27 agosto 2014

Startups desenvolvem soluções para alavancar setor de logística no País

Brasil ocupa 65ª posição no ranking mundial de eficiência de transportes, segundo o Bird

Atualmente, um dos principais gargalos do País está no setor de transporte e logística. Segundo o ranking mundial de logística, elaborado pelo Banco Mundial (Bird), o Brasil ocupa a 65ª posição sobre eficiência de transportes entre 160 países. O estudo foca, principalmente, na visão dos empresários do segmento em relação à eficiência da infraestrutura de transportes. Porém, a inovação para esse problema pode vir das startups, empresas do setor de tecnologia com modelo de negócio escalável, que buscam soluções inovadoras para velhas questões da sociedade.

Para quem utiliza transportes públicos, duas preocupações rondam a cabeça: a manutenção da frota e como os motoristas estão dirigindo. Percebendo isso, a startup uruguaia Softruck, sediada em Belo Horizonte, Minas Gerais, desenvolveu softwares e hardwares que permitem a empresas de veículos de grande e pequeno portes a redução de custos e a otimização de frotas, por meio da detecção de comportamento de riscos (como excesso de velocidade, rápida aceleração/desaceleração, troca brusca de pista etc), monitoramento do estado de pneus e de motores, manutenções preventivas e controle de despesas. Tudo mediante um sistema que informa, em tempo real, sobre o transporte.

“Agregamos uma conexão ao computador do veículo para transmitir, em tempo real, toda telemetria e acompanhar o modo como o motorista está conduzindo o automóvel. Desenvolvemos um algoritmo que detecta, imediatamente, quando um motorista adormece, disparando um alarme dentro do veículo e também na empresa”, explica Marcelo Lapi, CEO da startup.

Veículos de menor porte, como carros de passeio e táxis, não estão fora do radar da tecnologia. Por meio de um dispositivo de comunicação sem fio, a startup NetBee, sediada também em Belo Horizonte, permite ao usuário receber informações sobre o carro no celular e até controlá-lo remotamente, podendo acompanhar a trajetória, limitar a velocidade máxima e até desligá-lo. A tecnologia, segundo o engenheiro eletricista e CEO da startup, Gibram Raul, baseia-se no conceito internacionalmente conhecido como Sistema Inteligente de Transporte, que visa otimizar o tráfego nas cidades, e deve estar no mercado ainda este ano.

“Limitar a velocidade do veículo, por exemplo, é mais uma ferramenta a favor da segurança de condutores e passageiros, podendo ser utilizada, inclusive, em vans escolares. Para veículos comuns e táxis, conseguiremos, também, reduzir o índice de acidentes e atropelamentos pela análise inteligente dos dados coletados dos veículos”, aponta o engenheiro.

Anualmente, milhares de contêineres são transportados com espaços vazios. Nem sempre é possível esperar o agrupamento de pequenos lotes de carga para preencher um contêiner e isso pode ser prejudicial, principalmente, para pequenas empresas. A proposta da Lotebox é auxiliar empresas a encontrarem contêineres com espaços disponíveis, agilizando o transporte de cargas.

“Hoje, a margem de erro no empacotamento de cargas em contêineres chega a 30%, o que aumenta o tempo de espera para o compartilhamento dos espaços, que chega a três meses. Nosso objetivo é melhorar o processo de buscas por empresas com necessidades semelhante para o transporte de forma simples, reduzindo o tempo de espera para poucas semanas, atuando com as possibilidades econômicas mais viáveis”, explica Eduardo Carvalho, CEO da startup. Leia mais em mundologistica 26/08/2014

27 agosto 2014



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