescos no mercado brasileiro. Hoje é difícil encontrar uma grande indústria focada apenas em refrigerante. O consumidor quer diversificação. Em sucos, a expansão é enorme. Com diferentes categorias por concentração de suco natural, o consumidor pode escolher por preço, sabor e praticidade — conta Igor Castro, diretor técnico da Abir.
A Coca-Cola Brasil, por exemplo, este ano, anunciou novos produtos, como o refrigerante com Stevia, com menos açúcares, e edições limitadas nos sabores cereja (Cherry) e baunilha (Vanilla).
— As pessoas querem equilibrar suas escolhas. Mapeamos oportunidades dentro de nosso portfólio e no mercado, atentos à necessidade do consumidor. O olhar é o de rentabilidade, mas também de satisfação. Focamos em inovação em produtos ou aquisições — diz Javier Rodriguez, vice-presidente de Marketing da Coca-Cola Brasil.
Em junho, Coca-Cola, Ambev e Pepsico anunciaram uma restrição em produtos vendidos para cantinas de escolas nas quais a maioria dos alunos é menor de 12 anos. Saem de cena os refrigerantes e outras bebidas com maior concentração de açúcar. As vendas para esses colégios estarão focadas em sucos 100% de fruta e água de coco.
O movimento não é diferente no varejo. A Taeq, marca de alimentação saudável do Grupo Pão de Açúcar, criada em 2006, já tem 300 itens. Este ano, lançou linha de cortes de frango congelados em parceria com a Korin, referência em orgânicos, além de quatro sabores de iogurte grego e quinoa em farinha, flocos e grão. AGÊNCIA O GLOBO Leia mais em portaldoholanda 31/07/2016
31 julho 2016
Gigantes compram rivais menores para abocanhar mercado de saudáveis
domingo, julho 31, 2016
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Ruy Moura
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