Levantamento do iG revela que 19 dos 20 maiores grupos nacionais faturam mais de R$ 10 bilhões. Há dez anos, eram apenas dois
Na primeira década do século 21, os maiores grupos brasileiros cresceram numa velocidade 2,5 vezes acima da expansão da economia brasileira.
No detalhe, o faturamento dos 20 maiores grupos nacionais de capital privado subiu 534% entre os anos de 2000 e 2010, alcançando uma receita bruta conjunta de R$ 587,9 bilhões. No primeiro decênio do século, o lucro consolidado destes grupos chegou a R$ 60,3 bilhões no ano passado, o que significou uma alta de 678% na comparação com o ganho líquido obtido em 2000.
As conclusões fazem parte de um levantamento inédito elaborado pelo iG com os dados dos 20 maiores grupos de capital privado de controle nacional. Nesta década de ouro para os grupos brasileiros, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 212%, a maior expansão observada desde o Milagre Econômico.
A pesquisa mostra outra curiosidade: as receitas de 19 dos 20 maiores grupos privados ultrapassaram os R$ 10 bilhões em 2010. A velocidade de crescimento do faturamento e do lucro supera também outros indicadores econômicos. No mesmo período de dez anos, as ações do Ibovespa, o principal índice da Bolsa de Valores brasileira, valorizaram 337%. O índice também foi superior aos principais indicadores de inflação, como o IPC-Fipe (77,3%), o IPCA (89,7%) e o IGP-M (129,7%).
O desempenho dos 20 conglomerados privados ajuda a explicar parte da transformação da economia brasileira nos últimos dez anos. “A maioria destas empresas passou por um período não só de crescimento orgânico forte por causa da expansão da economia brasileira, mas também por aquisições tanto no Brasil como no exterior”, diz o professor de finanças da Fundação Dom Cabral (FDC), Haroldo Mota.
Grupos econômicos voltados à produção de commodities são maioria no levantamento. Dos 20 grupos, nove deles têm atividades principais nas áreas de produção de agronegócios e cadeia mineral. De sétima colocada, a Vale, que lidera o levantamento com uma receita bruta de R$ 83 bilhões, tornou-se nos anos 2000 a segunda maior mineradora do mundo. Uma expansão de 747%.
“O crescimento da Vale se deve à realização maciça de investimentos ancorada na disciplina da alocação do capital em resposta à uma forte expansão da demanda global por minérios e metais”, explicou o diretor de relações com investidores da Vale, Roberto Castello Branco, lembrando que os planos são fazer a empresa a maior em termos de capitalização de mercado já em 2015.
“O ciclo de commodity tem sido menos volátil e mais duradouro do que no passado”, diz o professor de economia da FGV-EAESP, Evaldo Alves. Para ele, as necessidades das classes médias dos países emergentes, liderados por China e Índia, vão exigir o fornecimento constante de produtos agrícolas e minerais, os quais o Brasil têm se especializado, por muitos anos ainda. “Esse é o retrato que está sendo delineado para a economia brasileira”, completa.
“Hoje se fala muito em gerar valor agregado, mas a atividade produtiva ligada à produção de commodities não é necessariamente ruim”, argumenta Sérgio Lazzarini, do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Para ele, empresas como a Vale possuem uma tecnologia “embarcada”: “A mineradora investe em pessoal, no seu negócio, criando, por exemplo, diferentes tipos de minério”, explica, concluindo: “o foco deve ser o desenvolvimento da cadeia produtiva”.
Curiosamente, a Embraer, considerada um dos quilates na área de tecnologia brasileira, ficou de fora na lista dos 20 grandes grupos da década de ouro, ocupando a 21ª posição. Seu faturamento cresceu 177%, abaixo da média da expansão do PIB para o período.
Mas além do crescimento da economia e da onda de aquisições, Lazzarini aponta a política ativa do Estado brasileiro como indutora do fortalecimento de alguns grupos privados. “Foi um período em que o governo decidiu criar os campeões nacionais”, diz Lazzarini, que é autor do livro “Capitalismo de laços”, que narra a participação do Estado brasileiro no mundo corporativo depois da privatização dos anos 1990.
O grupo frigorífico JBS talvez seja o exemplo mais eloquente. Induzido pelo BNDES, o JBS ganhou musculatura, comprou rivais, como o Bertin no Brasil e a Swift e a Pilgrim’s Pride, ambas nos EUA, e se transformou no maior grupo processador de carne. O desempenho fez faturamento crescer acima de 5.000% em dez anos, o maior índice de expansão entre os 20 grupos analisados.
Ajustes pré-crescimento
A década de 2000 começou com os grupos econômicos sendo forçados a fazerem um ajuste em suas atividades em razão da desvalorização do real frente ao dólar, que teve um repique em 2002, durante a campanha que levou Lula à presidência. “Há que lembrar que o dólar chegou a quase R$ 4. Isso impôs um esforço em busca da maior eficiência operacional ao mesmo tempo em que se tentava competir com os grupos estrangeiros aumentando sua escala e seu volume de produção e vendas”, diz Mota, da FDC.
Obrigada a rever sua estratégia por causa do endividamento pós-desvalorização do fim dos anos 1990, a Odebrecht se desfez de ativos para atuar apenas na área de construção e petroquímica. Depois de saldar suas dívidas, partiu para a fase de crescimento em meados da década: fez a consolidação na petroquímica, ingressou na produção de etanol e intensificou as sinergias de áreas ligadas à atividade de engenharia e construção.
“Os investimentos em empreendimentos em setores importantes para o País, como petroquímico, infraestrutura e habitação, foram essenciais para o desempenho positivo”, disse o grupo Odebrecht, que se tornou o terceiro maior do País em faturamento, com receitas de R$ 53 bilhões, alta de 558% sobre 2000.
Projetar-se fora das fronteiras do Brasil foi também a estratégia da tradicional empreiteira Andrade Gutierrez. “Nos últimos 10 anos, o grupo passou a ter uma atuação internacional expressiva, desenvolvendo trabalhos em mercados na Europa, na Ásia e na África”, explicou o grupo, que tem negócios em engenharia e construção, telecomunicações e concessões. Seu faturamento aumentou em 578%, atingindo R$ 18,2 bilhões.
Acordos estratégicos
Os grupos que formaram alianças estratégicas com empresas internacionais também despontaram. A cervejaria AmBev fechou acordo com os belgas da InBev, criando a maior empresa do mundo no setor, que depois adquiriu a Anheuser-Busch. Sua receita aumentou 316%, para R$ 46,8 bilhões.
A Cosan, que passou a figurar na 16ª posição com R$ 16,6 bilhões, criou uma joint venture com a Shell, de forma a levar o etanol para fora das fronteiras nacionais. “É bom lembrar que os países desenvolvidos passam por uma crise, com estagnação em seus índices de produtividade, ao passo que os países emergentes, como o Brasil, vêm ganhando espaço no exterior”, diz Alves, da FGV.
A operadora de telefonia Oi cresceu com um misto de aquisição (a compra da Brasil Telecom) e a introdução da telefonia móvel ao seu portfólio de negócios, conta Alex Zornig, diretor financeiro da Oi. A empresa teve um crescimento de 323% em seu faturamento, chegando a R$ 45,9 bilhões. “Esses movimentos ajudaram a compensar a perda da receita com telefonia fixa”, lembrando que a empresa focando investimentos nas áreas de internet e telefonia móvel.
Na busca de escala, o Pão de Açúcar, oitavo da lista com R$ 36 bilhões, aproveitou o crescimento de renda da classe média nos anos 2000. O grupo adquiriu o rival Ponto Frio e associou-se às Casas Bahia. Multiplicou por quatro sua receita. “O movimento de aquisição foi importante para o crescimento do grupo que desenvolveu formatos múltiplos de atendimento no varejo e no comércio de eletrônicos”, diz o diretor de Relações com Investidores do grupo Pão de Açúcar, Vítor Fagá de Almeida. “O objetivo sempre foi atender os diferentes segmentos da população.”
Fonte:iG
31 agosto 2011
Brasil é o destino preferido entre os BRIC para investidor americano
O mercado financeiro brasileiro é o referido entre os investidores americanos quando comparado com aqueles dos chamados BRIC (sigla de Brasil, Rússia, Índia e China), de acordo com pesquisa feita pela Financial Dynamics (FD), consultoria financeira da FTI Consulting. O estudo não inclui a África do Sul no grupo.
O mercado nacional é disparado o mais popular entre os investidores entrevistados pela FD, todos com sede nos Estados Unidos: é a primeira opção para 58% dos entrevistados, seguido por China (27%), Índia (9%) e Rússia (6%).
Segundo o vice-presidente da companhia para as Américas, Gordon McCoun, os fundamentos das companhias locais é o ponto mais considerado na hora de se escolher uma ação local, seja ela negociada na Bovespa ou em Nova York no formato de ADRs (American Depositary Receipts).
O estudo mostra que para investir no país, 73% dos pesquisados aplicam tanto por meio de ADRs quanto papéis negociados na bolsa local. Já 21% dos estrevistados preferem somente ADRs como opção de investimento.
Na hora de se tomar a decisão do investimento, o ambiente legal e regulatório é tido como um dos principais pontos de relevância. Para 46% dos investidores, porém, a regulamentação brasileira ainda é difícil de entender, e cerca de metade são indiferentes ou têm dificuldades para compreender a governança corporativa das empresas locais. Cerca de 50% consideram que as empresas brasileiras fornecem informação insuficiente se comparadas com as americanas.
Depois que a decisão de investir é tomada, os setores preferidos por esses investidores são o financeiro (66%), imobiliário ou energia (61%) e telecomunicações e transporte (30%).
Fonte:valoreconomico31/08/2011
O mercado nacional é disparado o mais popular entre os investidores entrevistados pela FD, todos com sede nos Estados Unidos: é a primeira opção para 58% dos entrevistados, seguido por China (27%), Índia (9%) e Rússia (6%).
Segundo o vice-presidente da companhia para as Américas, Gordon McCoun, os fundamentos das companhias locais é o ponto mais considerado na hora de se escolher uma ação local, seja ela negociada na Bovespa ou em Nova York no formato de ADRs (American Depositary Receipts).
O estudo mostra que para investir no país, 73% dos pesquisados aplicam tanto por meio de ADRs quanto papéis negociados na bolsa local. Já 21% dos estrevistados preferem somente ADRs como opção de investimento.
Na hora de se tomar a decisão do investimento, o ambiente legal e regulatório é tido como um dos principais pontos de relevância. Para 46% dos investidores, porém, a regulamentação brasileira ainda é difícil de entender, e cerca de metade são indiferentes ou têm dificuldades para compreender a governança corporativa das empresas locais. Cerca de 50% consideram que as empresas brasileiras fornecem informação insuficiente se comparadas com as americanas.
Depois que a decisão de investir é tomada, os setores preferidos por esses investidores são o financeiro (66%), imobiliário ou energia (61%) e telecomunicações e transporte (30%).
Fonte:valoreconomico31/08/2011
IBM anuncia aquisição da i2
A IBM anunciou hoje um acordo definitivo para a aquisição da inglesa i2, companhia que desenvolve softwares de inteligência analítica para a prevenção de fraudes. Os detalhes financeiros da aquisição não foram revelados.
Em comunicado, a IBM informou que a negociação tem como objetivo acelerar suas iniciativas no plano dos sistemas de inteligência de negócios junto aos clientes dos setores público e privado.
Sediada em Cambridge, a i2 tem mais de 4,5 mil clientes em 150 países. A base de usuários da companhia inclui empresas de setores como finanças, saúde, seguros e varejo.
Com 350 funcionários e outros escritórios nos Estados Unidos e Austrália, a i2 será incorporada à divisão de software da IBM. A expectativa é de que a aquisição seja concluída no quarto trimestre.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Em comunicado, a IBM informou que a negociação tem como objetivo acelerar suas iniciativas no plano dos sistemas de inteligência de negócios junto aos clientes dos setores público e privado.
Sediada em Cambridge, a i2 tem mais de 4,5 mil clientes em 150 países. A base de usuários da companhia inclui empresas de setores como finanças, saúde, seguros e varejo.
Com 350 funcionários e outros escritórios nos Estados Unidos e Austrália, a i2 será incorporada à divisão de software da IBM. A expectativa é de que a aquisição seja concluída no quarto trimestre.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Timken compra Drives por US$ 92 milhões
A fabricante de rolamentos americana Timken fechou a compra da Drives LLC, que produz nos Estados Unidos correntes de transmissão de alta tecnologia para os mercados agrícola e industrial. A transação foi celebrada por US$ 92 milhões em dinheiro.
Segundo Christopher Coughlin, presidente da divisão de indústrias de processos da Timken, a Drives tem entre seus clientes fabricantes mundiais de máquinas agrícolas e processamento de alimentos.
"A compra da Drives irá reforçar o nosso portfólio global de produtos para o processo industrial e indústrias de móveis, e oferece muitas oportunidades de crescimento para a infraestrutura global", comentou.
A empresa adquirida registrou vendas de aproximadamente US$ 100 milhões nos últimos 12 meses, com 430 funcionários na América do Norte.
A Timken diz que a aquisição amplia a oferta de produtos de transmissão de energia mecânica.
A expectativa é que a transação seja concluída em aproximadamente 30 dias, a depender da aprovação de autoridades governamentais e reguladoras.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Segundo Christopher Coughlin, presidente da divisão de indústrias de processos da Timken, a Drives tem entre seus clientes fabricantes mundiais de máquinas agrícolas e processamento de alimentos.
"A compra da Drives irá reforçar o nosso portfólio global de produtos para o processo industrial e indústrias de móveis, e oferece muitas oportunidades de crescimento para a infraestrutura global", comentou.
A empresa adquirida registrou vendas de aproximadamente US$ 100 milhões nos últimos 12 meses, com 430 funcionários na América do Norte.
A Timken diz que a aquisição amplia a oferta de produtos de transmissão de energia mecânica.
A expectativa é que a transação seja concluída em aproximadamente 30 dias, a depender da aprovação de autoridades governamentais e reguladoras.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Sony,Toshiba e Hitachi se unem na produção de telas de cristal líquido
As japonesas Sony, Toshiba e Hitachi anunciaram hoje um acordo para a fabricação em conjunto de telas de cristal líquido para smartphones e tablets. Sob os termos da parceria, a iniciativa resultará em uma nova empresa, que reunirá as unidades de displays das três companhias.
A nova operação será gerenciada pela Rede de Inovação do Japão (INCJ), um fundo de investimentos local de capital misto que planeja um aporte total de 200 bilhões de ienes (US$ 2,6 bilhões) na companhia.
A princípio, a INCJ será a principal acionista, com 70% de participação, enquanto Hitachi, Sony e Toshiba deterão 10% cada uma. O contrato definitivo deve ser assinado até o fim de 2011 e a integração dos negócios está prevista para o início de 2012.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
A nova operação será gerenciada pela Rede de Inovação do Japão (INCJ), um fundo de investimentos local de capital misto que planeja um aporte total de 200 bilhões de ienes (US$ 2,6 bilhões) na companhia.
A princípio, a INCJ será a principal acionista, com 70% de participação, enquanto Hitachi, Sony e Toshiba deterão 10% cada uma. O contrato definitivo deve ser assinado até o fim de 2011 e a integração dos negócios está prevista para o início de 2012.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Cade aprova compra da Seara pela Marfrig sem restrição
Acordo passa pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica sem resistência, ao contrário do caso da Brasil Foods
Depois de um acordo costurado com a BRF - Brasil Foods no mês passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou hoje por unanimidade e sem restrições a compra da Seara pela Marfrig, que atuam no mesmo setor.
Surpreendentemente, o caso não foi para apreciação detalhada pelo plenário. O relator do caso, Marcos Veríssimo, optou por levar o processo para votação em bloco. "As participações de mercado eram baixas: os mercados estavam concentrados antes da operação e continuaram depois", argumentou o conselheiro. Ele salientou que acatou a recomendação da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, que foi acompanhada pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça.
Em seguida, o relator foi irônico e salientou que suspeitava de que "havia rivalidade" no setor. Ele se referia ao acordo feito há pouco mais de um mês no processo de fusão entre Sadia e Perdigão.
Fonte:exame21/08/2011
Depois de um acordo costurado com a BRF - Brasil Foods no mês passado, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou hoje por unanimidade e sem restrições a compra da Seara pela Marfrig, que atuam no mesmo setor.
Surpreendentemente, o caso não foi para apreciação detalhada pelo plenário. O relator do caso, Marcos Veríssimo, optou por levar o processo para votação em bloco. "As participações de mercado eram baixas: os mercados estavam concentrados antes da operação e continuaram depois", argumentou o conselheiro. Ele salientou que acatou a recomendação da Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda, que foi acompanhada pela Secretaria de Direito Econômico (SDE), do Ministério da Justiça.
Em seguida, o relator foi irônico e salientou que suspeitava de que "havia rivalidade" no setor. Ele se referia ao acordo feito há pouco mais de um mês no processo de fusão entre Sadia e Perdigão.
Fonte:exame21/08/2011
Nokia investirá em fundo de venture capital para apps móveis
A Nokia anunciou que planeja investir no Vision+, um fundo de venture capital dedicado a projetos inovadores nas áreas de games convergentes, entretenimento, educação, saúde preventiva e bem-estar.
O fundo foca em projetos ainda em desenvolvimento e procura ajudá-los a acelerar sua entrada em fase comercial, conectando-os aos potenciais interessados. O objetivo da Nokia com essa investimento é que o Vision+ contribua com projetos que envolvam principalmente a plataforma Windows Phone em seus smartphones.
O Vision+ é um fundo independente liderado por Tero Ojanperä, vice-presidente da Nokia, que se desligará da fabricante finlandesa até o fim de setembro para se dedicar exclusivamente ao novo projeto. Os desenvolvedores que receberem seus aportes manterão a posse de suas patentes, mas dividirão com o Vision+ parte da receita obtida.
Fonte:teletime31/08/2011
O fundo foca em projetos ainda em desenvolvimento e procura ajudá-los a acelerar sua entrada em fase comercial, conectando-os aos potenciais interessados. O objetivo da Nokia com essa investimento é que o Vision+ contribua com projetos que envolvam principalmente a plataforma Windows Phone em seus smartphones.
O Vision+ é um fundo independente liderado por Tero Ojanperä, vice-presidente da Nokia, que se desligará da fabricante finlandesa até o fim de setembro para se dedicar exclusivamente ao novo projeto. Os desenvolvedores que receberem seus aportes manterão a posse de suas patentes, mas dividirão com o Vision+ parte da receita obtida.
Fonte:teletime31/08/2011
Febraban prepara plataforma de m-payment unificada
Os bancos brasileiros estão trabalhando em conjunto para criar uma plataforma única e interoperável de pagamentos móveis para o País. As discussões acontecem no âmbito da Febraban há cerca de três anos e agora, depois de vários atrasos, se aproximam de sua conclusão: a elaboração das definições técnicas e a escolha de um desenvolvedor devem acontecer ainda este ano. A expectativa é de que a plataforma seja lançada em 2012.
A ideia é que o sistema permita transferências financeiras, através do celular, entre correntistas de quaisquer bancos do Brasil, assim como pagamentos a lojistas. A tecnologia utilizada pelo usuário final para realizar a transação poderá variar desde uma mensagem de texto (SMS) até o uso de um aplicativo móvel ou de Near Field Communications (NFC), ficando a critério de cada banco. A plataforma, na prática, cuidará apenas do clearing dessas transações entre as instituições financeiras.
Será necessário contratar uma empresa externa para gerenciar o sistema, tal como é feito hoje pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) no clearing de DOCs e TEDs. Por sinal, a CIP é tida como candidata natural a realizar esse papel em m-payments.
Para o usuário final, o serviço será como uma carteira eletrônica, que ele carrega de dinheiro e vai gastando aos poucos, em transações realizadas via celular. "É importante gerarmos o hábito do uso. Para isso, o ideal são pagamentos pequenos e recorrentes, como a passagem em transportes públicos. Assim foi feito no Japão, por exemplo", cita Silvana Machado, vice-presidente da AT Kearney, que auxilia a Febraban nesse projeto. Ela destaca também a necessidade de o serviço ser seguro e fácil de usar: "Não pode ser algo complicado, cheio de senhas e contrassenhas". A precificação do serviço poderá variar de banco para banco. É provável que a Febraban defina um limite de valor por transação, por questões de segurança
Fonte:teletime30/08/2011
A ideia é que o sistema permita transferências financeiras, através do celular, entre correntistas de quaisquer bancos do Brasil, assim como pagamentos a lojistas. A tecnologia utilizada pelo usuário final para realizar a transação poderá variar desde uma mensagem de texto (SMS) até o uso de um aplicativo móvel ou de Near Field Communications (NFC), ficando a critério de cada banco. A plataforma, na prática, cuidará apenas do clearing dessas transações entre as instituições financeiras.
Será necessário contratar uma empresa externa para gerenciar o sistema, tal como é feito hoje pela Câmara Interbancária de Pagamentos (CIP) no clearing de DOCs e TEDs. Por sinal, a CIP é tida como candidata natural a realizar esse papel em m-payments.
