31 agosto 2016

BM&FBovespa espera retomada do mercado de capitais com impeachment

A BM&FBovespa, em nota assinada pelo diretor-presidente Edemir Pinto, destacou que "a decisão do Senado pelo impeachment de Dilma Rousseff retira o Brasil e a economia de uma situação de espera, que impedia a tomada de decisões e o avanço".

Na expectativa do ajuste fiscal e das reformas estruturais, segundo Edemir, o Brasil passa a ter o seu caminho definido de forma mais clara e efetiva. "Esperamos a retomada das operações no mercado de capitais e um ?choque de capitalismo' no Brasil para os próximos dois anos." Valor Economico Leia mais em uol 31/08/2016

Cemig tem aval do Conselho para vender ações da Taesa e amplia operação

A Cemig informou nesta quarta-feira que seu Conselho de Administração decidiu autorizar monetização de até 40,7 milhões de units da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), quase o dobro das 22,27 milhões que a companhia havia dito anteriormente que pretendia envolver na operação, em meio a esforços da elétrica mineira para reduzir a sua dívida por meio da venda de ativos.

Pela cotação das units da Taesa desta quarta-feira, a operação poderia envolver 944,3 milhões de reais.

O total de units a ser vendido pela Cemig corresponde a até 40.702.230 ações ordinárias e 81.404.460 ações preferenciais da Taesa. Se toda a venda autorizada pelo Conselho for concretizada, a Cemig alienaria cerca de 14 por cento das ações ordinárias --de um total de 293,07 milhões-- que a companhia detém na Taesa, e mais de 50 por cento das preferenciais --de um total de 155,05 milhões.

A Cemig, que detém participação de 43,36 por cento na Taesa, informou em comunicado divulgado no início do mês que a proposta de venda daquelas 22,27 milhões de units não incluía papéis do bloco de controle. No comunicado desta quarta-feira, a Cemig não faz referência ao assunto.  O segundo maior acionista da Taesa é o fundo Coliseu, com 22,14 por cento das ações, composto por papéis ordinários (228,8 milhões de ações).

A Reuters antecipou no início do mês, com base em informação de uma fonte com conhecimento do assunto, que a Cemig estava estudando a venda de 6,5 por cento de sua participação na Taesa, para levantar 500 milhões de reais. No fato relevante desta quarta-feira, a Cemig não faz menção a valores nem a possíveis interessados.

A estratégia de venda de ativos visa reduzir o endividamento da empresa. A alavancagem da Cemig, medida pela relação entre a dívida líquida e a geração de caixa, fechou junho em 5,26 vezes, ante 4,39 vezes no final de março e 2,40 vezes no final de 2015.

As units da Taesa fecharam em alta de 2,56 por cento na BM&FBovespa nesta quarta-feira, enquanto as ações preferencias da Cemig caíram 1,9 por cento. Por Roberto Samora (Reuters) - Leia mais em r7 31/08/2016

LG compra Eguru

A LG Lugar de Gente, especializada em software para gestão de recursos humanos, adquiriu a Eguru, dona de soluções de gestão de aprendizado (LMS, na sigla em inglês), com forte ênfase no conceito de gamificação dos processos de recrutamento e treinamento.

Nesse primeiro momento, a LG adquiriu 65% da Eguru e tem a intenção de adquirir o restante nos próximos cinco anos, conforme a performance da empresa. Não foi aberto o valor da negócio.

De acordo com a LG, a compra deve colaborar na meta de faturar R$ 100 milhões neste ano, uma alta de 28% frente ao registrado em 2015. No ano passado, a empresa manteve valores estáveis, sem crescer. A meta agora é dobrar em três anos.

Em seu site, a Eguru afirma ter 130 clientes dentre as 500 maiores empresas brasileiras, citando nomes como  Abril, Sadia, Vivo, Itaú, Lojas Renner e Souza Cruz. O porfólio serious games, os jogos usados para treinamentos, passaria de 300, com o número de usuários de LMS chegando a 500 mil.
“Hoje somos a maior provedora nacional de sistemas ‘core’ RH, com soluções de folha, ponto, benefícios. Já havíamos adquirido a w3, líder de sistemas de gestão de capital humano em SaaS. A Eguru, líder em games corporativos no Brasil, completa o porfólio”, explica o presidente da LG, Paulo Iudicibus.

Iudicibus, destaca que, com isso, a empresa terá um diferencial em relação a “competidores internacionais”, com uma oferta completa de plataforma, conteúdo e serviços em português, completamente adaptada ao mercado e à cultura brasileira.

O empresário brasileiro não menciona nomes, mas um candidato óbvio à referência indireta é a SucessFactors, software de gestão de recursos humanos adquirido pela SAP em 2011 por US$ 3,4 bilhões.

O produto tem uma base pequena no Brasil, mas a SAP vem fazendo investimentos em mudar o quadro, dos quais o mais chamativo é a criação de um data center brasileiro para o produto, hospedado na Equinix com um investimento de R$ 19 milhões.

A Eguru lançará nos próximos meses uma plataforma com um “marketplace de conteúdos de treinamento”, incluindo vídeo, ebook, curso on-line e presencial, podcasts, games.

“Temos o potencial de revolucionar a forma como as empresas ‘consomem’ treinamentos, investindo de forma inteligente nas pessoas conforme suas necessidades individuais”, conclui Iudicibus.
Além disso, a LG acaba de lançar sua plataforma de gestão de recursos humanos em nuvem, batizada de Suíte Gen.te. A solução recebeu investimento de R$ 10 milhões ao longo de seis anos e é hospedada na Azure, nuvem da Microsoft.

Há mais de 30 anos no mercado, a LG tem sede em Goiás e atuação em todo o território nacional. Entre os clientes da empresa estão nomes como Ambev, Vale, Oi, Carrefour, Caterpillar, Grupo Algar, Grupo Positivo, Grupo Santander, Natura, SBT, Hering e Rede Globo.Maurício Renner // Leia mais em baguete 31/08/2016 

Compass Minerals anuncia compra da Produquímica

A norte-americana Compass Minerals anunciou a aquisição definitiva da empresa brasileira Produquímica Indústria e Comércio S.A. por R$ 330 milhões. O valor é o equivalente a 65% da companhia, uma vez que a gigante mundial de produtos minerais já havia comprado 35% de participação em Dezembro de 2015, acertando naquela ocasião uma cláusula de opção de controle total que valia até 2019.

O preço foi estipulado de acordo com o faturamento previsto pela Produquímica para este ano, e está sujeito a ajustes pós-fechamento do negócio. Além disso, a Compass Minerals assumirá aproximadamente US$ 150 milhões em dívidas de longo prazo da brasileira. A aquisição inclui ainda a injeção de outros US$ 150 milhões em capital de giro líquido.

Com sede em São Paulo, Brasil, a Produquímica gerou aproximadamente R$ 1,2 bilhão em receita líquida e R$ 198 milhões EBITDA (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização, na sigla em inglês) nos últimos 12 meses encerrados em 30 de junho de 2016. A companhia brasileira atua principalmente nos mercados de produtividade agrícola e soluções químicas. Leia mais em agrolink 16/08/2016


Lista de concessões terá cinco portos

A primeira reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que vai autorizar lista de concessões e privatizações do governo, terá cinco empreendimentos em portos, segundo informou o ministro dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella.

Serão dois terminais de combustíveis em Santarém (PA) e um terminal para movimentação de trigo no porto do Rio de Janeiro, além das renovações de duas concessões: terminal de fertilizantes de Paranaguá (PR) e terminal de contêineres de Salvador.

O terminal de trigo tem preço mínimo fixado em R$ 63 milhões e contrato de 25 anos. Em estudos desde 2014, a concessão foi formulada para atender a uma companhia trading que foi desalojada para obras do Porto Maravilha. As áreas em Santarém tiveram investimentos estimados inicialmente em R$ 13 milhões.

Esses são, segundo a pasta, os empreendimentos novos para os quais há sinais de interesse do setor privado. Em março passado, o governo cancelou um leilão de áreas em portos no Pará justamente porque havia risco de não aparecerem concorrentes para elas.

“Estamos analisando caso a caso para verificar quais os ajustes que precisam ser feitos em cada um desses estudos, de modo a viabilizarmos esses investimentos da melhor forma possível”, informou o ministério. “Esses ajustes podem se referir à simples atualização de determinados dados e/ou projeções de demanda, ou a mudanças mais estruturantes no desenho que havia sido proposto inicialmente.” Aeroportos. De todos os modais em infraestrutura, os projetos que estão mais maduros para irem a leilão são os quatro aeroportos: de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre.

O governo está confiante quanto ao interesse do setor privado, sobretudo de investidores estrangeiros, no negócio.

Para tanto, já está certo que os editais serão traduzidos para o inglês e que o prazo entre a publicação das regras e a realização do leilão será aumentado de 45 para 100 dias.

O valor mínimo de outorga dos quatro aeroportos, somados, foi fixado em R$ 4 bilhões.

Para tornar os aeroportos mais atraentes, o governo alterou o fluxo de pagamentos da taxa de outorga. O objetivo é permitir que, no início do contrato, o concessionário concentre recursos financeiros nas obras de expansão. “Fizemos esse arranjo para não poluir a vida da concessão”, explicou Quintella.
Assim, o vencedor do leilão entregará 25% do valor da outorga mínima à vista. Além disso, ele deverá recolher nesse primeiro pagamento tudo o que ofereceu acima do preço mínimo fixado para dar o lance vencedor.

Depois do pagamento à vista, ele passará os cinco primeiros anos do contrato sem pagar taxa de outorga. Entre o sexto e o décimo anos, recolherá valores que subirão gradualmente.
A partir do décimo primeiro ano, a parcela ficará fixa até o fim do contrato. - O Estado de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 31/08/2016

American Express compra empresa de tecnologia

A American Express Global Business Travel (GBT) assinou um acordo de compra da KDS, uma provedora global de tecnologia de viagem integrada.

Baseada na França, a KDS tem operações no Reino Unido, na Alemanha e nos Estados Unidos. A aquisição é parte de uma estratégia de investimento amplo da GBT para desenvolver um grupo de líderes de uma indústria “viajantes centralizados” e serviços digitais.

O diretor comercial e de tecnologia, Philippe Chereque, atesta que trata-se passo para criar uma empresa focada em criar uma experiência centrada no viajante de negócios moderno. “Isso também vai nos permitir oferecer aos clientes uma ferramenta de reservas on-line door to door apoiada pela nossa nova infraestrutura de tecnologia”, disse ele.

A versão mais recente da plataforma, datada de julho, comina a funcionalidade de uma ferramenta on-line de reservas original, o OBT, com funcionalidades door to door, reservas a um clique e um aplicativo de viagens mobile em uma interface unificada para o usuário.

Considerada “altamente interativa”, a funcionalidade direciona altas taxas de adoção e fornece conteúdo como informação de gastos e alinhamento da política de viagens. Henrique Santiago    Leia mais em panrotas 31/08/2016

Fusão da Cnova e Via Varejo repara erros do passado

Ponto Frio: a fusão entre Cnova e Via Varejo tem potencial para criar valor para a empresa e os acionistas

Depois de operarem de forma separada por anos, as donas das lojas online e física da Casas Bahia e Ponto Frio irão se unir. Para analistas ouvidos por Exame.com, a união poderá corrigir uma estratégia que não fazia sentido no momento atual, de competição interna por preços e estruturas duplicadas.

