Covid-19: As operações de grande porte, acima de R$ 1,0 bilhão, desapareceram no Brasil com o coronavírus Desde 05/03/2020, não se apurou sequer um negócio. A incerteza ainda predomina. Compradores e vendedores estão mais cautelosos. Os cenários são os mais variados. Desde uma posição mais conservadora de uma queda de mais de 50% no número de fusões e aquisições em 2020, até a mais otimista, em que ocorrerão muito mais fusões do que nos anos anteriores. Inimigos virarão amigos. Concorrentes virarão sócios. Competidores virarão aliados. Esse período de recursos limitados vai nos ensinar a fazer mais com menos. Por enquanto, os setores de turismo e companhias aéreas estão entre os maiores perdedores. Os setores menos impactados são tecnologia, logística, educação e serviços de saúde. E entre os países, o FMI destaca para 2020 as contrações de 7% da Alemanha, 7,2% da França e 9,1% da Itália.
ANÁLISE DA SEMANA
Principais transações
NEGÓCIOS DA SEMANA
"Market Movers" - Brasil
- Nutrien adquire distribuidora brasileira Tec Agro - Empresa sediada em Goiás fatura cerca de R$ 900 milhões por ano. A canadense Nutrien, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, anunciou nesta terça-feira que chegou a um acordo para adquirir o Grupo Tec Agro, distribuidor de insumos em Goiás..14/04/2020
"Market Movers” - Exterior
- Verizon compra concorrente do Zoom - Serviço de videoconferência permite que a operadora ofereça a seus clientes corporativos possibilidade de criação de serviços de telemedicina, aulas e treinamento virtuais. A Verizon anunciou nesta quinta-feira a compra da empresa de videoconferência Blue Jeans Network, cujo serviço concorre com o Zoom, em um momento que pessoas no mundo todo estão trabalhando remotamente devido à pandemia de coronavírus.. Verizon compra BlueJeans, rival do Zoom, por menos de US$ 500 milhões. 16/04/2020
- Crise da covid-19 leva FoodFirst, investida da GP, à falência nos EUA - A FoodFirst, uma empresa americana de restaurantes, operadora das marcas BRAVO! Cucina Italiana e BRIO Tuscan Grille, deu entrada em pedido de falência nos Estados Unidos (Chapter 11). A empresa é parte da carteira da brasileira GP Investiments — a dona da FoodFirst é a suíça Spice Private Equity, que é controlada pela GP... 12/04/2020
HUMORES & RUMORES
M & A - VENDA
- Tim quer a Oi em 2020 e um acordo de cavalheiros com a Vivo - A aquisição da Oi, em conjunto com a Vivo, é esperada para acontecer ainda em 2020. A Tim (TIMP3) não vê motivos para mudar os seus planos de aquisição da Oi (OIBR3; OIBR4) por conta da crise do coronavírus. Em uma reunião com analistas do Santander, a administração da subsidiária brasileira da companhia italiana comentou o cenário atual e as mudanças no perfil dos consumidores. 19/04/2020
M & A - COMPRA
- XP avalia aquisição de fintechs que “complementem e acelerem negócios” - A XP Investimentos pode aproveitar a crise provocada pelo coronavírus para ir às compras. A empresa avalia a aquisição de empresas de tecnologia financeira (fintechs) que possam complementar ou acelerar as iniciativas em curso. No curto prazo, porém, as eventuais aquisições serão menores. “Não deve haver grandes movimentos”, disse Bruno Constantino, diretor financeiro da XP. Ele preferiu não comentar em quais áreas podem ocorrer potenciais negócios. 15/04/2020
- Locaweb mantém ritmo durante crise e prevê acelerar aquisições - Empresa brasileira aproveita que a pandemia de coronavírus aumentou a demanda por serviços online para continuar em seus planos de crescimento. A Locaweb prevê manter o ritmo de crescimento de receitas em 2020 e pode acelerar seu plano de expansão via aquisições, enquanto a empresa de serviços de internet e computação em nuvem tenta aproveitar as oportunidades criadas com o aumento da demanda por serviços online num ambiente de isolamento social para tentar conter a pandemia do coronavírus. No caso da Locaweb, que estreou na B3 em fevereiro com uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de 1,3 bilhão de reais, a empresa pode usar parte dos 575 milhões da oferta primária para investir em crescimento e em aquisições. “É óbvio que todos vão ser afetados de alguma forma pela crise, mas nós estamos com um caixa generoso após o IPO e isso pode ajudar agora, inclusive para permitir acelerar nossos planos de crescimento”, disse, observando que esse processo deve se concentrar no Brasil. A companhia, que tem cerca de 350 mil clientes, afirma já ter mapeado os clientes de cerca de 40 nichos de mercado que podem ser mais afetados pela crise... 13/04/2020
