O aumento de poder computacional está levando a IoT ao esperado ponto de inflexão, quando a tecnologia dá um salto exponencial
A importância de compreender as diferenças entre os sistemas de Data Centers pré-montados
Há muitas abordagens para a definição dos Data Centers pré-montados. No entanto, no mercado há diferenças importantes entre as várias abordagens. A falta de uma terminologia padrão para descrevê-los torna difícil a seleção do tipo adequado.
ACESSE
Em artigo publicado na semana passada, fizemos uma análise do atual estágio da tecnologia IoT no mercado mundial, com um comparativo resumido de números de 2013 a 2015. Isto nos proporcionou uma visão aproximada do que está para vir nos próximos dez anos, mas podemos estar subestimando o seu potencial de crescimento, que no momento indica crescimento exponencial e não linear.
Por exemplo: há pouco tempo os carros tinham um computador central (muitas vezes apelidado de Centralina), que recebia e processava os dados dos sensores espalhados pelo veículo (para o nível do óleo, pastilhas de freio, temperatura da água do radiador, etc). Pois bem, o Ford Edge Sport, modelo 2016, já tem 21 computadores espalhados pela carroceria, além de dezenas de sensores, trabalhando em harmonia, trocando e checando dados para garantir uma operação eficiente e segura, assim como para efetuar a previsão de reparos ou outras necessidades. Assim, o veículo envia um e-mail com as informações para o proprietário ou ele o monitora via aplicativo, e também se comunica com o fabricante para trocar dados sobre o veículo e possíveis chamadas para revisão ou avisos de “recall”.
Se o Ford Edge tem 21 computadores, quantos existem no Tesla ou no carro autônomo da Google? A resposta é: são muitos – mas muitos sensores. E muitas formas de comunicação (Wi-Fi, celular, Bluetooth, entre outros). A queda significativa dos custos dos blocos que compões um sistema IoT (processadores, memória e módulos de comunicação, por exemplo), e o seu aumento de poder computacional, quer seja por área e por energia consumida, está levando a IoT ao esperado ponto de inflexão, quando a tecnologia dá um salto exponencial e as aplicações práticas estão nas mãos de milhões de usuários, trazendo vantagens reais a população e ao nosso modo de vida.
Os cenários para o mundo IoT para o futuro próximo foram discutidos durante o Internet of Things World Forum (em Dubai, de 6 a 8 de dezembro) e na Hong Kong Electronics Fair (em Hong Kong, de 12 a 17 outubro), e os números são impressionantes. Por exemplo, em Hong Kong focaram no número de processadores por família ou residência, como um exemplo do caminho que a IoT está seguindo, argumentando que nos anos 90, existiam de um a três processadores ou computadores em média por residência nos Estados Unidos.
Este número passou para de 10 a 15 no final de 2010 (notebooks, celulares, iPads ou Smart TVs), e estima-se que vamos ter de 100 a 500 processadores por residência em 2020. Ou seja, tudo que pode gerar dados para tornar a vida mais segura e confortável em uma residência vai possuir sensores e processadores, todos se comunicando entre si e com centrais de monitoramento, recebendo feedback e comandos de controle.
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Pois bem, este é o exemplo que afeta diretamente o bem-estar, conforto e segurança do cidadão. E as fábricas? E as fazendas? As mineradoras? E as cidades, portos, aeroportos, estradas e barragens hidroelétricas? É aqui que encontraremos onde a IoT terá o maior impacto.
Já existem fazendas controladas digitalmente, onde sensores integrados nos tratores e colhedeiras em pontos estratégicos da plantação e nos rebanhos, permite que insumos como adubo e irrigação sejam distribuídos apenas onde necessário e com precisão de até dois centímetros, utilizando a navegação via satélite, assim realizando economias significativas de recursos e insumos. Eles também monitoram a saúde do rebanho, sua procriação, alimentação e movimento, garantindo saúde e alta produtividade de forma automática e transparente. A automação atingiu altos níveis de confiabilidade e, portanto, alguns dos equipamentos (tratores e colhedeiras) nem possuem um ser humano no seu comando, pois tudo é gerenciado e dirigido por sistemas inteligentes e à distância.
A Indústria está seguindo o mesmo caminho, onde um grande número de sensores e processadores monitoram, analisam e tomam decisões de comando sobre todo o ciclo produtivo de uma fábrica. Nos portos, os guindastes descarregam os contêineres, guiados por sensores e análise de imagens de câmeras, empilhando e redirecionando-os automaticamente.
