Empresa foi afetada por preocupações de que não teria crescido rápido o suficiente para justificar preço mais elevado
ODropbox registrou nesta segunda-feira (12/03) pedido para uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) que avalia a empresa de armazenamento em nuvem em até US$ 7,1 bilhões, quase um terço abaixo de uma avaliação de três anos atrás, com preocupações de que a companhia não tem crescido rápido o suficiente para justificar um preço mais elevado.
A empresa com sede em San Francisco, que começou como um serviço gratuito para compartilhar e armazenar fotos, músicas e outros arquivos grandes, compete com empresas de tecnologia muito maiores, como o Google, da Alphabet , Microsoft Corp e Amazon.com , assim como a rival de armazenamento em nuvem Box Inc .
Uma série de rodadas de financiamento avaliou o Dropbox no início de 2015 em US$ 10 bilhões. Mas, no final do mesmo ano, os bancos de investimento advertiram que não poderiam corresponder a essa avaliação de IPO, e o investidor Fidelity Investments reduziu o valor estimado da Dropbox em quase 20%.
"O Dropbox ainda está perdendo e a receita não é suficiente para justificar um valor de mercado de 10 bilhões. O preço teve que diminuir para atrair os investidores", disse Phil Davis, presidente-executivo da PhilStockWorld.com, um serviço de consultoria de investimento.
A empresa fundada em 2007 por dois graduados do MIT, Andrew Houston e Arash Ferdowsi, informou uma receita de US$ 1,11 bilhão em 2017, um aumento de 31% em relação ao ano anterior, enquanto seu prejuízo líquido diminuiu para US$ 111,7 milhões ante US$ 210,2 milhões em 2016.
O Dropbox estabeleceu preço de estreia entre US$ 16 e US$ 18 por ação, informou a empresa no prospecto.
O Dropbox, que tem 11 milhões de usuários pagadores em 180 países, disse que cerca de metade de sua receita de 2017 veio de clientes fora dos Estados Unidos.
O braço de capital de risco da Salesforce.com concordou em comprar US$ 100 milhões em ações ordinárias Classe A do Dropbox em uma colocação privada a um preço por ação igual ao do IPO.
No entanto, os proprietários das ações Classe A terão apenas dois por cento do poder de voto e o resto permanecerá com os acionistas da Classe B. A maioria das ações Classe B são de propriedade de Houston, Ferdowsi e os investidores Sequoia Capital, Accel e T. Rowe Price.
Goldman Sachs & Co, JPMorgan, Deutsche Bank Securities, BofA Merrill Lynch são os coordenadores líderes da oferta pública. (Por Diptendu Lahiri)POR REUTERS Leia mais em epocanegocios 12/03/2018
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segunda-feira, março 12, 2018
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Ruy Moura
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