A Cnova Brasil, que opera o comércio eletrônico das duas marcas e do Extra.com.br e Cdiscount.com.br, será incorporada completamente pela Via Varejo, responsável pelo varejo físico. As duas companhias estão dentro do Grupo Pão de Açúcar.

Segundo a empresa, a fusão, anunciada no começo do mês, tem potencial para criar valor para a Via Varejo e seus acionistas por simplificar a estrutura de governança.

Os analistas do BB Investimentos Maria Paula Cantusio e Victor Penna comentam, em relatório, que "não fazia sentido manter as operações separadas e conservar estruturas duplicadas, como equipe, logística, marketing e estoque para as mesmas marcas".

Além disso, as duas empresas eram concorrentes e prejudicavam uma à outra.

"A dinâmica de competição dos dois canais é diferente e a Cnova adotou uma política de preços agressiva para ganhar mercado. Canibalizava inclusive a Via Varejo", disse o analista Guilherme Assis, do banco Brasil Plural. "Não dava lucro e ainda queimava caixa".

Preços bem mais baixos para ganhar mercado no comércio eletrônico não foi uma estratégia usada apenas pelo grupo, mas permeou todo o setor nos últimos anos, afirma Ricardo Neves, sócio e líder de varejo e consumo da consultoria PwC.

No entanto, as operações de e-commerce tinham margens pequenas e não eram eficientes ou lucrativas, diz ele. Com a queda na renda e consequentemente no consumo, essa tática se tornou inviável, ainda mais dentro de um mesmo grupo, como o caso da Cnova e Via Varejo.

Nunes afirma que, hoje, a tendência é a união do físico e online. O lançamento do comércio eletrônico do Carrefour em julho é um exemplo. Além disso, a integração entre os canais tem ajudado a Magazine Luiza a se destacar.

Separadas no nascimento

As vendas físicas e online da Casas Bahia e Ponto Frio operavam de forma separada por uma decisão do francês Casino, controlador do Grupo Pão de Açúcar.

O plano era reunir todas operações globais de comércio eletrônico do conglomerado francês em uma mesma empresa, para ganhar com sinergias e ter mais força para negociar com fornecedores multinacionais, como Whirpool, Samsung ou Apple.

Outro motivo era valorizar as ações das empresas de comércio eletrônico na bolsa, já que os investidores tendem a encontrar mais valor em negócios do ramo se comparados a varejistas.

No entanto, a estratégia não deu tão certo, nem globalmente e nem no Brasil, explica o analista da Brasil Plural.

"Lá fora, o Casino enfrentou problemas em seu caixa e precisou vender operações no Vietnã e Tailândia, por exemplo, e a Cnova NV irá fechar o seu capital", afirma ele. "Já no Brasil, o problema foi a competição entre duas empresas do mesmo grupo".

Ano passado, a Cnova Brasil sofreu outro percalço: foram descobertas fraudes na gestão de estoques, que geraram perdas contábeis de R$ 400 milhões ao seu patrimônio.

"Há muitos desafios internos para resolver, ainda que alguns tenham sido aparentemente solucionados depois das investigações, em especial os relacionados à governança corporativa e à contabilidade", afirmam os analistas do Banco do Brasil.

Milhões em sinergia

Com a união das duas empresas no Brasil, desaparecem o conflito de interesses e a competição entre duas empresas do mesmo grupo.

Para incorporar completamente a operação da Cnova Brasil, a Via Varejo irá abrir mão de sua participação de 22% da Cnova NV, a companhia global, e ainda desembolsar uma diferença de R$ 16,5 milhões.

Entre os ganhos com a operação, estão a integração das plataformas logística e comercial das duas plataformas e a unificação de equipes.

As empresas projetam sinergias de R$ 245 milhões já em 2017 e ganhos não recorrentes de R$ 325 milhões. Karin Salomão, Leia mais em EXAME 31/08/2016

Mondelez pode olhar aquisições ou virar alvo da Kraft Heinz

Os investidores não ficaram nem um pouco desapontados com a notícia de que a Mondelez International, que fabrica o chocolate Cadbury e os biscoitos Oreo, desistiu de comprar da Hershey, e ontem levaram as ações da companhia a subir 3,6%.

A Hershey, que também vende os confeitos recheados com creme de amendoim Reese's Peanut Butter Cups, recusou-se a entrar em negociações sem uma oferta de pelo menos US$ 125 por ação - muito acima da oferta inicial de US$ 107. Segundo analistas, Irene Rosenfeld, a ávida CEO da Mondelez, tem opções melhores. A companhia está muito concentrada fora dos Estados Unidos e alguns investidores não ficaram muito animados em comprar uma concorrente que é americana demais num momento de mudança nos hábitos dos consumidores.

"O anúncio [da desistência] é um acontecimento positivo para os acionistas da Mondelez", disse Steven Strycula do UBS. "Desde que as discussões entre a Mondelez e a Hershey ganharam as manchetes dos jornais no fim de junho, a resposta do lado comprador decididamente tem sido negativa." Muitos investidores, acrescentou ele, "viam a Hershey como uma distração e um desvio de um interessante processo de investimentos da Mondelez" nos mercados emergentes e em termos de expansão da margem.

Os investidores da Hershey ficaram menos impressionados. Suas ações caíram 11% para US$ 99,50 ontem. O truste que controla a companhia sediada na Pensilvânia passa por turbulências em meio a mudanças de governança e na diretoria, depois de uma investigação da procuradoria-geral daquele estado. Dadas as circunstâncias, muitos observadores vinham dizendo que um aquisição não seria aprovado.

Strycula disse que a Mondelez, cuja ação era cotada ontem a US$ 44,54 por volta do meio-dia, está sendo negociada a quase 20,5 vezes as estimativas para o lucro por ação de 2017, que estão abaixo das estimativas para o setor de alimentos como um todo, de 22,5 vezes.

As companhias de alimentos e bebidas, incluindo a Mondelez, vêm passando por alguns anos difíceis. A aquisição da Kraft e da Heinz pela 3G sacudiu o setor ao demonstrar o quanto as margens de lucro podem ser melhoradas via cortes de custos.

Ao mesmo tempo, grandes fabricantes de alimentos industrializados estão tendo que lidar com uma revolução nos hábitos de consumo que as têm forçado a reformular suas ofertas e comprar pequenos fabricantes com opções mais saudáveis, ao mesmo tempo em que tentam convencer os consumidores de que às vezes um pouco de indulgência faz bem.

Em um cenário tão desafiador, a Mondelez parece ter três opções claras, depois de voltar atrás na combinação com a Hershey.

A primeira é manter seu apetite por aquisições e sair em busca de outros fabricantes de salgadinhos ou confeitos. Pablo Zuanic, analista da Susquehanna, aponta para possíveis combinações com empresas como a Ferrero da Europa, conhecida por seus chocolates, e a Perfetti Van Melle, fabricante das balas Mentos.

A segunda opção para a Mondelez é comprar fabricantes menores de alimentos, que se encaixem em sua estratégia de vender produtos mais saudáveis. O grupo prometeu gerar metade de suas vendas com 'snacks' mais saudáveis, parcela que é hoje de um terço, em meio ao aumento das pressões reguladoras em todo o mundo para a redução dos níveis de sódio e açúcar nos alimentos.
No comunicado divulgado na segunda-feira, Irene Rosenfeld insinuou que pretende fazer mais negócios. "Embora estejamos desapontados com esse resultado [com a Hershey], continuamos focados em nossa estratégia de criar valor, inclusive por meio de aquisições, e confiantes de que nossa plataforma vantajosa nos posiciona bem para um alto desempenho no longo prazo", disse ela.
Finalmente, a Mondelez poderia se tornar um alvo atraente para um concorrente como a Kraft Heinz, uma possibilidade que está sendo discutida por analistas, em meio a especulações de que a 3G pode estar rondando novamente.

Outros nomes mencionados são os grupos de cereais General Mills e Kellog.
O fundo Trian Partners de Nelson Peltz, que obteve um assento no conselho de administração da Mondelez, parou de incitar uma fusão com a Frito-Lay, a divisão de aperitivos da PepsiCo, mas essa combinação ainda interessa a alguns analistas.

Alexia Howard, analista da Bernstein, escreveu recentemente a investidores: "Uma aquisição da Hershey adiaria qualquer possível fusão entre a Mondelez e a Frito-Lay, que consideramos um alvo muito mais interessante por sua exposição internacional.

Entretanto, para Zuanic, uma combinação com a Kraft Heinz é o resultado mais provável. A Mondelez e a Kraft dividiram-se em duas empresas em 2012, com a primeira se concentrando em "snacks" no mercado internacional. "Uma fusão com a PepsiCo não pode ser descartada, mas vemos isso mais como um tiro no escuro", diz Zuanic. "Mas no final das contas, achamos que a Mondelez acabará sendo comprada pela Kraft Heinz."  - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 31/08/2016

Potash e Agrium negociam fusão

A canadense PotashCorp, maior fornecedora global de potássio para a produção de fertilizantes, e sua concorrente Agrium estão negociando uma fusão que poderá resultar em uma gigante avaliada em quase US$ 30 bilhões.

A iniciativa ocorre um ano depois da malsucedida tentativa da PotashCorp de adquirir a alemã K S, como parte de seus esforços para consolidar um segmento que vem sofrendo com a retração dos preços das commodities e, de quebra, estancar a tendência de queda de suas ações.

A estrutura e as condições da operação não são conhecidos, mas fontes a par da transação disseram que será uma "fusão de iguais", o que sugere que a combinação deverá ser feita por meio da troca de ações.

Em comunicado, a PotashCorp alertou que "nenhuma decisão ainda foi tomada sobre o prosseguimento dessa combinação", que "nenhum acordo foi firmado" e que não é possível assegurar se o negócio será de fato fechado.

Ontem, depois que a agência Bloomberg revelou a negociação, as ações da PotashCorp, que é listada nas bolsas de Nova York e Toronto, subiram mais de 13%, conferindo à companhia um valor de mercado de cerca de US$ 15 bilhões. Já os papéis da Agrium subiram 7%, o que fez seu valor de mercado alcançar US$ 13 bilhões.

A notícia sobre esse possível negócio também elevou os preços das ações de produtores de fertilizantes concorrentes, como Mosaic e Intrepid Potash, pelos reflexos considerados positivos de uma eventual consolidação do segmento.

PotashCorp e Agrium, entre outras, estão tendo problemas com excesso de capacidade, embora algumas fontes acreditem que uma série de fechamentos de minas e suspensões de produção nos últimos anos tenham o poder de gerar alguma estabilização na área.

"Quase tudo vem dando errado para o segmento" desde 2011, escreveram neste ano analistas do Morgan Stanley. "A indústria do potássio vai se esforçar para melhorar significativamente a lucratividade no curto e médio prazo." Um cartel formado por produtores da Rússia e de Belarus se desfez em 2013, o que gerou uma queda de preços de mais de 50%, em relação aos patamares de 2011, em alguns mercados importantes da América Latina e da Ásia.

"Não acredito que essa fusão vá produzir concentração suficiente para aumentar as preocupações das autoridades reguladoras", afirmou ontem Oliver Hatfield, da consultoria Integer Research.

"Esse é um segmento que ficou muito mais competitivo e onde tem havido investimentos excessivos em capacidade nova, em resposta aos períodos de vacas gordas. Portanto, esta é, em parte, uma medida defensiva das companhias", disse ele.

