Com a expectativa de maior espaço em saneamento e com ativos à venda, as principais empresas privadas do país contam com disposição dos acionistas para realizar novos investimentos. De acordo com executivos da Aegea, Águas do Brasil e GS Inima, os sócios, uma boa parcela deles estrangeiros, mostram interesse em crescer a atuação no país, caso boas oportunidades se apresentem.
A GS Inima Brasil, com controlador coreano recebeu aporte de capital de R$ 40 milhões para compra da Samar, parte da OAS Soluções Ambientais, colocada à venda no processo de recuperação judicial do grupo OAS. A aquisição foi feita por R$ 80 milhões.
Na ceara de compra de ativos em processos de recuperação, a empresa ainda está interessada na fatia da Galvão Participações na CAB Ambiental, de 67% do capital social. Operação na qual disputa com a Aegea, também está de olho no ativo. A GS Inima ainda avança no esforço para aumentar seu portfólio com projetos novos.
Segundo o presidente da empresa, as oportunidades podem ser aproveitadas de diversas maneiras. Além de realizar um aporte tradicional de capital, diz, o sócio coreano conta com um braço de saneamento que pode entrar junto com a companhia aqui no Brasil. A GS Inima também não descarta conseguir um terceiro parceiro, financeiro, para acompanhar os investimentos. Apenas nas concessões já existentes, a empresa tem programado R$ 185 milhões em investimentos para este ano.
A Aegea, do grupo Equipav, também se movimenta para ficar com a CAB Ambiental. A empresa já contou com uma injeção de recursos de R$ 125 milhões neste mês. Os recursos foram aportados pelo International Finance Corporation (IFC), que aumentou sua participação sem alterar o controle, que continua nas mãos do grupo Equipav. Neste caso, o dinheiro está destinado ao caixa da empresa, para reforçar capacidade financeira e melhorar indicadores.
Hamilton Amadeo, presidente da companhia, diz que já tem autorização formal dos acionistas para crescer a estrutura de capital da empresa conforme a necessidade. A efetiva entrada dos recursos, diz, depende do surgimento das oportunidades. Além da compra da CAB Ambiental, Amadeo confirma o interesse na proposta a ser estruturada para a estatal de saneamento do Rio de Janeiro, junto com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e em outras licitações municipais. A questão é o preço.
A Águas do Brasil, que tem entre suas principais concessões a Águas de Niterói, não fala em acordos já acertados, mas disse que a "decisão do acionista é crescer", ponderando que apenas com bons contratos. A avaliação da qualidade do investimento é, inclusive, condição colocada por todas as empresas. "Temos dito não a muita coisa por conta disso. Hoje vemos que dificilmente se encontra uma PPP (Parceria Público-Privada) de saneamento no Brasil surfando bem". O capita social da empresa está nas mãos da Developer, grupo de engenharia; Queiroz Galvão Saneamento; New Water; e Construtora Cowan. - Valor Econômico Leia mais em portal.newsnet 31/08/2016
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