26 julho 2018

Facebook perde US$ 120 bilhões em valor de mercado em duas horas

O Facebook anunciou nesta quarta-feira, 25, os seus resultados trimestrais e os números são preocupantes. A empresa revelou o menor aumento de usuários na comparação com o trimestre anterior de sua história após um período recheado de escândalos.

A base de usuários do Facebook chegou a 2,2 bilhões de usuários ativos mensais e 1,47 bilhão diários; em ambos os casos, o crescimento ficou próximo de 1,5% na comparação com o trimestre anterior. Historicamente, no entanto, a taxa de crescimento costumava ficar em 3%.

Quando esses números são analisados mais de perto, também há outras tendências preocupantes. A base de usuários na Europa diminuiu, enquanto nos EUA e no Canadá elas se mantiveram estáveis, o que não são bons sinais nos mercados que mais contribuem para as receitas da companhia. Cada usuário norte-americano vale US$ 25,91 ao Facebook, enquanto o europeu vale US$ 8,76; no resto do mundo, esse valor é de apenas US$ 1,91.

Apesar desses pontos negativos, o Facebook continua crescendo e faturando alto, apresentando lucro líquido de US$ 5,1 bilhões (alta de 31% na comparação com o mesmo período de 2017) com suas receitas alcançando os US$ 13,23 bilhões (alta de 42% quando comparado com o segundo trimestre do ano passado).

No entanto, a desaceleração no crescimento da base de usuários é um fator que preocupa os investidores. Existe um risco de que o público comece a usar menos a rede social, o que significa que eles verão menos anúncios, que por sua vez faz com que a publicidade na plataforma seja menos valiosa e o faturamento do Facebook comece a ser impactado.

Além disso, uma outra tendência negativa é que o Facebook também anunciou que prevê que o crescimento das receitas deve ser consideravelmente desacelerado nos próximos trimestres. Se no último período o crescimento foi de 42%, a expectativa da empresa é reportar percentuais de apenas um dígito como resultado de uma série de fatores negativos, incluindo os novos controles de privacidade e imposições da GDPR, a nova lei de proteção de usuários de internet que entrou em vigor na Europa.

Um dos motivos que pode ter causado o resultado abaixo do esperado pode ter sido a imagem manchada da empresa. Este foi o primeiro trimestre completo após o caso Cambridge Analytica, que desencadeou uma série de boicotes contra a rede social, que podem ter surtido algum resultado. A empresa também enfrentou uma série de outros escândalos menores que danificaram a reputação da empresa com o público.

Como resultado disso, as ações da empresa desabaram cerca de 21% após o fechamento do mercado. O valor de capitalização de mercado do Facebook desabou em cerca de US$ 120 bilhões em questão de algumas horas, quando a ação da companhia caiu de US$ 217,50 para US$ 172. Leia mais em olhardigital 25/07/2018
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Zuckerberg perde US$16 bi com queda recorde de ações do Facebook

Às 12h07, as ações do Facebook tinham queda de quase 20%, a US$ 175,5, uma queda que reduziu o valor de mercado da companhia em cerca de US$ 124 bilhões

Zuckerberg perde US$16 bi com queda recorde de ações do Facebook

O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, sofreu uma perda de 16 bilhões de dólares em seu patrimônio nesta quinta-feira, em meio à forte queda nas ações da rede social que ocorria depois que executivos da empresa projetaram anos de margens de lucro menores.

Pelo menos 16 corretoras cortaram seus preços-alvo para o Facebook depois que executivos da companhia afirmaram que os custos de melhoria de recursos de privacidade dos usuários, bem como desaceleração nos maiores mercados publicitários, vão afetar as margens de lucro da companhia por mais de dois anos.

Às 12h07, as ações do Facebook tinham queda de quase 20 por cento, a 175,5 dólares, uma queda que reduziu o valor de mercado da companhia em cerca de 124 bilhões de dólares, ou quase quatro vezes o valor de mercado da rival Twitter, que tinha queda de 3 por cento.

Os resultados de segundo trimestre do Facebook marcaram o primeiro sinal de que uma nova lei de privacidade e uma série de escândalos envolvendo a consultoria política Cambridge Analytica e outros criadores de aplicativos atingiram os negócios da rede social.

Descrevendo os anúncios como "bombásticos", analistas da Barid afirmaram que as questões foram em grande parte "autoinfligidas" uma vez que o Facebook está sacrificando a monetização de seu aplicativo principal para incentivar seu uso.

De 47 analistas que cobrem o Facebook, 43 recomendam "compra" para a ação, dois recomendam "manutenção" e dois indicam "venda". A mediana do preço-alvo da ação para eles é de 219,30 dólares.

Os cerca de 16 bilhões de dólares em valor líquido que Zuckerberg perde é equivalente à fortuna da 81ª pessoa mais rica do mundo, o empresário japonês Takemitsu Takizaki, segundo ranking da revista Forbes.

Alguns analistas afirmaram que os problemas do Facebook não serão facilmente resolvidos."Diferente da Netflix, cuja queda de resultado trimestral foi considerada como temporária, vemos aqui uma evolução na história, embora uma parte dela já esperávamos", disse Daniel Salmon, analista da BMO Capital Markets.

Outros, porém, avaliaram que a ênfase do Facebook em conteúdo de maior engajamento e conteúdos promocionais no histórico de notícias dos usuários vai apoiar a receita da companhia no longo prazo."Os pessimistas ganharam este trimestre... mas não a guerra", disse Brent Thill, analista da Jefferies. Reuters Leia mais em dci 26/07/2018

26 julho 2018



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