Em 2015, a oferta de € 7,8 bilhões da PotashCorp pelo controle da K S, que não faz parte dos grupos fornecedores do Leste Europeu e da América do Norte, foi recusada porque as duas partes não conseguiram chegar a um consenso sobre valores.

Um acordo com a K S teria permitido à PotashCorp unir forças com outra empresa que está entre as cinco maiores produtoras mundiais, dando ao grupo canadense o controle sobre um quarto do fornecimento global de potássio.

A BHP Billiton, maior mineradora do mundo - que fracassou em uma tentativa de assumir o controle da PotashCorp, em 2010 -, desacelerou seus planos de entrar nesse mercado. Está abrindo poços em um projeto no Canadá, mas ainda não decidiu se  fará mais investimentos e já sugeriu que esse projeto, avaliado em US$ 2,6 bilhões, pode ser desativado se os preços não subirem. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 31/08/2016

Investidores mostram interesse em aquisições

Com a expectativa de maior espaço em saneamento e com ativos à venda, as principais empresas privadas do país contam com disposição dos acionistas para realizar novos investimentos. De acordo com executivos da Aegea, Águas do Brasil e GS Inima, os sócios, uma boa parcela deles estrangeiros, mostram interesse em crescer a atuação no país, caso boas oportunidades se apresentem.

A GS Inima Brasil, com controlador coreano recebeu aporte de capital de R$ 40 milhões para compra da Samar, parte da OAS Soluções Ambientais, colocada à venda no processo de recuperação judicial do grupo OAS. A aquisição foi feita por R$ 80 milhões.

Na ceara de compra de ativos em processos de recuperação, a empresa ainda está interessada na fatia da Galvão Participações na CAB Ambiental, de 67% do capital social. Operação na qual disputa com a Aegea, também está de olho no ativo. A GS Inima ainda avança no esforço para aumentar seu portfólio com projetos novos.

Segundo o presidente da empresa, as oportunidades podem ser aproveitadas de diversas maneiras. Além de realizar um aporte tradicional de capital, diz, o sócio coreano conta com um braço de saneamento que pode entrar junto com a companhia aqui no Brasil. A GS Inima também não descarta conseguir um terceiro parceiro, financeiro, para acompanhar os investimentos. Apenas nas concessões já existentes, a empresa tem programado R$ 185 milhões em investimentos para este ano.

A Aegea, do grupo Equipav, também se movimenta para ficar com a CAB Ambiental. A empresa já contou com uma injeção de recursos de R$ 125 milhões neste mês. Os recursos foram aportados pelo International Finance Corporation (IFC), que aumentou sua participação sem alterar o controle, que continua nas mãos do grupo Equipav. Neste caso, o dinheiro está destinado ao caixa da empresa, para reforçar capacidade financeira e melhorar indicadores.

Hamilton Amadeo, presidente da companhia, diz que já tem autorização formal dos acionistas para crescer a estrutura de capital da empresa conforme a necessidade. A efetiva entrada dos recursos, diz, depende do surgimento das oportunidades. Além da compra da CAB Ambiental, Amadeo confirma o interesse na proposta a ser estruturada para a estatal de saneamento do Rio de Janeiro, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e em outras licitações municipais. A questão é o preço.

A Águas do Brasil, que tem entre suas principais concessões a Águas de Niterói, não fala em acordos já acertados, mas disse que a "decisão do acionista é crescer", ponderando que apenas com bons contratos. A avaliação da qualidade do investimento é, inclusive, condição colocada por todas as empresas. "Temos dito não a muita coisa por conta disso. Hoje vemos que dificilmente se encontra uma PPP (Parceria Público-Privada) de saneamento no Brasil surfando bem". O capita social da empresa está nas mãos da Developer, grupo de engenharia; Queiroz Galvão Saneamento; New Water; e Construtora Cowan. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 31/08/2016

30 agosto 2016

Smiles vê oportunidades de aquisição, mas dentro do turismo

Smiles: "Temos sido procurados por muita gente, inclusive por seguradoras para atuarmos como corretora, mas isso não é nossa prioridade"

A Smiles observa oportunidades de ampliar suas fontes de receita, inclusive com aquisições, mas não planeja comprar negócios fora da área de turismo, disse o presidente-executivo da companhia, Leonel Andrade.

"Temos sido procurados por muita gente, inclusive por seguradoras para atuarmos como corretora, mas isso não é nossa prioridade", disse Andrade em entrevista à Reuters.

A declaração foi feita alguns dias depois da maior rival da Smiles, a Multiplus, ter lançado uma corretora de seguros.

De acordo com Andrade, dada a natureza do negócio, em que as empresas de programas de fidelidade acumulam volumes altos de caixa, e a elevada base de clientes, a sondagem de investidores e parceiros potenciais é constante.

"É hora de olhar oportunidades, mas no caso da Smiles, se houver algo, vai ser no nosso 'core business'", afirmou.

Controlada pela companhia aérea Gol, a Smiles é a segunda maior empresa listada do setor, com 11,5 milhões de clientes.

Diante do aumento da concorrência no setor, com o lançamento em junho da Livelo, joint venture do Bradesco com o Banco do Brasil e dos efeitos da economia em recessão sobre as margens, as empresas de programas de fidelidade têm rapidamente expandido suas atividades para poder diversificar as fontes de receita.

Em julho, a Multiplus fez parceria com a Expedia para atuar em reservas de hotéis. No dia seguinte foi a vez da Smiles fazer uma parceria similar com a Rocketmiles, braço do grupo norte-americano Priceline.

Segundo Andrade, dada a expectativa de maior concorrência, com o surgimento de novos participantes no mercado, a tendência é de gradual queda nas margens de lucro das empresas do setor.

No caso da Smiles, no entanto, a margem ao redor de 36 por cento no segundo trimestre, deve se manter no próximo ano, disse ele.

"No curto prazo não há risco de a margem cair, também por causa do nosso foco no controle dos custos", disse Andrade.

Um dos fatores que devem pressionar as margens do setor, segundo o executivo, é a tendência de queda da quantidade de pontos acumulados por clientes e que expiraram antes de serem utilizados, chamado no jargão do mercado como breakage.

Na prática, o breakage resulta em ganho para a empresa de fidelidade a custo zero. Na média, cerca de 20 por cento das receitas das empresas do setor são oriundas do breakage. Na Smiles, essa taxa caiu à metade, para cerca de 15 por cento, nos últimos três anos.

No lançamento da Livelo, executivos disseram que um dos objetivos da companhia é estimular os clientes a resgatar pontos com mais frequência, usando-os para comprar artigos de valores menores, inclusive para comprar créditos para telefone celular.

Regulamentação

Para o presidente da Smiles, a manutenção de margens de lucro saudáveis das maiores empresas do setor, comparativamente com os demais setores da economia, que têm sofrido mais de forma mais intensa os efeitos da recessão, têm atraído o interesse de mais investidores a atuar em gestão de programas de fidelidade.

Isso é preocupante, segundo ele, porque o setor não é regulamentado e as práticas prudenciais de capital dependem das próprias companhias.

Para o executivo, a eventual dificuldade de uma grande empresa do setor em conseguir cumprir com obrigações financeiras poderia criar incertezas sobre a solidez do setor.

"Deveria ser mais difícil criar um programa de fidelidade", disse Andrade.

"É questão de tempo: vamos ser regulados com certeza." O executivo avalia que a regulação do setor, que tenderia a ser feita pelo Banco Central, pode criar exigências mínimas de reserva de capital tais como as exigidas para os bancos, e possível quebra de contratos de exclusividade. Aluísio Alves, da REUTERS Leia maias em exame 30/08/2016

Fundo quer vender controle de terminal

O fundo americano de investimento Advent International contratou os bancos Morgan Stanley e BTG Pactual para assessorar na venda do controle do Terminal de Contêineres de Paranaguá, empresa que opera o porto paranaense, segundo pessoas familiarizadas com a negociação.

O Advent já havia anunciado a sua intenção de negociar a sua fatia de 50% na empresa que administra o segundo porto mais movimentado do país. Segundo uma das fontes, os americanos pretendem receber R$ 3,5 bilhões (US$ 1,1 bilhão) pela sua participação na companhia.

Os seus sócios no negócio (que inclui fundos brasileiros e empresas espanholas) também podem estar dispostos a entrar na transação. Três operadores de portos na Ásia (dois deles chineses) já manifestaram interesse pela companhia.  - Folha de S.Paulo Leia mais em portal.newsnet 30/08/2016

Retomada de IPOs global pode trazer maior regulação

À medida que os dias de cão de agosto aproximam-se do fim, os banqueiros estão cruzando os dedos, torcendo por um reaquecimento outonal das ofertas públicas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês). Mas isso pode trazer alguma atenção indesejada.

Até agora, foi um ano difícil para os especialistas em mercado de capitais: o ritmo de IPOs diminuiu 61%. A situação é ainda pior na Europa, onde os IPOs caíram 73%. Há, porém, razões para otimismo. Os mercados descartaram o pânico inicial em torno do Brexit, a volatilidade nas bolsas se dissiparam e os bancos centrais estão mantendo as taxas de juros baixíssimas por mais tempo. O J.P. Morgan afirmou que tem mais de 20 IPOs mundiais na fila para setembro.

No entanto, a retomada dos IPOs pode trazer maior fiscalização. Agências regulatórias e gestores de fundos estão pressionando por maior transparência num processo que permanece opaco e carregado de potenciais conflitos de interesse. Uma retomada dos IPOs é, evidentemente, boa notícia para os bancos no curto prazo - mas poderá criar o campo de testes para novas medidas que poderão reduzir suas receitas no longo prazo.

Considere o processo de alocação de investidores que decide quanto cada parte recebe em uma abertura de capital. No Reino Unido, a Autoridade de Conduta Financeira (FCA) publicou estudo condenatório - embora pouco surpreendente - que conclui que bancos tendem a recompensar os maiores clientes com alocações favoráveis e também favorecer "flippers" (compra e revenda de curto prazo) em detrimento de investidores de longo prazo. Isso pode parecer uma pequena parte do processo - mas os bancos ganham mais dinheiro dos investidores do que com as comissões cobradas das companhias emissoras, de acordo com o estudo da FCA.

A autoridade regulamentadora disse que quer melhorar o processo para garantir que mais informações fiquem disponíveis e para assegurar que o mercado "permaneça aberto a entradas e a inovação". Nada disso soa bem para a capacidade dos bancos de ganhar dinheiro em um ambiente já competitivo - especialmente na Europa, onde as comissões cobradas pelos bancos para o gerenciamento de IPOs tendem a equivaler a um terço das praticadas nos EUA.

A fiscalização regulatória também cria a perspectiva de introdução de mais tecnologia e automação num mercado que tem resistido totalmente a tais inovações. Os passos, até agora, têm sido hesitantes: uma associação comercial, a Fix, testou recentemente um sistema automatizado de pedidos de ações em IPOs que envia ordens de compra e recebe alocações eletronicamente. À primeira vista, isso parece puramente uma maneira de evitar erros manuais ou uma trilha complexa de burocracia, mas imagine as futuras consequências da adoção generalizada de uma auditoria de operações eletrônica, transparente e que pode ser rastreada (embora não seja pública).

