A Cemig informou nesta quarta-feira que seu Conselho de Administração decidiu autorizar monetização de até 40,7 milhões de units da Transmissora Aliança de Energia Elétrica (Taesa), quase o dobro das 22,27 milhões que a companhia havia dito anteriormente que pretendia envolver na operação, em meio a esforços da elétrica mineira para reduzir a sua dívida por meio da venda de ativos.
Pela cotação das units da Taesa desta quarta-feira, a operação poderia envolver 944,3 milhões de reais.
O total de units a ser vendido pela Cemig corresponde a até 40.702.230 ações ordinárias e 81.404.460 ações preferenciais da Taesa. Se toda a venda autorizada pelo Conselho for concretizada, a Cemig alienaria cerca de 14 por cento das ações ordinárias --de um total de 293,07 milhões-- que a companhia detém na Taesa, e mais de 50 por cento das preferenciais --de um total de 155,05 milhões.
A Cemig, que detém participação de 43,36 por cento na Taesa, informou em comunicado divulgado no início do mês que a proposta de venda daquelas 22,27 milhões de units não incluía papéis do bloco de controle. No comunicado desta quarta-feira, a Cemig não faz referência ao assunto. O segundo maior acionista da Taesa é o fundo Coliseu, com 22,14 por cento das ações, composto por papéis ordinários (228,8 milhões de ações).
A Reuters antecipou no início do mês, com base em informação de uma fonte com conhecimento do assunto, que a Cemig estava estudando a venda de 6,5 por cento de sua participação na Taesa, para levantar 500 milhões de reais. No fato relevante desta quarta-feira, a Cemig não faz menção a valores nem a possíveis interessados.
A estratégia de venda de ativos visa reduzir o endividamento da empresa. A alavancagem da Cemig, medida pela relação entre a dívida líquida e a geração de caixa, fechou junho em 5,26 vezes, ante 4,39 vezes no final de março e 2,40 vezes no final de 2015.
As units da Taesa fecharam em alta de 2,56 por cento na BM&FBovespa nesta quarta-feira, enquanto as ações preferencias da Cemig caíram 1,9 por cento. Por Roberto Samora (Reuters) - Leia mais em r7 31/08/2016
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