24 agosto 2014

Mercado brasileiro de aplicativos e sites tem onda de compras e fusões.

Com a proliferação de sites e aplicativos que oferecem exatamente o mesmo serviço -como os aplicativos de taxi ou de delivery de comidas, por exemplo-, surge no Brasil uma onda de fusões e aquisições entre concorrentes.

No primeiro semestre deste ano, as empresas de tecnologia e de internet lideraram o ranking de fusões e aquisições no país, segundo a KPMG. Esses setores ocuparam os primeiro e segundo lugares, respectivamente, com 54 e 43 operações realizadas. O terceiro colocado, energia, respondeu por 27 transações.

“Percebemos que, no mundo, há quatro anos, diversos setores estão estagnados no que se refere a fusões e aquisições, exceto as empresas de tecnologia”, diz André Camargos, coordenador de pós-graduação em direito do Insper.
Davi Ribeiro/Folhapress

As fusões e aquisições entre concorrentes funcionam especialmente como um atalho para empresas que querem conquistar novos mercados ou entrar em um novo país sem ter que crescer do zero.

Foi o caso da Hellofood, uma empresa alemã presente em 45 países que oferece um serviço virtual de delivery de comidas. A companhia entrou no Brasil adquirindo três concorrentes: Peixe Urbano Delivery, Jánamesa e Megamenu.

Para Marcelo Ferreira, presidente-executivo no Brasil, o universo das start-ups e das empresas de internet caminha para a consolidação. “Os menores tendem a sair do mercado ou acabam sendo comprados. Não faz sentido que o usuário tenha cinco aplicativos de delivery.”

CONCORRENTES

O caso da Bebê Store é um pouco diferente: a empresa já tinha uma atuação forte no país, mas decidiu comprar, por valores não divulgados, a concorrente Baby.com. “Consolidamos o mercado, tiramos pressão de preços de anúncios e chegaremos mais rápido na estabilidade”, afirma Leonardo Simão, 37, presidente-executivo da Bebê Store.

União similar aconteceu entre a Properati (empresa de anúncios virtuais de imóveis com operações na Argentina e no México) e o site brasileiro Imóvel do Proprietário, fundado em 2011 por Renato Orfaly, 45, para anúncios de imóveis feitos diretamente pelo proprietário.

Orfaly foi contratado como administrador da Properati no Brasil. Passou a ter remuneração mensal e participação nos resultados da empresa.

A má notícia é que a marca Imóvel do Proprietário foi deixada de lado -a prioridade da Properati é a expansão das suas próprias operações, que já eram bem maiores do que as do site brasileiro mesmo antes da fusão. Orfaly, porém, diz que não se sente incomodado com isso.

“Pelo contrário. Não fosse a fusão com a empresa argentina, eu talvez tivesse fechado o meu negócio, e aí sim eu estaria muito frustrado”, diz. Fonte Uol | Leia mais em boainformacao 24/08/2014

24 agosto 2014



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