Um gestor de fundos seria teoricamente capaz de pressionar pela disponibilização de informações mais detalhadas sobre o porque de uma alocação inicial ter sido reduzida mais do que conforme o pedido posterior de um fundo de hedge, por exemplo. Em consequência, isso poderia mudar o comportamento e as receitas de clientes.

É improvável que isso faça com que os banqueiros envolvidos em IPO estejam passando preocupadas noites em claro, por enquanto, e é provável que eles resistam a mudanças drásticas. Eles também já superaram escândalos regulatórios passados: lembram-se do boom no setor pontocom? Maior fiscalização focada nas alocações pode não ser suficiente para forçar uma reestruturação radical ou comprometer as receitas de um serviço que inclui de tudo: de subscrição de risco a avaliações financeiras.

Mas não é preciso ir muito longe para ver o que acontecerá com as receitas depois que automação e transparência começarem a fazer progressos. Os negócios eletrônicos com ações cortaram muita gordura em termos de comissões de corretagem. Os negócios com títulos revelaram-se muito mais resistentes, mas novas plataformas eletrônicas estão ganhando força.

É possível que os IPOs não se submetam a mudanças. Mas se a história servir de guia, os pequenos passos de hoje são o presságio de saltos maiores amanhã. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 30/08/2016

Centro de Imagem Diagnósticos pede registro para IPO

A Centro de Imagem Diagnósticos protocolou nesta segunda-feira na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pedido de registro para realizar uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês).

A operação, que envolve ofertas primária (ações novas) e secundária (papéis detidos por sócios da companhia), será coordenada por Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch e Santander Brasil, segundo o prospecto preliminar da oferta.

A companhia mineira, criada em 2010 e que opera sob a marca Alliar Medicina Diagnóstica, pretende se listar no Novo Mercado, segmento da BM&FBovespa com regras mais rígidas de governança.

A empresa se apresenta como a segunda maior do setor de diagnósticos por imagem do Brasil em número de equipamentos de ressonância magnética e terceira maior em prestação de serviços de medicina diagnóstica do país em receita líquida.

A receita líquida consolidada pro forma não auditada da companhia foi de 460,1 milhões de reais no primeiro semestre.

A empresa tem entre os sócios o Pátria Investimentos, com 25,7 por cento do capital; a Kinea, do Itaú Unibanco, com 6,35 por cento; e um grupo de médicos e outros acionistas, com 67,95 por cento.

Desse último grupo, os acionistas Sérgio Tufik (23,36 por cento das ações) e Roberto Kalil Issa (17,29 por cento das ações) participam como acionistas vendedores.

Segundo o prospecto, os recursos que devem ser levantados com a oferta primária serão usados para expansão orgânica da companhia e amortização de passivos bancários. Por Aluísio Alves (Reuters) - Leia mais em uol 30/08/2016
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Oferta da Alliar pode ser primeiro IPO em mais de um ano

Alliar: empresa de diagnósticos por imagem pediu registro de companhia aberta na CVM, na categoria para negociar ações

A oferta de ações da empresa de diagnósticos por imagem Alliar, controlada pelo fundo Pátria e médicos, pode ser a primeira abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) em mais de um ano.

Como antecipado pelo Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), na semana passada, a oferta da Alliar reabriria a Bolsa brasileira para estreantes e também para a saída de fundos de private equity aos seus investimentos.

A companhia pediu registro na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na categoria A, que inclui negociação de ações. O prospecto preliminar da oferta inicial de ações mostra que a operação será de distribuição primária (novas ações) e secundária (dos atuais sócios), sob a Instrução CVM 400, com esforços no exterior.

Entre os acionistas está o fundo Pátria, que capitaneou a fusão da rede de laboratórios com o Grupo Delfin, em março, além de Sérgio Tufik e Roberto Kalil Issa.

Os recursos obtidos com a oferta primária serão destinados para expansão orgânica e amortização de passivos bancários, e os da oferta secundária serão repassados integralmente aos sócios vendedores, ainda de acordo com o prospecto.

Os coordenadores da oferta são Itaú BBA (líder), Bank of America Merrill Lynch (agente estabilizador") e Santander. Ainda não há detalhes da quantidade de ações a ser ofertada ou cronograma.

Segundo apurou o Broadcast, de quinze a vinte companhias brasileiras na carteira de fundos de private equity estão próximas do desinvestimento e prontas para uma abertura de capital no Novo Mercado, principal segmento de listagem da BM&FBovespa.

No caso da Alliar, os acionistas vendedores Sergio Tufik e Roberto Kalil Issa colocarão na oferta a totalidade de suas ações, as quais representam, respectivamente, 23,36% e 17,29% do capital da empresa. A operação também prevê novas ações em oferta primária, em quantidade ainda não divulgada.

Conforme o prospecto preliminar, fundos Pátria detêm 25,70% da companhia, e há também outro private equity na composição acionária, o Kinea, com fatia de 6,35.

O quadro de acionistas se completa com Geraldo Mol Starling Filho, 6,15%; Cláudio Otávio Prata Ramos, 5,64%; outros administradores, com 0,45%; e uma parcela de ações em circulação de 14,98%.

O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, disse recentemente que não estava descartado um IPO no fim deste ano, diante da expectativa de melhora da confiança dos investidores em relação ao Brasil.

Segundo ele, existe uma grande expectativa em relação ao mercado de ações, visto que há um forte movimento de companhias represadas, que já somariam mais de 50.

Esperava-se para este ano o IPO do ressegurador IRB Brasil RE, mas a empresa preferiu deixar a oferta para 2017, por decisão de seus acionistas, quando esperam encontrar melhores condições no mercado.

O documento da Alliar traz que a companhia é a segunda maior empresa de diagnósticos por imagem do Brasil em número de equipamentos de ressonância magnética, de acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde e acredita ser a terceira maior prestadora de serviços de medicina diagnóstica do País em receita líquida.

Os administradores ainda destacam que a Alliar apresenta taxa de crescimento histórico "superior às companhias abertas do setor no Brasil". Diz que de 2013 a 2015, a receita líquida cresceu a uma taxa média anual composta (CAGR) de 59,2%.

O dado pro forma, não auditado, é de receita líquida de R$ 460,1 milhões no primeiro semestre deste ano, e de R$ 818,7 milhões no exercício de 2015.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no critério ajustado seria de R$ 96,5 milhões no primeiro semestre de 2016, com margem de 21,0%, e o Retorno sobre Capital Investido (ROIC) de 9,1%.

Em 2015, o Ebitda ajustado foi de R$ 176,3 milhões, com margem de 21,5%, e o ROIC, de 20,6% , também em dados pro forma.

Em 2015, a Alliar informa ter realizado 3,6 milhões de exames de imagem, ou 4,1% do total nacional de exames de imagem privados, citando dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). No primeiro semestre deste ano, foram 2,2 milhões de exames de imagem.

Ao final de junho, a rede contava com 104 unidades de atendimento, em 41 cidades de dez Estados brasileiros, 5 mil empregados e 426 médicos. Fernanda Guimarães e Luana Pavani, do Estadão Leia mais em exame 30/08/2016

Freio em aquisições faz bancos perderem US$ 32 milhões este ano

De janeiro de 2015 até julho deste ano, 21 operações em curso naufragaram

Os efeitos da recessão econômica estão sendo sentidos muito além do aumento do desemprego e da queda nas vendas da indústria e do varejo. O clima de incerteza vem fazendo emperrar operações de fusão e aquisição entre empresas, que acabam não sendo concluídas. Com isso, os bancos que fazem a assessoria financeira dessas transações vêm perdendo receitas milionárias. De janeiro do ano passado até julho, nada menos que 21 operações de fusão e aquisição, envolvendo cerca de US$ 14,3 bilhões, naufragaram no meio do caminho, mostram dados compilados pela consultoria Dealogic.

No mundo dos grandes bancos de investimento, que são os responsáveis pela maior parte das operações de grande porte, os contratos preveem o recebimento somente em caso de sucesso do negócio. Se as transações são canceladas ou contestadas, as instituições não recebem nada, ou quase nada. Segundo a Dealogic, as receitas perdidas pelos bancos que atuam no país já somam US$ 89 milhões no período, sendo US$ 32 milhões apenas neste ano.

"Os bancos menores e consultorias ainda cobram uma remuneração mensal além da taxa de sucesso, mas os grandes bancos trabalham apenas com essa cláusula de sucesso. A praxe é prever qual a receita esperada com a transação. Quando a operação não é concluída, não só essa receita não se confirma como os bancos ainda têm que arcar com despesas do processo", explica Carolina Lacerda, consultora de fusões e aquisições.

US$ 57 bilhões
Os valores dessas perdas de receita não é tão alto para as receitas totais dos bancos, mas são ruins em um ambiente já fraco de negócios para os bancos de investimento.

Em 2011, o volume de perdas de receitas com operações não levadas a cabo foi elevado: US$ 104 milhões. No ano anterior, o setor assistira um recorde nas fusões e aquisições no país: US$ 157,06 bilhões. Além disso, outras atividades de bancos de investimento, como emissões de títulos de renda fixa e de ações, também estavam em alta, minimizando essas perdas de receita.

Neste ano, as ofertas de ações praticamente inexistem e poucas empresas se arriscam a emitir títulos de dívida, no Brasil ou no exterior.

Segundo especialistas, o motivo mais comum para os fracassos de fusões ou aquisições é a discordância em torno de preços ou das participações acionárias (no caso de fusões). No contrato inicial, o vendedor pode estipular um preço com base em seu volume de vendas. Mas, ao longo do processo, percebe que as receitas são menores que o esperado, o que leva o comprador a desistir do negócio se o preço não cai.

Divergência de preço
A falta de consenso sobre esses termos foi o que levou, na semana passada, ao fim das conversas entre Restoque, dona das marcas Le Lis Blanc e Rosa Chá, e Inbrand, que detém a Ellus e Richards, que desistiram da fusão.

Outro fator comum para a frustração dessas transações são as contingências trabalhistas, fiscais e ambientais.

"Os negócios que não saíram, na maior parte, foi em razão das expectativas de valor, que não se confirmaram. Além disso, os diversos tipos de contingências acabam elevando riscos da operação, principalmente para estrangeiros", explica Carolina.  AGÊNCIA O GLOBO - Leia mais em epocanegocos.portaldoholanda 30/08/2016

29 agosto 2016

Mondelez desiste de buscar fusão com Hershey

A fabricante de alimentos americana Mondelez informou nesta segunda-feira que desistiu de tentar uma fusão com a produtora de chocolates Hershey.

"Após discussões sobre a fusão, e levando em consideração as recentes respostas da Hershey, nós determinamos que não há mais caminho no sentido de um acordo. Embora estejamos decepcionados com esse resultado, continuamos comprometidos com nossa estratégia de criar valor ao acionista, inclusive por meio de aquisições", afirmou Irene Rosenfeld, presidente da Mondelez.

A Hershey rejeitou em junho deste ano a proposta de aquisição da Mondelez, de US$ 107 por ação. A fusão criaria uma gigante mundial de doces, unindo as duas marcas mais conhecidas do setor.

As ações da Hershey caíam 11,42% no pós-mercado americano para US$ 98,95. A Mondelez operava com alta de 3,62%, a US$ 44,60. Valor Econômico Leia mais em bol.uol 29/08/2016

Petrobras deve fechar maior venda da história com NTS

Petrobras: no centro do maior escândalo de corrupção do Brasil, a petroleira estabeleceu meta de venda de US$ 15,1 bilhões em ativos para reduzir sua dívida

A Petrobras está em fase final da venda de uma rede de gasodutos para um grupo liderado pela Brookfield Asset Managment, e pode vender mais que os 81% previstos anteriormente, no que seria a maior venda de ativos em valor já feita pela empresa, disseram duas pessoas com conhecimento direto do processo, que pediram anonimato porque não estão autorizadas a falar publicamente.