- Coronavírus: turismo será o setor mais afetado pela crise e levará mais tempo para se recuperar - Na segunda quinzena de março, o setor perdeu R$ 11,96 bilhões em volume de receitas - representa uma queda de 84% no faturamento, em relação ao mesmo período de 2019, de acordo com dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). 10/04/2020
- Despegar.com reavalia compra da Best Day e estima perdas no 1º trimestre - Empresa informou que está monitorando e discutindo com os vendedores o impacto da pandemia de covid-19 e outros desenvolvimentos na Best Day. A Despegar.com, empresa on-line de viagens que no Brasil opera como Decolar.com, informou que a pandemia de covid-19 gerou impactos negativos ao negócio durante o primeiro trimestre de 2020...13/04/2020
PRIVATE EQUITY & VENTURE CAPITAL
- BNDES tenta atrair capital privado para socorro a empresas após coronavírus - O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) negocia com bancos e fundos de investimentos um esforço para socorrer empresas em dificuldades devido à pandemia do novo coronavírus. A ideia é atrair o capital privado para oferecer produtos como empréstimos e participação no capital. O formato do socorro será analisado individualmente, de acordo com as necessidades e capacidade de cada empresa para absorver novos empréstimos. Não estão previstos produtos setoriais e nem a oferta de dinheiro subsidiado pelo governo. 15/04/2020
- Coronavírus: os efeitos da pandemia, segundo startups e fundos brasileiros. - Investidores se reúnem com fundadores em busca de respostas à pandemia. Para startups, momento é de cortar custos, aumentar o caixa disponível e reconsiderar captações no mundo do venture capital. Não se sabe quando exatamente veremos o fim do alastramento da Covid-19. Adotar medidas de prevenção à pandemia causada pelo novo coronavírus é realidade não só para cidadãos — também virou rotina para as startups e os fundos de investimento que as apoiam. Alguns empreendimentos estão vendo um aumento na demanda, enquanto outros zeraram suas receitas. Euforia ou pessimismo, a resposta é a mesma: praticar a cautela para combater a incerteza. Todos os fundos afirmaram que sua estratégia permanece a mesma e que mantiveram sua proporção atual entre investimentos novos e follow ons (recursos destinados para rodadas seguintes em startups já no portfólio). “Temos empreendedores incríveis, preparados para diariamente lidar com incertezas e riscos”, disse Acher, da Monashees. A crise econômica atual é diferente do cenário que vimos em 2008, porém. Essa recessão veio de problemas na esfera da saúde, o que gera mais incerteza sobre o tempo de achatamento da curva de transmissão e volta da atividade comercial. Alguns fundos se preocupam com os portfólios e realizam reuniões individuais com cada fundador. O investidor afirmou que as próximas negociações serão mais focadas na viabilidade dos modelos de negócio do que na taxa de crescimento das startups em estágio inicial olhadas pela Redpoint. Com as preocupação pairando sobre startups já investidas, os capitalistas de risco afirmaram na transmissão que o empreendedor buscando novos recursos deve ver mais portas fechadas nos próximos meses: o dinheiro existe, mas as negociações podem ser seguradas em alguns fundos. Para o investidor, a dificuldade de seguir na esteira de venture capital pode até mesmo causar uma onda de aquisições e fusões (M&A) entre startups brasileiras. Algo na linha de “a união faz a força.” Quem está negociando um aporte deve se preparar para uma reavaliação do term sheet, documento que detalha as condições de um investimento. Até mesmo uma reprecificação do valuation do negócio pode acontecer. Segundo Vasconcellos, do Atlantico, as