Nas cidades, sensores nas ruas, semáforos, câmeras, radares e placas de sinalização inteligente analisam as condições de tráfego em tempo real e podem ajustar o tempo dos semáforos e sentidos nas ruas de acordo com a demanda, de maneira dinâmica e transparente. Câmeras inteligentes em postes de luz poderão observar quantos lugares para estacionar estão disponíveis em uma rua, sinalizando motoristas sobre as vagas e efetuando a cobrança do tempo de estacionamento automaticamente (por meio da leitura da placa do veículo).
Um estudo recente feito pelo Instituto McKinsey, datado de junho 2015, comenta que a IoT vai adicionar um valor econômico de aproximadamente US$11 trilhões em 2025, ou seja, quase 11% da economia mundial. Nesse mesmo estudo, conclui-se que a IoT na indústria terá o maior peso econômico (US$3,7 trilhões), seguido por cidades inteligentes (US$ 1,7 trilhão) e saúde (US$ 1,6 trilhão). E, de fato, os números são significativos.
Por isso, podemos imaginar o que teremos no ano 2025 com bilhões de sensores e processadores espalhados pelo mundo, presentes em cada casa, veiculo, rodovia, cidade, fábrica, fazenda, florestas, oceanos, entre ouros? Para se ter uma ideia do impacto no dia a dia e na qualidade de vida do ser humano, além de entender porque estamos transitando da IoT (ou M2M) para IoE, imagine o seguinte cenário em 2025: você chega em sua residência no horário previsto, pois seu veículo autônomo escolheu a rota menos congestionada e mais eficiente, analisando dados fornecidos pelo departamento de trânsito e outros dados relativos ao tempo, evitando locais que alagam com a chuva, caso isso venha a acontecer, acidentes e outros detalhes.
Você aproveitou para ler o jornal e terminar alguns e-mails importantes, pois o carro dirige sem necessitar de sua atenção. Já na residência, você decide verificar o feedback semanal dos sistemas que dão suporte a sua residência e família, lendo o relatório fornecido pelo sistema de IoE que você possui.
O relatório começa assim: “Todos os sistemas da residência estão operando dentro das especificações. Ontem monitorei o uso excessivo de energia no quarto de hóspedes devido ao ventilador de teto estar acionado, portanto desliguei o mesmo por não detectar alguém utilizando o quarto”.
E continua: “A geladeira informa que o filtro de água precisa ser trocado, pesquisei os fornecedores cadastrados e ordenei uma nova unidade, deverá estar aqui amanhã. O alarme disparou as 14h32, mas verificando os sensores e as câmeras, não detectei um intruso. Portanto, desativei o alarme e avisei a empresa de monitoramento que se tratava de um alarme falso. O veículo, por sua vez, indica que será necessária uma revisão e troca de óleo, que eu já agendei para o dia 12 às 8h, pois sua agenda está livre neste período. As peças necessárias já estão na concessionária e o valor do reparo é de aproximadamente US$250. O controle de temperatura do aquecedor central de água foi reduzido em 2 graus pois a temperatura ambiente está mais alta que o normal, não justificando o uso de energia adicional. A lâmpada do corredor está inoperante e recomendo a troca por uma nova, cuja especificação é 60 watts. O nível de pH da piscina está correto e a temperatura está em 21°C, mas o nível de cloro está abaixo do normal e, portanto, o clorador foi acionado por 15 minutos. Compilei uma lista de itens para supermercado baseado no que o leitor RFID da cozinha reportou. As vacinas para Totó devem ser aplicadas nessa semana e já dei entrada deste item na agenda da família”. E por aí vai.
A combinação de M2M, IoT e serviços de nuvem compõe a Internet of Everything, criando um universo que facilita a vida do cidadão e, ao mesmo tempo, otimiza as tarefas e economiza recursos. E, mesmo após tudo isso, a pergunta que fica é: nós estamos prontos para receber a IoE? *Alexandre Hebra é presidente e CEO da Gates LLC. Leia mais em computerworld 16/12/2015
16 dezembro 2015
O futuro da Internet of Things será a Internet of Everything?
quarta-feira, dezembro 16, 2015
Compra de empresa, Plano de Negócio, Tese Investimento, TI, Transações MA, Venda de Empresa
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Ruy Moura
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