Para o usuário final, o serviço será como uma carteira eletrônica, que ele carrega de dinheiro e vai gastando aos poucos, em transações realizadas via celular. "É importante gerarmos o hábito do uso. Para isso, o ideal são pagamentos pequenos e recorrentes, como a passagem em transportes públicos. Assim foi feito no Japão, por exemplo", cita Silvana Machado, vice-presidente da AT Kearney, que auxilia a Febraban nesse projeto. Ela destaca também a necessidade de o serviço ser seguro e fácil de usar: "Não pode ser algo complicado, cheio de senhas e contrassenhas". A precificação do serviço poderá variar de banco para banco. É provável que a Febraban defina um limite de valor por transação, por questões de segurança
Fonte:teletime30/08/2011
Grupo investe R$ 6 milhões para criar empresa de TIC
Após intensas negociações, as empresas MTM Tecnologia, GranTI e CMS decidiram se unir ao grupo Unipartners e a investidores para criar o grupo Solutis, companhia que atuará no desenvolvimento de soluções e serviços de tecnologia da informação e comunicações (TIC).
Com investimento inicial de R$ 6 milhões, a nova empresa, que terá sede em Salvador, pretende investir R$ 11 milhões até o fim do ano, o que inclui também novas aquisições. A Solutis oferecerá uma ampla gama de serviços, como o desenvolvimento de sistemas de gestão empresarial e aplicativos para plataformas móveis, implantação de infraestrutura, mobilidade e gestão de performance.
A empresa também inicia as operações com parcerias de peso no mercado, como com as multinacionais Cisco, Huawei, Apple, Google, Microsoft, RIM e Samsung, além de empresas menores, como a desenvolvedora de aplicativos de rede Apprion e a fornecedora de computadores Daten. "A experiência das empresas que compõem o grupo e o respaldo de nossos parceiros garantem o reconhecimento e a credibilidade no mercado", aposta o executivo-chefe (CEO) da Solutis, Christian Villela Dunce
Fonte:tiinside30/08/2011
Com investimento inicial de R$ 6 milhões, a nova empresa, que terá sede em Salvador, pretende investir R$ 11 milhões até o fim do ano, o que inclui também novas aquisições. A Solutis oferecerá uma ampla gama de serviços, como o desenvolvimento de sistemas de gestão empresarial e aplicativos para plataformas móveis, implantação de infraestrutura, mobilidade e gestão de performance.
A empresa também inicia as operações com parcerias de peso no mercado, como com as multinacionais Cisco, Huawei, Apple, Google, Microsoft, RIM e Samsung, além de empresas menores, como a desenvolvedora de aplicativos de rede Apprion e a fornecedora de computadores Daten. "A experiência das empresas que compõem o grupo e o respaldo de nossos parceiros garantem o reconhecimento e a credibilidade no mercado", aposta o executivo-chefe (CEO) da Solutis, Christian Villela Dunce
Fonte:tiinside30/08/2011
TOTVS e Acqua Manager anunciam parceria
A TOTVS e a Acqua Manager provedora de sistemas de gestão comercial e operacional específicos para as concessionárias de saneamento básico, acabam de fechar uma parceria com o objetivo de integrar a solução de ERP da TOTVS ao software da Acqua Manager.
A integração total da solução ERP da TOTVS com a Acqua Manager trará diversos benefícios às concessionárias de saneamento básico, já que permitirá um melhor desempenho das atividades e operações, por meio de uma gestão integrada eficaz e segura.
O intuito da parceria é expandir e aprimorar os serviços da Acqua Manager para o setor público. A empresa está presente no Brasil em mais de 60% das concessionárias privadas de água e esgoto e atua também na Europa e PALOPS. O software Acqua Manager possui mais de 40 módulos que permitem a criação de fluxos de trabalhos bem definidos. É possível eliminar perdas, reduzir custos da operação e aumentar a receita líquida das concessões com a adoção de novas práticas comerciais.
Fonte:Decisionreport30/08/2011
A integração total da solução ERP da TOTVS com a Acqua Manager trará diversos benefícios às concessionárias de saneamento básico, já que permitirá um melhor desempenho das atividades e operações, por meio de uma gestão integrada eficaz e segura.
O intuito da parceria é expandir e aprimorar os serviços da Acqua Manager para o setor público. A empresa está presente no Brasil em mais de 60% das concessionárias privadas de água e esgoto e atua também na Europa e PALOPS. O software Acqua Manager possui mais de 40 módulos que permitem a criação de fluxos de trabalhos bem definidos. É possível eliminar perdas, reduzir custos da operação e aumentar a receita líquida das concessões com a adoção de novas práticas comerciais.
Fonte:Decisionreport30/08/2011
Balanços acusam desaquecimento
A desaceleração da economia começou a deixar de forma clara seus reflexos nos balanços das empresas. Os resultados das cem maiores companhias abertas brasileiras no segundo trimestre confirmam que receita e lucro cresceram em um ritmo inferior ao verificado nos três primeiros meses do ano.
Além do aumento das vendas perder força, os custos e as despesas pressionaram os resultados. Para o terceiro e o quarto trimestres, a expectativa é que o desaquecimento continue e que o peso da inflação comece a diminuir. A dúvida é quando a esperada mudança na política monetária - com a possível redução dos juros - vai de fato se concretizar e ajudar os balanços.
O lucro líquido das maiores empresas não financeiras totalizou R$ 36,4 bilhões no segundo trimestre e subiu 14% na comparação com o mesmo período de 2010, em um ritmo bem menor que a expansão de 62% verificada no primeiro trimestre, em relação a igual intervalo do ano passado.
O resultado seguiu a trajetória da receita líquida, que avançou 14% no segundo trimestre, para R$ 284 bilhões, contra crescimento de 21% no primeiro. Os números são de levantamento do Valor Data, com dados informados pelas empresas em IFRS.
"A desaceleração nos resultados das empresas no segundo trimestre já estava no script", avalia Caio Megale, economista do Itaú Unibanco. Para ele, apesar de mais tímidos, os números ainda são vigorosos e, em certa medida, "o desaquecimento foi saudável".
Um vilão dos balanços foi o patamar de custos. Embora tenham subido menos que no primeiro trimestre, os custos ainda cresceram mais que as vendas das companhias, 17%. Por outro lado, o resultado financeiro foi favorável, com queda da despesa financeira líquida, mas ainda assim insuficiente para melhorar os números finais.
As margens brutas e operacionais (antes do resultado financeiro e de impostos), que haviam subido no primeiro trimestre, tiveram queda quase generalizada.
No setor siderúrgico, por exemplo, que sofre com a concorrência do aço importado, as companhias não conseguiram repassar o aumento do minério de ferro e do carvão aos produtos vendidos.
As construtoras e as companhias aéreas também sentiram os custos e as despesas. No primeiro caso, os insumos e a mão de obra tiveram grande aumento. Na aviação, o petróleo pesou, além de menor crescimento de demanda por voos devido à crise. Para controlar custos e fazer frente ao novo cenário, a TAM anunciou ontem, por exemplo, que fez um ajuste nos planos e desistiu de ampliar a frota doméstica no ano que vem.
Mais confortáveis estão companhias de varejo como Pão de Açúcar e Lojas Renner, que mantiveram tanto o ritmo acelerado de crescimento como as margens. Entre as que elevaram menos as vendas, mas aumentaram as margens estão a mineradora Vale e a companhia de bebidas Ambev.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Além do aumento das vendas perder força, os custos e as despesas pressionaram os resultados. Para o terceiro e o quarto trimestres, a expectativa é que o desaquecimento continue e que o peso da inflação comece a diminuir. A dúvida é quando a esperada mudança na política monetária - com a possível redução dos juros - vai de fato se concretizar e ajudar os balanços.
O lucro líquido das maiores empresas não financeiras totalizou R$ 36,4 bilhões no segundo trimestre e subiu 14% na comparação com o mesmo período de 2010, em um ritmo bem menor que a expansão de 62% verificada no primeiro trimestre, em relação a igual intervalo do ano passado.
O resultado seguiu a trajetória da receita líquida, que avançou 14% no segundo trimestre, para R$ 284 bilhões, contra crescimento de 21% no primeiro. Os números são de levantamento do Valor Data, com dados informados pelas empresas em IFRS.
"A desaceleração nos resultados das empresas no segundo trimestre já estava no script", avalia Caio Megale, economista do Itaú Unibanco. Para ele, apesar de mais tímidos, os números ainda são vigorosos e, em certa medida, "o desaquecimento foi saudável".
Um vilão dos balanços foi o patamar de custos. Embora tenham subido menos que no primeiro trimestre, os custos ainda cresceram mais que as vendas das companhias, 17%. Por outro lado, o resultado financeiro foi favorável, com queda da despesa financeira líquida, mas ainda assim insuficiente para melhorar os números finais.
As margens brutas e operacionais (antes do resultado financeiro e de impostos), que haviam subido no primeiro trimestre, tiveram queda quase generalizada.
No setor siderúrgico, por exemplo, que sofre com a concorrência do aço importado, as companhias não conseguiram repassar o aumento do minério de ferro e do carvão aos produtos vendidos.
As construtoras e as companhias aéreas também sentiram os custos e as despesas. No primeiro caso, os insumos e a mão de obra tiveram grande aumento. Na aviação, o petróleo pesou, além de menor crescimento de demanda por voos devido à crise. Para controlar custos e fazer frente ao novo cenário, a TAM anunciou ontem, por exemplo, que fez um ajuste nos planos e desistiu de ampliar a frota doméstica no ano que vem.
Mais confortáveis estão companhias de varejo como Pão de Açúcar e Lojas Renner, que mantiveram tanto o ritmo acelerado de crescimento como as margens. Entre as que elevaram menos as vendas, mas aumentaram as margens estão a mineradora Vale e a companhia de bebidas Ambev.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Desafio para mídia é tornar mundo digital rentável
A necessidade de encontrar um modelo de negócios rentável no mundo digital está no centro das estratégias de grupos de comunicação em todo o mundo. Apesar de desafiador e ainda incerto, esse cenário abre caminho para uma série de novas alternativas para as empresas do setor.
Para André Luis Furlanetto, que acumula a direção de marketing e da unidade de negócios digitais da Infoglobo - empresa que edita o jornal "O Globo" -, além de mais opções de distribuição com a diversidade de dispositivos disponíveis, o novo ambiente permite o desenvolvimento de um portfólio mais variado e, ao mesmo tempo, personalizado. "Você consegue gerar novas receitas ao fugir do ciclo convencional de produção e ir ao encontro de demandas que hoje não são atendidas no jornal impresso", afirmou, durante participação no VIII Seminário Nacional de Circulação da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), realizado ontem, em São Paulo.
Nesse contexto, o executivo citou a possibilidade de explorar versões diferentes do mesmo material para públicos distintos, com preços variados, além de o investimento em conteúdos segmentados e sazonais. É o caso da produção de séries especiais sobre um determinado acontecimento histórico ou temas de interesse específico. "O mundo digital exige, permite e até convida as experimentações", opinou.
A despeito do meio de distribuição da informação, Furlanetto disse acreditar que a busca da publicação periódica passará a ser pelo tempo e a atenção do leitor. Sob essa visão, ele acrescenta que outro fator que será valorizado pelo consumidor - portanto, passível de cobrança - é a entrega da notícia com conveniência e praticidade.
Os jornais brasileiros, segundo Furlanetto, vivem um momento mais favorável que seus pares no exterior, pelo fato de o índice de circulação dos jornais impressos se manter estável no mercado local: "O Brasil ainda tem mais a defender, mas esse panorama, ao mesmo tempo, permite que possamos testar novos modelos com menor risco do que os jornais americanos e europeus".
Segundo Afonso Cunha, diretor-executivo de negócios do grupo Lance, esse é o momento ideal para encontrar novos formatos de produtos, definição de preços, distribuição e cobrança: "Mesmo o 'Wall Street Journal', que há anos vende conteúdo digital, ainda está experimentando novos modelos."
Por outro lado, os executivos disseram que esse contexto mais amplo esconde desafios como o necessário investimento em infraestrutura para identificar públicos específicos e suas demandas, inclusive para gerenciar diversos patamares de preço em meio à diversidade de produtos, com atenção especial para os micropagamentos.
Para Marciliano Júnior, diretor de circulação e marketing do Valor, o aprendizado nesse novo ambiente não estará restrito aos jornais. "O leitor também vai descobrir e querer novos modelos. E nós temos que estar preparados para antecipar essas demandas", afirmou.
Outra questão debatida está relacionada ao conteúdo gerado para tablets e smartphones, mais especificamente aos modelos de negócios adotados por Apple e Google, empresas que estão dominando o setor no plano dos sistemas operacionais. "Por um lado é positivo, pois temos hoje uma tecnologia razoavelmente estável para definirmos nossas estratégias nos próximos anos", disse Cunha, do grupo Lance.
Em relação à Apple, apesar de ressaltarem o padrão de qualidade e as vantagens de associar o conteúdo aos produtos da marca, os executivos fizeram ressalvas ao modelo de controle rígido da companhia no que se refere a temas como divisão das receitas geradas e compartilhamento de cadastros dos usuários.
Quanto ao Google, apesar da política mais flexível de participação nas receitas e desenvolvimento de aplicativos, são considerados pontos críticos a menor segurança no desenvolvimento de programas e a falta de padronização dos dispositivos e recursos. "Como o Android está presente nos aparelhos de diversos fabricantes, muitas vezes a experiência do usuário no consumo do conteúdo fica prejudicada em alguns dispositivos", disse Furlanetto, da Infoglobo.
Na busca por alternativas aos dois fabricantes, Marciliano, do Valor, disse que a ANJ está em negociação com bancas digitais - lojas on-line para a venda de conteúdo de publicações - e fabricantes nacionais de dispositivos. No centro desses acordos está a procura pela definição de parâmetros mais interessantes ao setor, especialmente em termos de divisão de receitas, distribuição e compartilhamento de dados dos usuários.
Procurados pelo Valor, o Google não se manifestou, até o fechamento desta edição, e a Apple disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria o assunto.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Para André Luis Furlanetto, que acumula a direção de marketing e da unidade de negócios digitais da Infoglobo - empresa que edita o jornal "O Globo" -, além de mais opções de distribuição com a diversidade de dispositivos disponíveis, o novo ambiente permite o desenvolvimento de um portfólio mais variado e, ao mesmo tempo, personalizado. "Você consegue gerar novas receitas ao fugir do ciclo convencional de produção e ir ao encontro de demandas que hoje não são atendidas no jornal impresso", afirmou, durante participação no VIII Seminário Nacional de Circulação da Associação Nacional dos Jornais (ANJ), realizado ontem, em São Paulo.
Nesse contexto, o executivo citou a possibilidade de explorar versões diferentes do mesmo material para públicos distintos, com preços variados, além de o investimento em conteúdos segmentados e sazonais. É o caso da produção de séries especiais sobre um determinado acontecimento histórico ou temas de interesse específico. "O mundo digital exige, permite e até convida as experimentações", opinou.
A despeito do meio de distribuição da informação, Furlanetto disse acreditar que a busca da publicação periódica passará a ser pelo tempo e a atenção do leitor. Sob essa visão, ele acrescenta que outro fator que será valorizado pelo consumidor - portanto, passível de cobrança - é a entrega da notícia com conveniência e praticidade.
Os jornais brasileiros, segundo Furlanetto, vivem um momento mais favorável que seus pares no exterior, pelo fato de o índice de circulação dos jornais impressos se manter estável no mercado local: "O Brasil ainda tem mais a defender, mas esse panorama, ao mesmo tempo, permite que possamos testar novos modelos com menor risco do que os jornais americanos e europeus".
Segundo Afonso Cunha, diretor-executivo de negócios do grupo Lance, esse é o momento ideal para encontrar novos formatos de produtos, definição de preços, distribuição e cobrança: "Mesmo o 'Wall Street Journal', que há anos vende conteúdo digital, ainda está experimentando novos modelos."
Por outro lado, os executivos disseram que esse contexto mais amplo esconde desafios como o necessário investimento em infraestrutura para identificar públicos específicos e suas demandas, inclusive para gerenciar diversos patamares de preço em meio à diversidade de produtos, com atenção especial para os micropagamentos.
Para Marciliano Júnior, diretor de circulação e marketing do Valor, o aprendizado nesse novo ambiente não estará restrito aos jornais. "O leitor também vai descobrir e querer novos modelos. E nós temos que estar preparados para antecipar essas demandas", afirmou.
Outra questão debatida está relacionada ao conteúdo gerado para tablets e smartphones, mais especificamente aos modelos de negócios adotados por Apple e Google, empresas que estão dominando o setor no plano dos sistemas operacionais. "Por um lado é positivo, pois temos hoje uma tecnologia razoavelmente estável para definirmos nossas estratégias nos próximos anos", disse Cunha, do grupo Lance.
Em relação à Apple, apesar de ressaltarem o padrão de qualidade e as vantagens de associar o conteúdo aos produtos da marca, os executivos fizeram ressalvas ao modelo de controle rígido da companhia no que se refere a temas como divisão das receitas geradas e compartilhamento de cadastros dos usuários.
Quanto ao Google, apesar da política mais flexível de participação nas receitas e desenvolvimento de aplicativos, são considerados pontos críticos a menor segurança no desenvolvimento de programas e a falta de padronização dos dispositivos e recursos. "Como o Android está presente nos aparelhos de diversos fabricantes, muitas vezes a experiência do usuário no consumo do conteúdo fica prejudicada em alguns dispositivos", disse Furlanetto, da Infoglobo.
Na busca por alternativas aos dois fabricantes, Marciliano, do Valor, disse que a ANJ está em negociação com bancas digitais - lojas on-line para a venda de conteúdo de publicações - e fabricantes nacionais de dispositivos. No centro desses acordos está a procura pela definição de parâmetros mais interessantes ao setor, especialmente em termos de divisão de receitas, distribuição e compartilhamento de dados dos usuários.
Procurados pelo Valor, o Google não se manifestou, até o fechamento desta edição, e a Apple disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comentaria o assunto.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Terminais de contêineres vão investir R$ 1,6 bi em ampliações
Os terminais de contêineres privatizados no fim dos anos 90 preparam-se para um novo ciclo de crescimento. Quatro deles, situados no Rio, Salvador e Paranaguá, têm programados investimentos totais de R$ 1,6 bilhão em expansões nos próximos anos. Os recursos permitirão aumentar a capacidade de movimentação de carga. Com obras e novos equipamentos, os terminais vão se adequar para receber as últimas gerações de navios, de 7 mil e até 9 mil TEUs (contêiner equivalente a 20 pés).
Os navios de 7 mil TEUs podem ter mais de 300 metros de comprimento e mais de 40 metros de largura. No fim da década de 90, quando os terminais de contêineres foram repassados ao setor privado em concessão, o padrão era outro: os navios de contêineres tinham cerca de 180 metros de comprimento e capacidade de cerca de 2 mil TEUs. Os ganhos de escala na indústria marítima levaram os terminais a abrir um longo processo de negociação com as autoridades portuárias e com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para adequar os contratos de concessão à nova realidade.
Hoje, para atracar dois navios modernos de forma simultânea, um terminal precisa ter dois berços com cerca de 400 metros de comprimento cada um. No Rio, a expansão vai fazer com que surja o maior cais contínuo para contêineres da América do Sul, diz o empresário Richard Klien, do grupo Multiterminais. Atualmente, o grupo de Klien mais a Libra Terminais têm, no porto do Rio, cais com 1.258 metros, extensão que aumentará 60%, chegando a 1.960 metros. No total, a Multi vai investir R$ 492 milhões em seu projeto de expansão, com recursos próprios e financiamento na modalidade "project finance", afirmou Klien.
A capacidade dos terminais da Multi e da Libra, instalados no Rio, vai aumentar 66% e atingir 2 milhões de TEUs
Luiz Henrique Carneiro, presidente da MultiRio e MultiCar, empresas do grupo que movimentam contêineres e carros, respectivamente, previu que o projeto de expansão da Multi no porto do Rio deve estar pronto no segundo semestre de 2014. Carneiro disse que a expansão vai gerar ociosidade nos terminais, o que é positivo porque tende a acabar com as filas de espera de navios. O resultado, segundo ele, será o aumento da competitividade, que pode levar à redução de preços. "É a lei da oferta e da procura", afirmou.
Juntos, os terminais da Multi e da Libra têm capacidade para movimentar cerca de 1,2 milhão de TEUs por ano no Rio, número que vai aumentar cerca de 66% chegando a 2 milhões de TEUs por ano. Wagner Biasoli, presidente da Libra Terminais, também falou do projeto: "Estamos bem aparelhados para fazer a expansão porque o Rio vai precisar." No total, se prevê que a Libra vai investir R$ 763 milhões na expansão das operações da empresa no Rio. Desse total, R$ 423,2 milhões serão aplicados nas obras em diferentes etapas. Há ainda cálculo de que a empresa pode aplicar R$ 340 milhões em equipamentos e instalações, mas Biasoli disse que essa é uma "estimativa".
O executivo reconheceu que o aquecimento do mercado da construção civil representa aumento de custos acima da inflação para as obras de expansão do terminal e disse que, no caso do projeto da Libra, será importante utilizar a areia dragada de um canal que desemboca na Baía de Guanabara. Os dois projetos ainda aguardam a obtenção de licenças ambientais. O projeto da Libra tem fases que serão executadas a curto prazo, caso da ampliação do cais, mas há outras, como a expansão da retroárea do terminal em 54 mil metros quadrados, que está prevista para o médio prazo e vai depender da demanda, disse Biasoli.
No Paraná, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) tem projeto de expansão de R$ 170 milhões que vai permitir ao terminal atingir capacidade de 1,5 milhão de TEUs por ano a partir do primeiro trimestre de 2013, disse Luiz Antonio Alves, diretor financeiro do TCP. Em 2010, o terminal movimentou 700 mil TEUs.
Em Salvador, a Wilson, Sons vai investir R$ 180 milhões para duplicar a capacidade do terminal da empresa. O Tecon Salvador, da Wilson, Sons, tem capacidade de movimentar 250 mil TEUs, segundo dados de 2010. E poderá movimentar 112% a mais, ou 530 mil TEUs por ano, a partir de março, disse Demir Lourenço Júnior, diretor-executivo do terminal.
Do total a ser investido no projeto, R$ 160 milhões serão aplicados no próprio terminal e R$ 20 milhões em depósito para contêineres vazios, com capacidade para 8 mil TEUs, situado a 17 quilômetros do porto de Salvador. Lourenço disse que a expansão do terminal inclui reforço estrutural do cais, dragagem e pavimentação de 45 mil metros quadrados do pátio atual, além da aquisição de equipamentos.
O terminal passará a ter um cais com 377 metros de comprimento e 15 metros de calado e outro com 240 metros e 12 de calado. A área total do terminal vai aumentar cerca de 60%. Lourenço disse que a expansão está sendo acompanhada de um trabalho comercial para fazer o terminal recuperar cargas, como as frutas produzidas no vale do rio São Francisco, exportadas por outros portos do Nordeste.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Os navios de 7 mil TEUs podem ter mais de 300 metros de comprimento e mais de 40 metros de largura. No fim da década de 90, quando os terminais de contêineres foram repassados ao setor privado em concessão, o padrão era outro: os navios de contêineres tinham cerca de 180 metros de comprimento e capacidade de cerca de 2 mil TEUs. Os ganhos de escala na indústria marítima levaram os terminais a abrir um longo processo de negociação com as autoridades portuárias e com a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para adequar os contratos de concessão à nova realidade.
Hoje, para atracar dois navios modernos de forma simultânea, um terminal precisa ter dois berços com cerca de 400 metros de comprimento cada um. No Rio, a expansão vai fazer com que surja o maior cais contínuo para contêineres da América do Sul, diz o empresário Richard Klien, do grupo Multiterminais. Atualmente, o grupo de Klien mais a Libra Terminais têm, no porto do Rio, cais com 1.258 metros, extensão que aumentará 60%, chegando a 1.960 metros. No total, a Multi vai investir R$ 492 milhões em seu projeto de expansão, com recursos próprios e financiamento na modalidade "project finance", afirmou Klien.
A capacidade dos terminais da Multi e da Libra, instalados no Rio, vai aumentar 66% e atingir 2 milhões de TEUs
Luiz Henrique Carneiro, presidente da MultiRio e MultiCar, empresas do grupo que movimentam contêineres e carros, respectivamente, previu que o projeto de expansão da Multi no porto do Rio deve estar pronto no segundo semestre de 2014. Carneiro disse que a expansão vai gerar ociosidade nos terminais, o que é positivo porque tende a acabar com as filas de espera de navios. O resultado, segundo ele, será o aumento da competitividade, que pode levar à redução de preços. "É a lei da oferta e da procura", afirmou.
Juntos, os terminais da Multi e da Libra têm capacidade para movimentar cerca de 1,2 milhão de TEUs por ano no Rio, número que vai aumentar cerca de 66% chegando a 2 milhões de TEUs por ano. Wagner Biasoli, presidente da Libra Terminais, também falou do projeto: "Estamos bem aparelhados para fazer a expansão porque o Rio vai precisar." No total, se prevê que a Libra vai investir R$ 763 milhões na expansão das operações da empresa no Rio. Desse total, R$ 423,2 milhões serão aplicados nas obras em diferentes etapas. Há ainda cálculo de que a empresa pode aplicar R$ 340 milhões em equipamentos e instalações, mas Biasoli disse que essa é uma "estimativa".
O executivo reconheceu que o aquecimento do mercado da construção civil representa aumento de custos acima da inflação para as obras de expansão do terminal e disse que, no caso do projeto da Libra, será importante utilizar a areia dragada de um canal que desemboca na Baía de Guanabara. Os dois projetos ainda aguardam a obtenção de licenças ambientais. O projeto da Libra tem fases que serão executadas a curto prazo, caso da ampliação do cais, mas há outras, como a expansão da retroárea do terminal em 54 mil metros quadrados, que está prevista para o médio prazo e vai depender da demanda, disse Biasoli.
No Paraná, o Terminal de Contêineres de Paranaguá (TCP) tem projeto de expansão de R$ 170 milhões que vai permitir ao terminal atingir capacidade de 1,5 milhão de TEUs por ano a partir do primeiro trimestre de 2013, disse Luiz Antonio Alves, diretor financeiro do TCP. Em 2010, o terminal movimentou 700 mil TEUs.
Em Salvador, a Wilson, Sons vai investir R$ 180 milhões para duplicar a capacidade do terminal da empresa. O Tecon Salvador, da Wilson, Sons, tem capacidade de movimentar 250 mil TEUs, segundo dados de 2010. E poderá movimentar 112% a mais, ou 530 mil TEUs por ano, a partir de março, disse Demir Lourenço Júnior, diretor-executivo do terminal.
Do total a ser investido no projeto, R$ 160 milhões serão aplicados no próprio terminal e R$ 20 milhões em depósito para contêineres vazios, com capacidade para 8 mil TEUs, situado a 17 quilômetros do porto de Salvador. Lourenço disse que a expansão do terminal inclui reforço estrutural do cais, dragagem e pavimentação de 45 mil metros quadrados do pátio atual, além da aquisição de equipamentos.
O terminal passará a ter um cais com 377 metros de comprimento e 15 metros de calado e outro com 240 metros e 12 de calado. A área total do terminal vai aumentar cerca de 60%. Lourenço disse que a expansão está sendo acompanhada de um trabalho comercial para fazer o terminal recuperar cargas, como as frutas produzidas no vale do rio São Francisco, exportadas por outros portos do Nordeste.
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Redes de beleza
A expansão do setor de beleza e estética fica evidente no aumento das franquias que exploram o segmento, nas vendas de produtos para o consumidor final e no número de estabelecimentos que oferecem produtos e serviços específicos.
Para conquistar clientes, alguns empreendedores pretendem investir até R$ 50 mil, ainda em 2011, na reforma de imóveis e compra de equipamentos de estética. Novas contratações de cabeleireiros, manicures e fisioterapeutas também estão na agenda dos empresários.
O valor das entregas de itens de higiene pessoal, perfumes e cosméticos no Brasil passou de R$ 21,3 bilhões em 2008 para R$ 27,3 bilhões em 2010. Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e da consultoria Booz & Co., até 2015, o setor deve movimentar R$ 50 bilhões.
Os pequenos negócios do ramo também pipocam em cada esquina. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Beauty Fair - Feira Internacional de Cosméticos e Beleza, uma das maiores do setor, indicam que o número de salões no país saltou de 11,8 mil em 2007 para 14,4 mil unidades em 2009. Mas por conta da alta informalidade, estima-se que esse número seja bem maior.
Ampliar imagem
"A expectativa é que a feira deste ano, com 450 expositores e 900 marcas, movimente R$ 388 milhões, 15% a mais do que no ano passado", afirma Luciane Beltran, diretora da Beauty Fair, que acontece de 10 a 13 de setembro, em São Paulo (SP).
Na área de franquias, 30 novas marcas de beleza e saúde surgiram no último ano. Com isso, já há 320 redes e 15 mil lojas franqueadas, que movimentaram R$ 11,8 milhões em 2010, R$ 2 milhões a mais que o valor obtido em 2009, segundo Ricardo Camargo, diretor da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
"Devido ao aumento do poder de consumo da classe C e de haver mais mulheres no mercado de trabalho, as franquias na área de depilação e clínicas de estética destacam-se no segmento", afirma Camargo.
No Rio de Janeiro, a fisioterapeuta Juliana Silva Teixeira abriu a clínica de estética Libert há dois meses e já planeja agregar novos serviços. Com sete funcionários, incluindo uma nutricionista e um médico, a clínica faz aplicação de botox, drenagem linfática, massagens e limpeza de pele. "Vamos contratar mais duas fisioterapeutas e comprar um aparelho de redução de celulite", adianta.
A clínica faz até 24 atendimentos ao dia e 80% dos clientes são mulheres. Depois de investir R$ 40 mil, a empresária planeja aplicar mais R$ 30 mil, até o fim do ano, na compra de equipamentos. Entre as novidades do mercado, há máquinas para o tratamento de gordura localizada e tonificação muscular, além de tecnologias para evitar rugas e flacidez.
Segundo Juliana, além da modernização dos serviços, os maiores desafios para manter a empresa são conseguir mão de obra especializada e escapar da sazonalidade do setor.
Para Mônica Ramos e Martha Fernandes, sócias do salão Le Premier Coiffeur, que funciona há 16 anos na capital fluminense, empresários interessados em abrir um negócio devem fazer uma pesquisa de mercado para encontrar o local ideal para o estabelecimento e evitar a concorrência direta. "Se o empreendedor não for do ramo, deve procurar um curso de administração de salão, como os que o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) oferece", diz Mônica, que trabalhou como secretária durante 15 anos, antes de abraçar o negócio. Somente o Senac-Rio de Janeiro oferece mais de 20 cursos na área de beleza e bem-estar. Os programas receberam 20% a mais de matrículas em 2010, ante 2009.
"Em um mercado com alto índice de crescimento, o número de empresários interessados no setor tende a aumentar", avalia Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, especializada em franquias. "As empresas devem definir um modelo de negócio que atenda as expectativas do consumidor e, ao mesmo tempo, estar preparadas para ocupar mercados menores ou grandes centros."
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Para conquistar clientes, alguns empreendedores pretendem investir até R$ 50 mil, ainda em 2011, na reforma de imóveis e compra de equipamentos de estética. Novas contratações de cabeleireiros, manicures e fisioterapeutas também estão na agenda dos empresários.
O valor das entregas de itens de higiene pessoal, perfumes e cosméticos no Brasil passou de R$ 21,3 bilhões em 2008 para R$ 27,3 bilhões em 2010. Segundo estimativas da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec) e da consultoria Booz & Co., até 2015, o setor deve movimentar R$ 50 bilhões.
Os pequenos negócios do ramo também pipocam em cada esquina. Dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e da Beauty Fair - Feira Internacional de Cosméticos e Beleza, uma das maiores do setor, indicam que o número de salões no país saltou de 11,8 mil em 2007 para 14,4 mil unidades em 2009. Mas por conta da alta informalidade, estima-se que esse número seja bem maior.
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"A expectativa é que a feira deste ano, com 450 expositores e 900 marcas, movimente R$ 388 milhões, 15% a mais do que no ano passado", afirma Luciane Beltran, diretora da Beauty Fair, que acontece de 10 a 13 de setembro, em São Paulo (SP).
Na área de franquias, 30 novas marcas de beleza e saúde surgiram no último ano. Com isso, já há 320 redes e 15 mil lojas franqueadas, que movimentaram R$ 11,8 milhões em 2010, R$ 2 milhões a mais que o valor obtido em 2009, segundo Ricardo Camargo, diretor da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
"Devido ao aumento do poder de consumo da classe C e de haver mais mulheres no mercado de trabalho, as franquias na área de depilação e clínicas de estética destacam-se no segmento", afirma Camargo.
No Rio de Janeiro, a fisioterapeuta Juliana Silva Teixeira abriu a clínica de estética Libert há dois meses e já planeja agregar novos serviços. Com sete funcionários, incluindo uma nutricionista e um médico, a clínica faz aplicação de botox, drenagem linfática, massagens e limpeza de pele. "Vamos contratar mais duas fisioterapeutas e comprar um aparelho de redução de celulite", adianta.
A clínica faz até 24 atendimentos ao dia e 80% dos clientes são mulheres. Depois de investir R$ 40 mil, a empresária planeja aplicar mais R$ 30 mil, até o fim do ano, na compra de equipamentos. Entre as novidades do mercado, há máquinas para o tratamento de gordura localizada e tonificação muscular, além de tecnologias para evitar rugas e flacidez.
Segundo Juliana, além da modernização dos serviços, os maiores desafios para manter a empresa são conseguir mão de obra especializada e escapar da sazonalidade do setor.
Para Mônica Ramos e Martha Fernandes, sócias do salão Le Premier Coiffeur, que funciona há 16 anos na capital fluminense, empresários interessados em abrir um negócio devem fazer uma pesquisa de mercado para encontrar o local ideal para o estabelecimento e evitar a concorrência direta. "Se o empreendedor não for do ramo, deve procurar um curso de administração de salão, como os que o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) oferece", diz Mônica, que trabalhou como secretária durante 15 anos, antes de abraçar o negócio. Somente o Senac-Rio de Janeiro oferece mais de 20 cursos na área de beleza e bem-estar. Os programas receberam 20% a mais de matrículas em 2010, ante 2009.
"Em um mercado com alto índice de crescimento, o número de empresários interessados no setor tende a aumentar", avalia Filomena Garcia, sócia-diretora da Franchise Store, especializada em franquias. "As empresas devem definir um modelo de negócio que atenda as expectativas do consumidor e, ao mesmo tempo, estar preparadas para ocupar mercados menores ou grandes centros."
Fonte:valoreconomico31/08/2011
Geração solar a caminho de leilões
Depois do sucesso que foi a inclusão da energia eólica na matriz brasileira, com diversas fábricas de aerogeradores se instalando no país, começam os primeiros movimentos de forma mais orquestrada para que também a energia solar seja uma alternativa viável. Já há investidores como a Rio Alto Energia com projetos que poderiam ter competido no último leilão do governo federal, em que a própria eólica foi negociada a menos de R$ 100 o MWh. Para se ter ideia do tamanho da ambição, na Espanha o preço da energia solar gira em torno de € 300 o MWh.
O projeto da Rio Alto não foi habilitado, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, porque não há ainda previsão legal para a participação desse tipo de energia, apesar de a empresa ter tentado se cadastrar como térmica movida a biomassa. Tolmasquim ainda é um pouco cético sobre a questão do preço que, segundo ele, é o entrave para que se faça um leilão específico para solar, a exemplo do que se fez no primeiro leilão de eólica. Mas acrescenta: "É questão de tempo para a solar participar dos leilões. Falta massa crítica, projetos suficientes para um leilão".
O projeto da Rio Alto, dos empresários Rafael Brandão, Sergio Reinas e Edmond Farhat, prevê uma usina termo solar no sertão da Paraíba com capacidade de gerar 50 megawatts (MW). A estimativa de investimentos é de R$ 350 milhões e recentemente o grupo fechou parceria com o Banco Paulista para o empreendimento. "Teríamos tido condições de competir no último leilão até o fim", disse Reina. "Já temos licença de instalação emitida, negociações com fornecedores como a Siemens caminhando e também de financiamento com o Banco do Nordeste." O projeto está em fase avançada e a negociação com fornecedores para as turbinas solares também caminha a passos largos. A Siemens estuda a possibilidade de até mesmo fabricar esse tipo de equipamento no país.
Os empresários dizem que o motivo de se conseguir no Brasil um preço mais competitivo que a Europa está no custo da terra, que no sertão da Paraíba não tem uso produtivo; na fabricação brasileira dos equipamentos; no projeto termo solar, que é diferente do fotovoltaico (usado principalmente em residências); na pequena distância para conexão à rede (cerca de quatro quilômetros da subestção da Chesf); e ainda da alta produtividade (cerca de 60%).
A produção em grande escala de energia solar requer grandes pedaços de terra. Para o projeto Coremas, da Rio Alto, são cerca de 60 hectares. Para ter o fator de capacidade de 60%, a energia é gerada durante 12 horas, sendo parte com energia direta do sol e outra parte com o uso de biomassa. No sertão paraibano há grande quantidade de dejetos de coco, que podem ser usado como combustível na usina. O preço não prevê um segundo uso da unidade.
A ideia é fazer uma espécie de estufa, com as turbinas solares ficando cerca de dois metros acima do solo e possibilitando a plantação na área. Segundo os executivos da Rio Alto, esse tipo de uso das unidades termo solares é super comum nos Estados Unidos. Será inclusive de lá que será trazida a tecnologia de polímero flexível, que substitui o espelho nessas unidades termo solares. A empresa tem ainda em projetos outros 250 MW para serem desenvolvidos.
Fonte:Valoreconômico31/08/2011
O projeto da Rio Alto não foi habilitado, segundo o presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, porque não há ainda previsão legal para a participação desse tipo de energia, apesar de a empresa ter tentado se cadastrar como térmica movida a biomassa. Tolmasquim ainda é um pouco cético sobre a questão do preço que, segundo ele, é o entrave para que se faça um leilão específico para solar, a exemplo do que se fez no primeiro leilão de eólica. Mas acrescenta: "É questão de tempo para a solar participar dos leilões. Falta massa crítica, projetos suficientes para um leilão".
O projeto da Rio Alto, dos empresários Rafael Brandão, Sergio Reinas e Edmond Farhat, prevê uma usina termo solar no sertão da Paraíba com capacidade de gerar 50 megawatts (MW). A estimativa de investimentos é de R$ 350 milhões e recentemente o grupo fechou parceria com o Banco Paulista para o empreendimento. "Teríamos tido condições de competir no último leilão até o fim", disse Reina. "Já temos licença de instalação emitida, negociações com fornecedores como a Siemens caminhando e também de financiamento com o Banco do Nordeste." O projeto está em fase avançada e a negociação com fornecedores para as turbinas solares também caminha a passos largos. A Siemens estuda a possibilidade de até mesmo fabricar esse tipo de equipamento no país.
Os empresários dizem que o motivo de se conseguir no Brasil um preço mais competitivo que a Europa está no custo da terra, que no sertão da Paraíba não tem uso produtivo; na fabricação brasileira dos equipamentos; no projeto termo solar, que é diferente do fotovoltaico (usado principalmente em residências); na pequena distância para conexão à rede (cerca de quatro quilômetros da subestção da Chesf); e ainda da alta produtividade (cerca de 60%).
A produção em grande escala de energia solar requer grandes pedaços de terra. Para o projeto Coremas, da Rio Alto, são cerca de 60 hectares. Para ter o fator de capacidade de 60%, a energia é gerada durante 12 horas, sendo parte com energia direta do sol e outra parte com o uso de biomassa. No sertão paraibano há grande quantidade de dejetos de coco, que podem ser usado como combustível na usina. O preço não prevê um segundo uso da unidade.
A ideia é fazer uma espécie de estufa, com as turbinas solares ficando cerca de dois metros acima do solo e possibilitando a plantação na área. Segundo os executivos da Rio Alto, esse tipo de uso das unidades termo solares é super comum nos Estados Unidos. Será inclusive de lá que será trazida a tecnologia de polímero flexível, que substitui o espelho nessas unidades termo solares. A empresa tem ainda em projetos outros 250 MW para serem desenvolvidos.
Fonte:Valoreconômico31/08/2011
Consolidação do setor é considerada tardia
O setor varejista brasileiro vem se expandindo fortemente nos últimos anos em decorrência de vários fatores, tais como aumento da população urbana, das taxas de emprego e da renda da população em geral. Para se destacar nesse mercado e melhorar a performance, as empresas precisam ganhar escala, eficiência e diluir custos. Esses fatores são facilmente atingidos com crescimento orgânico ou com a aquisição de competidores - esse último é considerado o caminho mais curto para a expansão.
Desde a década de 90, o processo de consolidação através de fusões e aquisições já vem ocorrendo fortemente em alguns segmentos do varejo. O primeiro a se consolidar foi o bancário, seguido por super e hipermercados e depois por bens duráveis. Já os segmentos de varejo de drogarias, moda e material de construção ainda continuam muito pulverizados. No entanto, isso é uma questão de tempo. Fatores como estabilidade da economia, controle da inflação, formalização dos empregos, entrada de investidores financeiros, entre outros, aceleram o processo de consolidação.
Não é à toa que o segmento de drogarias saiu na frente e já protagonizou um movimento muito forte de operações, que teve início timidamente em 2008 e se intensificou bastante nos últimos meses. A disputa pela liderança neste mercado está muito grande e os líderes têm grandes oportunidades de continuar crescendo. Somente em 2011, tivemos a aquisição da rede Mais Econômica e abertura de capital por parte da Brazil Pharma, a fusão da Droga Raia e Drogasil no mês passado e, agora, a Drogaria SP e Drogarias Pacheco anunciam uma fusão de suas operações, se tornando a maior empresa do segmento em termos de faturamento. No que se refere a quantidade de lojas, as duas redes terão juntas algo em torno de 700 lojas.
Atualmente, algumas estimativas apontam que o mercado de drogarias e farmácias possua até 80 mil lojas em todo o Brasil (o número da Abrafarma é 65 mil), sendo 22% nas capitais brasileiras e 78% nas cidades do interior - um número até superior ao verificado nos Estados Unidos, que possui um pouco menos de 60 mil lojas. Com isso, percebe-se a oportunidade que os grandes players deste setor possuem para liderarem o processo de consolidação por meio da aquisição de redes de menor porte.
Com relação à receita, estima-se um volume total superior a R$ 40 bilhões em todo o Brasil, onde as cinco maiores detêm algo em torno de 25%, mas com um potencial de atingir patamares similares aos outros segmentos de varejo. Até o final deste ano e nos próximos, esta disputa será ainda mais acirrada. Eduardo Seixas Diretor sênior da alvarez & marsal brasil
Fonte:estadodeSP31/08/2011
Desde a década de 90, o processo de consolidação através de fusões e aquisições já vem ocorrendo fortemente em alguns segmentos do varejo. O primeiro a se consolidar foi o bancário, seguido por super e hipermercados e depois por bens duráveis. Já os segmentos de varejo de drogarias, moda e material de construção ainda continuam muito pulverizados. No entanto, isso é uma questão de tempo. Fatores como estabilidade da economia, controle da inflação, formalização dos empregos, entrada de investidores financeiros, entre outros, aceleram o processo de consolidação.
Não é à toa que o segmento de drogarias saiu na frente e já protagonizou um movimento muito forte de operações, que teve início timidamente em 2008 e se intensificou bastante nos últimos meses. A disputa pela liderança neste mercado está muito grande e os líderes têm grandes oportunidades de continuar crescendo. Somente em 2011, tivemos a aquisição da rede Mais Econômica e abertura de capital por parte da Brazil Pharma, a fusão da Droga Raia e Drogasil no mês passado e, agora, a Drogaria SP e Drogarias Pacheco anunciam uma fusão de suas operações, se tornando a maior empresa do segmento em termos de faturamento. No que se refere a quantidade de lojas, as duas redes terão juntas algo em torno de 700 lojas.
Atualmente, algumas estimativas apontam que o mercado de drogarias e farmácias possua até 80 mil lojas em todo o Brasil (o número da Abrafarma é 65 mil), sendo 22% nas capitais brasileiras e 78% nas cidades do interior - um número até superior ao verificado nos Estados Unidos, que possui um pouco menos de 60 mil lojas. Com isso, percebe-se a oportunidade que os grandes players deste setor possuem para liderarem o processo de consolidação por meio da aquisição de redes de menor porte.
Com relação à receita, estima-se um volume total superior a R$ 40 bilhões em todo o Brasil, onde as cinco maiores detêm algo em torno de 25%, mas com um potencial de atingir patamares similares aos outros segmentos de varejo. Até o final deste ano e nos próximos, esta disputa será ainda mais acirrada. Eduardo Seixas Diretor sênior da alvarez & marsal brasil
Fonte:estadodeSP31/08/2011
Redes sociais estão na mira de vendas
Em maio, Angela Ahrendts, a principal executiva da Burberry, se reuniu com o principal executivo da Salesforce.com, Marc Benioff, em Half Moon Bay, no Norte da Califórnia. Durante seu encontro, Benioff pegou um bloco de notas do hotel e delineou ideias sobre como a Salesforce poderia ajudar a Burberry a capitalizar a empolgação com os sites de mídia social para impulsionar as vendas e a fidelidade do cliente. Depois sacou seu iPad, bateu uma foto de suas anotações e, usando a própria tecnologia de rede social da Salesforce, chamada Chatter, as enviou a um grupo de seus executivos. Em dez minutos a equipe respondeu com suas próprias ideias. Angela ficou impressionada. "Queremos fazer com que [a Burberry] fique mundialmente conectada depois de 155 anos", diz ela.
Muitas grandes empresas têm sido lentas em fazer experiências com a mídia social, uma esfera desregulamentada na qual não conseguem, com facilidade, controlar os diálogos. Na Dreamforce, a conferência anual da Salesforce marcada para amanhã, em San Francisco, Benioff vai explicar por que seus clientes deveriam entrar na rede social - e permitir que a Salesforce os ajude. O argumento em favor dessa tese, em resumo, é que enquanto os consumidores estão fazendo compras on-line, trocando dicas sobre produtos e falando sobre suas férias no Facebook, no Twitter ou em outra rede, o software da Salesforce poderá ajudar as empresas a compreender e a lucrar com esses anseios e reclamações. O Bank of America, por exemplo, já está usando o software da Salesforce para responder a clientes no Twitter. "As empresas precisam se tornar empreendimentos sociais", diz Benioff. "Isso é mais do que apenas sites. É por aí que dá para transformar os clientes em amigos."
A atividade principal da Salesforce - vender programas que rodam na internet e rastreiam as oportunidades de vendas, projetam a receita e ajudam representantes de vendas de call centers a solucionar problemas - ainda está crescendo a um ritmo de 35% anuais, e a empresa encaminha-se a somar ao menos US$ 2,2 bilhões em vendas este ano. Mas Benioff diz que os clientes têm pedido formas melhores de reagir ao crescimento explosivo da mídia social.
Benioff pretende empregar a conferência para lançar uma opção nova, de preço mais elevado, de seu software "Winter '12", que permitirá aos diretores de vendas monitorar o que está sendo dito sobre sua empresa e seus produtos no Facebook, Twitter e LinkedIn. Uma nova versão do Chatter, a tecnologia da Salesforce para a criação de redes sociais seguras, vai envolver os clientes em discussões nos moldes das realizadas pelo Facebook e permitir que eles compartilhem documentos e slides. A Toyota Motor está usando a tecnologia para criar uma rede social que conecta as revendedoras aos motoristas, ajudando-as a monitorar as questões de manutenção e consertos, entre outras coisas. Empresas como a Gatorade, da PepsiCo, a Walt Disney, a KLM Royal Dutch Airlines e a L'Oréal também pediram alguns novos produtos de mídia social da Salesforce.
Benioff diz que a investida em mídia social vai ajudar a Salesforce a quase quintuplicar suas vendas anuais, para US$ 10 bilhões, embora não fixe qualquer data para a concretização dessa meta. As ações da empresa estão sendo negociadas por 821 vezes os lucros do ano passado, 6,6 vezes a média do setor tecnológico, segundo dados da Bloomberg. Isso, apesar do fato de a Salesforce ter registrado um lucro de apenas US$ 43,1 milhões no segundo trimestre - e de ter sofrido um pequeno prejuízo se consideradas opções e outros gastos.
Para o próximo trimestre, os analistas preveem que a empresa registrará perda de US$ 6,5 milhões, em parte devido a gastos com contratações e aquisições. Em maio, a Salesforce pagou US$ 340 milhões pela Radian6, que produz software de monitoramento de conversas pela mídia social (e que atualmente é parte do software Winter '12). Por outro lado, as primeiras iniciativas de mídia social não estão exatamente nadando em dinheiro. A Salesforce teve de reduzir o preço da primeira repetição do Chatter de US$ 50 para US$ 15 mensais por usuário, diz Benioff. "A triste história é que eles estão gastando dinheiro de uma forma que lembra um pouco marinheiros bêbados", diz Brent Thill, analista do UBS que, mesmo assim, recomenda "comprar" para as ações da Salesforce, em parte devido a seus esforços na esfera da mídia social.
Ao testar os sistemas de mídia social, os clientes da Salesforce precisarão contratar programadores para adaptar os produtos da empresa. A primeira tentativa da Salesforce de criar sistemas de fácil manuseio pelo desenvolvedor, uma linguagem de programação chamada Apex, não encontrou muitos interessados, principalmente entre os desenvolvedores profissionais. "Nenhum deles queria mexer com a plataforma", diz Scott Raney, um dos sócios da Redpoint Ventures. Sua empresa investiu na Heroku, fabricante de software, adquirida no ano passado pela Salesforce por US$ 212 milhões.
A aquisição da Heroku é parte de uma estratégia mais ampla de se empenhar mais para atrair desenvolvedores externos. Na Dreamforce, Benioff vai anunciar uma ampla série de novos programas oferecidos aos desenvolvedores. A Salesforce, além disso, reformulou sua tecnologia móvel usando um novo padrão de internet, o HTML5, para que os desenvolvedores de qualquer plataforma - seja a iOS, da Apple , ou o Android, do Google - possam criar facilmente aplicativos que operem nesse padrão. O fabricante de aparelhos médicos Zimmer Holdings usou o sistemas da Salesforce para montar um aplicativo para iPad para sua equipe de vendas de 1,2 mil pessoas.
"Tudo o que se faz nesse aplicativo é da Salesforce, com exceção da aparência e da sensação", diz o cirurgião-assistente Don Lamping, diretor de comunicações.
A aposta de Benioff é que as empresas que aderem à mídia social e aos computadores móveis vão se aproximar mais de seus clientes - e os que não o fizerem, ficarão para trás.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
Muitas grandes empresas têm sido lentas em fazer experiências com a mídia social, uma esfera desregulamentada na qual não conseguem, com facilidade, controlar os diálogos. Na Dreamforce, a conferência anual da Salesforce marcada para amanhã, em San Francisco, Benioff vai explicar por que seus clientes deveriam entrar na rede social - e permitir que a Salesforce os ajude. O argumento em favor dessa tese, em resumo, é que enquanto os consumidores estão fazendo compras on-line, trocando dicas sobre produtos e falando sobre suas férias no Facebook, no Twitter ou em outra rede, o software da Salesforce poderá ajudar as empresas a compreender e a lucrar com esses anseios e reclamações. O Bank of America, por exemplo, já está usando o software da Salesforce para responder a clientes no Twitter. "As empresas precisam se tornar empreendimentos sociais", diz Benioff. "Isso é mais do que apenas sites. É por aí que dá para transformar os clientes em amigos."
A atividade principal da Salesforce - vender programas que rodam na internet e rastreiam as oportunidades de vendas, projetam a receita e ajudam representantes de vendas de call centers a solucionar problemas - ainda está crescendo a um ritmo de 35% anuais, e a empresa encaminha-se a somar ao menos US$ 2,2 bilhões em vendas este ano. Mas Benioff diz que os clientes têm pedido formas melhores de reagir ao crescimento explosivo da mídia social.
Benioff pretende empregar a conferência para lançar uma opção nova, de preço mais elevado, de seu software "Winter '12", que permitirá aos diretores de vendas monitorar o que está sendo dito sobre sua empresa e seus produtos no Facebook, Twitter e LinkedIn. Uma nova versão do Chatter, a tecnologia da Salesforce para a criação de redes sociais seguras, vai envolver os clientes em discussões nos moldes das realizadas pelo Facebook e permitir que eles compartilhem documentos e slides. A Toyota Motor está usando a tecnologia para criar uma rede social que conecta as revendedoras aos motoristas, ajudando-as a monitorar as questões de manutenção e consertos, entre outras coisas. Empresas como a Gatorade, da PepsiCo, a Walt Disney, a KLM Royal Dutch Airlines e a L'Oréal também pediram alguns novos produtos de mídia social da Salesforce.
Benioff diz que a investida em mídia social vai ajudar a Salesforce a quase quintuplicar suas vendas anuais, para US$ 10 bilhões, embora não fixe qualquer data para a concretização dessa meta. As ações da empresa estão sendo negociadas por 821 vezes os lucros do ano passado, 6,6 vezes a média do setor tecnológico, segundo dados da Bloomberg. Isso, apesar do fato de a Salesforce ter registrado um lucro de apenas US$ 43,1 milhões no segundo trimestre - e de ter sofrido um pequeno prejuízo se consideradas opções e outros gastos.
Para o próximo trimestre, os analistas preveem que a empresa registrará perda de US$ 6,5 milhões, em parte devido a gastos com contratações e aquisições. Em maio, a Salesforce pagou US$ 340 milhões pela Radian6, que produz software de monitoramento de conversas pela mídia social (e que atualmente é parte do software Winter '12). Por outro lado, as primeiras iniciativas de mídia social não estão exatamente nadando em dinheiro. A Salesforce teve de reduzir o preço da primeira repetição do Chatter de US$ 50 para US$ 15 mensais por usuário, diz Benioff. "A triste história é que eles estão gastando dinheiro de uma forma que lembra um pouco marinheiros bêbados", diz Brent Thill, analista do UBS que, mesmo assim, recomenda "comprar" para as ações da Salesforce, em parte devido a seus esforços na esfera da mídia social.
Ao testar os sistemas de mídia social, os clientes da Salesforce precisarão contratar programadores para adaptar os produtos da empresa. A primeira tentativa da Salesforce de criar sistemas de fácil manuseio pelo desenvolvedor, uma linguagem de programação chamada Apex, não encontrou muitos interessados, principalmente entre os desenvolvedores profissionais. "Nenhum deles queria mexer com a plataforma", diz Scott Raney, um dos sócios da Redpoint Ventures. Sua empresa investiu na Heroku, fabricante de software, adquirida no ano passado pela Salesforce por US$ 212 milhões.
A aquisição da Heroku é parte de uma estratégia mais ampla de se empenhar mais para atrair desenvolvedores externos. Na Dreamforce, Benioff vai anunciar uma ampla série de novos programas oferecidos aos desenvolvedores. A Salesforce, além disso, reformulou sua tecnologia móvel usando um novo padrão de internet, o HTML5, para que os desenvolvedores de qualquer plataforma - seja a iOS, da Apple , ou o Android, do Google - possam criar facilmente aplicativos que operem nesse padrão. O fabricante de aparelhos médicos Zimmer Holdings usou o sistemas da Salesforce para montar um aplicativo para iPad para sua equipe de vendas de 1,2 mil pessoas.
"Tudo o que se faz nesse aplicativo é da Salesforce, com exceção da aparência e da sensação", diz o cirurgião-assistente Don Lamping, diretor de comunicações.
A aposta de Benioff é que as empresas que aderem à mídia social e aos computadores móveis vão se aproximar mais de seus clientes - e os que não o fizerem, ficarão para trás.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
30 agosto 2011
Nordeste é “Nova Índia” para setor de call center
A presidente da República, Dilma Rousseff, participou hoje da inauguração da maior central de call center da América Latina, localizada no bairro de Santo Amaro, no centro de Recife. Terceira filial pernambucana da Contax, controlada pela Oi e líder nacional do setor, a central ocupa uma área de 42 mil metros quadrados, onde podem trabalhar ao mesmo tempo até 6 mil atendentes. Se considerados todos os turnos, pouco mais de 10 mil já trabalham no local, que custou R$ 100 milhões.
Com a queda nos preços das chamadas telefônicas nos últimos anos, em especial no atacado, tornou-se economicamente interessante abrir centrais de atendimento no Nordeste, onde os custos de mão de obra são inferiores aos de cidades como Rio e São Paulo.
Mais famosa porta de entrada para o mercado de trabalho, as cabines de teleatendimento atraem jovens nordestinos, para quem as oportunidades de ocupação formal ainda são escassas. Os baixos salários e as poucas oportunidades de ascensão dentro das empresas ainda são os responsáveis pelo alto índice de rotatividade de funcionários, que impacta diretamente sobre a qualidade do atendimento.
Fonte:valoreconomico30/09/2011
Com a queda nos preços das chamadas telefônicas nos últimos anos, em especial no atacado, tornou-se economicamente interessante abrir centrais de atendimento no Nordeste, onde os custos de mão de obra são inferiores aos de cidades como Rio e São Paulo.
Mais famosa porta de entrada para o mercado de trabalho, as cabines de teleatendimento atraem jovens nordestinos, para quem as oportunidades de ocupação formal ainda são escassas. Os baixos salários e as poucas oportunidades de ascensão dentro das empresas ainda são os responsáveis pelo alto índice de rotatividade de funcionários, que impacta diretamente sobre a qualidade do atendimento.
Fonte:valoreconomico30/09/2011
HNS sai como principal vencedora do leilão de posições de satélites
A HNS Américas Comunicações, do grupo americano Hughes, saiu como o grande vencedora do leilão que ofertou hoje quatro posições de satélites para atender o país. Com postura mais agressiva, a companhia não apresentou nenhum lance inferior a R$ 35,2 milhões, o que já correspondeu a 792% de ágio sobre o preço mínimo de R$ 3,9 milhões, estabelecido para cada uma das quatro órbitas ofertadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).
A atuação mais forte do grupo americano na disputa impactou diretamente no resultado do leilão. Segundo o órgão regulador, os quatro lances vencedores renderam um ágio médio de 1.511%, com o valor previsto de arrecadação de R$ 254,4 milhões. “Os proponentes veem no futuro a necessidade de muita capacidade satelital. Isso mostra que o país tem um excelente mercado”, disse o presidente da comissão especial de licitação e gerente-geral de Satélites da Anatel, João Carlos Albernaz.
Mais da metade do valor a ser pago pelo direito de explorar os satélites será desembolsado pelo grupo Hughes com apenas o lance vencedor da primeira fase do leilão. A HNS arrematou a primeira posição na órbita, após uma disputa acirrada com a Sky, pelo valor de R$ 145,2 milhões que correspondeu ao ágio de 3.579%. Esta fase teve os maiores valores, por garantir ao vencedor a preferência de escolha das posições de satélites disponíveis. Nesta etapa, o lance maior da Sky foi de R$ 121,7 milhões.
Depois de frustrada a expectativa de adquirir o direito de escolha da órbita mais interessante para o grupo, a Sky decidiu não continuar na disputa pelas demais operações de satélite no território nacional. “A gente perdeu a única posição orbital que interessava do ponto de vista econômico e técnico”, disse o vice-presidente de Engenharia da Sky, Luiz Fernando Barcellos. Ele afirmou que, caso a empresa permanecesse na disputa, poderia de vencer uma das etapas seguintes que não era de interesse estratégico da empresa.
Com o lance de R$ 35,2 milhões, a HNS adquiriu ainda o quarto e último direito de operar satélite oferecido na licitação. A proposta respondeu pelo o ágio de 792% sobre o preço inicial. As outras duas posições de satélite foram arrematadas pela operadora Star One, que venceu com lances no valor de R$ 37 milhões - ágio de 837%. Os valores bateram as propostas iniciais da HNS Americas de R$ 35,2 milhões.
O modelo de exploração do satélite, proposto pela Anatel, prevê a prestação de multisserviços de telecomunicações (voz, dados e vídeo). Os satélites licitados deverão cobrir 100% do território nacional e parte da capacidade deverá ser dedicada para atender o mercado brasileiro. Os direitos de exploração valerão por 15 anos, prorrogáveis por uma vez.
A liberação de novas licenças de satélites é considerada crucial pela Anatel para garantir a ampliação da capacidade de prestação de serviços no país, em especial durante a realização dos eventos internacionais que o Brasil sediará nos próximos anos (Copa do Mundo e Olimpíadas).
Fonte:valoreconomico30/08/2011
A atuação mais forte do grupo americano na disputa impactou diretamente no resultado do leilão. Segundo o órgão regulador, os quatro lances vencedores renderam um ágio médio de 1.511%, com o valor previsto de arrecadação de R$ 254,4 milhões. “Os proponentes veem no futuro a necessidade de muita capacidade satelital. Isso mostra que o país tem um excelente mercado”, disse o presidente da comissão especial de licitação e gerente-geral de Satélites da Anatel, João Carlos Albernaz.
Mais da metade do valor a ser pago pelo direito de explorar os satélites será desembolsado pelo grupo Hughes com apenas o lance vencedor da primeira fase do leilão. A HNS arrematou a primeira posição na órbita, após uma disputa acirrada com a Sky, pelo valor de R$ 145,2 milhões que correspondeu ao ágio de 3.579%. Esta fase teve os maiores valores, por garantir ao vencedor a preferência de escolha das posições de satélites disponíveis. Nesta etapa, o lance maior da Sky foi de R$ 121,7 milhões.
Depois de frustrada a expectativa de adquirir o direito de escolha da órbita mais interessante para o grupo, a Sky decidiu não continuar na disputa pelas demais operações de satélite no território nacional. “A gente perdeu a única posição orbital que interessava do ponto de vista econômico e técnico”, disse o vice-presidente de Engenharia da Sky, Luiz Fernando Barcellos. Ele afirmou que, caso a empresa permanecesse na disputa, poderia de vencer uma das etapas seguintes que não era de interesse estratégico da empresa.
Com o lance de R$ 35,2 milhões, a HNS adquiriu ainda o quarto e último direito de operar satélite oferecido na licitação. A proposta respondeu pelo o ágio de 792% sobre o preço inicial. As outras duas posições de satélite foram arrematadas pela operadora Star One, que venceu com lances no valor de R$ 37 milhões - ágio de 837%. Os valores bateram as propostas iniciais da HNS Americas de R$ 35,2 milhões.
O modelo de exploração do satélite, proposto pela Anatel, prevê a prestação de multisserviços de telecomunicações (voz, dados e vídeo). Os satélites licitados deverão cobrir 100% do território nacional e parte da capacidade deverá ser dedicada para atender o mercado brasileiro. Os direitos de exploração valerão por 15 anos, prorrogáveis por uma vez.
A liberação de novas licenças de satélites é considerada crucial pela Anatel para garantir a ampliação da capacidade de prestação de serviços no país, em especial durante a realização dos eventos internacionais que o Brasil sediará nos próximos anos (Copa do Mundo e Olimpíadas).
Fonte:valoreconomico30/08/2011
CNN anuncia compra da revista digital Zite
A CNN divulgou nesta terça-feira (30) a aquisição da "Zite", empresa de tecnologia que desenvolve um aplicativo de mesmo nome para iPad, que permite a criação de revistas virtuais personalizadas. O anúncio foi feito pelo presidente da CNN Worldwide, Jim Walton, sem revelar os valores da negociação.
Segundo Walton, a empresa de tecnologia, que não sofrerá modificações e irá operar como um negócio separado, passa agora a fazer parte de um robusto leque de produtos digitais.
Para o gerente geral da CNN Digital, KC Estenson, a CNN quer ajudar a companhia a liderar o cenário das publicações personalizadas, por meio de uma interação direta entre ele e Mark Johnson, que continuará na direção da "Zite".
O download do aplicativo da revista digital para iPad é gratuito e pode ser feito na App Store.
PortalIMPRENSA30/08/2011
Segundo Walton, a empresa de tecnologia, que não sofrerá modificações e irá operar como um negócio separado, passa agora a fazer parte de um robusto leque de produtos digitais.
Para o gerente geral da CNN Digital, KC Estenson, a CNN quer ajudar a companhia a liderar o cenário das publicações personalizadas, por meio de uma interação direta entre ele e Mark Johnson, que continuará na direção da "Zite".
O download do aplicativo da revista digital para iPad é gratuito e pode ser feito na App Store.
PortalIMPRENSA30/08/2011
"Deus me livre de me unir a outra rede", diz dono da Pague Menos sobre fusões
Para Francisco Deusmar de Queirós, fusões apenas cortaram a concorrência pela metade
Francisco Deusmar de Queirós, dono da Pague Menos, rede com sede no Ceará, não pretende engrossar a lista de fusões e aquisições no setor farmacêutico. “Deus me livre”, afirmou de bate-pronto a EXAME.com. Ele também prefere ver a criação de grandes redes pelo lado positivo: “Se antes brigávamos com quatro, agora vamos brigar com apenas com duas”.
Nesta terça-feira, a Drogaria São Paulo e a Drogaria Pacheco anunciaram fusão de suas operações e formaram a maior empresa varejista do setor no país, com faturamento estimado em 4,4 bilhões de reais. A notícia foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar, de EXAME.com. No início do mês, a Drogasil e Droga Raia também uniram suas forças e, juntas, somam mais de 700 pontos de venda e 4,1 bilhões de reais em receita.
Confira, a seguir, como Queirós pretende reagir à consolidação do setor:
EXAME.com - Os movimentos recentes no setor farmacêutico aceleram os planos da Pague Menos?
Francisco Deusmar de Queirós – De jeito nenhum. Tais anúncios já eram aguardados e não estamos preocupados com eles. Se antes competíamos com quatro redes, hoje são apenas duas bandeiras. Ficou mais fácil.
EXAME.com – Qual a vantagem da Pague Menos em relação às demais concorrentes?
Queirós – Estamos em 26 estados do país. A abrangência geográfica está a nosso favor. As duas maiores têm presenças fortes no Sudeste e Sul do Brasil. Nós estamos em todo o território nacional e principalmente no Nordeste.
EXAME.com – Qual é a participação de mercado da Pague Menos hoje, depois das duas fusões anunciadas.
Queirós – Estamos com mais de 6% de participação no mercado farmacêutico. A Raia e a Drogasil têm 8% e a Drogaria São Paulo e Pacheco também têm 8%. Não tenho com o que se preocupar.
EXAME.com – Para crescer, a Pague Menos cogita aquisições?
Queirós – Deus me livre. Não quero me unir a ninguém. Eu namorei sete anos antes de casar. Prefiro abrir 100 farmácias por ano a juntar operações da minha rede com outra sem conhecer. Nosso objetivo é crescer organicamente. Sempre foi.
EXAME.com – Como está o processo de abertura de capital da Pague Menos?
Queirós – Está parado. Já preparamos o processo, mas no momento ninguém está comprando. Vamos aguardar as coisas melhorarem.
EXAME .com – Existe algum prazo para que isso ocorra?
Queirós – Estimamos que até o final deste ano, ou, mais tardar, início de 2012. O mundo precisa se concertar primeiro.
Fonte:exame30/08/2011
Francisco Deusmar de Queirós, dono da Pague Menos, rede com sede no Ceará, não pretende engrossar a lista de fusões e aquisições no setor farmacêutico. “Deus me livre”, afirmou de bate-pronto a EXAME.com. Ele também prefere ver a criação de grandes redes pelo lado positivo: “Se antes brigávamos com quatro, agora vamos brigar com apenas com duas”.
Nesta terça-feira, a Drogaria São Paulo e a Drogaria Pacheco anunciaram fusão de suas operações e formaram a maior empresa varejista do setor no país, com faturamento estimado em 4,4 bilhões de reais. A notícia foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar, de EXAME.com. No início do mês, a Drogasil e Droga Raia também uniram suas forças e, juntas, somam mais de 700 pontos de venda e 4,1 bilhões de reais em receita.
Confira, a seguir, como Queirós pretende reagir à consolidação do setor:
EXAME.com - Os movimentos recentes no setor farmacêutico aceleram os planos da Pague Menos?
Francisco Deusmar de Queirós – De jeito nenhum. Tais anúncios já eram aguardados e não estamos preocupados com eles. Se antes competíamos com quatro redes, hoje são apenas duas bandeiras. Ficou mais fácil.
EXAME.com – Qual a vantagem da Pague Menos em relação às demais concorrentes?
Queirós – Estamos em 26 estados do país. A abrangência geográfica está a nosso favor. As duas maiores têm presenças fortes no Sudeste e Sul do Brasil. Nós estamos em todo o território nacional e principalmente no Nordeste.
EXAME.com – Qual é a participação de mercado da Pague Menos hoje, depois das duas fusões anunciadas.
Queirós – Estamos com mais de 6% de participação no mercado farmacêutico. A Raia e a Drogasil têm 8% e a Drogaria São Paulo e Pacheco também têm 8%. Não tenho com o que se preocupar.
EXAME.com – Para crescer, a Pague Menos cogita aquisições?
Queirós – Deus me livre. Não quero me unir a ninguém. Eu namorei sete anos antes de casar. Prefiro abrir 100 farmácias por ano a juntar operações da minha rede com outra sem conhecer. Nosso objetivo é crescer organicamente. Sempre foi.
EXAME.com – Como está o processo de abertura de capital da Pague Menos?
Queirós – Está parado. Já preparamos o processo, mas no momento ninguém está comprando. Vamos aguardar as coisas melhorarem.
EXAME .com – Existe algum prazo para que isso ocorra?
Queirós – Estimamos que até o final deste ano, ou, mais tardar, início de 2012. O mundo precisa se concertar primeiro.
Fonte:exame30/08/2011
Boticário prevê "sinergias futuras” com a Scalina
No curto prazo, porém, modelo de vendas das marcas compradas, Trifil e Scala, permanece o mesmo.
Após a entrada do Grupo Boticário no setor de moda íntima feminina, com a compra de participação minoritária na Scalina há cerca de uma semana, o presidente Artur Grynbaum afirma que o modelo de vendas das marcas compradas, Trifil e Scala, continua o mesmo por enquanto.
Atualmente, a Scala utiliza o modelo de franquias e a Trifil é vendida em lojas multimarcas.
Apesar de negar que a curto prazo as lingeries irão para o catálogo da Eudora, marca de cosméticos do Boticário que é vendida de porta a porta, Grynbaum afirma que "no futuro haverão sinergias" entre os negócios do grupo.
Ao anunciar a aquisição, Grynbaum havia afirmado em comunicado que a participação acionária contribui para a estratégia de diversificação dos negócios do grupo, "que tem como objetivo ser reconhecido pela atuação nos setores de beleza e moda".
A Scalina passa por uma reestruturação desde o início de agosto de 2010, com a associação da família fundadora com o Carlyle, grupo global de private equity.
Os detalhes financeiros da compra de participação pelo Boticário não foram informados e a previsão é que o negócio seja concluído em 20 dias.
Fonte:brasileconomico30/08/11
Após a entrada do Grupo Boticário no setor de moda íntima feminina, com a compra de participação minoritária na Scalina há cerca de uma semana, o presidente Artur Grynbaum afirma que o modelo de vendas das marcas compradas, Trifil e Scala, continua o mesmo por enquanto.
Atualmente, a Scala utiliza o modelo de franquias e a Trifil é vendida em lojas multimarcas.
Apesar de negar que a curto prazo as lingeries irão para o catálogo da Eudora, marca de cosméticos do Boticário que é vendida de porta a porta, Grynbaum afirma que "no futuro haverão sinergias" entre os negócios do grupo.
Ao anunciar a aquisição, Grynbaum havia afirmado em comunicado que a participação acionária contribui para a estratégia de diversificação dos negócios do grupo, "que tem como objetivo ser reconhecido pela atuação nos setores de beleza e moda".
A Scalina passa por uma reestruturação desde o início de agosto de 2010, com a associação da família fundadora com o Carlyle, grupo global de private equity.
Os detalhes financeiros da compra de participação pelo Boticário não foram informados e a previsão é que o negócio seja concluído em 20 dias.
Fonte:brasileconomico30/08/11
Sika compra brasileira Colauto de olho na América Latina
A companhia suíça Sika informou em comunicado que vai adquirir a Colauto Adesivos e Massas, fabricante brasileira de adesivos automotivos e selantes. O valor do negócio não foi revelado.
Fundada em 1962, a Colauto é uma empresa familiar com atuação em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Argentina.
Com a aquisição, a suíça Sika terá maior penetração de mercado na América Latina, uma vez que a Colauto é uma das principais fornecedoras de materiais de processo químico para a indústria automotiva na América Latina.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
Fundada em 1962, a Colauto é uma empresa familiar com atuação em São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Argentina.
Com a aquisição, a suíça Sika terá maior penetração de mercado na América Latina, uma vez que a Colauto é uma das principais fornecedoras de materiais de processo químico para a indústria automotiva na América Latina.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
Fusão de Pacheco e Drogaria São Paulo terá controle da Pacheco
A Drogaria São Paulo e a Drogarias Pacheco assinam nesta tarde, em São Paulo, acordo de fusão dos negócios, apurou o Valor. Dessa forma, surge no país uma das maiores rede de farmácias do Brasil em número de pontos.
A Drogarias Pacheco, atualmente conta com mais de 350 lojas, distribuídas no Estado do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. A Drogaria São Paulo, com 68 anos de atuação, está presente em cerca de 70 dos principais municípios do País e cerca de 360 pontos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, segundo informam os sites das empresas na internet. A união de Droga Raia e Drogasil cirou rede com 700 lojas e R$ 4 bilhões em vendas
Foram cerca de seis meses de negociação. Pelo acordado, a Pacheco se torna majoritária na nova empresa a ser criada com a união dos ativos, com mais de 50% de participação. No conselho de Administração da nova empresa, o poder será dividido entre as duas partes, que terão mesmo número de conselheiros.
O BTG Pactual, dono da Brazil Pharma, tinha interesse no negócio, mas as conversas não avançaram.
As empresas, procuradas, não se manifestaram até o momento.
Drogarias SP e Pacheco confirmam fusão e devem manter marcas
A Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco confirmaram minutos atrás, em comunicado oficial, a fusão das empresas e a criação da Drogarias DPSP S.A. a partir da fusão dos negócios. O Valor informou horas atrás que o acordo seria assinado na tarde de hoje e que a Pacheco será acionista majoritária no novo negócio.
Segundo o comunicado, a nova companhia torna-se a maior empresa varejista de produtos farmacêuticos e 7ª maior rede de varejo do país, com receita bruta combinada de R$ 4.4 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2011, 691 lojas e presença em 5 estados brasileiros.
A empresa que surgiu da união das redes Drogasil e Droga Raia , anunciada em agosto, torna-se agora a segunda maior do mercado em termos de faturamento.
Com a operação, afirmam as companhias, as marcas Drogaria São Paulo, líder no estado de São Paulo, e Drogarias Pacheco, líder no estado do Rio de Janeiro, serão mantidas.
“A gestão da DPSP será compartilhada entre o Grupo Carvalho e o Grupo Barata, que terão iguais poderes na definição e implementação das estratégias da companhia”, informa a nota. A nova empresa terá Samuel Barata como presidente do conselho de administração e será presidida por Gilberto Martins Ferreira.
A empresa não fez comentários a respeito da sobreposição de pontos ou sobre ganhos de sinergia esperados pelo comando. Conforme o Valor apurou, foram seis meses de negociação entre as partes.
O Pátria Investimentos e o escritório Machado Meyer atuaram como assessores financeiro e legal, respectivamente, da Drogaria São Paulo. O Banco Espírito Santo e o escritório Pinheiro Neto trabalharam para a Drogarias Pacheco.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
A Drogarias Pacheco, atualmente conta com mais de 350 lojas, distribuídas no Estado do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. A Drogaria São Paulo, com 68 anos de atuação, está presente em cerca de 70 dos principais municípios do País e cerca de 360 pontos nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia, segundo informam os sites das empresas na internet. A união de Droga Raia e Drogasil cirou rede com 700 lojas e R$ 4 bilhões em vendas
Foram cerca de seis meses de negociação. Pelo acordado, a Pacheco se torna majoritária na nova empresa a ser criada com a união dos ativos, com mais de 50% de participação. No conselho de Administração da nova empresa, o poder será dividido entre as duas partes, que terão mesmo número de conselheiros.
O BTG Pactual, dono da Brazil Pharma, tinha interesse no negócio, mas as conversas não avançaram.
As empresas, procuradas, não se manifestaram até o momento.
Drogarias SP e Pacheco confirmam fusão e devem manter marcas
A Drogaria São Paulo e Drogarias Pacheco confirmaram minutos atrás, em comunicado oficial, a fusão das empresas e a criação da Drogarias DPSP S.A. a partir da fusão dos negócios. O Valor informou horas atrás que o acordo seria assinado na tarde de hoje e que a Pacheco será acionista majoritária no novo negócio.
Segundo o comunicado, a nova companhia torna-se a maior empresa varejista de produtos farmacêuticos e 7ª maior rede de varejo do país, com receita bruta combinada de R$ 4.4 bilhões nos 12 meses encerrados em junho de 2011, 691 lojas e presença em 5 estados brasileiros.
A empresa que surgiu da união das redes Drogasil e Droga Raia , anunciada em agosto, torna-se agora a segunda maior do mercado em termos de faturamento.
Com a operação, afirmam as companhias, as marcas Drogaria São Paulo, líder no estado de São Paulo, e Drogarias Pacheco, líder no estado do Rio de Janeiro, serão mantidas.
“A gestão da DPSP será compartilhada entre o Grupo Carvalho e o Grupo Barata, que terão iguais poderes na definição e implementação das estratégias da companhia”, informa a nota. A nova empresa terá Samuel Barata como presidente do conselho de administração e será presidida por Gilberto Martins Ferreira.
A empresa não fez comentários a respeito da sobreposição de pontos ou sobre ganhos de sinergia esperados pelo comando. Conforme o Valor apurou, foram seis meses de negociação entre as partes.
O Pátria Investimentos e o escritório Machado Meyer atuaram como assessores financeiro e legal, respectivamente, da Drogaria São Paulo. O Banco Espírito Santo e o escritório Pinheiro Neto trabalharam para a Drogarias Pacheco.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
Totvs cria sistema de franquia e visa mercado internacional
Uma decisão recente de Laércio Cosentino deixou aborrecidos muitos cabeleireiros e manicures na zona norte de São Paulo, onde fica a sede da Totvs, mas fez vibrar donos de restaurantes nas imediações da avenida Berrini, no outro lado da cidade. Há cerca de dois meses, o executivo-chefe da maior companhia brasileira de software - e a sexta do mundo no mercado de gestão empresarial - abriu novo escritório, para onde transferiu sua equipe de desenvolvimento.
Da noite para o dia, 800 pessoas passaram a circular na nova vizinhança - tanta gente que faltou lugar nos restaurantes próximos. "Mas os salões de beleza aqui por perto ficaram mais vazios", brinca Cosentino, no topo do quartel-general da empresa, onde recebe clientes para almoçar e, eventualmente, até cozinha para eles.
Causar esse tipo de impacto não é para qualquer um, e o grupo transferido é apenas parte do quadro de profissionais da companhia. Ao todo, são 5 mil funcionários diretos. Somada a equipe das franquias, o número mais que dobra, para 12 mil pessoas.
O tamanho da Totvs, a Empresa de Valor 2011, só sublinha a origem modesta da companhia. "O negócio começou com um funcionário - esse que vos fala -, US$ 6 mil e um Fiat 147", diz Cosentino, entre uma garfada e outra. A história parece tirada de um filme: em 1978, Cosentino entrou como estagiário na Siga, empresa de serviços criada por Ernesto Haberkorn. Cinco anos mais tarde, e depois de galgar rapidamente os cargos na empresa, Cosentino convidou Haberkorn para um almoço e propôs a criação de uma companhia de software, aproveitando a rápida expansão dos computadores pessoais. Antes do café, estava criada a Microsiga.
Histórias de sucesso como essa são comuns no Vale do Silício, na Califórnia, e isso não é de hoje. Basta lembrar que a fundação da Hewlett-Packard (HP), considerada o principal marco na região, aconteceu em 1939. Mas é difícil repetir a experiência americana em outros lugares, pela dificuldade em replicar as condições que tornaram o lugar o principal polo de tecnologia da informação dos EUA. Duas dessas características são um desafio para quem quer começar seu negócio: a existência de investidores dispostos a aplicar dinheiro - e, muitas vezes, perdê-lo - em empresas novatas, e a disponibilidade de talentos com experiências diversas, capazes de criar um ambiente propício à inovação.
Cosentino nunca perdeu de vista esses dois pontos. O mercado brasileiro de TI sempre foi marcado pela pulverização, e a Totvs poderia ser apenas mais uma dessas pequenas empresas, voltadas a segmentos muito específicos, se o empresário não tivesse colocado em prática uma estratégia para captar recursos e garantir à companhia um papel de destaque no processo de consolidação do setor.
O primeiro movimento importante nessa direção ocorreu em 1999, quando a Microsiga vendeu uma participação de 25% de seu capital para o fundo Advent. Em 2005, em outro lance significativo, a Advent saiu do negócio, dando lugar ao BNDESPar, sob uma operação pela qual a companhia adquiriu a concorrente Logocenter. Estavam lançadas as bases do que viria a ser a Totvs. Um ano depois, a empresa estreou no Novo Mercado da Bovespa, tornando-se a primeira do setor na América Latina a abrir capital.
Com o apoio financeiro assegurado, Cosentino pôde partir para a disputa pelos talentos profissionais. O mercado de software de gestão empresarial se assemelha a uma colcha de retalhos: há os módulos para atividades específicas - como contas a pagar e a receber ou folha de pagamento - e os softwares voltados a setores específicos: financeiro, varejista, saúde etc.
Além disso, existem programas adicionais, como os de relacionamento com os clientes e os de análise de negócios. Vence quem consegue combinar a maior parte dessas tecnologias - o que exige gente para criar produtos e entregar serviços. Quem sai na frente pode ganhar vantagem de meses ou até anos em relação à concorrência. Para ser rápido, o melhor às vezes é adquirir a tecnologia pronta - assegurando o acesso aos profissionais que a criaram - em vez de começar do zero.
Nessa corrida, a Totvs disputou uma guerra de aquisições com a então rival Datasul em meados da década passada. As duas companhias anunciavam aquisições com um ou dois dias de diferença. Na época, o leitor mais desatento podia achar que estava lendo notícia velha, de tão curtos que eram os intervalos entre os anúncios. Em 2008, no entanto, veio a surpresa: a Totvs comprou a Datasul e pôs fim à disputa.
O esforço para criar uma estrutura reforçada de capital e reunir os talentos necessários foi acompanhado de outra diretriz: foco em um segmento específico de clientes. A primeira onda dos softwares de gestão concentrou-se nas grandes companhias, como seria de se esperar: eram essas empresas que tinham mais a ganhar com a automatização dos processos internos. Além disso, somente elas tinham condições de pagar pelos projetos de implantação - geralmente longos, complexos e dispendiosos.
Foi natural, portanto, que os principais fornecedores internacionais de software de gestão, como a alemã SAP e a americana Oracle, se mantivessem ocupados com os grandes clientes. A Totvs farejou uma oportunidade nesse ambiente - dar ênfase às pequenas e médias empresas.
A estratégia deu certo. Com 38% de participação, a companhia hoje é líder no mercado brasileiro de software de gestão, à frente da SAP (27%) e da Oracle (17%), segundo levantamento anual da Fundação Getulio Vargas (FGV/SP). Essa liderança está fortemente apoiada nos clientes de pequeno e médio portes. Entre as empresas cujos parques de computadores vão de 30 a 160 máquinas, a participação da Tovs é de 54%, contra 8% da SAP e uma fatia idêntica da Oracle. No grupo com 160 a 550 computadores, a empresa continua na liderança, com 40%, contra 20% da SAP e 19% da Oracle. O perfil muda no topo da pirâmide, com mais de 550 máquinas - a Totvs detém 21% do segmento, quase empatada com a Oracle (20%). A SAP vem à frente, com 50%.
Nos últimos anos, com a disseminação dos softwares de gestão, praticamente todos os fornecedores tentam insistentemente ingressar no segmento das companhias menores. Isso é provocado pelo crescimento mais forte proporcionado pela área, já que o mercado de grandes clientes está maduro.
A vantagem para a Totvs é jogar em um campo há muito conhecido. "Não queremos descer [das grandes e médias para as pequenas empresas]; queremos começar embaixo", afirma Cosentino. "Nosso momento não é de descida, é de subida."
A experiência será útil para o próximo ciclo de crescimento da companhia, internamente considerada a quinta fase da companhia. Um dos pontos centrais para vender a pequenas e médias empresas é ter uma rede descentralizada, capaz de cobrir grandes extensões geográficas e, ao mesmo tempo, oferecer atendimento local ao cliente.
A Totvs fez isso criando um sistema de franquias. A companhia passou a convencer fornecedores de software com bons produtos, mas sem estrutura suficiente para participar de sucessivas ondas tecnológicas, a tornar-se franquias, sob uma exclusividade de mão dupla: as franquias vendem exclusivamente Totvs e, em contrapartida, são as únicos a fazer isso em uma determinada região. A ideia, agora, é aplicar a estratégia em mercados internacionais, com perfil semelhante ao do Brasil.
A Totvs também está investindo em novas tecnologias. No primeiro semestre, começou a testar uma rede social - a by You, cujos serviços serão pagos - para clientes que querem trocar informações sem sair do ambiente do programa de gestão. Foram seis projetos-piloto. Até o fim do ano, mais cem empresas vão aderir à rede social. No início de 2012, a tecnologia estará disponível a todos os interessados, diz Cosentino, enquanto termina a refeição.
A sobremesa também é servida na sala envidraçada, com vista para o Horto Florestal e para os canteiros bem cuidados da avenida à frente, adotados pela Totvs. Com um "Facebook" próprio, planos de expansão, posição de liderança e uma vista dessas, quem precisa do Vale do Silício?
Fonte:valoreconomico30/08/2011
Da noite para o dia, 800 pessoas passaram a circular na nova vizinhança - tanta gente que faltou lugar nos restaurantes próximos. "Mas os salões de beleza aqui por perto ficaram mais vazios", brinca Cosentino, no topo do quartel-general da empresa, onde recebe clientes para almoçar e, eventualmente, até cozinha para eles.
Causar esse tipo de impacto não é para qualquer um, e o grupo transferido é apenas parte do quadro de profissionais da companhia. Ao todo, são 5 mil funcionários diretos. Somada a equipe das franquias, o número mais que dobra, para 12 mil pessoas.
O tamanho da Totvs, a Empresa de Valor 2011, só sublinha a origem modesta da companhia. "O negócio começou com um funcionário - esse que vos fala -, US$ 6 mil e um Fiat 147", diz Cosentino, entre uma garfada e outra. A história parece tirada de um filme: em 1978, Cosentino entrou como estagiário na Siga, empresa de serviços criada por Ernesto Haberkorn. Cinco anos mais tarde, e depois de galgar rapidamente os cargos na empresa, Cosentino convidou Haberkorn para um almoço e propôs a criação de uma companhia de software, aproveitando a rápida expansão dos computadores pessoais. Antes do café, estava criada a Microsiga.
Histórias de sucesso como essa são comuns no Vale do Silício, na Califórnia, e isso não é de hoje. Basta lembrar que a fundação da Hewlett-Packard (HP), considerada o principal marco na região, aconteceu em 1939. Mas é difícil repetir a experiência americana em outros lugares, pela dificuldade em replicar as condições que tornaram o lugar o principal polo de tecnologia da informação dos EUA. Duas dessas características são um desafio para quem quer começar seu negócio: a existência de investidores dispostos a aplicar dinheiro - e, muitas vezes, perdê-lo - em empresas novatas, e a disponibilidade de talentos com experiências diversas, capazes de criar um ambiente propício à inovação.
Cosentino nunca perdeu de vista esses dois pontos. O mercado brasileiro de TI sempre foi marcado pela pulverização, e a Totvs poderia ser apenas mais uma dessas pequenas empresas, voltadas a segmentos muito específicos, se o empresário não tivesse colocado em prática uma estratégia para captar recursos e garantir à companhia um papel de destaque no processo de consolidação do setor.
O primeiro movimento importante nessa direção ocorreu em 1999, quando a Microsiga vendeu uma participação de 25% de seu capital para o fundo Advent. Em 2005, em outro lance significativo, a Advent saiu do negócio, dando lugar ao BNDESPar, sob uma operação pela qual a companhia adquiriu a concorrente Logocenter. Estavam lançadas as bases do que viria a ser a Totvs. Um ano depois, a empresa estreou no Novo Mercado da Bovespa, tornando-se a primeira do setor na América Latina a abrir capital.
Com o apoio financeiro assegurado, Cosentino pôde partir para a disputa pelos talentos profissionais. O mercado de software de gestão empresarial se assemelha a uma colcha de retalhos: há os módulos para atividades específicas - como contas a pagar e a receber ou folha de pagamento - e os softwares voltados a setores específicos: financeiro, varejista, saúde etc.
Além disso, existem programas adicionais, como os de relacionamento com os clientes e os de análise de negócios. Vence quem consegue combinar a maior parte dessas tecnologias - o que exige gente para criar produtos e entregar serviços. Quem sai na frente pode ganhar vantagem de meses ou até anos em relação à concorrência. Para ser rápido, o melhor às vezes é adquirir a tecnologia pronta - assegurando o acesso aos profissionais que a criaram - em vez de começar do zero.
Nessa corrida, a Totvs disputou uma guerra de aquisições com a então rival Datasul em meados da década passada. As duas companhias anunciavam aquisições com um ou dois dias de diferença. Na época, o leitor mais desatento podia achar que estava lendo notícia velha, de tão curtos que eram os intervalos entre os anúncios. Em 2008, no entanto, veio a surpresa: a Totvs comprou a Datasul e pôs fim à disputa.
O esforço para criar uma estrutura reforçada de capital e reunir os talentos necessários foi acompanhado de outra diretriz: foco em um segmento específico de clientes. A primeira onda dos softwares de gestão concentrou-se nas grandes companhias, como seria de se esperar: eram essas empresas que tinham mais a ganhar com a automatização dos processos internos. Além disso, somente elas tinham condições de pagar pelos projetos de implantação - geralmente longos, complexos e dispendiosos.
Foi natural, portanto, que os principais fornecedores internacionais de software de gestão, como a alemã SAP e a americana Oracle, se mantivessem ocupados com os grandes clientes. A Totvs farejou uma oportunidade nesse ambiente - dar ênfase às pequenas e médias empresas.
A estratégia deu certo. Com 38% de participação, a companhia hoje é líder no mercado brasileiro de software de gestão, à frente da SAP (27%) e da Oracle (17%), segundo levantamento anual da Fundação Getulio Vargas (FGV/SP). Essa liderança está fortemente apoiada nos clientes de pequeno e médio portes. Entre as empresas cujos parques de computadores vão de 30 a 160 máquinas, a participação da Tovs é de 54%, contra 8% da SAP e uma fatia idêntica da Oracle. No grupo com 160 a 550 computadores, a empresa continua na liderança, com 40%, contra 20% da SAP e 19% da Oracle. O perfil muda no topo da pirâmide, com mais de 550 máquinas - a Totvs detém 21% do segmento, quase empatada com a Oracle (20%). A SAP vem à frente, com 50%.
Nos últimos anos, com a disseminação dos softwares de gestão, praticamente todos os fornecedores tentam insistentemente ingressar no segmento das companhias menores. Isso é provocado pelo crescimento mais forte proporcionado pela área, já que o mercado de grandes clientes está maduro.
A vantagem para a Totvs é jogar em um campo há muito conhecido. "Não queremos descer [das grandes e médias para as pequenas empresas]; queremos começar embaixo", afirma Cosentino. "Nosso momento não é de descida, é de subida."
A experiência será útil para o próximo ciclo de crescimento da companhia, internamente considerada a quinta fase da companhia. Um dos pontos centrais para vender a pequenas e médias empresas é ter uma rede descentralizada, capaz de cobrir grandes extensões geográficas e, ao mesmo tempo, oferecer atendimento local ao cliente.
A Totvs fez isso criando um sistema de franquias. A companhia passou a convencer fornecedores de software com bons produtos, mas sem estrutura suficiente para participar de sucessivas ondas tecnológicas, a tornar-se franquias, sob uma exclusividade de mão dupla: as franquias vendem exclusivamente Totvs e, em contrapartida, são as únicos a fazer isso em uma determinada região. A ideia, agora, é aplicar a estratégia em mercados internacionais, com perfil semelhante ao do Brasil.
A Totvs também está investindo em novas tecnologias. No primeiro semestre, começou a testar uma rede social - a by You, cujos serviços serão pagos - para clientes que querem trocar informações sem sair do ambiente do programa de gestão. Foram seis projetos-piloto. Até o fim do ano, mais cem empresas vão aderir à rede social. No início de 2012, a tecnologia estará disponível a todos os interessados, diz Cosentino, enquanto termina a refeição.
A sobremesa também é servida na sala envidraçada, com vista para o Horto Florestal e para os canteiros bem cuidados da avenida à frente, adotados pela Totvs. Com um "Facebook" próprio, planos de expansão, posição de liderança e uma vista dessas, quem precisa do Vale do Silício?
Fonte:valoreconomico30/08/2011
Lucro de companhias cresce 49% em 2010
Sete empresas do setor de construção e engenharia estão entre as 20 companhias que registraram o maior crescimento da receita líquida em 2010, resultado do grande volume de investimentos em infraestrutura e na expansão do mercado imobiliário. O número de companhias do setor de construção e engenharia subiu de 62 para 88 no ranking das cem maiores empresas do país, publicado pelo anuário "Valor 1000", que circula a partir de hoje, para assinantes do Valor e venda em bancas. Para sustentar esse crescimento, as empresas do setor de construção e engenharia aumentaram em 33% seu nível de endividamento, ficando atrás apenas do setor de comércio varejista (37,8%), que registrou a maior expansão.
O lucro operacional das mil maiores empresas que atuam no Brasil cresceu 49,1%, em 2010, compensando com folga a variação negativa de 21,6% registrada em 2009. O indicador mede o grau de eficiência das companhias em sua atividade fim. As empresas campeãs em 25 setores de atividade analisados pelo "Valor 1000" registraram aumento de 27,7% no lucro líquido, superando as demais companhias do ranking, cujo lucro subiu 20,3% na média total.
As empresas mais eficientes foram premiadas ontem, em São Paulo, durante evento que teve o ministro da Fazenda, Guido Mantega como principal orador. Ele entregou o prêmio Empresa de Valor 2011 à Totvs, por ter se destacado no conjunto das melhores em cada setor.
A expansão do lucro das mil maiores empresas superou o crescimento de 18,8% na receita líquida de 2010. De R$ 158 bilhões em 2009, os ganhos subiram para R$ 190 bilhões no ano passado. A receita líquida somada das empresas no ranking Valor 1000 passou de R$ 1,7 trilhão para R$ 2,06 trilhões.
"A rentabilidade em 2010 só não foi maior, porque aumentou o nível de endividamento das companhias, que precisaram investir para fazer frente à demanda aquecida do mercado interno", explica Marcio Torres, responsável pela área de crédito e de avaliação de risco de grandes empresas da Serasa Experian.
O cenário econômico favorável de 2010 fez com que as empresas da região Sudeste aumentassem de 75,3% para 79,6% sua participação no total da receita líquida das mil maiores companhias que atuam no país. A região Sudeste concentra 65,4% das mil maiores empresas do ranking de Valor 1000. As companhias localizadas em São Paulo registraram faturamento líquido de R$ 938,3 bilhões, representando 57,3% da receita da região Sudeste e 45,59% da receita do ranking.
As mudanças nos hábitos de consumo provocadas pelo aumento da renda beneficiaram as empresas de alimentos da região. Apesar do forte crescimento da produção e das vendas de automóveis, o setor de veículos e peças teve sua fatia reduzida de 15,25% para 10,1%.
No ranking das 50 maiores empresas da região Nordeste, o número de representantes do comércio varejista subiu de cinco para dez. As empresas do varejo na região registraram receita líquida de R$ 11,5 bilhões. Esse crescimento é resultado do impacto da entrada da classe C no mercado, beneficiando também o setor de serviços - cuidados pessoais, higiene e beleza - além da construção civil.
Para a maioria das empresas campeãs de Valor 1000, o momento é de cautela, mas não de paralisia. "Numa hora como essa, acompanhamos mais de perto o desempenho das vendas, o controle de estoques e avaliamos com mais rigor os investimentos. Mas não mudamos os planos de abrir 33 lojas em 2011", diz o diretor-presidente da Lojas Renner, José Galló.
A principal medida de gestão apontada pelas empresas para enfrentar o quadro ainda agudo de crise é melhorar o perfil de endividamento. A JBS, depois de registrar prejuízo de R$ 180,8 milhões no primeiro trimestre de 2011, vai cortar pela metade os investimentos previstos para 2012 e reduzir o grau de alavancagem. Para evitar riscos com a variação cambial, a Diagnósticos da América (Dasa) transformou em reais a dívida líquida de US$ 250 milhões, reduzindo o prazo de vencimento de 2018 para 2016. "Nossa receita não é em moeda estrangeira", explica Marcelo Barboza, presidente da empresa.
A décima-primeira edição de Valor 1000 traz como principal inovação a análise dos balanços consolidados das empresas. Ao todo, do ranking das 1.000 maiores, 402 companhias estão classificadas de acordo com esse critério. A nova forma de análise dos balanços é coerente com a mudança em curso da legislação contábil brasileira, cujo objetivo é alcançar a convergência com o padrão IFRS (International Financial Reporting Standards), adotado pela Comunidade Europeia e um conjunto importante de países, entre eles Japão, China e Índia.
"No caso das empresas de capital aberto, o balanço consolidado reflete de forma mais clara as demonstrações financeiras e a adesão ao padrão internacional", diz William Volpato, coordenador do Valor Data. Para as companhias de capital fechado, a análise do balanço consolidado permite acompanhar passo a passo o estágio de aderência às novas normas.
Essa transição começa a ser acompanhada pelo leitor, a partir de agora e torna realístico o cotejo entre o universo empresarial brasileiro e o internacional. "Numa economia globalizada, que ganha complexidade e dinamismo a cada dia e, volta e meia, é surpreendida por crises, o acesso a balanços mais transparentes e informativos é cada vez mais decisivo para todos os agentes do mercado", afirma Amador Rodriguez, diretor de captação de dados da Serasa Experian.
O anuário "Valor 1000" também traz um panorama completo do setor financeiro, com a classificação dos cem maiores bancos. Os números mostram que as instituições financeiras souberam aproveitar o crescimento do crédito para conseguir ganhos substanciais. A alteração mais destacada no quadro classificatório é o salto do BTG Pactual da 11ª para a 8ª posição. A instituição incorporou, no ano passado, a sua controladora, a BTG Pactual Investimentos, e finalizou a aquisição da Coomex, a maior comercializadora de energia do país.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
O lucro operacional das mil maiores empresas que atuam no Brasil cresceu 49,1%, em 2010, compensando com folga a variação negativa de 21,6% registrada em 2009. O indicador mede o grau de eficiência das companhias em sua atividade fim. As empresas campeãs em 25 setores de atividade analisados pelo "Valor 1000" registraram aumento de 27,7% no lucro líquido, superando as demais companhias do ranking, cujo lucro subiu 20,3% na média total.
As empresas mais eficientes foram premiadas ontem, em São Paulo, durante evento que teve o ministro da Fazenda, Guido Mantega como principal orador. Ele entregou o prêmio Empresa de Valor 2011 à Totvs, por ter se destacado no conjunto das melhores em cada setor.
A expansão do lucro das mil maiores empresas superou o crescimento de 18,8% na receita líquida de 2010. De R$ 158 bilhões em 2009, os ganhos subiram para R$ 190 bilhões no ano passado. A receita líquida somada das empresas no ranking Valor 1000 passou de R$ 1,7 trilhão para R$ 2,06 trilhões.
"A rentabilidade em 2010 só não foi maior, porque aumentou o nível de endividamento das companhias, que precisaram investir para fazer frente à demanda aquecida do mercado interno", explica Marcio Torres, responsável pela área de crédito e de avaliação de risco de grandes empresas da Serasa Experian.
O cenário econômico favorável de 2010 fez com que as empresas da região Sudeste aumentassem de 75,3% para 79,6% sua participação no total da receita líquida das mil maiores companhias que atuam no país. A região Sudeste concentra 65,4% das mil maiores empresas do ranking de Valor 1000. As companhias localizadas em São Paulo registraram faturamento líquido de R$ 938,3 bilhões, representando 57,3% da receita da região Sudeste e 45,59% da receita do ranking.
As mudanças nos hábitos de consumo provocadas pelo aumento da renda beneficiaram as empresas de alimentos da região. Apesar do forte crescimento da produção e das vendas de automóveis, o setor de veículos e peças teve sua fatia reduzida de 15,25% para 10,1%.
No ranking das 50 maiores empresas da região Nordeste, o número de representantes do comércio varejista subiu de cinco para dez. As empresas do varejo na região registraram receita líquida de R$ 11,5 bilhões. Esse crescimento é resultado do impacto da entrada da classe C no mercado, beneficiando também o setor de serviços - cuidados pessoais, higiene e beleza - além da construção civil.
Para a maioria das empresas campeãs de Valor 1000, o momento é de cautela, mas não de paralisia. "Numa hora como essa, acompanhamos mais de perto o desempenho das vendas, o controle de estoques e avaliamos com mais rigor os investimentos. Mas não mudamos os planos de abrir 33 lojas em 2011", diz o diretor-presidente da Lojas Renner, José Galló.
A principal medida de gestão apontada pelas empresas para enfrentar o quadro ainda agudo de crise é melhorar o perfil de endividamento. A JBS, depois de registrar prejuízo de R$ 180,8 milhões no primeiro trimestre de 2011, vai cortar pela metade os investimentos previstos para 2012 e reduzir o grau de alavancagem. Para evitar riscos com a variação cambial, a Diagnósticos da América (Dasa) transformou em reais a dívida líquida de US$ 250 milhões, reduzindo o prazo de vencimento de 2018 para 2016. "Nossa receita não é em moeda estrangeira", explica Marcelo Barboza, presidente da empresa.
A décima-primeira edição de Valor 1000 traz como principal inovação a análise dos balanços consolidados das empresas. Ao todo, do ranking das 1.000 maiores, 402 companhias estão classificadas de acordo com esse critério. A nova forma de análise dos balanços é coerente com a mudança em curso da legislação contábil brasileira, cujo objetivo é alcançar a convergência com o padrão IFRS (International Financial Reporting Standards), adotado pela Comunidade Europeia e um conjunto importante de países, entre eles Japão, China e Índia.
"No caso das empresas de capital aberto, o balanço consolidado reflete de forma mais clara as demonstrações financeiras e a adesão ao padrão internacional", diz William Volpato, coordenador do Valor Data. Para as companhias de capital fechado, a análise do balanço consolidado permite acompanhar passo a passo o estágio de aderência às novas normas.
Essa transição começa a ser acompanhada pelo leitor, a partir de agora e torna realístico o cotejo entre o universo empresarial brasileiro e o internacional. "Numa economia globalizada, que ganha complexidade e dinamismo a cada dia e, volta e meia, é surpreendida por crises, o acesso a balanços mais transparentes e informativos é cada vez mais decisivo para todos os agentes do mercado", afirma Amador Rodriguez, diretor de captação de dados da Serasa Experian.
O anuário "Valor 1000" também traz um panorama completo do setor financeiro, com a classificação dos cem maiores bancos. Os números mostram que as instituições financeiras souberam aproveitar o crescimento do crédito para conseguir ganhos substanciais. A alteração mais destacada no quadro classificatório é o salto do BTG Pactual da 11ª para a 8ª posição. A instituição incorporou, no ano passado, a sua controladora, a BTG Pactual Investimentos, e finalizou a aquisição da Coomex, a maior comercializadora de energia do país.
Fonte:valoreconomico30/08/2011
Investir no Brasil
O Brasil, que passou quase ileso pela crise de 2008/9, tem tudo para se sair bem novamente nesta
Algumas ações de boas empresas brasileiras estão com valor de liquidação, segundo a maioria dos analistas. Grandes companhias, donas de ativos altamente rentáveis, perderam mais de 10% de seu valor de mercado de janeiro no decorrer do primeiro semestre.
É sempre difícil dar palpites em investimentos alheios. Tudo depende do sentimento pessoal de cada investidor, de suas premonições e de suas crenças. Mas, sem dúvida, a queda da Bolsa no Brasil, de quase 25% em 2011 e de 10% neste mês, têm pouco a ver com a economia e com as empresas brasileiras.
Os dados macroeconômicos do país são positivos, em que pese o desaquecimento da produção industrial e das vendas no comércio verificado nos últimos meses. A inflação está contida, a contratação de mão de obra continua, embora em ritmo menor, o comportamento fiscal do governo não inspira desconfiança e tudo indica que o PIB crescerá cerca de 4% neste ano.
Além disso, na área externa, as reservas cambiais de US$ 350 bilhões, mesmo levando em conta os problemas decorrentes da valorização cambial, representam vigorosa barreira para impedir impactos mais fortes de desajustes externos na economia doméstica. Sem esse seguro representado pelas reservas, as contas externas estariam perigosamente expostas, como já estiveram no passado recente.
Por sua vez, as empresas brasileiras estão em boa situação financeira, talvez melhor do que estavam no início da crise de 2008/9. Os balanços do primeiro semestre mostram que 15 grandes companhias brasileiras com ações negociadas em Bolsa tiveram crescimento de 40% nos lucros líquidos quando comparados com o mesmo período do ano passado, segundo dados da consultoria Economática.
A percepção de que o Brasil vai bem, em meio a essa nova perna da crise global, não advém de brasileiros nacionalistas xenófobos. Lá fora, há até mais entusiasmo em relação ao país. Os grandes números sobre investimento direto (IED) mostram isso. Nos últimos 12 meses, o IED total que ingressou no país alcançou US$ 72 bilhões.
A olho nu, podem-se enxergar seguidos casos de empresas estrangeiras que anunciam investimentos e buscam a compra de ativos em diversos setores, desde os de infraestrutura até de consumo e de agronegócios. Empresas chinesas, norte-americanas, coreanas, japonesas, argentinas e outras de várias nacionalidades buscam oportunidades de investir por aqui.
O protagonismo do Brasil pode ser medido também por outras manifestações externas, como a indicação da presidente Dilma em terceiro lugar entre as mulheres mais poderosas do mundo, depois da chanceler alemã, Angela Merkel, e da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
A presidente, há oito meses no cargo, ainda não teve exposição pessoal externa muito grande. Essa escolha, portanto, comprova a emergência econômica brasileira.
Sabe-se, tanto aqui quanto lá fora, que o Brasil apresenta excelentes oportunidades de negócios, independentemente do comportamento da economia global.
Essa percepção decorre do enorme mercado interno brasileiro e das chances de ampliar a produção em setores cuja demanda mundial continuará relativamente firme, como o de commodities em geral e o de petróleo, em particular.
E o Brasil, que passou praticamente ileso pela crise de 2008/9, tem tudo para se sair bem novamente nesta. Precisa, é claro, fazer as lições de casa, como fez na outra: preservar o crédito, estimular o consumo interno e desonerar a produção de itens estratégicos de consumo.
Nossa preocupação fundamental será sempre gerar empregos, sem o que não há como melhorar o nível de vida dos brasileiros. Nesse item, o país continua bem. O índice de desemprego de julho, de 6%, é um dos mais baixos do mundo e o melhor desde que o IBGE iniciou sua pesquisa, em 2002.
Feitas as lições de casa, portanto, não há razão objetiva que justifique um comportamento de pânico dos investidores em relação aos ativos brasileiros.
Querem saber o que estou fazendo nesta crise? Vou lhes dizer: estou investindo no Brasil.BENJAMIN STEINBRUCH
Fonte:folhadesp30/08/2011
Algumas ações de boas empresas brasileiras estão com valor de liquidação, segundo a maioria dos analistas. Grandes companhias, donas de ativos altamente rentáveis, perderam mais de 10% de seu valor de mercado de janeiro no decorrer do primeiro semestre.
É sempre difícil dar palpites em investimentos alheios. Tudo depende do sentimento pessoal de cada investidor, de suas premonições e de suas crenças. Mas, sem dúvida, a queda da Bolsa no Brasil, de quase 25% em 2011 e de 10% neste mês, têm pouco a ver com a economia e com as empresas brasileiras.
Os dados macroeconômicos do país são positivos, em que pese o desaquecimento da produção industrial e das vendas no comércio verificado nos últimos meses. A inflação está contida, a contratação de mão de obra continua, embora em ritmo menor, o comportamento fiscal do governo não inspira desconfiança e tudo indica que o PIB crescerá cerca de 4% neste ano.
Além disso, na área externa, as reservas cambiais de US$ 350 bilhões, mesmo levando em conta os problemas decorrentes da valorização cambial, representam vigorosa barreira para impedir impactos mais fortes de desajustes externos na economia doméstica. Sem esse seguro representado pelas reservas, as contas externas estariam perigosamente expostas, como já estiveram no passado recente.
Por sua vez, as empresas brasileiras estão em boa situação financeira, talvez melhor do que estavam no início da crise de 2008/9. Os balanços do primeiro semestre mostram que 15 grandes companhias brasileiras com ações negociadas em Bolsa tiveram crescimento de 40% nos lucros líquidos quando comparados com o mesmo período do ano passado, segundo dados da consultoria Economática.
A percepção de que o Brasil vai bem, em meio a essa nova perna da crise global, não advém de brasileiros nacionalistas xenófobos. Lá fora, há até mais entusiasmo em relação ao país. Os grandes números sobre investimento direto (IED) mostram isso. Nos últimos 12 meses, o IED total que ingressou no país alcançou US$ 72 bilhões.
A olho nu, podem-se enxergar seguidos casos de empresas estrangeiras que anunciam investimentos e buscam a compra de ativos em diversos setores, desde os de infraestrutura até de consumo e de agronegócios. Empresas chinesas, norte-americanas, coreanas, japonesas, argentinas e outras de várias nacionalidades buscam oportunidades de investir por aqui.
O protagonismo do Brasil pode ser medido também por outras manifestações externas, como a indicação da presidente Dilma em terceiro lugar entre as mulheres mais poderosas do mundo, depois da chanceler alemã, Angela Merkel, e da secretária de Estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton.
A presidente, há oito meses no cargo, ainda não teve exposição pessoal externa muito grande. Essa escolha, portanto, comprova a emergência econômica brasileira.
Sabe-se, tanto aqui quanto lá fora, que o Brasil apresenta excelentes oportunidades de negócios, independentemente do comportamento da economia global.
Essa percepção decorre do enorme mercado interno brasileiro e das chances de ampliar a produção em setores cuja demanda mundial continuará relativamente firme, como o de commodities em geral e o de petróleo, em particular.
E o Brasil, que passou praticamente ileso pela crise de 2008/9, tem tudo para se sair bem novamente nesta. Precisa, é claro, fazer as lições de casa, como fez na outra: preservar o crédito, estimular o consumo interno e desonerar a produção de itens estratégicos de consumo.
Nossa preocupação fundamental será sempre gerar empregos, sem o que não há como melhorar o nível de vida dos brasileiros. Nesse item, o país continua bem. O índice de desemprego de julho, de 6%, é um dos mais baixos do mundo e o melhor desde que o IBGE iniciou sua pesquisa, em 2002.
Feitas as lições de casa, portanto, não há razão objetiva que justifique um comportamento de pânico dos investidores em relação aos ativos brasileiros.
Querem saber o que estou fazendo nesta crise? Vou lhes dizer: estou investindo no Brasil.BENJAMIN STEINBRUCH
Fonte:folhadesp30/08/2011
Empresas retardam a entrada na Bolsa
Companhias não lançaram ações nem captaram dinheiro no exterior em agosto, mês de férias nos EUA e na Europa
Para setembro, bancos preveem que estrangeiro vai premiar empresas brasileiras com boas taxas e prazos
A crise não chegou a fazer estrago neste ano como em 2008, mas praticamente fechou o mercado para projetos ousados de financiamento das empresas brasileiras.
Mês normalmente fraco por conta das férias no hemisfério Norte, agosto termina amanhã como começou: sem dinheiro novo do mercado. Desde o rebaixamento dos EUA, que perdeu a avaliação AAA da Standard & Poor's no dia 6, não saiu nenhuma captação de recursos de empresas no exterior nem oferta de ações na Bolsa -a mais recente foi a da Abril Educação, que levantou R$ 371 milhões no dia 26 de julho.
Mesmo empresas de primeira linha como Petrobras, que consultam constantemente os investidores para buscar recursos, encontraram preços elevados.
Incertezas em relação à saúde financeira dos bancos franceses, dúvidas quanto às políticas de estímulo nos EUA e a fragilidade fiscal de países europeus agravaram a indefinição do cenário.
Diante do quadro, quatro empresas -a produtora de grãos Camil, a Enesa Engenharia, a Perenco Petróleo e a Copersucar- desistiram de entrar na Bolsa. Outras cinco -a agência CVC, o grupo Inbrands de moda, a Petrorecôncavo, a LG Agronegócios e a Isolux, de transmissão de energia- estão com prazo correndo e podem desistir se a situação não melhorar.
Para Fábio Nazari, chefe de mercados de capitais do BTG Pactual, a retomada das ofertas de ações depende da volta do investidor estrangeiro ao Brasil. Nazari afirma que prefere orientar as empresas clientes a esperar um momento mais favorável a deixá-las levar adiante uma operação que não atenda suas necessidades de dinheiro.
"Em nenhuma hipótese vamos deixar nosso cliente exposto nesse momento." Segundo Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbima (associação do mercado), a crise externa pode servir para "diferenciar" e premiar o risco das empresas brasileiras a partir de setembro. "Vamos ver como será o comportamento do investidor."
"Apesar de não ter saído nada em agosto, sabemos que houve procura por títulos de empresas brasileiras pelo investidor estrangeiro, que está mais seletivo e poderá diferenciar o Brasil. Se isso acontecer, há uma chance de que beneficie depois o mercado de ações, que é mais sensível", afirmou.
"Quem vai se beneficiar são empresas 'prime' (primeira linha), que terão oportunidade para captar em 30 anos", disse Daniel Vaz, chefe de dívida do Pactual.
Fonte:folhadesp30/08/2011
Para setembro, bancos preveem que estrangeiro vai premiar empresas brasileiras com boas taxas e prazos
A crise não chegou a fazer estrago neste ano como em 2008, mas praticamente fechou o mercado para projetos ousados de financiamento das empresas brasileiras.
Mês normalmente fraco por conta das férias no hemisfério Norte, agosto termina amanhã como começou: sem dinheiro novo do mercado. Desde o rebaixamento dos EUA, que perdeu a avaliação AAA da Standard & Poor's no dia 6, não saiu nenhuma captação de recursos de empresas no exterior nem oferta de ações na Bolsa -a mais recente foi a da Abril Educação, que levantou R$ 371 milhões no dia 26 de julho.
Mesmo empresas de primeira linha como Petrobras, que consultam constantemente os investidores para buscar recursos, encontraram preços elevados.
Incertezas em relação à saúde financeira dos bancos franceses, dúvidas quanto às políticas de estímulo nos EUA e a fragilidade fiscal de países europeus agravaram a indefinição do cenário.
Diante do quadro, quatro empresas -a produtora de grãos Camil, a Enesa Engenharia, a Perenco Petróleo e a Copersucar- desistiram de entrar na Bolsa. Outras cinco -a agência CVC, o grupo Inbrands de moda, a Petrorecôncavo, a LG Agronegócios e a Isolux, de transmissão de energia- estão com prazo correndo e podem desistir se a situação não melhorar.
Para Fábio Nazari, chefe de mercados de capitais do BTG Pactual, a retomada das ofertas de ações depende da volta do investidor estrangeiro ao Brasil. Nazari afirma que prefere orientar as empresas clientes a esperar um momento mais favorável a deixá-las levar adiante uma operação que não atenda suas necessidades de dinheiro.
"Em nenhuma hipótese vamos deixar nosso cliente exposto nesse momento." Segundo Alberto Kiraly, vice-presidente da Anbima (associação do mercado), a crise externa pode servir para "diferenciar" e premiar o risco das empresas brasileiras a partir de setembro. "Vamos ver como será o comportamento do investidor."
"Apesar de não ter saído nada em agosto, sabemos que houve procura por títulos de empresas brasileiras pelo investidor estrangeiro, que está mais seletivo e poderá diferenciar o Brasil. Se isso acontecer, há uma chance de que beneficie depois o mercado de ações, que é mais sensível", afirmou.
"Quem vai se beneficiar são empresas 'prime' (primeira linha), que terão oportunidade para captar em 30 anos", disse Daniel Vaz, chefe de dívida do Pactual.
Fonte:folhadesp30/08/2011
Betania Tanure lança três livros sobre grandes executivos brasileiros
Colunista do Valor, doutora, professora da PUC Minas e consultora da BTA, Betania Tanure lança na próxima segunda-feira (29) três livros com a história de três grandes nomes do mercado brasileiro. A trilogia, publicada pela Campus/Elsevier, foi escrita em coautoria com Roberto Patrus, doutor em filosofia, mestre em administração e professor da PUC Minas. O lançamento oficial acontece às 18 horas no hotel Hyatt, em São Paulo.
Cada livro é destinado a um executivo: Cledorvino Belini, presidente da Fiat, Fábio Barbosa, ex-Santander e agora presidente-executivo da Abril S.A., e Luiz Seabra, fundador da Natura. Os textos foram escritos após uma análise profunda das transformações ocorridas nessas empresas e de como esses líderes alteraram a trajetória dessas organizações. As três obras foram construídas a partir dos depoimentos dos próprios executivos e de entrevistas com outros gestores das companhias.
Em “A Realização de um Sonho”, Betania aborda a trajetória da Natura pela perspectiva de seu fundador, Luiz Seabra, integrada às visões de Alessandro Carlucci, presidente da companhia, João Paulo Ferreira, José Vicente Marino, Marcelo Cardoso e Roberto Pedote (vice-presidentes da organização).
“Os dois lados da moeda em fusões e aquisições” aborda o case dos bancos ABN Amro, Real, Sudameris e Santander. O livro fala dos valores de Fábio Barbosa - ex-conselheiro do Santander - na gestão do banco e de como eles foram fundamentais na construção da cultura organizacional nas fases de fusões e aquisições.
Já em “A Virada Estratégica da Fiat no Brasil”, Betania analisa, sob a teoria de gestão, a estratégia de Belini na reestruturação da empresa no momento em que atravessava uma fase de guerra de preços. A autora procura mostrar no livro o estilo de liderança do presidente de acordo com a teoria da liderança transformadora, que descreve o líder capaz de mobilizar pessoas.
Belo Horizonte também terá um evento para divulgação dos livros. Em Minas, o encontro da autora com os três empresários e convidados acontece no dia 31 de agosto, às 18 horas, no Alta Vila - Bela Vista Convention.
Fonte:valoreconomico26/08/2011
Cada livro é destinado a um executivo: Cledorvino Belini, presidente da Fiat, Fábio Barbosa, ex-Santander e agora presidente-executivo da Abril S.A., e Luiz Seabra, fundador da Natura. Os textos foram escritos após uma análise profunda das transformações ocorridas nessas empresas e de como esses líderes alteraram a trajetória dessas organizações. As três obras foram construídas a partir dos depoimentos dos próprios executivos e de entrevistas com outros gestores das companhias.
Em “A Realização de um Sonho”, Betania aborda a trajetória da Natura pela perspectiva de seu fundador, Luiz Seabra, integrada às visões de Alessandro Carlucci, presidente da companhia, João Paulo Ferreira, José Vicente Marino, Marcelo Cardoso e Roberto Pedote (vice-presidentes da organização).
“Os dois lados da moeda em fusões e aquisições” aborda o case dos bancos ABN Amro, Real, Sudameris e Santander. O livro fala dos valores de Fábio Barbosa - ex-conselheiro do Santander - na gestão do banco e de como eles foram fundamentais na construção da cultura organizacional nas fases de fusões e aquisições.
Já em “A Virada Estratégica da Fiat no Brasil”, Betania analisa, sob a teoria de gestão, a estratégia de Belini na reestruturação da empresa no momento em que atravessava uma fase de guerra de preços. A autora procura mostrar no livro o estilo de liderança do presidente de acordo com a teoria da liderança transformadora, que descreve o líder capaz de mobilizar pessoas.
Belo Horizonte também terá um evento para divulgação dos livros. Em Minas, o encontro da autora com os três empresários e convidados acontece no dia 31 de agosto, às 18 horas, no Alta Vila - Bela Vista Convention.
Fonte:valoreconomico26/08/2011
Carlos Slim amplia aposta no Brasil e investe R$ 10 bilhões
Bilionário mexicano, dono da Claro, Embratel e Net, reforça rede de dados para faturar com novos serviços gerados pela internet móvel.
O grupo América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim, investirá R$ 10 bilhões no Brasil entre 2011 e 2012, em suas controladas Claro, Embratel e Net. O montante é destinado à ampliação de rede e a ações para conquistar novos mercados.
Em janeiro, Slim já havia anunciado investimentos de R$ 4,17 bilhões no país até o fim de 2011. No segundo trimestre do ano, as operações da América Móvil no Brasil geraram receita de R$ 5,7 bilhões, representando 27,7% do faturamento da holding no período.
A Claro, cujo faturamento no segundo trimestre foi de R$ 3,1 bilhões,receberá investimentos superiores a R$ 3,5 bilhões até 2012 - boa parte destinada a expandir e aumentar a capacidade da rede da companhia.
Do total, R$ 1,92 bilhão será aplicado este ano. "Não é só para ampliar, mas para preparar a rede para serviços de dados, que têm registrado grande avanço e, espera-se, crescerão ainda mais", diz Márcio Nunes, diretor de plataformas e de rede da Claro.
A meta é ter 100% das estações rádio-base 3G (antenas usadas na rede de telefonia celular) conectadas a uma rede de transmissão com a tecnologia de fibra óptica que terá 89 mil quilômetros.Com isso, a Claro terá uma rede IP RAN. Essa tecnologia quadruplica a capacidade de transmissão e aumenta a qualidade do serviço. Hoje, 73% das estações rádio-base da Claro estão conectadas dessa forma.
"Nos pontos da rede em que já fizemos isso, a média de uso de dados subiu 40%, porque o cliente ganha uma capacidade maior da rede e pode usar aplicações que demandam mais, como baixar vídeo", conta Nunes.
4G
Com a nova estrutura, a rede de transmissão da Claro estará pronta para oferecer serviços de quarta geração de telefonia celular, cujo leilão deve ocorrer no próximo ano.
Já no 3G, o efeito imediato esperado é a maior qualidade de serviços como banda larga móvel. Mas a Claro estuda outras possibilidades.
"Posso fazer combinações de serviços móveis e fixo com mais facilidade para o cliente." Um exemplo é incentivar o uso de redes sem fio Wi-Fi em residências, para que o cliente navegue na internet a partir dessa rede quando estiver em casa. Para a operadora, o benefício é escoar o tráfego das antenas quando o assinante não estiver em trânsito.
"Utilizamos a mesma rede de transmissão para o Wi-Fi e para o 3G, porque temos que transportar o tráfego para o ponto central da minha rede", diz.
O executivo afirma não ter "definição de futuro" sobre a integração de Net, Claro e Embratel, mas admite que, com mais capacidade de rede e pensando nessa nova leva de ofertas, tecnicamente é possível prestar serviços integrados, como, por exemplo, assistir a um vídeo da Net pelo celular na rede Wi-Fi.
Nova geração de serviços
A rival Tim, que tomou a vice-liderança da Claro na semana passada, também tem uma estratégia agressiva para aumentar sua capacidade de rede. Uma das ações mais recentes foi a compra da AES Atimus, que tem 5,5 mil quilômetros de fibra óptica em 21 cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.
Com essa rede, a Tim poderá aumentar a qualidade de seu serviço de banda larga móvel e entrar no segmento de internet fixa com alta velocidade, além de entrar em TV paga.
Para Nunes, o mercado de telecomunicações entrou em uma nova fase, na qual a infraestrutura é a grande estrela. "O Brasil tem hoje mais de 220 milhões de celulares. Ainda que este número possa crescer nos próximos anos, o grande avanço será no uso de serviços de dados. E para crescer em dados é preciso investir na infraestrutura da rede de transmissão."
Fonte:brasileconomico30/08/11
O grupo América Móvil, do bilionário mexicano Carlos Slim, investirá R$ 10 bilhões no Brasil entre 2011 e 2012, em suas controladas Claro, Embratel e Net. O montante é destinado à ampliação de rede e a ações para conquistar novos mercados.
Em janeiro, Slim já havia anunciado investimentos de R$ 4,17 bilhões no país até o fim de 2011. No segundo trimestre do ano, as operações da América Móvil no Brasil geraram receita de R$ 5,7 bilhões, representando 27,7% do faturamento da holding no período.
A Claro, cujo faturamento no segundo trimestre foi de R$ 3,1 bilhões,receberá investimentos superiores a R$ 3,5 bilhões até 2012 - boa parte destinada a expandir e aumentar a capacidade da rede da companhia.
Do total, R$ 1,92 bilhão será aplicado este ano. "Não é só para ampliar, mas para preparar a rede para serviços de dados, que têm registrado grande avanço e, espera-se, crescerão ainda mais", diz Márcio Nunes, diretor de plataformas e de rede da Claro.
A meta é ter 100% das estações rádio-base 3G (antenas usadas na rede de telefonia celular) conectadas a uma rede de transmissão com a tecnologia de fibra óptica que terá 89 mil quilômetros.Com isso, a Claro terá uma rede IP RAN. Essa tecnologia quadruplica a capacidade de transmissão e aumenta a qualidade do serviço. Hoje, 73% das estações rádio-base da Claro estão conectadas dessa forma.
"Nos pontos da rede em que já fizemos isso, a média de uso de dados subiu 40%, porque o cliente ganha uma capacidade maior da rede e pode usar aplicações que demandam mais, como baixar vídeo", conta Nunes.
4G
Com a nova estrutura, a rede de transmissão da Claro estará pronta para oferecer serviços de quarta geração de telefonia celular, cujo leilão deve ocorrer no próximo ano.
Já no 3G, o efeito imediato esperado é a maior qualidade de serviços como banda larga móvel. Mas a Claro estuda outras possibilidades.
"Posso fazer combinações de serviços móveis e fixo com mais facilidade para o cliente." Um exemplo é incentivar o uso de redes sem fio Wi-Fi em residências, para que o cliente navegue na internet a partir dessa rede quando estiver em casa. Para a operadora, o benefício é escoar o tráfego das antenas quando o assinante não estiver em trânsito.
"Utilizamos a mesma rede de transmissão para o Wi-Fi e para o 3G, porque temos que transportar o tráfego para o ponto central da minha rede", diz.
O executivo afirma não ter "definição de futuro" sobre a integração de Net, Claro e Embratel, mas admite que, com mais capacidade de rede e pensando nessa nova leva de ofertas, tecnicamente é possível prestar serviços integrados, como, por exemplo, assistir a um vídeo da Net pelo celular na rede Wi-Fi.
Nova geração de serviços
A rival Tim, que tomou a vice-liderança da Claro na semana passada, também tem uma estratégia agressiva para aumentar sua capacidade de rede. Uma das ações mais recentes foi a compra da AES Atimus, que tem 5,5 mil quilômetros de fibra óptica em 21 cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.
Com essa rede, a Tim poderá aumentar a qualidade de seu serviço de banda larga móvel e entrar no segmento de internet fixa com alta velocidade, além de entrar em TV paga.
Para Nunes, o mercado de telecomunicações entrou em uma nova fase, na qual a infraestrutura é a grande estrela. "O Brasil tem hoje mais de 220 milhões de celulares. Ainda que este número possa crescer nos próximos anos, o grande avanço será no uso de serviços de dados. E para crescer em dados é preciso investir na infraestrutura da rede de transmissão."
Fonte:brasileconomico30/08/11
Setor químico vai investir US$ 25 bilhões
Setor terá de investir alto para reduzir importações
As indústrias químicas e petroquímicas vão, em seu conjunto, investir aproximadamente US$ 25 bilhões até 2015, como parte dos planos de expansão da cadeia para atender a demanda crescente no mercado interno. Deste total, US$ 5,2 bilhões já estão em andamento - boa parte do restante, de US$ 16,1 bilhões, já foi aprovado e deverá ser aplicado nos próximos meses. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Química, em um universo de mais de 50 empresas. Os investimentos, porém, ainda não serão suficientes para reverter o déficit do setor, segundo empresários e especialistas ouvidos pelo Valor.
As indústrias químicas e petroquímicas têm um pacote de investimentos da ordem de US$ 25 bilhões programados até 2015, como parte do plano de expansão da cadeia para atender à crescente demanda no mercado interno. Deste total, US$ 5,2 bilhões referem-se a novos projetos e já estão em andamento - boa parte dos US$ 16,1 bilhões restantes já foi aprovada e deverá ser aplicada a partir do próximo ano. Cerca de US$ 3,4 bilhões estão sendo empregados para elevar a atual capacidade de produção das companhias. O levantamento foi feito pela Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), em um universo de mais de 50 empresas.
Os investimentos, apesar de robustos, ainda são insuficientes para reverter o déficit do setor, segundo empresários e especialistas ouvidos pelo Valor. A cadeia química nacional é fortemente dependente das importações de matérias-primas básicas para atender suas necessidades. Neste primeiro semestre, o setor registrou saldo negativo (balanço das exportações menos importações) de US$ 11,67 bilhões. Em 2010, o saldo igualmente vermelho ficou em US$ 20,7 bilhões.
Para cobrir esse rombo e se tornar superavitária, os desafios da indústria são grandes. Os aportes já anunciados até 2015 nem de longe conseguem reverter metade do déficit atual. Em um documento preparado pela Abiquim e entregue ao governo, o setor estima que as indústrias tenham de investir US$ 167 bilhões para que o Brasil reverta seu perfil deficitário, tenha pelo menos 10% das matérias-primas produzidas renováveis - a chamada química verde- e salte da oitava posição para quinta no ranking global no setor até 2020. Química renovável deverá receber aportes de US$ 20 bilhões e produtos oriundos do pré-sal outros US$ 15 bilhões.
Até 2015, deverão ser investidos cerca de US$ 25 bi. Petrobras, Braskem e Vale ancoram principais projetos
O Valor listou os 14 principais projetos em andamento e em estudos, considerados importantes para o desenvolvimento da cadeia. No topo dessa lista estão empresas nacionais como Petrobras, Vale, Braskem, Galvani, e multinacionais que querem ampliar presença no mercado interno, como Dow Chemical, Rhodia, Basf e estão interessadas na química verde.
"O setor enfrenta uma fase crucial. Ou caminhamos para a desindustrialização ou de crescimento completo", afirmou Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim. "Desde a era Collor [governo Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992], cerca de 1.470 linhas de produção foram desativadas e 57% dos volumes produzidos foram substituídos pelas importações."
O déficit na balança do setor vem crescendo ano a ano, batendo recordes. No acumulado dos últimos 12 meses, até junho, atingiu US$ 23,6 bilhões. "Temos condições de reverter esse quadro porque temos reservas de petróleo e gás e o Brasil está fazendo apostas em matéria-prima renovável", disse Figueiredo. A China, considerado um grande mercado consumidor, tem pouca matéria-prima. "Os Estados Unidos e o Brasil têm as duas coisas juntas: mercado e matéria-prima", afirmou Figueiredo, acrescentando o país tem uma indústria química madura e que poderá crescer com consistência.
"Os investimentos das indústrias que estão em curso e em estudos são plausíveis com as intenções de crescimento do Brasil", afirmou ao Valor Lucas Blender, analista da Geração Futuro. "O movimento de expansão do Brasil não se restringe mais à fronteira, não pode ser considerado regional." A partir de 2012, o setor passará por um novo ciclo de alta no mercado internacional. "O Brasil é considerado um dos grandes expoentes nesse setor", disse Blender, que considera que o Brasil terá condições de dar continuidade a investimentos bilionários para expandir a produção. Blender não acredita que o país consiga reverter o déficit e nem deve perseguir essa meta. "É uma questão de racionalidade dos investimentos."
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Para Otávio Carvalho, da consultoria petroquímica Maxiquim, as indústrias químicas têm todas as condições de avançar até 2020, quando os investimentos em gás natural e pré-sal, por exemplos, estarão maturados. "Para se viabilizar investimentos, só dinheiro e matéria-prima não são suficientes. É preciso ter matéria-prima competitiva", afirmou, lembrando que os investimentos em curso da Petrobras e as bacias de exploração de petróleo do empresário Eike Batista poderão estar maturadas.
A petroquímica Braskem está concluindo aportes na fábrica de butadieno (matéria-prima para borracha), com investimentos de R$ 300 milhões. Já está em andamento a unidade de PVC em Alagoas, onde será investido R$ 1 bilhão. Em recente entrevista ao Valor, Carlos Fadigas, presidente da companhia, disse que o grupo deverá definir neste semestre onde erguerá sua primeira fábrica de polipropileno (PP) verde, que receberá aportes de R$ 170 milhões. "Será em uma tradicional região produtora de etanol [Centro-Sul do país]." A companhia inaugurou no ano passado a fábrica de polietileno verde (PE) em Triunfo (RS), dando início no país à nova onda de aportes em química verde.
Seguindo a tendência, a Dow Chemical deverá investir cerca de US$ 1,5 bilhão para construir uma unidade de etanol integrada a uma fábrica química. O projeto de Santa Vitória (MG) foi anunciado em 2007, mas o martelo dos investimentos só foi batido este ano.
Com projetos bilionários, a Vale Fertilizantes está finalizando aporte de R$ 432 milhões em Uberaba (MG), para ampliação da produção de ácido fosfórico e ácido sulfúrico, conforme comunicado da empresa. Um projeto de R$ 2 bilhões, denominado Projeto Salitre, em estudos na região de Patrocínio (MG), ainda depende do aval da companhia. Nesse projeto, a Vale prevê aportes de cerca de R$ 2 bilhões até 2013, com a abertura de uma mina de rocha fosfática e a construção de novas unidades para a produção de ácidos sulfúrico e fosfórico, além de fertilizantes fosfatados de alta concentração.
Um dos projetos mais aguardados passa pela Petrobras. Somente no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de janeiro), em Itaboraí (RJ), serão cerca de US$ 8,5 bilhões. Parte desse investimento será tocado em parceria com a Braskem, que já aprovou o projeto na área petroquímica. A estatal também tem planos de investir cerca de US$ 2,4 bilhões em uma unidade de PET em Suape (PE), que tem a Braskem como parceira, mas ainda está em fase inicial de estudos.
Fonet: ValorEconômico30/08/2011
As indústrias químicas e petroquímicas vão, em seu conjunto, investir aproximadamente US$ 25 bilhões até 2015, como parte dos planos de expansão da cadeia para atender a demanda crescente no mercado interno. Deste total, US$ 5,2 bilhões já estão em andamento - boa parte do restante, de US$ 16,1 bilhões, já foi aprovado e deverá ser aplicado nos próximos meses. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira da Indústria Química, em um universo de mais de 50 empresas. Os investimentos, porém, ainda não serão suficientes para reverter o déficit do setor, segundo empresários e especialistas ouvidos pelo Valor.
As indústrias químicas e petroquímicas têm um pacote de investimentos da ordem de US$ 25 bilhões programados até 2015, como parte do plano de expansão da cadeia para atender à crescente demanda no mercado interno. Deste total, US$ 5,2 bilhões referem-se a novos projetos e já estão em andamento - boa parte dos US$ 16,1 bilhões restantes já foi aprovada e deverá ser aplicada a partir do próximo ano. Cerca de US$ 3,4 bilhões estão sendo empregados para elevar a atual capacidade de produção das companhias. O levantamento foi feito pela Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química), em um universo de mais de 50 empresas.
Os investimentos, apesar de robustos, ainda são insuficientes para reverter o déficit do setor, segundo empresários e especialistas ouvidos pelo Valor. A cadeia química nacional é fortemente dependente das importações de matérias-primas básicas para atender suas necessidades. Neste primeiro semestre, o setor registrou saldo negativo (balanço das exportações menos importações) de US$ 11,67 bilhões. Em 2010, o saldo igualmente vermelho ficou em US$ 20,7 bilhões.
Para cobrir esse rombo e se tornar superavitária, os desafios da indústria são grandes. Os aportes já anunciados até 2015 nem de longe conseguem reverter metade do déficit atual. Em um documento preparado pela Abiquim e entregue ao governo, o setor estima que as indústrias tenham de investir US$ 167 bilhões para que o Brasil reverta seu perfil deficitário, tenha pelo menos 10% das matérias-primas produzidas renováveis - a chamada química verde- e salte da oitava posição para quinta no ranking global no setor até 2020. Química renovável deverá receber aportes de US$ 20 bilhões e produtos oriundos do pré-sal outros US$ 15 bilhões.
Até 2015, deverão ser investidos cerca de US$ 25 bi. Petrobras, Braskem e Vale ancoram principais projetos
O Valor listou os 14 principais projetos em andamento e em estudos, considerados importantes para o desenvolvimento da cadeia. No topo dessa lista estão empresas nacionais como Petrobras, Vale, Braskem, Galvani, e multinacionais que querem ampliar presença no mercado interno, como Dow Chemical, Rhodia, Basf e estão interessadas na química verde.
"O setor enfrenta uma fase crucial. Ou caminhamos para a desindustrialização ou de crescimento completo", afirmou Fernando Figueiredo, presidente da Abiquim. "Desde a era Collor [governo Fernando Collor de Mello, entre 1990 e 1992], cerca de 1.470 linhas de produção foram desativadas e 57% dos volumes produzidos foram substituídos pelas importações."
O déficit na balança do setor vem crescendo ano a ano, batendo recordes. No acumulado dos últimos 12 meses, até junho, atingiu US$ 23,6 bilhões. "Temos condições de reverter esse quadro porque temos reservas de petróleo e gás e o Brasil está fazendo apostas em matéria-prima renovável", disse Figueiredo. A China, considerado um grande mercado consumidor, tem pouca matéria-prima. "Os Estados Unidos e o Brasil têm as duas coisas juntas: mercado e matéria-prima", afirmou Figueiredo, acrescentando o país tem uma indústria química madura e que poderá crescer com consistência.
"Os investimentos das indústrias que estão em curso e em estudos são plausíveis com as intenções de crescimento do Brasil", afirmou ao Valor Lucas Blender, analista da Geração Futuro. "O movimento de expansão do Brasil não se restringe mais à fronteira, não pode ser considerado regional." A partir de 2012, o setor passará por um novo ciclo de alta no mercado internacional. "O Brasil é considerado um dos grandes expoentes nesse setor", disse Blender, que considera que o Brasil terá condições de dar continuidade a investimentos bilionários para expandir a produção. Blender não acredita que o país consiga reverter o déficit e nem deve perseguir essa meta. "É uma questão de racionalidade dos investimentos."
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Para Otávio Carvalho, da consultoria petroquímica Maxiquim, as indústrias químicas têm todas as condições de avançar até 2020, quando os investimentos em gás natural e pré-sal, por exemplos, estarão maturados. "Para se viabilizar investimentos, só dinheiro e matéria-prima não são suficientes. É preciso ter matéria-prima competitiva", afirmou, lembrando que os investimentos em curso da Petrobras e as bacias de exploração de petróleo do empresário Eike Batista poderão estar maturadas.
A petroquímica Braskem está concluindo aportes na fábrica de butadieno (matéria-prima para borracha), com investimentos de R$ 300 milhões. Já está em andamento a unidade de PVC em Alagoas, onde será investido R$ 1 bilhão. Em recente entrevista ao Valor, Carlos Fadigas, presidente da companhia, disse que o grupo deverá definir neste semestre onde erguerá sua primeira fábrica de polipropileno (PP) verde, que receberá aportes de R$ 170 milhões. "Será em uma tradicional região produtora de etanol [Centro-Sul do país]." A companhia inaugurou no ano passado a fábrica de polietileno verde (PE) em Triunfo (RS), dando início no país à nova onda de aportes em química verde.
Seguindo a tendência, a Dow Chemical deverá investir cerca de US$ 1,5 bilhão para construir uma unidade de etanol integrada a uma fábrica química. O projeto de Santa Vitória (MG) foi anunciado em 2007, mas o martelo dos investimentos só foi batido este ano.
Com projetos bilionários, a Vale Fertilizantes está finalizando aporte de R$ 432 milhões em Uberaba (MG), para ampliação da produção de ácido fosfórico e ácido sulfúrico, conforme comunicado da empresa. Um projeto de R$ 2 bilhões, denominado Projeto Salitre, em estudos na região de Patrocínio (MG), ainda depende do aval da companhia. Nesse projeto, a Vale prevê aportes de cerca de R$ 2 bilhões até 2013, com a abertura de uma mina de rocha fosfática e a construção de novas unidades para a produção de ácidos sulfúrico e fosfórico, além de fertilizantes fosfatados de alta concentração.
Um dos projetos mais aguardados passa pela Petrobras. Somente no Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de janeiro), em Itaboraí (RJ), serão cerca de US$ 8,5 bilhões. Parte desse investimento será tocado em parceria com a Braskem, que já aprovou o projeto na área petroquímica. A estatal também tem planos de investir cerca de US$ 2,4 bilhões em uma unidade de PET em Suape (PE), que tem a Braskem como parceira, mas ainda está em fase inicial de estudos.
Fonet: ValorEconômico30/08/2011
29 agosto 2011
Cisco compra start-up para integrar Office às suas ferramentas
A Cisco adquiriu da start-up Versly, desenvolvedora de aplicativos colaborativos que integram os produtos do pacote para escritório Office, da Microsoft.
O valor da transação não foi divulgado pela empresa. Em comunicado, a fabricante de equipamentos de rede disse que todos os funcionários da Versly serão incorporados à suas equipes.
A Cisco adianta que os software da empresa serão integrados ao Cisco Quad, Cisco Jabber e Cisco WebEx. Com isso, os usuários poderão, por exemplo, receber notificações no Cisco Quad quando algum documento do Word for modificado, ou iniciar uma webconferência durante uma apresentação de Power Point por meio da Cisco WebEx.
"Colaboração é uma prioridade para a Cisco e, com esta compra, estamos fortalecendo nossas ofertas no setor e melhorando a experiência do usuário integrando tecnologias sociais com aplicativos para negócios", destacou o vice-presidente da Cisco, Murali Sitaram. A empresa estima que o mercado de colaboração movimente US$ 45 bilhões ao ano em todo o mundo.
Fonte:tiinside29/08/2011
O valor da transação não foi divulgado pela empresa. Em comunicado, a fabricante de equipamentos de rede disse que todos os funcionários da Versly serão incorporados à suas equipes.
A Cisco adianta que os software da empresa serão integrados ao Cisco Quad, Cisco Jabber e Cisco WebEx. Com isso, os usuários poderão, por exemplo, receber notificações no Cisco Quad quando algum documento do Word for modificado, ou iniciar uma webconferência durante uma apresentação de Power Point por meio da Cisco WebEx.
"Colaboração é uma prioridade para a Cisco e, com esta compra, estamos fortalecendo nossas ofertas no setor e melhorando a experiência do usuário integrando tecnologias sociais com aplicativos para negócios", destacou o vice-presidente da Cisco, Murali Sitaram. A empresa estima que o mercado de colaboração movimente US$ 45 bilhões ao ano em todo o mundo.
Fonte:tiinside29/08/2011
FMI revisa para baixo previsões de crescimento mundial
O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou para baixo as previsões de crescimento mundial para 2011 e 2012, segundo o último relatório do World Economic Outlook.
De acordo com este documento, cujo conteúdo foi antecipado nesta segunda-feira pela agência italiana "ANSA" e que foi apresentado perante a junta do organismo em 17 de agosto, o FMI prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 4,2% para 2011 e de 4,3% para 2012, o que supõe um rebaixamento de 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente, frente suas previsões de junho.
As economias avançadas são as que sofreram uma maior perda, indica o texto, enquanto se mantêm as dos países emergentes e em vias de desenvolvimento.
O FMI estima que no total as economias avançadas crescerão 1,8% em 2011 e 2,2% em 2012, o que supõe uma redução de 0,4 pontos percentuais em ambos casos. Para o bloco de países emergentes e em desenvolvimento, as previsões de crescimento se mantêm em 6,6% e 6,4% para 2011 e 2012, respectivamente.
O relatório assinala que, "sobre um cenário de fundo marcado por uma série de debilidades estruturais sem resolver, a economia internacional foi afetada neste ano por grandes impactos: o terremoto e o tsunami no Japão em março, as tensões registradas em alguns países produtores de petróleo e a grande turbulência financeira na zona do euro".
Para as economias avançadas, o FMI espera "uma contínua, embora fraca e desconexa recuperação, a menos que as políticas não sejam reforçadas", ao tempo que estabelece que os principais riscos estão na eurozona e nos Estados Unidos.
Para a zona do euro, o FMI rebaixou as previsões de crescimento em 0,1 pontos percentuais em 2011 e estima que este se situe em 1,9%, enquanto para 2012 prevê um avanço de 1,3%, o que supõe uma redução de 0,4 pontos percentuais em relação às estimativas prévias.
Por outro lado, para os Estados Unidos, a previsão de crescimento se situa em 1,6% para 2011, o que supõe um corte de 0,9 pontos percentuais, enquanto para 2012 prevê um avanço do PIB de 2%, com o que reduz suas próprias estimativas anteriores em 0,7 pontos percentuais.
Sobre a Espanha, o FMI adverte que, da mesma forma que Itália, continua atrás nos níveis de produção em comparação com a maior parte das economias, que alcançaram na primeira metade de 2011 níveis produtivos próximos aos registrados antes da crise.
Por outro lado, para a França, o FMI prevê um crescimento de 1,8% em 2011 e de 1,6% em 2012 (uma revisão à queda de 0,3 pontos percentuais em ambos casos), ao tempo que mantém as estimativas da Alemanha para 2011, com um crescimento de 3,2%, e as reduz frente 2012 em 0,4 pontos percentuais e situa o crescimento em 1,6%.
No caso da Itália, o FMI acredita que seu PIB crescerá 0,8% em 2011, o que significa 0,2 pontos percentuais a menos, e para 2012 o situa em 0,7% (0,6 pontos percentuais menos).
Fonte:iG29/08/2011
De acordo com este documento, cujo conteúdo foi antecipado nesta segunda-feira pela agência italiana "ANSA" e que foi apresentado perante a junta do organismo em 17 de agosto, o FMI prevê um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 4,2% para 2011 e de 4,3% para 2012, o que supõe um rebaixamento de 0,1 e 0,2 pontos percentuais, respectivamente, frente suas previsões de junho.
As economias avançadas são as que sofreram uma maior perda, indica o texto, enquanto se mantêm as dos países emergentes e em vias de desenvolvimento.
O FMI estima que no total as economias avançadas crescerão 1,8% em 2011 e 2,2% em 2012, o que supõe uma redução de 0,4 pontos percentuais em ambos casos. Para o bloco de países emergentes e em desenvolvimento, as previsões de crescimento se mantêm em 6,6% e 6,4% para 2011 e 2012, respectivamente.
O relatório assinala que, "sobre um cenário de fundo marcado por uma série de debilidades estruturais sem resolver, a economia internacional foi afetada neste ano por grandes impactos: o terremoto e o tsunami no Japão em março, as tensões registradas em alguns países produtores de petróleo e a grande turbulência financeira na zona do euro".
Para as economias avançadas, o FMI espera "uma contínua, embora fraca e desconexa recuperação, a menos que as políticas não sejam reforçadas", ao tempo que estabelece que os principais riscos estão na eurozona e nos Estados Unidos.
Para a zona do euro, o FMI rebaixou as previsões de crescimento em 0,1 pontos percentuais em 2011 e estima que este se situe em 1,9%, enquanto para 2012 prevê um avanço de 1,3%, o que supõe uma redução de 0,4 pontos percentuais em relação às estimativas prévias.
Por outro lado, para os Estados Unidos, a previsão de crescimento se situa em 1,6% para 2011, o que supõe um corte de 0,9 pontos percentuais, enquanto para 2012 prevê um avanço do PIB de 2%, com o que reduz suas próprias estimativas anteriores em 0,7 pontos percentuais.
Sobre a Espanha, o FMI adverte que, da mesma forma que Itália, continua atrás nos níveis de produção em comparação com a maior parte das economias, que alcançaram na primeira metade de 2011 níveis produtivos próximos aos registrados antes da crise.
Por outro lado, para a França, o FMI prevê um crescimento de 1,8% em 2011 e de 1,6% em 2012 (uma revisão à queda de 0,3 pontos percentuais em ambos casos), ao tempo que mantém as estimativas da Alemanha para 2011, com um crescimento de 3,2%, e as reduz frente 2012 em 0,4 pontos percentuais e situa o crescimento em 1,6%.
No caso da Itália, o FMI acredita que seu PIB crescerá 0,8% em 2011, o que significa 0,2 pontos percentuais a menos, e para 2012 o situa em 0,7% (0,6 pontos percentuais menos).
Fonte:iG29/08/2011