startups estão divididas em dois grupos: o primeiro é feito de startups que viram uma grande queda nas receitas e têm o caixa apertado, forçadas a reduzirem rapidamente seus custos. Já o segundo grupo é feito de startups que estão vendo um crescimento acelerado ou receberam um investimento recente, garantindo caixa para investir em marketing e vendas quando esses serviços estão mais baratos. Outros capitalistas de risco olham com cautela mesmo negócios que estão vendo grande potencial. Para eles, a preocupação maior não deve ser com o concorrente, mas sobreviver. Temos de estar vivos quando isso acontecer. Estamos aconselhando as empresas a ver como aumentar ou preservar seu caixa neste momento, porque ele se tornou equivalente ao que o sangue é para o corpo humano. 13/04/2020
OFERTA DE AÇÕES
- Banco Daycoval amplia fila de desistências de IPO - O Banco Daycoval anunciou nesta quarta-feira que pediu o cancelamento do registro para uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) de ações preferenciais. A companhia atribuiu a decisão “à vista das momentâneas condições desfavoráveis do mercado de capitais nacional e internacional”. O Banco Daycoval e a BBM foram algumas das mais de duas dezenas de empresas que pediram registro para IPO desde fevereiro. Desde que a crise foi deflagrada, Caixa Seguridade postergou seus planos de listagem, enquanto o banco BV cancelou o pedido de registro de IPO. 15/04/2020
- Ibovespa: as projeções para 2020 caem até 41% - No comparativo entre dezembro e abril, instituições financeiras reduziram sua previsão de crescimento do Índice Bovespa, aponta levantamento do Yubb. Com a crise econômica instaurada por conta do coronavírus, as novas projeções do mercado para o Ibovespa tiveram queda. De acordo com as instituições financeiras, a pontuação máxima projetada para o Índice Bovespa em 2020 caiu. A maior queda foi projetada pelo Bank of America, que reduziu a sua estimativa em 41% no comparativo entre dezembro de 2019 e abril deste ano. “Estamos vivendo um período atípico, imprevisto até para o mercado financeiro - tanto que o Ibovespa chegou a bater sua máxima histórica recentemente. Com essa recessão global impactando diariamente a economia, é natural que estimativas de crescimento caiam também”. 15/04/2020
- Caixa altera estratégia para IPOs - A crise do coronavírus levou a Caixa a rever a estratégia para as ofertas iniciais de ações das áreas de cartões e de seguros. Agora, o IPO da Caixa Seguridade - que deveria ter sido realizado no início deste mês - vai para o fim da fila e provavelmente ficará para 2021. A Caixa Cartões é quem deverá chegar à bolsa primeiro, quando o mercado de capitais reabrir, apurou o Valor. A avaliação no banco é que não haverá um ambiente propício a ofertas de ações muito antes do fim deste ano. Nesse cenário, o entendimento é que não faz sentido lançar a oferta da Caixa Seguridade tão perto de entrarem em vigor as novas parcerias do banco com as seguradoras, o que está previsto para fevereiro de 2021. Segundo fonte que participa das discussões, é melhor esperar e fazer o IPO com esses contratos já valendo. 14/04/2020
TOP TRENDS
- O que será da Bolsa e do Brasil? 30 gestores, que cuidam de US$ 60 bilhões, respondem. Suspense: futuro vislumbrado pelos gestores, para o Brasil, tem altos e baixos. O Bank of America (BofA) realizou mais uma rodada de perguntas sobre o futuro do Brasil, com 30 gestores internacionais, responsáveis por gerenciar US$ 60 bilhões em ativos. As respostas constam de relatório enviado aos clientes, obtido pelo Money Times. Sobre o desempenho das moedas latino-americanas, 47% dos participantes da pesquisa afirmam que o real será a moeda com o melhor desempenho na região nos próximos seis meses. Sobre o Ibovespa - A pandemia de coronavírus, definitivamente, contaminou o mercado. Quase metade dos gestores acredita que o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, terminará o ano entre 85 mil e 95 mil pontos. Sobre a taxa de câmbio brasileira. 