A petroleira pode fechar venda da Nova Transportadora Sudeste antes do final de setembro e o negócio está estimado entre US$ 5,5 bilhões e US$ 6 bilhões, disseram as pessoas.

O fundo soberano de Cingabura GIC, China Investment Corp., Greenwich e First Reserv Corp. também fazem parte do grupo de compradores.

A Petrobras e a Brookfield não quiseram comentar o assunto.

No centro do maior escândalo de corrupção do Brasil e lutando para recuperar investimentos em refinarias não-rentáveis, a Petrobras estabeleceu meta de venda de US$ 15,1 bilhões em ativos em dois anos até 2016 para reduzir sua dívida, a maior do setor petroleiro.

A companhia vendeu US$ 700 milhões em ativos em 2015 e tem acelerado as negociações desde a entrada de Pedro Parente para o cargo de presidente em junho deste ano.

A Petrobras continuará a vender ativos nos próximos anos como parte de um esforço para reduzir pela metade sua dívida em três anos, disse Parente na segunda-feira, em uma conferência em Stavanger, Noruega.

A petroleira já levantou US$ 4,6 bilhões em venda de ativos na Argentina, Chile e Brasil entre 2015 e 2016. A venda do Campo offshore de Carcará à Statoil por US$ 2,5 bilhões foi uma das maiores já feitas pela companhia.

A companhia não fechará a venda da unidade de combustível BR Distribuidora este ano, segundo Anelise Lara, gerente executiva da Petrobras, em entrevista a repórteres em 22 de julho.

"A Petrobras está desesperadamente tentando vender subsidiárias para fazer frente a uma montanha de dívida em 2017, 2018 e 2019”, disse o analista Thomas Olney, da consultoria FGE.

As vendas de ativos são uma parte importante da estratégia para reduzir a alavancagem, disse Ivan Monteiro, diretor financeiro da Petrobras, a repórteres em 11 de agosto. Sabrina Valle, da Bloomberg Cristiane Lucchesi e Scott Deveau, da Bloomberg Leia mais em exame 29/08/2016

Engevix e Queiroz Galvão têm dificuldades para vender ativos

Engevix: a Engevix enfrenta "grandes dificuldades financeiras" e tem tentado "sem sucesso" vender a hidrelétrica de São Roque

As empreiteiras Engevix e Queiroz Galvão têm enfrentado dificuldades na busca por compradores para seus ativos no setor de energia, segundo três fontes próximas às negociações e um documento oficial visto pela Reuters, em meio a investigações em andamento sobre as empresas e um cenário político ainda turbulento no país.

Com investimentos bilionários no setor, as empresas colocaram ativos à venda em meio a dificuldades financeiras após serem envolvidas em investigações da Operação Lava Jato, que apura casos de propina em estatais, empresas privadas e partidos políticos.

Segundo um documento do Ministério de Minas e Energia visto pela Reuters, a Engevix enfrenta "grandes dificuldades financeiras" e tem tentado "sem sucesso" vender a hidrelétrica de São Roque, atualmente em construção em Santa Catarina.

No documento, o ministério aponta que atualmente não há previsão de conclusão da usina de cerca de 140 megawatts, que foi licitada em 2011 e precisaria ter entrado em operação neste ano.

As obras foram paralisadas em meio à crise financeira da Engevix.

Duas fontes que participam das negociações disseram à Reuters, sob a condição de anonimato, que tem havido pouco avanço na tentativa de encontrar comprador para a usina.

Já a Queiroz Galvão também tem enfrentado dificuldades para negociar sua subsidiária de energia, que possui parques eólicos, hidrelétricas de médio e pequeno porte e usinas a biomassa.

A Queiroz Galvão estima que seus ativos de energia receberam aportes de 4 bilhões de reais, enquanto a hidrelétrica de São Roque, da Engevix, é orçada em cerca de 700 milhões de reais pela companhia.

Negociação difícil 

A Reuters já havia publicado em junho de 2015 o interesse da companhia em buscar um "sócio estratégico" para os ativos em energia.

Segundo três fontes, que falaram sob a condição de anonimato porque as negociações são privadas, as chinesas State Grid e Three Gorges estão entre interessados, assim como a canadense Brookfield.

Do lado dos chineses, segundo uma fonte, há interesse, mas também cautela diante do ambiente político do Brasil.

"Eles acreditam que não têm porque não esperar mais... dar uma segurada porque pode acontecer alguma coisa no cenário político e impactar em dólar, em preço", afirmou a fonte.

A segunda fonte disse que há também, ao menos por parte dos canadenses, uma tentativa de barganhar o preço dos ativos, dada a presença da Queiroz Galvão entre as empresas investigadas na Lava Jato, que poderia levantar riscos de problemas futuros para um eventual comprador.

"Tem que ter preço, não adianta, para quem vai vender? Senão vai morrer abraçado (com os ativos)", afirmou.

Em agosto, a Queiroz Galvão se tornou o alvo principal de uma nova fase da Operação Lava Jato, com profissionais envolvidos nas acusações lançando graves acusações de crimes contra a companhia.

De acordo com a primeira fonte, os riscos de compliance associados ao envolvimento da Queiroz Galvão na Lava Jato preocupam os interessados e estão no radar, mas não devem impedir um negócio. "Eles sabem com o que estão se metendo", disse.

Procurada, a Engevix disse que não comentaria, enquanto a Queiroz Galvão Energia não respondeu imediatamente.

A Three Gorges disse que está atenta a oportunidades no Brasil, mas não comenta projetos específicos. State Grid e Brookfield preferiram não comentar.  Luciano Costa, Leia mais em REUTERS 29/08/2016

Gestora Permira faz primeiro aporte no mercado brasileiro

A Permira, gestora europeia de fundos de private equity que tem € 25 bilhões sob sua gestão, está fazendo seu primeiro investimento direto no Brasil.

Até agora, sua exposição ao país se restringia à participação em companhias estrangeiras com alguma atuação aqui, como Informatica (de software), Magento (de comércio eletrônico) e Hugo Boss. A "escol... Leia mais em Valor Econômico 29/08/2016 
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Permira investe na Mutant

A gestora europeia de fundos de private equity Permira fará na Mutant seu primeiro investimento direto no Brasil. A empresa de software e serviços para call centers foi criada a partir da divisão da operação brasileira da americana Genesys, a Genesys Prime.

De acordo com o Valor Econômico, a separação ocorreu por meio de uma troca de ações que foi complementada com dinheiro da Permira, dos sócios da companhia brasileira e do fundo americano Technology Crossover Ventures.

A Permira tem € 25 bilhões sob sua gestão e, até agora, só tinha contato com o Brasil por participações em companhias estrangeiras com atuação aqui, como Informatica, Magento e Hugo Boss.

A política da gestora é comprar o controle de empresas, mas sem participar da gestão dos negócios. Somando os recursos usados na compra de participação e o que será aplicado na operação da Mutant, o valor total dos investimentos chega a R$ 500 milhões.

Phil Guinand, da Permira, afirmou ao Valor que a empresa tem uma visão otimista do Brasil em médio e longo prazo. Segundo ele, o foco, no momento, será o crescimento da Mutant, mas o fundo continua observando outras oportunidades no mercado brasileiro.

A Permira tem cinco áreas principais de atuação: consumo, serviços financeiros, saúde, indústria e tecnologia. Desde 2011, o executivo João Cox, que já foi presidente da Claro, é o consultor da gestora para a América Latina.

A Genesys Prime surgiu no fim de 2012 com a aquisição da LM Sistemas pela Genesys. A operação foi anunciada poucos meses depois de a própria Genesys ter sido alvo de uma aquisição: a franco-americana Alcatel-Lucent vendeu a operação à Permira e à TCV por US$ 1,5 bilhão.

De acordo com o executivo, a Genesys Prime manteve, nos últimos anos, uma atuação menos dependente da Genesys, vendendo os produtos da companhia, mas também de outros fornecedores.
Com cerca de 50 clientes e 800 funcionários, a Mutant teve receita de R$ 160 milhões em 2015 e pretende chegar a R$ 200 milhões em 2016. A meta é multiplicar o montante por cinco em um período de três anos a cinco anos, afirma Guinand ao Valor.

Para isso, a Mutant pretende ampliar sua presença dentro dos clientes com novos produtos e também comprar empresas menores. A companhia já tem conversas com três alvos potenciais.

Em termos de novos produtos, a Mutant, hoje focada no atendimento pós-venda, pretende investir na criação de sistemas de análise de dados. Para isso, está se aproximando de uma das investidas da Permira, a Informatica. Alguns dos concorrentes da Mutant são Avaya, Interactive Intelligence, Cisco, Plusoft, Neo Assist e CallFlex.

Com a separação dos negócios, a Genesys manterá sua operação no país. Em 2015, a companhia teve receita global de US$ 900 milhões. Júlia Merker // Leia mais em baguete  29/08/2016






Nutanix compra PernixData e Calm.io pra fortalecer sua nuvem empresarial

Os valores das transações não foram divulgados, mas devem dar à Nutanix melhores condições de competir com as gigantes de TI.

A provedora de computação em nuvem empresarial Nutanix anunciou a compra da PernixData, de analytics, e da Calm.io, de soluções para DevOps. Os valores das transações não foram divulgados, mas devem dar à Nutanix melhores condições de competir com as gigantes de TI.

Em comunicado, a empresa diz que as novas aquisições darão à sua nuvem empresarial “agilidade, automação e simplicidade de uma nuvem pública à segurança e atratividade econômica de longo prazo de uma infraestrutura local”.

Serão integradas novas camadas de software para sistemas de armazenamento de memória, com a melhora da mobilidade das aplicações com o Application Mobility Fabric (AMF) e da orquestração e automação do fluxo de trabalho no software de gestão Prism.

Com incorporação da PernixData,  as empresas desenvolverão uma camada de dados avançada para substituir os silos de armazenamento tradicionais e as redes de alta latência com tecnologia pioneira de armazenamento de memória e de interconexões. São investimentos estratégicos previstos em novas tecnologias de servidor e armazenamento para “oferecer aos clientes uma reinterpretação da malha de interconexão de dados para a era pós-flash da computação empresarial”.

“A solução da PernixData tem ajudado centenas de clientes a virtualizar suas aplicações sem comprometer o desempenho e visibilidade”, diz o CEO e co-fundador da PernixData, Poojan Kumar, em comunicado.

Com a Calm.io, por outro lado, a ideia é integrar as equipes de ambas as empresas para dar flexibilidade na escolha da gestão e do uso da infraestrutura de TI com automação na nuvem e gerenciamento de recursos já existentes na camada de software num painel simples que reúna nuvens, pessoas e plataformas.

“Infraestrutura de data center deve ser totalmente automatizada, simples de implementar e fácil de utilizar”, diz CEO e fundador da Calm.io, Aaditya Sood. O CEO e presidente da Nutanix, Dheeraj Pandey, por sua vez, celebrou o dia que chamou de “muito especial na história” da empresa com a expectativa de construir “a próxima geração de produtos inovadores e verdadeiramente ajudar nossos clientes a realizar a visão da nuvem empresarial”. Leticia Cordeiro,  Leia mais em bitmag 29/08/2016


Odebrecht Ambiental adquire participação remanescentes do capital da Odebrecht Ambiental – Projetos Ambientais S.A.

