21 novembro 2014

TI vira prioridade no Brasil. "É Investir Ou Morrer", diz Dreyfuss

Se no mundo, os CIOs afirmam que seus orçamentos vão crescer, em média, apenas 1%, aqui, os gestores de TI falam, em média, entre 5% e 7%, revelou o vice-presidente de Pesquisas do Gartner, Cássio Dreyfuss. Os investimentos têm razão de ser. "A infraestrutura atual não resiste às novas aplicações. Exatamente por isso software e serviços de TI terão crescimento de dois dígitos. O Brasil ainda é carissímo, mas não tem como competir sem TI. Ela virou, de fato, prioridade", destacou o executivo.

Os dados do Gartner, que realiza esta semana, em São Paulo, o Gartner Symposium /ITExpo, em São Paulo, mostram que os gastos com TI no Brasil deverão totalizar US$ 125,3 bilhões em 2015, um aumento de 5,7% com relação aos gastos projetados para 2014, US$ 118,5 bilhões. A indústria digital puxará esse aporte. "Dados móveis, software e serviços de TI são os líderes das busca dos aportes em TI", garante Dreyfuss.

As vendas de hardware - PCs, tablets, celulares e impressoras deverá crescer apenas 1% em 2015 e chegar a US$ 19,1 bilhões. Mas o software brilha. Os gastos na área deverão ter um impulso de 13,7% e chegar a US$ 5,7 bilhões. Os serviços de TI também terão um ano considerado muito bom. O incremento previsto também é de 13,7% com uma receita de US$ 21,5 bilhões. Os serviços de Telecomunicações deverão chegar a US$ 75,9 bilhões, um aumento de 4,2% em relação a 2014. As corporações brasileiras deverão continuar gastando com data centers. As despesas na área deverão ultrapassar os US$ 3 bilhões, um aumento de 7% ao projetado para 2014.

A reeleição da presidenta Dilma Rousseff tem pouco impacto nessa divisão de gastos com TI, pondera Dreyfuss. Para ele, o que impõe mudanças é a necessidade de aumentar a competitividade. "Muitas empresas seguem atuando como há 40 anos. Os negócios digitais chegaram para ficar. E quem não mudar, vai morrer. E sem TI atualizada não se vai a lugar nenhum. O CIO precisa entender isso o quanto antes. Até porque está perdendo a receita. A TI ficou presa na sua redoma. Se não romper essa questão, vai ficar inferiorizada e outras áreas vão aparecer como Marketing, Recursos Humanos e Negócios", sustentou o especialista do Gartner.

Mundialmentente a projeção de gastos com TI deve superar os US$ 3,9 trilhões em 2015, um aumento de 3,9% em relação a 2014. E aqui, o Gartner pontua que os gastos com negócios digitais não param de crescer. Em 2013, 650 milhões de objetos físicos passaram a ser onlines. Hoje, 10% dos carros estão conectados e esse número deverá dobrar em 2015. Publicação: 30/10/14 Convergência Digital | Leia mais em sisnema 30/10/2014

21 novembro 2014



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