76% dos consultados esperam que a taxa de câmbio encerre o ano abaixo de R$ 5 por dólar. A maioria das estimativas está na faixa de R$ 4,80 a R$ 5. Sobre a Selic, 87% dos entrevistados estimam que a taxa básica de juros (Selic), hoje em 3,75% ao ano, cairá ainda mais nos próximos meses. Metade dos gestores concentra-se numa faixa de 3% a 3,75% ao ano. Sobre a reconquista, pelo Brasil, do grau de investimento. A confiança de que o Brasil voltará ao seleto clube de países com grau de investimento (uma espécie de selo de bom pagador concedido pelas agências internacionais de risco) está menor. Embora 77% dos gestores acreditem que o país será promovido em algum momento, este é o menor percentual desde que o BofA incluiu a pergunta na sondagem, em janeiro de 2019. Em março, por exemplo, a fatia era de 85%. Sobre os fatores que podem contribuir para o crescimento do Brasil. Neste momento, a maior parte dos gestores acredita que o Brasil não está no controle da situação. Pouco mais de 50% afirma que o principal fator para a retomada da economia é a melhora do ambiente externo, acossado pelo coronavírus. Pouco menos de 30% enfatizaram que o Brasil só voltará a crescer, quando a iniciativa privada retomar os investimentos. Apenas 10% dos gestores destacaram a necessidade de o Banco Central oferecer mais estímulos monetários. Sobre a expectativa para o PIB. Nenhum gestor ouvido pelo BofA acredita que o Brasil crescerá em 2020. A atenção, agora, está voltada para dimensionar o tamanho da queda do PIB. Metade dos entrevistados estima um recuo de 3% a 4% neste ano. Pouco menos de 20% afirma que a queda será maior que 4%.15/04/2020
M&A - COVID-19 e seus impactos
- Como o mercado de M&A deve se comportar nesse momento único e global? O mundo parou. Desde o dia 20 de março, uma sexta-feira com cara de 13, percebeu ou melhor, acordou para o que estava por vir. Aquilo que era apenas um rumor, virou uma realidade e das mais indesejáveis. Mas a segunda-feira, dia 23, essa sim foi de um “dilúvio emocional” como nunca vimos antes. Diferente do que muitos acham, o mercado de M&A continua acelerado, pois os Fundos de Investimentos continuam com o caixa cheio de dinheiro em busca de boas oportunidades, e isso não significa apenas em relação a empresas em dificuldade (até porque ainda não sabemos a real dificuldade dessas empresas), mas empresas que antes da crise estavam saudáveis, com bons números, com boas perspectivas, mas que a conjuntura mundial fez despencar. "Esse período de recursos limitados vai nos ensinar a fazer mais com menos”. O mercado de fusões e aquisições terá, na nossa opinião, muito mais fusões do que nos anos anteriores. Inimigos virarão amigos. Concorrentes virarão sócios. Competidores virarão aliados. Nesse mercado de transformação tão rápida, a palavra agora é dividir para somar! 15/04/2020
- Fusões e aquisições devem cair pela metade, mas ainda são opção a IPOs, diz diretor da Duff & Phelps - Empresas que iam abrir o capital e não podem esperar pela retomada do mercado agora podem recorrer a uma fusão, diz Alexandre Pierantoni, diretor-executivo da consultoria de M&A. Depois de um ano bastante agitado para o mercado de fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no Brasil com uma alta de mais de 40%, a continuidade das negociações sofreu um banho de água fria no último mês, diante dos impactos provocados pelo coronavírus. A falta de visibilidade no cenário deve fazer com que o mercado atue em "modo sobrevivência", o que pode levar a uma queda de mais de 50% no número de fusões e aquisições em 2020, segundo o executivo. Havia uma janela muito boa e várias poderiam ir ao mesmo tempo para a bolsa nos próximos quatro a cinco meses. Agora, a janela se deslocou para 2021 e deve ocorrer durante todo o ano. Está mais larga. O ponto é que as empresas não podem esperar tanto tempo. Por isso, M&As podem virar uma opção para elas. O diretor da Duff & Phelps conta que a crise gera dois cenários: de um lado, as empresas que se alavancaram (endividaram) para abrir capital podem estar com pouco caixa disponível; do outro lado, há investidores que precisam fazer a alocação de recursos em outros mercados fora o de capitais e que estão mais dispostos a renegociar dívidas e consolidar empresas. Os setores menos impactados são tecnologia, logística, educação e serviços de saúde. Isso porque todos eles já estavam com a atividade mais aquecida e apresentam uma curva de recuperação mais rápida diante de crises. Outro setor que também deve ser pouco impactado é o de infraestrutura. Se fizermos a lição de casa, poderemos ver uma recuperação das atividades de M&A já no último trimestre de 2020. Tem jogo acontecendo e vai ter campeonato no fim do ano, mas tem que jogar agora. 13/04/2020