Aquisição, por parte da Odebrecht Ambiental S.A, dos 30% restantes do capital da Odebrecht Ambiental – Projetos Ambientais S.A. ("OAPA"), pertencentes à Campo Novo.

Resumo da decisão: a atuação da OAPA se dá somente no mercado de saneamento de água e
esgoto, mediante concessões e demais modalidades de contratação junto ao Poder Publico. Esse
mercado é entendido pela jurisprudência do CADE como um monopólio natural de abrangência
municipal, uma vez que sua estrutura não permite o desenvolvimento da atividade por mais de
uma empresa em determinada localidade, além do que está sujeito às regras pré-estabelecidas da
concessão pública.

Considerando que a OAPA já integra o Grupo Odebrecht e que o referido grupo econômico não
possui outras empresas com atividade no tratamento de água e esgoto nos mesmos municípios de
atuação da OAPA, quaisquer preocupações concorrenciais foram afastadas.

Dessa forma, a SG-CADE concluiu que a presente operação não suscita preocupações no âmbito
concorrencial, aprovando-a sem restrições. Leia mais em loboderizzo ACnº 08700.004506/2016-88  01/07/2016

Distribuidoras de cosméticos Classy Brands e Florale anunciam fusão

A Classy Brands, importadora e distribuidora de marcas nacionais e internacionais, e a Florale, tradicional marca de cosméticos, anunciam sua fusão, realizada neste mês de agosto. O objetivo é unir os portfólios das duas empresas e buscar sinergias para dar mais força aos negócios.

Segundo Igor Malatesta, Diretor Comercial da Classy Brands, o propósito da fusão é aproveitar o potencial das duas empresas e expandir as vendas. “Juntas, conseguimos atingir metas que antes seriam impossíveis para um dos lados individualmente”, explica.

Já realizada pela Florale, a distribuição das marcas Petúnia, Piment, My Baby, Julie & Joy e Freshquitas pela Classy Brands começará em setembro em todo o país. “Queremos atingir a nova classe média brasileira”, diz Malatesta.

Com essa parceria, a expectativa da Classy Brands é dobrar o faturamento em um período de três anos. A empresa espera ainda que a venda desses produtos represente um aumento de 15% nos lucros. Leia mais em investimentosenoticias 18/08/2016


Joint venture entre a ERCS (Peugeot-Citroën PSA) e a SK Automotive Distribuidora de Peças

Mercados envolvidos: distribuição de autopeças de reposição para veículos leves e pesados.

Constituição de uma JV entre a ERCS, pertencente ao Grupo Peugeot-Citroën ("Grupo PSA"), e a SK. A JV será 70% detida pela ERCS e 30% pela SK.

A ERCS é uma empresa francesa que atua no segmento de oficinas mecânicas por meio de licenciamento de proprietários de oficinas, com atividades somente na Europa. Esses proprietários se tornam afiliados à marca ERCS, vendendo autopeças e fornecendo assistência mecânica para veículos das principais marcas automotivas.

A ERCS faz parte do Grupo PSA, o qual exerce atividades em diversos países. No Brasil, o Grupo PSA fornece peças de reposição originais às concessionárias das redes Peugeot e Citroën.

As Requerentes alegaram, por meio do Formulário ao CADE, que com a operação, haverá uma potencial sobreposição horizontal na comercialização de autopeças de Mercado de Reposição Independente (“IAM”). Isso porque as autopeças poderiam ser vendidas por meio de oficinas mecânicas associadas à JV, concessionárias do Grupo PSA e por meio de outros varejistas e oficinas independentes. Porém, não se pode falar em soma de market share entre as Requerentes, visto que a ERCS é uma entrante no mercado e a JV ainda não é operacional. Outra potencial sobreposição horizontal aventada seria no mercado de oferta de autopeças das marcas Peugeot e Citroën. Contudo, tal sobreposição foi afastada, pois o fornecimento de peças pelo Grupo PSA abastece apenas a sua rede de concessionárias. Sendo assim, um player que decida adquirir peças da Peugeot, por exemplo, o fará por meio de uma concessionária, e não diretamente na montadora.

Além das duas possibilidades de sobreposição horizontal citadas acima, ainda se identificou outra: no âmbito da comercialização de autopeças no Brasil, visto que a SK e a JV fornecerão peças IAM no país. No entanto, a JV é um entrante no mercado e não detém nenhuma participação de atualmente, não alterando a estrutura de oferta.

Em relação à integração vertical decorrente da operação, a ERCS fornecerá autopeças IAM que serão comercializadas pela JV sob a marca Euro Repar Car Service do Brasil S.A. Entretanto, as peças não serão comercializadas de forma exclusiva, podendo ser vendidas também por varejistas e oficinas independentes. Desse modo, não se verificaria um potencial fechamento de mercado, lembrando, ainda, que a ERCS e a JV são entrantes no mercado.

Diante o exposto, a SG-CADE entendeu que não haveria preocupações concorrenciais decorrentes
da operação, aprovando-a sem restrições. Leia mais em loboderizzo 23/07/2016 - AC nº 08700.005002/2016-85

Valor de mercado das empresas brasileiras cresce 53% em 2016

O valor de mercado de 276 empresas de capital aberto brasileiras chegou a US$ 715,7 bilhões, um crescimento de US$ 250,2 bilhões no ano. Os dados foram divulgados nesta segunda (29), pela consultoria Economática.

No final de 2015, as empresas tinham US$ 465,5 bilhões de valor de mercado. Entre janeiro e agosto, o crescimento percentual do valor de mercado das empresas brasileiras é de 53%. Por: Ernesto Neves  Leia mais em radaronline.veja 29/08/2016 

Valeo adquire ativos da Brose - fabricação de motores para ventilação de veículos

Aquisição direta, pela Valeo, de uma unidade de negócios da Brose que envolve os ativos relacionados às atividades de fabricação e comercialização de motores para ventilação de veículos automotivos.

A SG-CADE iniciou a análise da operação destacando a atuação de cada uma das Requerentes. A Valleo atua no desenvolvimento, produção e comercialização de sistemas integrados e componentes diversos para a indústria automotiva, enquanto a Brose atua no Brasil nos segmentos de projeção, produção e comercialização de equipamentos automotivos, incluindo motores para aplicações de aquecimento, ventilação e ar condicionado de automóveis.

Como a Valeo não produz motores para ventilação de sistemas térmicos de veículos automotivos, a SG-CADE concluiu que a operação não geraria sobreposição horizontal entre as atividades das Requerentes.

A SG-CADE verificou, porém, uma integração vertical entre os sistemas térmicos comercializados
pela Valeo e os motores para ventilação produzidos pela Brose. Contudo, essa relação é
preexistente à operação e a participação de ambas as empresas é inferior a 30%, não sendo
necessário, portanto, aprofundar a análise. Diante do exposto, concluiu-se que a operação não apresenta maiores preocupações concorrenciais.  Leia mais em loboderizzo 08/07/2016 - AC nº 08700.004737/2016-91

DogHero recebe aporte de US$ 3,1 mi

A startup DogHero, que conecta pessoas que precisam de um lugar para hospedar seus animais de estimação com aquelas dispostas a recebê-los, recebeu um novo aporte do fundo de investimento Monashees.

Lançada em 2014, a DogHero empresa elevou seu capital com um investimento de valor não revelado da Kaszek Ventures em 2015. Com o mais recente aporte de US$ 3,1 milhões, a empresa acrescentou a Monashees como um investidor principal, explica o TechCrunch.

O portal tem hoje 100 mil cães cadastrados e mais de 5 mil pessoas disponíveis para hospedar os animais, em 400 cidades.

Ao longo dos próximos dois anos, a empresa espera chegar a 20 mil anfitriões e mais de 2,5 milhões de cães. Das transações registradas pela DogHero, cerca de 30% são da cidade de São Paulo e 16% do município do Rio de Janeiro.

Hoje o Brasil conta com cerca de 35,8 milhões de cães, o que torna o país o segundo maior mercado de animais de estimação, atrás dos Estados Unidos.

A startup é comandada pelo publicitário Eduardo Baer e pelo engenheiro Fernando Gadotti.

Baer foi um dos fundadores do iFood, e ficou na gerência de produtos da empresa até 2012, quando foi para os Estados Unidos fazer um MBA na Universidade Stanford. Durante os estudos, conheceu Gadotti, que era sócio da UrbanCaring uma startup de cuidados a idosos do Vale do Silício que não foi para frente.Júlia Merker // Leia mais em baguete 29/08/2016 


Sherwin-Willians Company SWC adquire Valspar

A SWC atua em âmbito global na fabricação, desenvolvimento, distribuição e venda de tintas e revestimentos. No Brasil, por meio da sua subsidiária, SW Brasil, fornece revestimentos automotivos para Fabricantes de Equipamentos Originais (“OEMs”), bem como tintas decorativas e de aplicação industrial.

No mesmo sentido, a Valspar também atua em âmbito global na fabricação e venda de tintas e
revestimentos. No Brasil, fornece particularmente, tinta de repintura automotiva, revestimentos
para bobinas de aço e alumínio, tintas para o interior e exterior de embalagens e revestimentos
industriais em geral.

Para a Associação Brasileira de Fabricantes de Tintas (“ABRAFATI”), o mercado de tintas e
revestimentos pode ser segmentado da seguinte forma: (i) tintas decorativas; (ii) revestimentos
industriais; (iii) revestimentos automotivos; e (iv) tintas de repintura automotiva. A jurisprudência
do CADE tem aplicado a mesma segmentação, com a particularidade de admitir outras
segmentações quanto aos produtos nos casos específicos em que julga pertinente uma análise
mais restrita e conservadora dos mercados.

De acordo com as Requerentes, haveria sobreposição horizontal nos mercados de revestimentos
para repintura de automóveis e revestimentos para metais. Haveria, também, uma integração
vertical entre o mercado upstream de resinas e uma integração vertical no mercado downstream
de tintas e revestimentos.

Com base na segmentação da ABRAFATI, a análise dos mercados em que atuam as Requerentes
mostrou que existe uma complementaridade entre os portfólios das Requerentes no mercado de
repintura automotiva, com sobreposição apenas em revestimentos para metais. Ademais, a
participação de mercado das Requerentes em conjunto nesses dois mercados em 2015 foi de 40-
50% no mercado de repintura automotiva e de 0-10% no mercado de revestimentos para metais.
Apesar da alta participação em conjunto no mercado de repintura automotiva, a participação
individual da SWC já é de 40-50%.

O CADE oficiou as principais concorrentes das Requerentes para complementar sua análise. A
Axalta estimou a participação da SWC em cerca de 26% no mercado de repintura automotiva e
não listou a Valspar entre as principais atuantes nesse mercado. A PPG apresentou os dados
estimados de participação no mercado de repintura automotiva estimando a participação da
Valspar em menos de 1%. No segmento de embalagens metálicas estimou a participação da
Valspar em 27% e não citou a SWC entre as principais atuantes nesse mercado. Por fim a WEG
estimou cenários em que as participações conjugadas da SWC e da Valspar são de 10-20% no
mercado de tintas industriais e de 20-30% no mercado de repintura.

