20 março 2012

Demanda impulsiona investimentos

O mercado de saúde no Brasil vive um momento de expansão com crescimento, em média, de 5% nos últimos cinco anos, levado principalmente pelo aumento do número de consumidores com acesso aos serviços privados, a estimativa é de 10 milhões de novos pacientes. Isso fez com que boa parte dos hospitais – existem mais de 6,7 mil em território nacional - reforçasse sua estrutura para atender a demanda, o que inclui investimentos em TI para aprimorar seu atendimento.

No hospital Albert Einstein, os esforços estão voltados para a obtenção de informações gerenciais de forma estruturada e com uma interface mais amigável. “Estamos estudando a implementação de um prontuário eletrônico para o próximo ano. Por enquanto estamos tentando solucionar a necessidade de ter acesso aos dados sobre o paciente de forma mais eficiente. Precisamos ajudar os profissionais a ter agilidade na tomada de decisões”, diz Ricardo Santoro, CIO do hospital.

Outra frente de adoção de novas tecnologias do hospital é a iniciativa de conversão de voz para texto. “Hoje essa solução já é utilizada para o diagnóstico por imagem. A ideia é estender isso para os dados do paciente por parte das enfermeiras”, explica o CIO. O RFID vem como alternativa para trazer mais eficiência para o transporte, identificação de pacientes, localização de equipamentos, regulagem de temperatura do local, entre outros. De acordo com Santoro, atualmente o hospital enfrenta períodos de indisponibilidade de leito. E a tecnologia, trazendo agilidade para os processos de internação e alta, pode ajudar a minimizar esse problema.

Para Marlon Oliveira, CIO da rede D’Or, a tendência do setor é caminhar em direção à sustentabilidade. “O envelhecimento da população vai elevar os gastos com saúde. No País, as despesas com saúde chegam a 8% do orçamento dos brasileiros”. A empresa, que tem 21 hospitais e está em fase de novas aquisições, adotou a solução de RFID no ano passado e iniciou um projeto para a implantação da plataforma SAP no início de 2012. E tem o desafio de adequar a cultura tecnológica dos novos hospitais à sua realidade. “A cada aquisição, fazemos uma avaliação para ver quais soluções de TI estão funcionando com eficiência. E depois elaboramos um roteiro de mudanças para desonerar a operação”.

Ele acredita que a TI é uma importante parceira para o setor. “A tecnologia não pode ser um impedimento para o crescimento dos hospitais. A nuvem privada vai ajudá-los a não se preocupar com o funcionamento da tecnologia, e, com isso, poderão focar no seu negócio”. Ele destaca também que haverá muitas oportunidades para o desenvolvimento de soluções de mobilidade, RFID. “É um campo verde. Ainda há muito espaço para crescimento. O importante é fazer os investimentos de maneira estruturada e precisa”, conclui. Por Júlia Zillig
Fonte:decisionreport19/03/2012

20 março 2012



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