- Valuation: O que Muda Pós Covid - De acordo com Pitchbook, a crise de 2007–2009 reduziu total de funding para venture capital em 28% nos Estados Unidos. A média de tamanho dos deals também diminuiu, mas não o volume de deals. Ao contrário, o número de rodadas feitas durante a crise aumentou em 2008 e apresentou pequena redução de 5% em 2009, mostrando que os gestores permaneceram ativos, apesar de optarem por rodadas menores. Se pensarmos nos diferentes estágios, o valuation dos deals de pre-seed e seed permaneceram praticamente constantes, mas caíram para deals a partir da Série A. Alguns fatores nos vem em mente para justificar esse movimento: (i) a partir da crise os fundos puderam concentrar seus investimentos novos em modelos de negócios que pudessem se beneficiar de um novo cenário pós crise; (ii) a aversão a risco aumenta e portanto, empresas com alto burn rate ficam menos atrativas e se não tiverem um posicionamento claramente defensivo, o crescimento esperado pode estar mais longe de ser alcançado e (iii) com a queda no mercado de ações (público) os valuations das rodadas mais maduras tendem a seguir os novos múltiplos negociados.A mediana das rodadas imediatamente após a crise mostram uma valorização de 1,35x em relação à rodada anterior, o que infere que muitas empresas tiveram que enfrentar down rounds e diluições desproporcionais em função das cláusulas de liquidation preference. Se antes da crise as empresas levavam em média 1,7 anos para levantar uma outra rodada, depois da crise esse período médio entre rodadas ficou em 2,1 anos explicado pela maior cautela dos fundos, negociações mais conflituosas e crescimento mais baixo. 13/04/2020
- Coronavírus: paralisa operações de M&A no Brasil e no mundo - Em tempos que a incerteza reina, compradores e vendedores estão mais cautelosos. Isto pode ser observado, na paralisação ou até mesmo no cancelamento de operações de fusões e aquisições (M&A) tanto no Brasil como no mundo, conforme informou a reportagem do jornal Valor. Grandes empresas como a Petrobras (PETR4 PETR3) e a Oi (OIBR4) já ampliaram o prazo para conclusão das transações. Em outros casos, os acordos foram suspensos, como Outback Brasil, Laureate, entre outras operações. Tudo isso, é provocado pelos impactos da pandemia de coronavírus na economia mundial. 13/04/2020
- Rapidez do colapso econômico é algo que nunca vimos, diz Gopinath, do FMI - Economista-chefe afirmou que, além da pandemia, muitos países enfrentam ainda crises financeiras e as baixas dos preços das commodities A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Gita Gopinath, disse nesta terça-feira que nunca antes na história houve um colapso econômico tão rápido como o provocado pela pandemia do novo coronavírus. Em entrevista coletiva para comentar as previsões do relatório Panorama Econômico Mundial (World Economic Outlook), divulgado nesta terça-feira, Gopinath afirmou que, além da pandemia, muitos países enfrentam ainda crises financeiras e as baixas dos preços das commodities. FMI projeta retração de 5,3% para economia brasileira em 2020 Reformas são importantes para o Brasil, mas agora é preciso lidar com crise, diz FMI “A magnitude e a velocidade do colapso da atividade econômica que se seguiu à pandemia de covid-19 é diferente de tudo o que ocorreu em nossas vidas. E há uma incerteza substancial sobre seu impacto na vida e nos empregos das pessoas”, afirmou Gopinath. Na Europa, segundo Gopinath, as previsões incluídas no relatório divulgado hoje refletem o fato de a região ter sido a mais atingida pela pandemia. O FMI espera, por exemplo, contrações de 7% da Alemanha, 7,2% da França e 9,1% da Itália.