A partir das informações das concorrentes, o CADE concluiu que a alteração do HHI da
participação no mercado de repintura automotiva pela SWC seria de apenas 8,62 pontos. Não
alterando, portanto, a participação significativa da SWC nesse mercado. Concluiu, também,
ausência de nexo causal entre a possibilidade de exercício unilateral pela SWC, pois a
representatividade da Valspar é muito reduzida. Além disso, a participação em conjunto das
Requerentes nos outros segmentos apresentados não ultrapassariam 20%, o que demonstra
ausência de possibilidade de exercício unilateral de poder de mercado.

Diante do exposto, o CADE entendeu que a operação não alteraria as condições concorrências de
mercado e decidiu pela aprovação sem restrições. Leia mais em loboderizzo 22/07/2016 - AC nº 08700.004758/2016-15 
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Valspar adquire Isocoat Tintas e Vernizes

Aquisição expande a presença Valspar na América Latina.
A Valspar Corporation anunciou nesta terça (22) que adquiriu a Isocoat Tintas e Vernizes Ltda., localizada em Araçariguama, no estado de São Paulo, Brasil. A Isocoat fabrica revestimentos em pó utilizados nos segmentos de construção, transporte e outros mercados industriais em geral e atende clientes no Brasil, Argentina e Colômbia. "A Isocoat fortalece ainda mais a presença da Valspar nos mercados de rápido crescimento de revestimentos da América Latina e amplia a nossa gama de tecnologias para o segmento industrial global", disse Gary E. Hendrickson, presidente e CEO (Chief Operating Officer) da Valspar.
“A empresa é um excelente ajuste estratégico com os nossos negócios existentes, suporta um serviço aos nossos clientes globais na região e fornece uma excelente plataforma para o crescimento.” A Isocoat teve em 2010 vendas de aproximadamente US$ 34 milhões. Os termos da transação não foram divulgados.
“A Valspar Corporation é líder global na indústria de tintas e revestimentos. Desde 1806, a Valspar tem se dedicado a trazer aos clientes as últimas inovações, a melhor qualidade e o melhor serviço ao cliente na indústria de revestimentos”, garante Hendrickson. Leia mais em paintshow 24/02/2011

FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA DE 22 a 28/ago/16

Na semana de  22 a 28/ago/16, foram anunciadas 13 operações de Fusões e Aquisições com destaque pela imprensa. Envolvem direta ou indiretamente empresas brasileiras de 8 setores.

ANÁLISE DA SEMANA

Principais transações.


NEGÓCIOS DA SEMANA

"Market Movers" - Brasil
  • Chilena Sonda compra 60% do controle do data center Ativas. A chilena SONDA anunciou a aquisição de 60% de participação acionária por R$ 114 milhões na Ativas, dedicada a serviços de Data Center e Cloud Computing.  A Ativas pertence a Cemig e a Asamar.
"Market Movers” - Exterior
  • Fundo de investimento compra Rackspace por US$ 4,3 bilhões. A Apollo Global Management, gestora norte-americana de fundos investimentos, fez um aporte de US$ 4,3 bilhões (o equivalente a US$ 32 por ação) e adquiriu a provedora de cloud Rackspace. A compra também dará à companhia mais flexibilidade para gerenciar suas estratégias de crescimento de longo prazo, fortalecendo suas ofertas em torno de produtos em nuvem. 26/08/2016
  • Abengoa vende usinas de etanol nos EUA por US$ 357 milhões. A companhia espanhola de infraestrutura e energia renovável Abengoa, que tem usinas de cana-de-açúcar no Brasil, vendeu cinco usinas de etanol nos Estados Unidos por US$ 357 milhões. Em grandes dificuldades financeiras, a empresa visa, com o negócio, a evitar a falência. 24/08/2016
  • Pfizer compra parte do negócio de antibiótico da AstraZeneca. A Pfizer fechou um acordo para comprar parte do negócio de antibióticos da AstraZeneca por até US$ 1,575 bilhão mais royalties, em uma ação que segundo a companhia norte-americana impulsionaria a encomenda de produtos mais antigos que a companhia vende, alguns dos quais já sem a proteção da patente. 24/08/2016
  • Pfizer compra farmacêutica Medivation por US$ 14 bi.  A Pfizer anunciou hoje, 22, a compra da Medivation por US$ 14 bilhões. A farmacêutica irá pagar, em dinheiro, US$ 81,50 por ação, acréscimo de 21% em relação ao preço do fechamento.22/08/2016
HUMORES & RUMORES

