Apesar da desaceleração no número de negócios no terceiro trimestre deste ano, a Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG, que apurou os resultados dos primeiros nove meses do ano, registrou novo recorde no período. Foram 640 operações de janeiro a setembro de 2012, resultado 5,6% maior do que o registrado no mesmo período de 2011, quando aconteceram 606 operações.
Os negócios envolvendo estrangeiros cresceram e prevaleceram nos nove primeiros meses do ano, com 390 acordos, contra 313 nos nove primeiros meses do ano passado. As transações domésticas (de empresas brasileiras adquirindo companhias brasileiras) recuaram no período, passando de 293 em 2011 para 250 neste ano. Entretanto, os negócios com estrangeiros recuaram um pouco no terceiro trimestre de 2012, somando 123 operações, contra as 145 do segundo trimestre.
"Os estrangeiros foram maioria na ponta compradora, e compensaram com sobras a queda do número de transações domésticas neste ano. Apesar disso, são evidentes alguns sinais de queda quando se observa o volume do trimestre anterior em relação aos negócios de estrangeiros", afirma Luis Motta, sócio-líder na área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil. A desaceleração fica mais evidente na comparação dos números totais de transações, com 207 no terceiro trimestre de 2012, contra 229 nos três meses imediatamente anteriores, e 227 de julho a setembro de 2011.
"Nossa interpretação é a de que continua com força o interesse de aquisições pelas empresas estrangeiras no mercado local, o que tem mantido aquecido o segmento de Fusões e Aquisições no Brasil, apesar da crise internacional", diz Luis Motta. O recorde anual atual é de 2011, com 817 operações somadas ao final do ano.
O estudo, que leva em consideração as anunciadas e concluídas, também indicou os setores que se destacaram com maior número de transações:
Tecnologia da Informação (com 83 operações, contra 62 nos nove primeiros meses de 2011);
Serviços para Empresas (52 x 30);
Companhias de Internet (47 x 19);
Alimentos, Bebidas e Fumo (35 x 30);
Shopping Centers (24 x 15);
Companhias Energéticas (24 x 30);
Imobiliário (24 x 35);
Telecomunicações e Mídia (23 x 25);
Químico e Farmacêutico (21 x 18); e
Publicidade e Editoras (20 x 19).
Fonte: DCI 11/10/2012
11 outubro 2012
Fusões e aquisições batem recorde entre janeiro e setembro
quinta-feira, outubro 11, 2012
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Ruy Moura
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