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
- Eletrobras aprova oferta da Evoltz por fatia na Manaus Transmissora - Com a conclusão do negócio, a Evoltz passará a ser a única acionista da Manaus Transmissora. A Eletrobras (ELET3) informou que seu conselho de administração aprovou uma oferta vinculante da Evoltz Participações para aquisição da totalidade da fatia de 49,5% da estatal na Manaus Transmissora de Energia, segundo fato relevante nesta sexta-feira. A elétrica disse que a proposta da Evoltz pela transmissora é de 232 milhões de reais, em valores referenciados a 31 de dezembro de 2018. 17/04/2020
- Startup que monitora atividade de parlamentares recebe aporte milionário - A startup Sigalei recebeu um aporte de R$ 1,3 milhão em rodada de investimento liderada pelo GVAngels, da qual participam Allievo Capital e SL Anjos. O valor deve ser usado para investir em áreas como Processamento de Língua Natural (PLN) e aprendizado de máquina. Por meio da mineração de informações e da análise automatizada, utilizando técnicas avançadas de prospeção de dados, a startup mostra o quanto as questões políticas e regulatórias do País podem impactar positivamente ou negativamente o ambiente de negócio no qual as empresas estão inseridas. 17/04/2020
- IFood se junta à Delivery Hero para conquistar mercado colombiano de Delivery - A plataforma brasileira de delivery iFood anunciou hoje (8) uma parceria com a Delivery Hero, um dos principais marketplaces globais de entrega de alimentos, para a expansão do segmento no mercado colombiano. Juntos, o iFood e a Domicilios.com, subsidiária da Delivery Hero no país, terão sob seu guarda-chuva 12.000 restaurantes em 30 cidades. O iFood – que possui investidores como Mobile e Just Eat – deterá participação majoritária na nova entidade combinada (51%) e focará seus esforços no aumento da capacidade das operações. “O mercado colombiano tem um grande potencial de crescimento e o acordo permite a aceleração dos nossos investimentos no país. Teremos uma equipe altamente experiente para liderar o processo de integração, que combinará as boas práticas de ambas as empresas e criará uma cultura que prioriza os clientes de nossos negócios – restaurantes, parceiros de entrega e, claro, os colombianos”, explica Carlos Moyses, vice-presidente corporativo e da América Latina do iFood, executivo que ficará responsável de dar o start na nova operação... 08/04/2020
- Aportes da e.Bricks - Quase seis meses depois de lançar seu terceiro fundo, a e.Bricks Ventures, de Pedro Sirotsky Melzer, fechou mais dois aportes, chegando a um total de três investimentos. Os novos aportes foram feitos na corretora Avenue e na bro., de consórcios. Juntas, as companhias levantaram R$ 50 milhões. 03/02/2020
- Startup de logística Kangu recebe R$ 6 milhões e mira expansão no Brasil - Investimento será usado para iniciar operação em várias capitais brasileiras. A Kangu pretende otimizar a logística de comércio eletrônico no Brasil, um mercado avaliado em R$ 20 bilhões. A Kangu, uma startup que integra pontos de entrega e retirada para o comércio eletrônico, recebeu R$ 6 milhões em uma rodada de investimentos, e visa agora a expansão de seus negócios no Brasil. O investimento foi liderado pela NXTP Ventures, fundo de venture capital argentine, ao qual se juntaram investidores anjos (incluindo Américo Pereira Filho, ex-presidente da FedEx Brasil) 08/03/2020
- Fusão da IdeiasNet com Padtec - A IdeiasNet iniciou seu processo de fusão com a Padtec, uma das empresas do portfólio que atua em serviços de conectividade. Padtec passará a ser subsidiária integral da Ideiasnet. 61.289.213 novas IDNT3 serão emitidas em favor dos acionistas da Padtec (exceto a própria Ideiasnet) em substituição às ações de emissão da Padtec detidas por esses acionistas. 06/04/2020
- Nutrien adquire distribuidora brasileira Tec Agro - Empresa sediada em Goiás fatura cerca de R$ 900 milhões por ano. A canadense Nutrien, uma das maiores empresas de fertilizantes do mundo, anunciou nesta terça-feira que chegou a um acordo para adquirir o Grupo Tec Agro, distribuidor de insumos em Goiás. O valor da transação não foi divulgado.14/04/2020
- MedTech com maior plataforma de educação para médicos do país recebe aporte de R$ 60 milhões - Capital será investido em tecnologia e na ampliação do time da companhia. A Sanar, MedTech brasileira que possui a maior plataforma online de educação médica do país, fechou sua rodada da série B com um aporte de R$ 60 milhões, co-liderada pelos fundos de investimento DNA Capital e Valor Capital. A rodada contou também com a participação da Vox Capital e e.Bricks Ventures, investidores da Sanar na Série A. Com os recursos, a startup irá ampliar seu quadro e fazer investimentos massivos em tecnologia. Com atuação 100% online, a Sanar projeta ser, em quatro anos, a primeira empresa a estar presente em toda a jornada profissional dos médicos e outros profissionais da saúde. Hoje, a startup já possui clientes em mais de 5.000 cidades e 7 países como Argentina, Paraguai, Bolívia e Portugal. 15/04/2020
- Cade aprova compra de fatia remanescente na HBO Brasil pela AT&T WarnerMedia - A operação envolve os canais de televisão por assinatura da marca HBO. A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou o negócio no qual o grupo AT&T Warner Media passou a deter 100% da participação societária da HBO Brasil Partners. Essa operação envolve os canais de televisão por assinatura da marca HBO.Anteriormente, a AT&T já possuía 88,2% de participação na HBO Brasil Partners. Logo, esse negócio não elevou o controle que essa empresa tem no mercado de televisão por assinatura no Brasil. 15/04/2020
- Instituição financeira carioca anuncia fusão com fintech - A Piemonte Holding, instituição financeira fundada em 2012, anunciou a fundação da Piemonte Segurança Digital. A criação da nova empresa é o resultado da fusão com a Vertentis, fintech voltada ao desenvolvimento de soluções de segurança digital e de trading robotizado para o mercado de capitais. Com isso, a empresa pretende garantir segurança, transparência e compliance na prestação de seus serviços financeiros. 13/04/2020
- Controlador da Azul vende 47% de sua participação na empresa para pagar empréstimo pessoal - O controlador da Azul, David Neeleman, reduziu sua participação acionária na companhia aérea ao longo do mês de março, anunciou nesta terça-feira (14) a empresa em fato relevante. A operação se deu porque o investidor não teria conseguido quitar um empréstimo pessoal de US$ 30 milhões (R$ 154,8 milhões no câmbio atual) que tinha como garantia ações da aérea. O empresário se desfez de parte de suas ações preferenciais (sem direito a voto), mas mantém o controle da Azul, já que segue como detentor de 67% das ações ordinárias (com direito a voto) da companhia. Segundo a aérea, Neeleman "não tinha intenção de vender suas ações da Azul por acreditar em seu potencial".14/04/2020
- Unidas (LCAM3) compra Zetta Frotas por R$ 300 milhões - A Unidas compra Zetta Frotas por R$ 300 milhões com a finalidade de ampliar a frota de veículos disponíveis da Companhia. O Comunicado da Locação das Americas - Unidas, aconteceu na manhã desta segunda-feira (13) e resulta da estratégia da empresa de diversificação de sua operação de terceirização de frotas buscando a entrada em outros nichos ainda não explorados por ela. Com mais de 22 anos de experiência em terceirização de frotas de veículos especiais, a Zetta possui hoje uma frota total de aproximadamente 2,6 mil veículos e está presente em oito estados brasileiros. A Zetta encerrou o ano de 2019 com receita líquida de R$102,8 milhões, EBITDA de R$40,1 milhões e lucro líquido de R$7,7 milhões. A operação de compra será de 100% do capital social da Zetta, por meio do pagamento de R$25 milhões à vista e o restante através da transferência de 2.003.917 de ações da Companhia, sem configurar a emissão de novas ações e, consequentemente, mantendo o atual capital social da Unidas sem diluição de seus acionistas. 13/04/2020
RELATÓRIOS - DESTAQUES DA SEMANA
- SEMANA ANTERIOR >>> 06 a 12/abr/2020>>
- Fusões e aquisições: 49 transações realizadas em março/20 e impacto do Covid-19
- TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em fevereiro/2020
QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão semanal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidos a partir de notícias publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes. Caso o conteúdo estiver em desacordo, nos contate que estaremos retirando o mesmo ou corrigindo a respectiva informação. Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES
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