M & A - VENDA
  • Techint faz melhor oferta por gasoduto da Odebrecht no Peru. Odebrecht: a fonte disse que a proposta do consórcio Sempra-Techint para comprar uma fatia de 55% da Odebrecht no GSP. Um consórcio formado pela Sempra Energy e pelo Grupo Techint fez a melhor proposta para comprar a fatia majoritária da Odebrecht em um projeto de gasoduto de gás natural de 5 bilhões de dólares no Peru, disse uma fonte com conhecimento das negociações. A Odebrecht está se retirando do Peru, incluindo o projeto de operação de gás natural Gasoduto Sur Peruano, para levantar recursos e pagar dívidas. 26/08/2016
  • À venda por R$ 1 bi, TheraSkin pode ter novo sócio estratégico. Uma das principais marcas do país nas áreas de medicamentos dermatológicos e dermocosméticos, a TheraSkin foi colocada à venda, em operação que avalia a empresa em R$ 1 bilhão e poderá resultar na entrada de um sócio estratégico, apurou o Valor. Controlada pela família Scavarelli, a TheraSkin contratou o Credit Suisse para buscar potenciais investidores tanto no mercado doméstico quanto internacional e a transação poderá envolver a totalidade da empresa ou uma fração de seu capital, segundo fontes. 26/08/2016
  • Copel avalia troca ou venda de ativos. A Copel pode rever seu portfólio de ativos de transmissão, com possível troca ou venda de empreendimentos. O objetivo da estatal é concentrar seus negócios no Paraná e regiões próximas, na tentativa de reduzir custos operacionais, de acordo com a agência Reuters. O diretor de relações com investidores da companhia, Luiz Eduardo Sebastiani, a estatal paranaense começou a conversar com a Eletrosul, subsidiária da Eletrobras com atuação no Sul do País, para avaliar a eventual troca de participação das companhias em linhas de transmissão. O acerto deve ser feito de forma a deixar a Copel com linhas mais próximas a sua atividade no Paraná, mas sem diminuir as receitas da companhia. A paranaense pode considerar ainda a venda de ativos nas regiões Norte e Nordeste, a exemplo de uma linha no Maranhão que a estatal divide com a espanhola Elecnor. Nas linhas de transmissão instaladas no Norte, a Copel é sócia da chinesa State Grid. "Mas isso ainda é somente uma hipótese", ponderou o executivo. 25/08/2016
  • Usiminas está próxima de um acordo de cisão. Prestes a concluir a renegociação de sua dívida, superior a R$ 7 bilhões, com nove bancos credores do Brasil e do Japão, a Usiminas deve caminhar para a solução de outro grande problema - o conflito societário entre seus dois maiores acionistas do bloco de controle ...24/08/2016
  • Fundo deve vender fatia da Estapar. O fundo de private equity Bozano pretende vender a fatia de cerca de 15% que detém na rede de estacionamentos Estapar. A ideia do Bozano é se desfazer de sua participação no começo de 2017, segundo o Valor apurou. Esse é o período de desinvestimento do fundo, que pode ser prorrogado por mais dois anos. A estimativa é que a Estapar chegue no próximo ano avaliada em aproximadamente R$ 2 bilhões. 26/08/2016
  • Sócios do Eataly negociam aporte. As negociações entre os sócios brasileiros dos supermercados St Marche e do Eataly, mercado de alimentos italianos que abriga também restaurantes, e o fundo americano Catterton, avançaram nos últimos dias. No caso do Eataly, está em negociação a venda de uma fatia dos 40% que Bernardo Ouro Preto e Victor Leal têm no negócio, por meio da holding Ominus Participações, conforme apurou o Valor. Segundo informações que circulam no mercado, pode ser negociada até a metade dessa posição. Ouro Preto e Leal também são sócios da varejista St Marche.A participação do fundador italiano da rede Eataly, Oscar Farinetti, na operação brasileira não faz parte das conversas. Ele tem 60% do Eataly, dividido com outros investidores estrangeiros. 24/08/2016
 M & A - COMPRA
  • Agro tem espaço para fusões e aquisições, dizem especialistas. Especialistas em fusões e aquisições avaliam que o agronegócio tem espaço para consolidação no Brasil em alguns segmentos. O setor tem sido mais resistente à instabilidade econômica e política no país e deve ser atrativo para investimentos. “A gente vem acompanhando e o que estamos vendo é que já tem muitos fundos de investimentos olhando para o setor agropecuário”. O setor aqui no país deve também sentir os efeitos de consolidações em escala global, como a que vêm ocorrendo na indústria de agroquímicos.  25/08/2016
  • BNDES cria linha para ativos de empresas em recuperação. O BNDES anunciou  nova linha de 5 bilhões de reais para fomentar a compra por empresas saudáveis de ativos de companhias em recuperação judicial, extrajudicial, falência ou crise. 25/08/2016
  • Movile vai aumentar investimentos em startups. Desenvolvedora brasileira de aplicações realizou 25 operações, entre compras, fusões e aportes nos últimos dois anos. A Movile, desenvolvedora brasileira de aplicativos, pretende aumentar os investimentos na descoberta de novos produtos. Segundo seu CEO, Fabricio Bloisi, vai destinar cerca de R$ 300 milhões a aquisições, fusões ou aportes nos próximos dois anos. A intenção é manter o ritmo de crescimento da empresa, que hoje tem 1,5 mil funcionários em todo o mundo E 70 milhões de usuários em seus serviços. A Movile é dona dos apps Playkids e iFood. 24/08/2016
  • No meio das dívidas. O balanço das empresas na bolsa mostra que o endividamento das companhias mais do que dobrou desde 2010. Elas passam por um período de ajuste, o que dificulta os investimentos e as contratações. A boa notícia é que, entre as famílias, os dados do Banco Central indicam que as dívidas recuaram ao menor patamar desde junho de 2012. Isso pode estimular novamente o consumo e ajudar na recuperação. Quando a gente olha para o total das dívidas sobre a geração de caixa de um ano, o número salta de 2,59 para 10,59 desde o quarto trimestre de 2010. Isso quer dizer que antes as empresas precisavam de dois anos e meio de geração de caixa para pagar as dívidas e agora elas precisam de mais de 10 anos — explicou Luiz Guilherme Dias, sócio e diretor da Sabe. Na avaliação da consultoria, esse nível elevado de endividamento levará a um processo de fusões e aquisições, com as empresas em dificuldades sendo absorvidas pelas companhias que estão em melhor condição financeira. Mas isso somente depois que a incerteza política diminuir e a economia se estabilizar. Cada setor tem uma empresa líder. Então sempre há uma que está indo bem, mesmo na crise. Essas poderão comprar e incorporar as menores, que estão em dificuldade. Os estrangeiros também virão comprar ativos que estão baratos no Brasil. 24/08/2016
  • Há grande interesse de investidores pelo Brasil, afirma diretor do Itaú BBA.  O interesse dos investidores no Brasil está bastante forte e deverá continuar dessa forma nos próximos seis a 12 meses, disse o diretor executivo responsável por Corporate e de Banco de Investimento do Itaú BBA, Christian Egan. Segundo ele, das fusões e aquisições (M&A, na sigla e inglês) cerca de 50% das operações foram "cross border", ou seja, com estrangeiros investindo no Brasil. "Apesar da situação econômica e os desafios no Brasil, o capital estrangeiro está vendo oportunidades no País", disse o diretor. O executivo afirmou ainda que os investidores estão aproveitando eventos de liquidez no mercado para recompor seus portfólios. O Itaú BBA espera que o segundo semestre seja ativo para o mercado de renda variável, estimando de R$ 5 bilhões a R$ 10 bilhões em operações de oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) e ofertas subsequentes (follow on) com participação da instituição. 22/08/2016
PRIVATE EQUITY
  • Porto Capital, da Porto Seguro, terá R$ 400 milhões para comprar empresas. Fundo de seguradora está finalizando captação com meta de adquirir fatia minoritária em médias empresas; gestores estão em conversas avançadas com companhias que atuam no mercado pet, em rastreamento de veículos e em tratamento de água. A gestora já está em conversas avançadas com pelo menos três empresas para fazer esses aportes. Duas delas têm faturamento de cerca de R$ 60 milhões – uma atua no segmento de produtos para pets e a outra em rastreamento de veículos. A terceira companhia é de tratamento de água e tem receita de cerca de R$ 100 milhões.  27/08/2016
IPO/OPA
  • Morgan Stanley prevê que seca de IPOs vai até fim do ano. Período de seca de IPOs é o mais longo desde 1999, pelo menos, quando a CVM começou a monitorar essas operações. O período de 14 meses sem ofertas públicas iniciais de ações no Brasil deve durar ao menos até o fim deste ano, de acordo com o Morgan Stanley. As únicas ofertas que devem sair neste ano são as de empresas que já são públicas. Estima que cinco dessas ofertas estão a caminho, todas restritas a investidores qualificados, as chamadas ofertas pela instrução 476 da CVM. “A volatilidade não acabou”, disse Miras.  Desde junho de 2015, uma empresa brasileira não vem com um IPO ao mercado, segundo dados compilados pela Bloomberg. O período de seca de IPOs é o mais longo desde 1999, pelo menos, quando a CVM, a reguladora do mercado, começou a monitorar essas operações. A FPC Par Corretora de Seguros foi a última empresa a abrir capital no Brasil, em uma transação de R$ 602,8 milhões (US$ 187 milhões) liderada pelo Banco Bradesco BBI.25/08/2016
  • Com melhora de cenário, fundos voltam a considerar abrir capital de empresas. Especializados em comprar participações em empresas para vender no futuro com lucro, os fundos de private equity voltaram a considerar a Bolsa como uma alternativa viável na hora de se desfazer dos investimentos, após um longo período sem nenhuma oferta de ações. Segundo apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, há pelo menos entre 15 e 20 companhias brasileiras na carteira desses fundos que estão próximas do desinvestimento e prontas para abertura de capital no Novo Mercado, principal segmento de listagem da BM&FBovespa. A Bolsa é tradicionalmente uma das opções preferidas das gestoras para sair dos negócios. 24/08/2016
RELAÇÃO DAS TRANSAÇÕES
  • Verind, divisão da Dürr, compra a brasileira GT Assistência. Negócio amplia serviços de assistência para robôs de pintura nas montadoras. A Verind, subsidiária da Dürr e responsável pela área de serviços e manutenção de robôs para pintura de veículos, anuncia a compra da empresa brasileira GT Assistência, que presta serviços na mesma área. As empresas não divulgaram o valor da transação. Fundada em 2009, a GT Assistência, que atende exclusivamente a indústria automotiva, atuava de forma independente e era, até agora, parceiro de negócio da Verind, que com a aquisição, planeja ampliar a gama de serviços em toda a América do Sul, começando pelo seu principal cliente, o Grupo FCA.26/08/2016
  • AMG Mineração adquire joint venture de feldspato em Minas Gerais. A AMG Advanced Metallurgical Group disse ontem (24) que a subsidiária brasileira AMG Mineração, de Minas Gerais, adquiriu a participação restante de 49,9% da empresa de feldspato, não incorporada, que estava em poder da empresa brasileira Colorminas. “A parceira entre a AMG Mineração e a Colorminas foi estabelecida em 2003 com o objetivo de produzir e comercializar feldspato contido em rejeitos gerados pelas operações de tântalo da AMG Mineração”, diz o comunicado enviado pela AMG à bolsa de valores da Holanda, onde fica a sede da companhia. O valor da operação não foi divulgado.25/08/2016
  • Michelin compra a fabricante brasileira de pneus Levorin. O Grupo francês do setor de pneumáticos Michelin (atual fornecedor oficial da MotoGP) anuncia a assinatura do contrato relativo à compra de 100% das sociedades do Grupo Levorin, fabricante brasileira de pneus de motocicletas e bicicletas. Fundada em 1943 por Hercules Levorin obteve em 2015 um faturamento de 135 milhões euros e emprega 2.000 funcionários em suas duas unidades de produção, localizadas em Guarulhos (SP) e Manaus (AM).26/08/2016
  • Stepan anuncia acordo de aquisição da TEBRAS e da planta da PBC. As duas entidades combinadas têm vendas anuais de aproximadamente US$ 32 milhões de dólares. A Stepan Company informou hoje que sua subsidiária no Brasil, Stepan Química LTDA., chegou a um acordo com a Tebras Tensoativos do Brasil Ltda (Tebras) para adquirir os seus negócios comerciais e com a PBC Industria Química Ltda (PBC) para adquirir a sua unidade de produção. As duas entidades combinadas têm vendas anuais de aproximadamente US$ 32 milhões de dólares e capacidade produtiva de 25.000 toneladas, além uma grande e diversificada carteira de clientes.03/08/2016
  • Chilena Sonda compra 60% do controle do data center Ativas. A chilena SONDA anunciou nesta quinta-feira, 25/08, a aquisição de 60% de participação acionária na Ativas, empresa de Minas Gerais dedicada a serviços de Data Center e Cloud Computing.  A Ativas pertence a Cemig e a Asamar, dois dos maiores grupos empresariais de Minas Gerais. O aporte de capital da SONDA é de R$ 114 milhões, aproximadamente US$ 35 milhões, representando 60% da participação societária na Ativas, permanecendo a Cemig e a Asamar com os outros 40%. 25/08/2016
  • Gestora GWI reduz participação em ações preferenciais da Saraiva. A rede de livrarias Saraiva informou em comunicado que a gestora GWI, fundada pelo coreano Mu Hak You, reduziu sua participação em ações preferenciais da companhia para 33,26%, administrando agora 5,68 milhões de papéis...25/08/2016
  • Yara compra unidade de fertilizantes da Adubos Sudoeste no interior de Goiás. A empresa de fertilizantes norueguesa Yara assinou acordo para a aquisição de uma unidade da Adubos Sudoeste, em Catalão (GO), segundo comunicado enviado pela empresa nesta quinta-feira. A unidade tem capacidade total de movimentar 300 mil toneladas de fertilizantes por ano. A Yara investiu aproximadamente 1,5 bilhão de dólares no Brasil nos últimos anos, incluindo a aquisição da Bunge Fertilizantes em 2013, mas não informou o valor da transação com a Adubos Sudoeste.  25/08/2016
  • Brazil Resources compra projeto de ouro na Colômbia. A Brazil Resources adquiriu na semana passada o projeto de ouro e cobre Titiribi, na Colômbia. O projeto, que fica em uma região onde há diversas minas e áreas de exploração, conta com mais de 140 mil metros de sondagem em 270 furos. Segundo comunicado da mineradora Brazil, divulgado no dia 18, a aquisição será feita com 5 milhões de ações, que valem hoje (22) cerca de 12 milhões de dólares canadenses mais 1 milhão de opções de compra, caso a ação chegue a 3,50 dólares canadenses dentro de dois anos.  23/08/2016
  • CSN vende Metalic para europeia Can-Pack por US$98 mi. A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) informou nesta terça-feira que assinou um contrato para vender 100 por cento do capital da fabricante de latas Metalic para a europeia Can-Pack por 98 milhões de dólares. Segundo o fato relevante, a transação deve ser paga em reais e sua conclusão deve acontecer em 30 de setembro. 23/08/2016
  • Exact Sales recebe aporte de R$ 4 milhões. Um ano e meio depois de iniciar sua operação, a startup catarinense Exact Sales acaba de assinar sua segunda rodada de investimento. A empresa irá receber, até o fim de agosto, um aporte de R$ 4 milhões do fundo CVentures/Primus. O montante será usado para aprimorar o software Exact Spotter, que é usado por cerca de 500 empresas brasileiras. A empresa também usará os recursos para lançar o produto Exact Success no mercado. A meta é fechar o ano com 800 clientes e R$ 4,2 milhões de faturamento, contra R$ 1,7 milhão de 2015.  23/08/2016
  • Y Combinator investe na Quero Educação. A Quero Educação, startup responsável pelo Quero Bolsa, site de comparação de faculdades que também oferece bolsas de estudos para mais de 700 instituições de ensino superior em todo o Brasil, foi selecionada pela aceleradora Y Combinator. A Quero Educação é a primeira empresa brasileira de educação no portfólio da Y Combinator1, que inclui empresas como Airbnb, Dropbox e Stripe. O marketplace brasileiro de cosméticos Glio já passou pelo programa. O contrato que Y Combinator costuma firmar propõe o investimento de US$ 120 mil em troca de uma participação de 7% na empresa.  22/08/2016 
  • Verus Group investe na Omie. O Verus Group investiu recentemente na Omie, um sistema de gestão (ERP) completo para micro e pequenas empresas na nuvem, desenhado de forma simples, intuitiva e eficiente. Criada em 2011, a empresa surgiu da constatação de que as PMEs precisam se organizar: o nível de informalidade nesse setor é cada dia menor, e a exigência de compliance cada vez maior. Entretanto, os ERPs até então existentes eram focados em grande e médias empresas, sendo inacessíveis financeiramente e muito complicados para as micro e pequenas empresas, que acabavam tendo que “se virar” com uso de planilhas em Excel ou mesmo do velho caderninho de anotações. O sistema da Omie está conectado hoje a mais de 3.000 escritórios de contabilidade, atendendo a mais de 200.000 empreendedores através de 55 unidades franqueadas.  03/08/2016
  • Dono de império global, Jorge Paulo Lemann inova e aposta em tecnologia. Dono de uma fortuna estimada em cerca de US$ 30 bilhões, o empresário Jorge Paulo Lemann, controlador da AB InBev, maior cervejaria do mundo, da rede de fast food Burger King e da Heinz. Em maio, Lemann tornou-se um dos investidores do Snapchat, rede social de fotos e vídeos com 150 milhões de usuários diários, cujo valor de mercado é de cerca de US$ 22 bilhões. Sua entrada nesse negócio foi por meio do fundo Innova Capital, do qual é um dos investidores. 22/08/2016
RELATÓRIOS - DESTAQUES DA SEMANA
QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
 A pesquisa FUSÕES E AQUISIÇÕES - DESTAQUES DA SEMANA tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilacão semanal das notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidos a partir de notícias publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br, não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes. Caso o conteúdo estiver em desacordo, nos contate que estaremos retirando o mesmo ou corrigindo a respectiva  informação. Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES