Flexibilidade de regras, que evita diluição de poder de acionistas, e chance de atrair investimentos a projetos embrionários incentivam empreendedores nacionais a tentar a sorte lá fora
Do ano passado para cá, cinco empresas escolheram as bolsas de Nova York e Nasdaq para lançar suas ações em detrimento da B3, bolsa de valores de São Paulo. Juntas, elas captaram US$ 6,2 bilhões - ou R$ 25 bilhões, considerado o dólar a R$ 4,05, valor quase 50% superior às ofertas feitas por oito companhias na bolsa brasileira no período.
O movimento, que começa a incomodar o mercado interno, tem potencial para crescer nos próximos anos, sobretudo entre as empresas de alto crescimento, como as unicórnios (startups que superam US$ 1 bilhão em valor de mercado).
O sucesso do IPO (sigla em inglês para oferta pública de ações) da XP Inc no início de dezembro, que captou US$ 2,25 bilhões na Nasdaq, deve incentivar outras companhias a desembarcar no mercado americano.
A rede de hamburgueria Madero, por exemplo, já anunciou que pretende fazer sua oferta de ações na Bolsa de Nova York, em 2020; a Cogna, holding que reúne Kroton e outros negócios na área educacional, também sinalizou para abertura de capital de sua subsidiária Vasta Educação nos Estados Unidos, seguindo o mesmo caminho trilhado pelas empresas de meio de pagamentos PagSeguro e Stone, e as companhias de ensino Arco Educação e Afya.
Como essas, outras companhias se movimentam para seguir a mesma trajetória. "O Brasil tem um potencial incrível em diversos setores, como educação, saúde, tecnologia e finanças", afirma a diretora de listagem e mercado de capitais da Nasdaq na América Latina, Ivana Ferreira. Ela conta que tem viajado com frequência para o Brasil para se reunir com potenciais empresas interessadas em abrir o capital na bolsa americana.
A executiva afirma que o foco é se aproximar de companhias, empreendedores e times em começo de jornada. "Estamos comprometidos em apoiar empresas em todas as fases de seu ciclo corporativo", diz ela, destacando que a listagem da XP Inc é a validação do trabalho da Nasdaq na região. "Os Estados Unidos é o país com maior número de investidores do planeta, ou seja é o mercado de maior liquidez no mundo."
Empresas de tecnologia
Para algumas empresas, como as de tecnologia, essa é uma vantagem importante comparada ao mercado brasileiro. "Existe uma classe de empresas que ainda não tem tanta demanda no Brasil por serem desconhecidas ou menores. Para esses casos, falta a maturidade que o mercado americano tem", diz o diretor da Santander Corretora André Rosenblit. Além disso, há fundos dedicados a determinadas áreas que não por aqui. Ele lembra que quase 60% dos investidores nos Estados Unidos aplicam em ações enquanto aqui apenas 1,2%.
Mas há outros fatores que têm determinado o desembarque das empresas brasileiras nos Estados Unidos. Um deles é o free float - porcentagem de ações emitidas no mercado. Aqui, as companhias têm de lançar o mínimo de 15% ou 25% se o volume for acima de R$ 3 bilhões, afirma o responsável pelo Investment Banking do Citi Brasil, Eduardo Miras. "Lá fora, não há essa restrição, pode ser 5%, 10%."
No caso da XP, um dos motivos que levaram a instituição a abrir o capital na Nasdaq envolve a diluição da participação dos controladores. Como aqui só há uma classe de ação, os sócios perderiam o controle da empresa. Nos Estados Unidos, há duas classes (A e B) e isso não ocorre, diz Miras.
A opção de manter ações com superpoderes (voto plural) é um dos fatores importantes para se abrir o capital lá fora, explica Fabio Nazari, chefe de mercado de capital de renda variável do BTG Pactual. "As ações com superpoderes garantem aos fundadores de uma companhia os direitos políticos sobre uma empresa, mesmo com a diluição de capital", diz.
Regulação
A B3, bolsa paulista, não está alheia a esse movimento. Para Flavia Mouta, diretora de emissores da B3, um dos pontos principais das ofertas no exterior é a maior valorização que essas companhias conseguem nos Estados Unidos do que aqui no Brasil. "Isso a gente tem menos controle porque é uma questão de conjuntura do mercado e porque essas empresas são de tecnologia."
Mudanças regulatórias aqui no Brasil podem ajudar as empresas a considerar a fazer listagem na Bolsa paulista. Deste fevereiro deste ano, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) permite que as empresas brasileiras façam o registro de pedido de companhia em sigilo, o que só era permitido nos EUA. Também foi colocada em audiência pública a discussão do voto plural (ações com superpoderes). Para Flavia, essas discussões podem ajudar na escolha de empresas brasileiras antes de ir para fora.
"A B3 não quer perder as listagens e está considerando alterações nas regras", diz Eduardo Mendez, chefe de mercado de capitais e renda variável para América Latina do Morgan Stanley. Ele afirma que há empresas no pipeline para abertura de capital no exterior, mas são histórias específicas. "Mas também trabalhamos com muitas listagens aqui no Brasil (ver matéria abaixo)", diz Mendez.
Para ele, o lançamento de ações no exterior não é simples nem barato. O ambiente regulatório americano é bastante oneroso, tem um dinâmica de auditoria e de comunicação em inglês e compromissos assumidos que são caros.
"O sucesso das últimas listagens vai trazer muitas empresas com objetivo de abrir o capital em Nova York, mas quando elas identificarem esses custos vão preferir lançar aqui." Renée Pereira e Mônica Scaramuzzo Estadao Leia mais em terra 31/12/2019
31 dezembro 2019
Oferta de ações na Bolsa brasileira pode atingir até R$ 200 bilhões em 2020
Se a expectativa do mercado se confirmar, valor de operações vai mais do que dobrar em relação ao número de 2019 e representar um novo recorde para o mercado financeiro do País
As empresas brasileiras devem continuar se financiando na Bolsa para promover sua expansão em 2020, a exemplo do que já aconteceu em 2019.
As operações de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) e emissões de ações de companhias já listadas na B3, a bolsa paulista, podem atingir de R$ 150 bilhões a R$ 200 bilhões no ano que vem, segundo fontes ouvidas pelo Estado.
Em 2019, as operações no mercado de capitais somaram cerca de R$ 90,2 bilhões, com 42 transações (37 emissões de ações e 5 IPOs).
Do total movimentado em 2019, cerca de R$ 80 bilhões foram em emissões de ações – quase metade desses recursos foi para financiar os projetos de expansão das empresas e o restante foi para o bolso dos acionistas.
“As operações de emissões de ações (follow on) e IPO podem, no mínimo, dobrar em relação a 2019. Há potencial para bater R$ 200 bilhões”, disse à reportagem Fabio Nazari, chefe de mercado de capital de renda variável do BTG Pactual. Se concretizada a expectativa, poderá superar a marca recorde histórica de 2010, quando as operações totalizaram R$ 150,3 bilhões.
Fôlego de estatais
O movimento deve ser impulsionado pelas estatais, como Petrobrás e Caixa, além da venda de boa parte da carteira de ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Bolsa. Somente a venda dos papéis do banco de fomento na petroleira deve movimentar cerca de R$ 25 bilhões. O BNDES também já tornou pública a intenção de se desfazer de metade de sua participação na JBS, podendo levantar cerca de R$ 10 bilhões.
O movimento deve ser impulsionado pelas estatais, como Petrobrás e Caixa, além da venda de boa parte da carteira de ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Bolsa. Somente a venda dos papéis do banco de fomento na petroleira deve movimentar cerca de R$ 25 bilhões. O BNDES também já tornou pública a intenção de se desfazer de metade de sua participação na JBS, podendo levantar cerca de R$ 10 bilhões.
O chefe de mercado de capitais e renda variável para América Latina do Morgan Stanley, Eduardo Mendez, destaca que a carteira de ações do banco de fomento é da ordem US$ 90 bilhões.
O Estado apurou que a BR Distribuidora, empresa de distribuição de combustíveis da Petrobrás, deverá fazer nova oferta de ações da companhia ainda no primeiro trimestre de 2020. Em julho, a Petrobrás levantou R$ 8,6 bilhões com a venda de 30% da fatia da BR Distribuidora na B3. A distribuidora de combustíveis, líder no País, abriu seu capital em 2017. A Petrobrás, dona do controle da empresa até julho de 2019, detém atualmente 37,5% de fatia na empresa.
Segundo Pedro Costa, chefe de renda variável do banco Santander, há potencial de 75 operações de emissões de ações e IPOs na Bolsa em 2020. Mais conservador, ele acredita que o valor movimentado pode ser de até R$ 150 bilhões. O Santander participou de 17 das 42 operações realizadas em 2019.
O setor de saneamento, que passa por uma mudança no marco regulatório, também deverá ser bastante ativo em 2020, de acordo com Costa. “Pelos menos duas companhias – a Cagece, do Ceará, e Compesa, de Pernambuco – já tornaram pública a intenção de fazer abertura de capital”, disse Costa. A Cagece já fez o pedido de registro de oferta pública na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O Estado apurou que a Bahia, Distrito Federal e Rio de Janeiro também estudam a possibilidade de abertura de capital de suas empresas de saneamento ..... Renée Pereira e Monica Scaramuzzo, .. Leia mais em O Estado de S.Paulo 31/12/2019
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Leia também no portal fusoesaquisicoes.blogspot
ATUALIZADO - Ofertas de ações por empresas brasileiras - IPOs e Follow-ons, em 2019
Em 2019 foram realizadas 46 ofertas de ações por empresas brasileiras, no total de R$ 105,7 bilhões. A Bolsa brasileira foi responsável por 42 ofertas, no montante de R$ 89,6 bilhões, e a Bolsa de NY por outras 4, no valor de. R$ 16,1 bilhões.
E para 2020, projetam-se cerca de 68 ofertas. Os montantes estimados passarão de R$ 106 bilhões este ano para R$ 144 bilhões, em 2020.... Leia mais em fusoesaquisicoes.blogspot
As empresas brasileiras devem continuar se financiando na Bolsa para promover sua expansão em 2020, a exemplo do que já aconteceu em 2019.
As operações de abertura de capital (IPO, na sigla em inglês) e emissões de ações de companhias já listadas na B3, a bolsa paulista, podem atingir de R$ 150 bilhões a R$ 200 bilhões no ano que vem, segundo fontes ouvidas pelo Estado.
Em 2019, as operações no mercado de capitais somaram cerca de R$ 90,2 bilhões, com 42 transações (37 emissões de ações e 5 IPOs).
Do total movimentado em 2019, cerca de R$ 80 bilhões foram em emissões de ações – quase metade desses recursos foi para financiar os projetos de expansão das empresas e o restante foi para o bolso dos acionistas.
“As operações de emissões de ações (follow on) e IPO podem, no mínimo, dobrar em relação a 2019. Há potencial para bater R$ 200 bilhões”, disse à reportagem Fabio Nazari, chefe de mercado de capital de renda variável do BTG Pactual. Se concretizada a expectativa, poderá superar a marca recorde histórica de 2010, quando as operações totalizaram R$ 150,3 bilhões.
Fôlego de estatais
O movimento deve ser impulsionado pelas estatais, como Petrobrás e Caixa, além da venda de boa parte da carteira de ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Bolsa. Somente a venda dos papéis do banco de fomento na petroleira deve movimentar cerca de R$ 25 bilhões. O BNDES também já tornou pública a intenção de se desfazer de metade de sua participação na JBS, podendo levantar cerca de R$ 10 bilhões.
O movimento deve ser impulsionado pelas estatais, como Petrobrás e Caixa, além da venda de boa parte da carteira de ações nas mãos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na Bolsa. Somente a venda dos papéis do banco de fomento na petroleira deve movimentar cerca de R$ 25 bilhões. O BNDES também já tornou pública a intenção de se desfazer de metade de sua participação na JBS, podendo levantar cerca de R$ 10 bilhões.
O chefe de mercado de capitais e renda variável para América Latina do Morgan Stanley, Eduardo Mendez, destaca que a carteira de ações do banco de fomento é da ordem US$ 90 bilhões.
O Estado apurou que a BR Distribuidora, empresa de distribuição de combustíveis da Petrobrás, deverá fazer nova oferta de ações da companhia ainda no primeiro trimestre de 2020. Em julho, a Petrobrás levantou R$ 8,6 bilhões com a venda de 30% da fatia da BR Distribuidora na B3. A distribuidora de combustíveis, líder no País, abriu seu capital em 2017. A Petrobrás, dona do controle da empresa até julho de 2019, detém atualmente 37,5% de fatia na empresa.
Segundo Pedro Costa, chefe de renda variável do banco Santander, há potencial de 75 operações de emissões de ações e IPOs na Bolsa em 2020. Mais conservador, ele acredita que o valor movimentado pode ser de até R$ 150 bilhões. O Santander participou de 17 das 42 operações realizadas em 2019.
O setor de saneamento, que passa por uma mudança no marco regulatório, também deverá ser bastante ativo em 2020, de acordo com Costa. “Pelos menos duas companhias – a Cagece, do Ceará, e Compesa, de Pernambuco – já tornaram pública a intenção de fazer abertura de capital”, disse Costa. A Cagece já fez o pedido de registro de oferta pública na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
O Estado apurou que a Bahia, Distrito Federal e Rio de Janeiro também estudam a possibilidade de abertura de capital de suas empresas de saneamento ..... Renée Pereira e Monica Scaramuzzo, .. Leia mais em O Estado de S.Paulo 31/12/2019
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ATUALIZADO - Ofertas de ações por empresas brasileiras - IPOs e Follow-ons, em 2019
Em 2019 foram realizadas 46 ofertas de ações por empresas brasileiras, no total de R$ 105,7 bilhões. A Bolsa brasileira foi responsável por 42 ofertas, no montante de R$ 89,6 bilhões, e a Bolsa de NY por outras 4, no valor de. R$ 16,1 bilhões.
E para 2020, projetam-se cerca de 68 ofertas. Os montantes estimados passarão de R$ 106 bilhões este ano para R$ 144 bilhões, em 2020.... Leia mais em fusoesaquisicoes.blogspot
Brasil é o terceiro país com maior número de novos unicórnios em 2019
A primeira posição do ranking é dos Estados Unidos, que encerra 2019 com 78 novas empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão
Ebanx, Gympass, Loggi, QuintoAndar e Wildlife. É com essas cinco empresas que o Brasil conquistou o terceiro lugar no ranking de paíseis com maior número de novos unicórnios em 2019.
O levantamento, realizado pelo site de notícias Crunchbase, revela que, ao todo, 142 companhias ao redor do mundo se juntaram à lista de unicórnios em 2019. Essas empresas levantaram US$ 85,1 bilhões — abaixo dos US$ 139 bilhões captados por novos unicórnios em 2018 e dos US$ 93,8 bilhões de 2017.
A primeira posição do ranking é dos Estados Unidos, que encerra 2019 com 78 novas empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. O segundo lugar ficou com a China, que teve 22 novos unicórnios. Empatado com o Brasil no terceiro lugar está a Alemanha.
Os setores que mais criaram unicórnios ao redor do mundo foram os de serviços financeiros, varejo, dados e analytics, transportes, applicativos em geral e saúde.
No Brasil, o número de unicórnios criados em 2019 é o mesmo de 2018. No ano passado as cinco startups a entrar na lista foram o aplicativo de transportes 99, as empresas de meios de pagamento PagSeguro e Stone, a prestadora de serviços financeiros Nubank e o aplicativo de delivery iFood.
O mercado brasileiro tem atraído a atenção de fundos de venture capital de todo o mundo. O grande destaque é o conglomerado japonês Softbank. Em 2019, a instituição anunciou a criação de um fundo de US$ 5 bilhões voltado exclusivamente para aportes na América Latina.
Só no Brasil o SoftBank realizou aportes em oito startups em 2019 — três delas se tornaram unicórnios (o aplicativo de entregas Loggi, a startups de aluguéis QuintoAndar e o aplicativo de academias Gympass).
A empresa de jogos Wildlife recebeu investimento do fundo norte-americano Benchmark Capital, investidora de negócios como Instagram e Snapchat, e a startup de meios de pagamento Ebanx recebeu rodada de investimentos liderada pelo fundo FTV Capital.... Leia mais em infomoney 31/12/2019
Ebanx, Gympass, Loggi, QuintoAndar e Wildlife. É com essas cinco empresas que o Brasil conquistou o terceiro lugar no ranking de paíseis com maior número de novos unicórnios em 2019.
O levantamento, realizado pelo site de notícias Crunchbase, revela que, ao todo, 142 companhias ao redor do mundo se juntaram à lista de unicórnios em 2019. Essas empresas levantaram US$ 85,1 bilhões — abaixo dos US$ 139 bilhões captados por novos unicórnios em 2018 e dos US$ 93,8 bilhões de 2017.
A primeira posição do ranking é dos Estados Unidos, que encerra 2019 com 78 novas empresas avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. O segundo lugar ficou com a China, que teve 22 novos unicórnios. Empatado com o Brasil no terceiro lugar está a Alemanha.
Os setores que mais criaram unicórnios ao redor do mundo foram os de serviços financeiros, varejo, dados e analytics, transportes, applicativos em geral e saúde.
No Brasil, o número de unicórnios criados em 2019 é o mesmo de 2018. No ano passado as cinco startups a entrar na lista foram o aplicativo de transportes 99, as empresas de meios de pagamento PagSeguro e Stone, a prestadora de serviços financeiros Nubank e o aplicativo de delivery iFood.
O mercado brasileiro tem atraído a atenção de fundos de venture capital de todo o mundo. O grande destaque é o conglomerado japonês Softbank. Em 2019, a instituição anunciou a criação de um fundo de US$ 5 bilhões voltado exclusivamente para aportes na América Latina.
Só no Brasil o SoftBank realizou aportes em oito startups em 2019 — três delas se tornaram unicórnios (o aplicativo de entregas Loggi, a startups de aluguéis QuintoAndar e o aplicativo de academias Gympass).
A empresa de jogos Wildlife recebeu investimento do fundo norte-americano Benchmark Capital, investidora de negócios como Instagram e Snapchat, e a startup de meios de pagamento Ebanx recebeu rodada de investimentos liderada pelo fundo FTV Capital.... Leia mais em infomoney 31/12/2019
BB Seguridade fará redução de capital de R$ 2,7 bilhões
A diminuição de capital decorre dos desinvestimentos, após a renegociação da parceria com a espanhola Mapfre
A BB Seguridade informou que, passado o prazo de 60 dias após a assembleia geral extraordinária de 30 de outubro, não houve manifestação contrária de credores e, assim, a companhia promoverá uma redução de capital de R$ 2,7 bilhões.
A diminuição de capital decorre dos desinvestimentos nos negócios de subscrição de automóveis, grandes riscos e resseguros, após a renegociação da parceria com a .. Leia mais em valoreconomico 31/12/2019
A BB Seguridade informou que, passado o prazo de 60 dias após a assembleia geral extraordinária de 30 de outubro, não houve manifestação contrária de credores e, assim, a companhia promoverá uma redução de capital de R$ 2,7 bilhões.
A diminuição de capital decorre dos desinvestimentos nos negócios de subscrição de automóveis, grandes riscos e resseguros, após a renegociação da parceria com a .. Leia mais em valoreconomico 31/12/2019
Mafrig: Marcos Molina e grupo controlador atingem 40% de participação no capital
Conforme antecipou a Coluna do Broadcast, o sócio-fundador e maior acionista da Marfrig, Marcos Molina, passou a deter 40% das ações da companhia, tanto diretamente quanto por meio da MMS Participações e de Marcia Aparecida Pascoal Marçal dos Santos.
Isso depois da oferta pública realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se desfez de sua participação na Marfrig.
Também se tornaram acionistas relevantes da companhia os bancos norte-americanos JPMorgan e Morgan Stantley, com fatias de 8,74% e 6,4%, respectivamente. Estadão Conteúdo .. leia mais em istoedinheiro 31/12/19
Isso depois da oferta pública realizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que se desfez de sua participação na Marfrig.
Também se tornaram acionistas relevantes da companhia os bancos norte-americanos JPMorgan e Morgan Stantley, com fatias de 8,74% e 6,4%, respectivamente. Estadão Conteúdo .. leia mais em istoedinheiro 31/12/19
GEF mira mais dois investimentos em 2020, com ‘cheque’ de US$ 20 mi cada
A gestora de private equity GEF Capital Partners, focada em investimentos em empresas com alto potencial de crescimento, deve fazer mais dois investimentos em 2020, com ‘cheque’ de US$ 20 milhões cada. Os olhares estão em energia, agronegócio, soluções urbanas e alimentação sustentável.
Adeus ano velho. O último mês de 2019 foi cheio para a GEF. Na semana passada foi concluída a venda de sua participação na AGV, operador logístico do segmento de saúde animal, para a Femsa, maior engarrafadora da Coca-cola na América Latina que, por meio de seu braço logístico Solistica, adquiriu a totalidade da companhia. Também neste mês a gestora vendeu sua participação na Tecverde, empresa de tecnologia de construção, para a E2E, joint venture entre Etex e a Arauco. A transação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)... Leia mais em estadão 31/12/2019
Adeus ano velho. O último mês de 2019 foi cheio para a GEF. Na semana passada foi concluída a venda de sua participação na AGV, operador logístico do segmento de saúde animal, para a Femsa, maior engarrafadora da Coca-cola na América Latina que, por meio de seu braço logístico Solistica, adquiriu a totalidade da companhia. Também neste mês a gestora vendeu sua participação na Tecverde, empresa de tecnologia de construção, para a E2E, joint venture entre Etex e a Arauco. A transação ainda depende de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)... Leia mais em estadão 31/12/2019
Tencent compra 10% da Universal Music por 3 bilhões de euros
A maior empresa da indústria fonográfica no mundo tem entre seus cantores contratados Ariana Grande, Drake e Billie Eilish
A chinesa Tencent anunciou a compra de 10% de participação na Universal Music, gravadora de cantores como Ariana Grande, Drake e Billie Eilish. O negócio teve valor total de 3 bilhões de euros (US$ 3,36 bilhões)... Leia mais em valoreconomico 31/12/2019
A chinesa Tencent anunciou a compra de 10% de participação na Universal Music, gravadora de cantores como Ariana Grande, Drake e Billie Eilish. O negócio teve valor total de 3 bilhões de euros (US$ 3,36 bilhões)... Leia mais em valoreconomico 31/12/2019
Invepar: Conselho aprova venda da CART para o Pátria Investimentos
Em reunião realizada nesta segunda-feira, 30, o conselho de administração da Invepar aprovou a venda da Concessionária Auto Raposo Tavares (CART) para um fundo gerido pelo Pátria Investimentos. A ata da reunião não detalha os valores da operação, mas afirma que pode haver um montante adicional se metas forem alcançadas.
No documento, a Invepar afirma que a venda é fundamental para prover os recursos necessários para a empresa adequar seu endividamento, e executar os planos de negócios de suas controladas.
Além disso, ressalta que o processo de venda foi aberto, contando com assessoria do Santander, e que a proposta feita pelo Pátria está dentro da faixa avaliada pelo banco e pela PwC.I .. Estadão Conteúdo
Leia mais em istoedinheiro 31/12/2019
No documento, a Invepar afirma que a venda é fundamental para prover os recursos necessários para a empresa adequar seu endividamento, e executar os planos de negócios de suas controladas.
Além disso, ressalta que o processo de venda foi aberto, contando com assessoria do Santander, e que a proposta feita pelo Pátria está dentro da faixa avaliada pelo banco e pela PwC.I .. Estadão Conteúdo
Leia mais em istoedinheiro 31/12/2019
Supermercados tiveram o melhor ano desde 2014, diz Abras
Para 2019, a entidade projeta alta real de 3% nas vendas (descontada a inflação)
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou hoje que este ano foi o melhor para o setor desde 2014. A entidade porém, não informou os números. A constatação sobre o desempenho do segmento foi dada pelo presidente da Abras, João Sanzovo Neto, ao comentar em uma nota os dados sobre uma pesquisa de vendas para o verão de 2020.
Para 2019, a entidade projeta alta real de 3% nas vendas (descontada a inflação).. Leia mais em valoreconomico 31/12/2019
A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informou hoje que este ano foi o melhor para o setor desde 2014. A entidade porém, não informou os números. A constatação sobre o desempenho do segmento foi dada pelo presidente da Abras, João Sanzovo Neto, ao comentar em uma nota os dados sobre uma pesquisa de vendas para o verão de 2020.
Para 2019, a entidade projeta alta real de 3% nas vendas (descontada a inflação).. Leia mais em valoreconomico 31/12/2019
30 dezembro 2019
Brasileiro garante alta de 32% da Bolsa em 2019
A Bolsa de Valores termina 2019 com alta de mais de 30% em um ano que os números confirmam que a valorização só foi possível graças à chegada do pequeno investidor ao mercado de ações. Esse é o melhor desempenho desde 2016 e pode ser explicado pela frustração dos brasileiros com o rendimento da renda fixa. À medida em que o juro caía, mais gente migrava recursos para ações.
O Ibovespa, o principal índice acionário do país, saiu dos 87 mil pontos do final de 2018 para 115.645 pontos desta segunda-feira (30), o último pregão de 2019. A alta de 31,6% ocorreu sem a participação de investidores estrangeiros, que deixaram o país ao longo de todo o ano. O dólar fechou o ano a R$ 4,01, alta de 3,5%, contrariando a expectativa de que poderia cair com a onda de otimismo doméstico.
A valorização da Bolsa ficou aquém de algumas das expectativas do mercado, que chegaram a apontar que o índice poderia ir além de 120 mil pontos. Ficou em linha com a valorização das Bolsas americanas, que subiram entre 23% (Dow Jones) e 35% (caso da Bolsa de tecnologia Nasdaq) e também renovaram recordes ao longo do ano na esteira da queda de juros.
"A alta do Ibovespa este ano ficou abaixo das expectativas iniciais, mas 30% é um patamar bom", diz Luis Sales, analista da Guide Investimentos.
Ao longo deste ano, a taxa Selic caiu de 6,50% ao ano para 4,50%, aproximando o país do juro real zero visto em países desenvolvidos à medida que a economia brasileira mostrava dificuldade de se recuperar da recessão. A inflação do ano deve terminar ao redor de 4%, enquanto as apostas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) estão na casa de 1,17%.
"O investidor doméstico teve que diversificar portfólio, enquanto o estrangeiro saiu de países emergentes com o receio de desaceleração econômica global", diz Michael Viriato, professor de finanças do Insper.
Nem sempre foi assim. Historicamente os investidores estrangeiros são responsáveis por manter o volume de negócios na Bolsa, que registrou média diária de R$ 17 bilhões, um salto na comparação com anos anteriores. Desse montante, 45,2% foram negociados por estrangeiros.
Aos poucos, porém, o pequeno poupador começou a elevar a sua participação. Dobrou o número dos brasileiros que investem em ações, de 813 mil para 1,6 milhão (dado de novembro, o mais recente divulgado pela B3). Já a fatia nos negócios subiu para 18,1%, enquanto os investidores institucionais (empresas e fundos de investimento) corresponderam a 31,5%.
Se a marca positiva do ano é a disposição do pequeno investidor a ações, a negativa é o fluxo de saída de estrangeiros. A frustração é especialmente significativa porque havia uma aposta no aumento de aplicações com a mudança de governo e o compromisso com reformas. Prevaleceu, porém, a espera pela retomada do crescimento econômico.
Estrangeiros retiraram da Bolsa R$ 43 bilhões, montante próximo ao recorde registrado em 2008. Naquele ano, foram sacados R$ 24,6 bilhões que, corrigidos pela inflação, equivalem a R$ 44,6 bilhões.
Quando contabilizado os 5 IPOs do ano (oferta pública inicial de ações, feitas por BMG, Centauro, C&A, Neoenergia e Vivara) e 31 follow-ons (oferta adicional de ações) deste ano, a saída de estrangeiros cai para R$ 7 bilhões. A Bolsa não faz a comparação com o ano de 2008 por essa metodologia.
"Quem movimenta o mercado de capitais brasileiro é o investidor doméstico. O brasileiro foi 80% de compra dessas ofertas de ações [IPOs e follow-ons], que devem movimentar R$ 120 bilhões em 2020", acrescenta Alexandre Pierantoni, diretor da Duff&Phelps no Brasil.
De acordo com analistas do mercado, a alta da Bolsa brasileira é explicada pelo otimismo dos investidores locais com a guinada liberal da política econômica do país e com o voto de confiança no ministro da Economia, Paulo Guedes.
A votação da reforma da Previdência, projeto mais aguardado pelo mercado financeiro neste ano levou o Ibovespa a patamares recordes à época. Além da aprovação com larga vantagem, o valor estimado de economia para o governo ficou acima do previsto para o mercado: R$ 800 bilhões em dez anos.
"Economia de R$ 800 bilhões na Previdência era algo surreal no governo Temer", diz Sales, da Guide.
Apesar do resultado positivo para o mercado, o caminho foi de percalços, especialmente quanto a articulação para a aprovação do projeto.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, entraram em conflito sobre a responsabilidade de angariar parlamentares e apoio da população para a nova Previdência.
E passada a reforma da Previdência, a agência econômica travou.
"Bolsonaro atrapalhou, se não fosse por ele poderíamos ter um ano melhor. Quem ajudou foi Guedes. O ministro se entendeu com Maia e Alcolumbre [presidente do Senado] e entendeu como [a articulação] funciona", afirma Sales, da Guide.
Houve ainda o momento em que Guedes foi responsável por provocar a própria turbulência no mercado: em novembro, afirmou que não estava preocupado com a alta recorde do dólar e que era bom o país se acostumar com o elevado patamar da moeda estrangeira ainda por um bom tempo. Com a fala do ministro, o dólar bateu recorde e se aproximou dos R$ 4,25. Fechou a R$ 4, em linha com as projeções ajustadas pelo mercado quando o cenário externo começou a se mostrar menos favorável.
Pesaram ao longo do ano a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China -atualmente em negociação para um acordo- e o impacto sobre economias desenvolvidas. A crise argentina e a tensão política no Chile também se refletiram no Brasil.
Aos olhos do investidor estrangeiro, países latinos são um único pacote que inclui o Brasil e, em momentos de tensão, eles tendem a retirar recursos deste grupo. A saída de dólares do país eleva a cotação da moeda.
"Nós tivemos um ano muito difícil para emergentes, especialmente latinos. Tínhamos esperança que o governo levasse o patamar de otimismo quanto ao Brasil, mas tivemos muita discussão entre os poderes", afirma Mauriciano Cavalcante, gerente de câmbio da Ourominas.
A queda de juros, apesar de benéfica à Bolsa, tem o efeito contrário na moeda. Com a Selic a 4,5%, a renda fixa brasileira fica menos atrativa a estrangeiros, que investem sob a estratégia de carry trade. Nela, o ganho está na diferença do câmbio e do juros, pois o investidor toma dinheiro a uma taxa de juros menor em um país, no caso, os EUA, para aplicá-lo em outro, com outra moeda, onde o juro é maior, o Brasil.
Em 2016, com a Selic a 14,25%, o diferencial entre a taxa brasileira e a americana ficou ao redor de 13,75% ao ano. Hoje, com a Selic a 4,5% e o juro americano a 1,5%, esse diferencial fica ao redor de 3%.
Já os investidores brasileiros migram da renda fixa para a renda variável, o que explica o recorde de CPFs na Bolsa. A poupança, contudo, teve captação líquida de R$ 17,4 bilhões em 2019, segundo o BC, abaixo dos R$ 38,2 bilhões captados em 2018, mas acima dos R$ 17,1 de 2017, ano em que a Selic foi de 13,75% a 7%.
"Com o juro real baixo, vamos continuar vendo uma realocação dos investimentos do brasileiro, com migração da renda fixa para fundos multimercado e Bolsa e o mercado de capitais voltou a ficar atrativo para capitalização das empresas, especialmente em um ambiente ancorado nas reformas estruturais. Fundos multimercado e fundos de ações tiveram maior captação da história em 2019, por exemplo", diz Pierantoni, da Duff&Phelps.
Segundo a Anbima (entidade do mercado de capitais), as ofertas de fundos imobiliários totalizaram R$ 32,5 bilhões no ano. As emissões de debêntures incentivadas também foram recordes em 2019, com R$ 27 bilhões.
Se em 2019 as projeções eram de valorização expressiva, a alta da Bolsa em 2020 deve ser mais contida. Segundo a mediana da estimativa de 10 estrategistas (economistas) consultados pela Bloomberg, o Ibovespa deve terminar 2020 a 130 pontos, que seria uma alta de 12%.
O período não irá contar com a força do corte de juros. Apesar de prever um corte de 0,25 ponto percentual na Selic no começo de 2020, o mercado espera que a taxa básica volte a 4,5% ao final do ano.
"A Bolsa foi bem porque a taxa de juros caiu mais que o esperado. Se o juros não tivesse caído como caiu, a Bolsa não teria subido tanto", diz Viriato, do Insper.
Ele aponta que o desempenho da economia global no ano também favoreceu a alta do Ibovespa.
"A economia não teve uma forte desaceleração, o ano não foi tão ruim quanto se esperava. A economia seguiu desacelerando, mas ainda cresce" afirma o professor.
Segundo relatório de outubro do FMI (Fundo Monetário Internacional), o crescimento da economia global deve ser de 3% em 2019, o menor desde a crise financeira de 2008 e 2009.
"Não entramos 2020 com risco de recessão nas grandes economias, vemos estabilização e esperamos crescimento do mundo de 3,1%", aponta Peretti, do Santander.
As maiores valorizações da Bolsa em 2019
1.BTG Pactual (219,4%)
Por ser banco de investimento, foi favorecido pela valorização do mercado de capitais, apresentando bons resultados. Banco também lançou frente digital para concorrer com fintechs. Valorização das ações ainda foi beneficiadas por follow-on, que injetou liquidez nos papéis.
2. Qualicorp (187,5%)
A administradora de planos de saúde se recuperou da queda de 58% em 2018, com ajustes internos de governança. A companhia também é uma grande pagadora de dividendo, que se torna maior com juros baixo. A compra de 10% da companhia pela Rede D'Or, maior grupo hospitalar do Brasil, também impulsionou a valorização.
3. Via Varejo (155,8%)
O controle da varejista saiu do Grupo Pão de Açúcar e voltou para Michael Klein, que tem promovido uma reestruturação da companhia, com troca de gestores, inclusive do CEO. As mudanças se provaram benéficas quando a companhia reportou bons resultados na Black Friday.
4. NotreDame (136%)
A companhia apresentou crescimento nos planos de saúde, planos odontológicos e serviços hospitalares e lucro líquido acima do esperado do mercado, mesmo com diversas aquisições. A empresa também fez uma oferta secundária de ações, gerando mais liquidez aos papéis.
5. JBS (122,6%)
A empresa foi favorecida pela alta demanda do mercado chinês, após epidemia de gripe suína no país. A companhia também conseguiu diminuir sua dívida.
As maiores desvalorizações
1.Braskem (-36,6%)
Companhia, controlada pela Odebrecht, que está em recuperação judicial, se desvalorizou com a desistência de compra pelo grupo holandês LyondellBasell. Também pesaram os afundamentos em Maceió (AL) devido às atividades de mineração da petroquímica na extração de sal-gema e resultados financeiros abaixo das expectativas do mercado, com demanda mundial por produtos petroquímicos em queda.
2. CVC (-28,4%)
A alta do dólar e a recuperação judicial da Avianca Brasil levaram a um grande aumento de custos, que levou a companhia a reportar prejuízos. O vazamento de óleo nas praias do Nordeste também impactou a venda de viagens.
3. Smiles (-10,7%)
Empresa sofreu com concorrência mais agressiva de companhias de fidelidade de bancos e de outras companhias aéreas e com conflito de governança com a Gol, sua controladora, com discussão de possível fechamento de capital. Segundo última proposta da companhia aérea, a Gol irá incorporar as ações da empresa de fidelidade.
4. Embraer (-9,1%)
Investidores aguardam conclusão da fusão com Boeing, que foi postergado para 2020. Empresa também foi impactada por uma menor demanda global por aviões e problemas da Boeing com o jato 737 MAX, proibido de voar depois que dois acidentes com ele mataram 346 pessoas.
5. Cielo (-5,2%)
Com maior competição no setor de maquininhas, empresa reduziu receita e ampliou despesas para aumentar base de clientes, o que levou a resultados financeiros que vieram abaixo do esperado pelo mercado. JÚLIA MOURA. Folhapress.. Leia mais em yahoo 30/12/2019
O Ibovespa, o principal índice acionário do país, saiu dos 87 mil pontos do final de 2018 para 115.645 pontos desta segunda-feira (30), o último pregão de 2019. A alta de 31,6% ocorreu sem a participação de investidores estrangeiros, que deixaram o país ao longo de todo o ano. O dólar fechou o ano a R$ 4,01, alta de 3,5%, contrariando a expectativa de que poderia cair com a onda de otimismo doméstico.
A valorização da Bolsa ficou aquém de algumas das expectativas do mercado, que chegaram a apontar que o índice poderia ir além de 120 mil pontos. Ficou em linha com a valorização das Bolsas americanas, que subiram entre 23% (Dow Jones) e 35% (caso da Bolsa de tecnologia Nasdaq) e também renovaram recordes ao longo do ano na esteira da queda de juros.
"A alta do Ibovespa este ano ficou abaixo das expectativas iniciais, mas 30% é um patamar bom", diz Luis Sales, analista da Guide Investimentos.
Ao longo deste ano, a taxa Selic caiu de 6,50% ao ano para 4,50%, aproximando o país do juro real zero visto em países desenvolvidos à medida que a economia brasileira mostrava dificuldade de se recuperar da recessão. A inflação do ano deve terminar ao redor de 4%, enquanto as apostas de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) estão na casa de 1,17%.
"O investidor doméstico teve que diversificar portfólio, enquanto o estrangeiro saiu de países emergentes com o receio de desaceleração econômica global", diz Michael Viriato, professor de finanças do Insper.
Nem sempre foi assim. Historicamente os investidores estrangeiros são responsáveis por manter o volume de negócios na Bolsa, que registrou média diária de R$ 17 bilhões, um salto na comparação com anos anteriores. Desse montante, 45,2% foram negociados por estrangeiros.
Aos poucos, porém, o pequeno poupador começou a elevar a sua participação. Dobrou o número dos brasileiros que investem em ações, de 813 mil para 1,6 milhão (dado de novembro, o mais recente divulgado pela B3). Já a fatia nos negócios subiu para 18,1%, enquanto os investidores institucionais (empresas e fundos de investimento) corresponderam a 31,5%.
Se a marca positiva do ano é a disposição do pequeno investidor a ações, a negativa é o fluxo de saída de estrangeiros. A frustração é especialmente significativa porque havia uma aposta no aumento de aplicações com a mudança de governo e o compromisso com reformas. Prevaleceu, porém, a espera pela retomada do crescimento econômico.
Estrangeiros retiraram da Bolsa R$ 43 bilhões, montante próximo ao recorde registrado em 2008. Naquele ano, foram sacados R$ 24,6 bilhões que, corrigidos pela inflação, equivalem a R$ 44,6 bilhões.
Quando contabilizado os 5 IPOs do ano (oferta pública inicial de ações, feitas por BMG, Centauro, C&A, Neoenergia e Vivara) e 31 follow-ons (oferta adicional de ações) deste ano, a saída de estrangeiros cai para R$ 7 bilhões. A Bolsa não faz a comparação com o ano de 2008 por essa metodologia.
"Quem movimenta o mercado de capitais brasileiro é o investidor doméstico. O brasileiro foi 80% de compra dessas ofertas de ações [IPOs e follow-ons], que devem movimentar R$ 120 bilhões em 2020", acrescenta Alexandre Pierantoni, diretor da Duff&Phelps no Brasil.
De acordo com analistas do mercado, a alta da Bolsa brasileira é explicada pelo otimismo dos investidores locais com a guinada liberal da política econômica do país e com o voto de confiança no ministro da Economia, Paulo Guedes.
A votação da reforma da Previdência, projeto mais aguardado pelo mercado financeiro neste ano levou o Ibovespa a patamares recordes à época. Além da aprovação com larga vantagem, o valor estimado de economia para o governo ficou acima do previsto para o mercado: R$ 800 bilhões em dez anos.
"Economia de R$ 800 bilhões na Previdência era algo surreal no governo Temer", diz Sales, da Guide.
Apesar do resultado positivo para o mercado, o caminho foi de percalços, especialmente quanto a articulação para a aprovação do projeto.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, entraram em conflito sobre a responsabilidade de angariar parlamentares e apoio da população para a nova Previdência.
E passada a reforma da Previdência, a agência econômica travou.
"Bolsonaro atrapalhou, se não fosse por ele poderíamos ter um ano melhor. Quem ajudou foi Guedes. O ministro se entendeu com Maia e Alcolumbre [presidente do Senado] e entendeu como [a articulação] funciona", afirma Sales, da Guide.
Houve ainda o momento em que Guedes foi responsável por provocar a própria turbulência no mercado: em novembro, afirmou que não estava preocupado com a alta recorde do dólar e que era bom o país se acostumar com o elevado patamar da moeda estrangeira ainda por um bom tempo. Com a fala do ministro, o dólar bateu recorde e se aproximou dos R$ 4,25. Fechou a R$ 4, em linha com as projeções ajustadas pelo mercado quando o cenário externo começou a se mostrar menos favorável.
Pesaram ao longo do ano a guerra comercial travada entre Estados Unidos e China -atualmente em negociação para um acordo- e o impacto sobre economias desenvolvidas. A crise argentina e a tensão política no Chile também se refletiram no Brasil.
Aos olhos do investidor estrangeiro, países latinos são um único pacote que inclui o Brasil e, em momentos de tensão, eles tendem a retirar recursos deste grupo. A saída de dólares do país eleva a cotação da moeda.
"Nós tivemos um ano muito difícil para emergentes, especialmente latinos. Tínhamos esperança que o governo levasse o patamar de otimismo quanto ao Brasil, mas tivemos muita discussão entre os poderes", afirma Mauriciano Cavalcante, gerente de câmbio da Ourominas.
A queda de juros, apesar de benéfica à Bolsa, tem o efeito contrário na moeda. Com a Selic a 4,5%, a renda fixa brasileira fica menos atrativa a estrangeiros, que investem sob a estratégia de carry trade. Nela, o ganho está na diferença do câmbio e do juros, pois o investidor toma dinheiro a uma taxa de juros menor em um país, no caso, os EUA, para aplicá-lo em outro, com outra moeda, onde o juro é maior, o Brasil.
Em 2016, com a Selic a 14,25%, o diferencial entre a taxa brasileira e a americana ficou ao redor de 13,75% ao ano. Hoje, com a Selic a 4,5% e o juro americano a 1,5%, esse diferencial fica ao redor de 3%.
Já os investidores brasileiros migram da renda fixa para a renda variável, o que explica o recorde de CPFs na Bolsa. A poupança, contudo, teve captação líquida de R$ 17,4 bilhões em 2019, segundo o BC, abaixo dos R$ 38,2 bilhões captados em 2018, mas acima dos R$ 17,1 de 2017, ano em que a Selic foi de 13,75% a 7%.
"Com o juro real baixo, vamos continuar vendo uma realocação dos investimentos do brasileiro, com migração da renda fixa para fundos multimercado e Bolsa e o mercado de capitais voltou a ficar atrativo para capitalização das empresas, especialmente em um ambiente ancorado nas reformas estruturais. Fundos multimercado e fundos de ações tiveram maior captação da história em 2019, por exemplo", diz Pierantoni, da Duff&Phelps.
Segundo a Anbima (entidade do mercado de capitais), as ofertas de fundos imobiliários totalizaram R$ 32,5 bilhões no ano. As emissões de debêntures incentivadas também foram recordes em 2019, com R$ 27 bilhões.
Se em 2019 as projeções eram de valorização expressiva, a alta da Bolsa em 2020 deve ser mais contida. Segundo a mediana da estimativa de 10 estrategistas (economistas) consultados pela Bloomberg, o Ibovespa deve terminar 2020 a 130 pontos, que seria uma alta de 12%.
O período não irá contar com a força do corte de juros. Apesar de prever um corte de 0,25 ponto percentual na Selic no começo de 2020, o mercado espera que a taxa básica volte a 4,5% ao final do ano.
"A Bolsa foi bem porque a taxa de juros caiu mais que o esperado. Se o juros não tivesse caído como caiu, a Bolsa não teria subido tanto", diz Viriato, do Insper.
Ele aponta que o desempenho da economia global no ano também favoreceu a alta do Ibovespa.
"A economia não teve uma forte desaceleração, o ano não foi tão ruim quanto se esperava. A economia seguiu desacelerando, mas ainda cresce" afirma o professor.
Segundo relatório de outubro do FMI (Fundo Monetário Internacional), o crescimento da economia global deve ser de 3% em 2019, o menor desde a crise financeira de 2008 e 2009.
"Não entramos 2020 com risco de recessão nas grandes economias, vemos estabilização e esperamos crescimento do mundo de 3,1%", aponta Peretti, do Santander.
As maiores valorizações da Bolsa em 2019
1.BTG Pactual (219,4%)
Por ser banco de investimento, foi favorecido pela valorização do mercado de capitais, apresentando bons resultados. Banco também lançou frente digital para concorrer com fintechs. Valorização das ações ainda foi beneficiadas por follow-on, que injetou liquidez nos papéis.
2. Qualicorp (187,5%)
A administradora de planos de saúde se recuperou da queda de 58% em 2018, com ajustes internos de governança. A companhia também é uma grande pagadora de dividendo, que se torna maior com juros baixo. A compra de 10% da companhia pela Rede D'Or, maior grupo hospitalar do Brasil, também impulsionou a valorização.
3. Via Varejo (155,8%)
O controle da varejista saiu do Grupo Pão de Açúcar e voltou para Michael Klein, que tem promovido uma reestruturação da companhia, com troca de gestores, inclusive do CEO. As mudanças se provaram benéficas quando a companhia reportou bons resultados na Black Friday.
4. NotreDame (136%)
A companhia apresentou crescimento nos planos de saúde, planos odontológicos e serviços hospitalares e lucro líquido acima do esperado do mercado, mesmo com diversas aquisições. A empresa também fez uma oferta secundária de ações, gerando mais liquidez aos papéis.
5. JBS (122,6%)
A empresa foi favorecida pela alta demanda do mercado chinês, após epidemia de gripe suína no país. A companhia também conseguiu diminuir sua dívida.
As maiores desvalorizações
1.Braskem (-36,6%)
Companhia, controlada pela Odebrecht, que está em recuperação judicial, se desvalorizou com a desistência de compra pelo grupo holandês LyondellBasell. Também pesaram os afundamentos em Maceió (AL) devido às atividades de mineração da petroquímica na extração de sal-gema e resultados financeiros abaixo das expectativas do mercado, com demanda mundial por produtos petroquímicos em queda.
2. CVC (-28,4%)
A alta do dólar e a recuperação judicial da Avianca Brasil levaram a um grande aumento de custos, que levou a companhia a reportar prejuízos. O vazamento de óleo nas praias do Nordeste também impactou a venda de viagens.
3. Smiles (-10,7%)
Empresa sofreu com concorrência mais agressiva de companhias de fidelidade de bancos e de outras companhias aéreas e com conflito de governança com a Gol, sua controladora, com discussão de possível fechamento de capital. Segundo última proposta da companhia aérea, a Gol irá incorporar as ações da empresa de fidelidade.
4. Embraer (-9,1%)
Investidores aguardam conclusão da fusão com Boeing, que foi postergado para 2020. Empresa também foi impactada por uma menor demanda global por aviões e problemas da Boeing com o jato 737 MAX, proibido de voar depois que dois acidentes com ele mataram 346 pessoas.
5. Cielo (-5,2%)
Com maior competição no setor de maquininhas, empresa reduziu receita e ampliou despesas para aumentar base de clientes, o que levou a resultados financeiros que vieram abaixo do esperado pelo mercado. JÚLIA MOURA. Folhapress.. Leia mais em yahoo 30/12/2019
TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em novembro /19
No mês de novembro/19, o setor de Tecnologia da Informação – TI e Telecom no Brasil, continua expressivo nas transações de fusões e aquisições, mas já sinaliza redução na intensidade do volume de negócios.
Os primeiros onze meses do ano registraram um crescimento de 44,4%, com 358 negócios, correspondendo a um investimento de R$ 38,4 bilhões - volume superior em 11,8%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Só no mês de novembro/19, foram 30 transações e investimento de R$ 1,5 bilhão - mesmo volume de negócios em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas queda de 38,9% nos investimentos.
Os segmentos de maior volume de operações no mês foram os de SOFTWARE e MÍDIA.
Quanto aos investimentos realizados por Área, destaque no corrente mês para REALtech, que respondeu por 39,3% do total, seguido por FINtech, com 30,7%.
Em novembro, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 18 negócios. Sendo 10 operações realizadas por empresas de capital nacional e 8 de capital estrangeiro. Os Estratégicos realizaram 12 negócios, sendo 8 de capital nacional e 4 de capital estrangeiro. No acumulado do ano, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 197, enquanto os Estratégicos alcançaram 161.
O Investidor de Capital Nacional, por sua vez, foi o mais ativo com 247 operações (69,0%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 111 negócios (31,0%).
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza a ruptura do crescimento continuado nos últimos meses.
Maior transação no mês foi a a SoftBank investindo R$ 580 milhões na VTEX, de comércio eletrônico
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente. As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês, etc.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
Volume de negócios - Nos primeiros onze meses de 2019, com 358 transações, com um crescimento de 44,4% comparativamente ao mesmo período de 2018. O mês de novembro/19, com 30 transações realizadas, registrou o mesmo volume do verificado em novembro do ano anterior (3o transações).
No fluxo mensal de transações realizadas, nota-se a quebra do ímpeto do crescimento.
Tendência - O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em novembro/19, sinaliza a ruptura do crescimento continuado nos últimos meses.
Maiores apetites - Os segmentos de maior volume de operações em novembro/19, foram os de SOFTWARE e MÍDIA representando uma concentração de 73%.
Segmentação - Na classificação entre os Segmentos de TI no corrente mês, os subsegmentos de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. (Verticais App) de SOFTWARE, e Conteúdo/mídia digital e serviços de marketing (comunicação de marketing e marketing/mídia de tecnologia) de MÏDIA, lideraram. No acumulado dos primeiros onze meses do ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações, seguido por SERVIÇOS DE TI.
Valor dos investimentos - No mês de novembro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (92.3%) e as não divulgadas (estimadas 7,7%), alcançaram R$ 1,5 bilhão, representando uma queda de 38,9% em relação ao mês de novembro/18.
Segregação setorial nos últimos três anos - Comparando-se o número de transações dos primeiros onze meses do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos, vale destacar os crescimentos mais representativos nos segmentos de SERVIÇOS DE TI (130%) e SERVIÇOS DE INTERNET (118%)
Representatividade dos Investimentos por Área - Na classificação dos investimentos realizados por Áreas, no mês de novembro, destaque para RETAILtech, que respondeu por 39,3% do total, com R$ 585 milhões, referente a 2 negócios realizados, seguido por FINtech, com 30,7%, R$ 457 milhões e 8 operações.
Racional de investimento - A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias, com 80,7% dos negócios. Em seguida Escopo com 14,5%; Consolidação com 2,5% e Internacionalizacão com 2,2%
Porte das empresas - O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês. No acumulado do ano representa 53,9% das operações.
Importante ressaltar o crescimento significativo de transações de Grande empresas, passando para 25 negócios no acumulado do ano, enquanto no mesmo período do ano anterior foram somente 11.
Perfil do investidor - Em relação ao perfil do investidor no corrente mês, das 30 operações destacadas, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 18 negócios. Desse volume, 10 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 8 de capital estrangeiro. Os investidores Estratégicos realizaram 12 negócios, sendo 8 de capital nacional e 4 de capital estrangeiro.
No acumulado do ano, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 197, enquanto os Estratégicos alcançaram 161.
Por sua vez, o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 247 operações (69,0%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 111 negócios (31,0%).
Investimentos nacionais & estrangeiros - Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 1,5 bilhão, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 85,5% dos investimentos enquanto os Nacionais ficaram com 14,5%.
O montante das transações no acumulado do ano, alcançou R$38,4 bilhões, representando um crescimento de 11,8% sobre igual período do ano anterior. Os Investidores estrangeiros responderam por 73,6%, com montante estimado em R$ 28,3 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 26,4%, com um valor de R$ 10,1 bilhões.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
Valor médio dos investimentos - O valor médio das transações no acumulado do ano foi de R$ 107,4milhões, representando uma queda de 22,6% em relação ao valor médio do mesmo período do ano passado.
Nacionalidade dos investidores - Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de novembro/19, quando foram registradas 11 operações, envolvendo 7 países. Destaque para EUA com 7 negócios.
Maior transação no mês - No mês de novembro/19, o maior negócio foi a SoftBank investindo R$ 580 milhões na VTEX, de comércio eletrônico - Plataforma de e-commerce usará os novos recursos para investir em pesquisa e desenvolvimento e em expansão global. O conglomerado japonês de telecomunicações SoftBank continua apostando nas startups brasileiras. De acordo com comunicado sobre o aporte, a VTEX usará os recursos para pesquisa e desenvolvimento (P&D) e para acelerar a expansão global da empresa, que se coloca como uma plataforma que acelera a transformação digital de operações complexas por meio de comércio eletrônico em nuvem. 22/11/2019
Relação das transações - A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2019
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
Os primeiros onze meses do ano registraram um crescimento de 44,4%, com 358 negócios, correspondendo a um investimento de R$ 38,4 bilhões - volume superior em 11,8%, em relação ao mesmo período do ano passado.
Só no mês de novembro/19, foram 30 transações e investimento de R$ 1,5 bilhão - mesmo volume de negócios em relação ao mesmo mês do ano anterior, mas queda de 38,9% nos investimentos.
Os segmentos de maior volume de operações no mês foram os de SOFTWARE e MÍDIA.
Quanto aos investimentos realizados por Área, destaque no corrente mês para REALtech, que respondeu por 39,3% do total, seguido por FINtech, com 30,7%.
Em novembro, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 18 negócios. Sendo 10 operações realizadas por empresas de capital nacional e 8 de capital estrangeiro. Os Estratégicos realizaram 12 negócios, sendo 8 de capital nacional e 4 de capital estrangeiro. No acumulado do ano, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 197, enquanto os Estratégicos alcançaram 161.
O Investidor de Capital Nacional, por sua vez, foi o mais ativo com 247 operações (69,0%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 111 negócios (31,0%).
O Indicador de Volume de Transações de M&A do mês sinaliza a ruptura do crescimento continuado nos últimos meses.
Maior transação no mês foi a a SoftBank investindo R$ 580 milhões na VTEX, de comércio eletrônico
Operações de Fusões e Aquisições de Tecnologia da Informação – TI e Telecom, noticiadas com destaque na imprensa brasileira ao longo do mês corrente. As informações deste relatório, elaborado pelo Blog FUSÕES & AQUISIÇÕES (http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br) estão apresentadas em blocos, detalhando as transações por Volumes e Valores, Segmentos, Racional do Investimento, Porte das empresas, Perfil do Investidor, Destaques do mês, etc.
ANÁLISE DO MÊS
Principais constatações.
Volume de negócios - Nos primeiros onze meses de 2019, com 358 transações, com um crescimento de 44,4% comparativamente ao mesmo período de 2018. O mês de novembro/19, com 30 transações realizadas, registrou o mesmo volume do verificado em novembro do ano anterior (3o transações).
No fluxo mensal de transações realizadas, nota-se a quebra do ímpeto do crescimento.
Tendência - O objetivo do Indicador de Volume de Transações de M&A é sinalizar uma expectativa de tendência, com base na análise do verificado nos períodos semestrais móveis. O período móvel findo em novembro/19, sinaliza a ruptura do crescimento continuado nos últimos meses.
Maiores apetites - Os segmentos de maior volume de operações em novembro/19, foram os de SOFTWARE e MÍDIA representando uma concentração de 73%.
Segmentação - Na classificação entre os Segmentos de TI no corrente mês, os subsegmentos de Finanças, Comunicações, Educação, Saúde, Energia e Meio ambiente, Setor público.. (Verticais App) de SOFTWARE, e Conteúdo/mídia digital e serviços de marketing (comunicação de marketing e marketing/mídia de tecnologia) de MÏDIA, lideraram. No acumulado dos primeiros onze meses do ano, SOFTWARE vem liderando o número de transações, seguido por SERVIÇOS DE TI.
Valor dos investimentos - No mês de novembro, o total das transações, incluindo as operações que divulgaram os valores (92.3%) e as não divulgadas (estimadas 7,7%), alcançaram R$ 1,5 bilhão, representando uma queda de 38,9% em relação ao mês de novembro/18.
Segregação setorial nos últimos três anos - Comparando-se o número de transações dos primeiros onze meses do ano, por segmentos, compiladas nos últimos três anos, vale destacar os crescimentos mais representativos nos segmentos de SERVIÇOS DE TI (130%) e SERVIÇOS DE INTERNET (118%)
Representatividade dos Investimentos por Área - Na classificação dos investimentos realizados por Áreas, no mês de novembro, destaque para RETAILtech, que respondeu por 39,3% do total, com R$ 585 milhões, referente a 2 negócios realizados, seguido por FINtech, com 30,7%, R$ 457 milhões e 8 operações.
Racional de investimento - A intenção é distinguir as transações de M&A na área de TI, Telecom e Mídia, em função da Tese de Investimento, ou seja, os conceitos que prevaleceram para a aquisição da empresa-alvo. Na maior parte das vezes a notícia não é muito clara a respeito dos direcionadores de valor que levaram à aquisição. Mesmo assim, procurou-se identificar as premissas sobre o Racional da transação para segregar em 4 grandes grupos, de modo a permitir o entendimento das principais vetores que estão orientando os investidores estratégicos e financeiros.
No acumulado do ano, as operações com o racional do investimento direcionado para Escala prevaleceram - voltadas para ampliar a participação de mercado em alguns segmentos ou geografias, com 80,7% dos negócios. Em seguida Escopo com 14,5%; Consolidação com 2,5% e Internacionalizacão com 2,2%
Porte das empresas - O objetivo é proporcionar uma visão das transações classificadas em função do porte das empresas. Utilizou-se o critério adotado pelo BNDES e aplicável a todos os setores para a classificação do porte em função da Receita Bruta anual (informada ou estimada).
Em relação ao porte, os investidores deram preferência para empresas de pequeno porte no presente mês. No acumulado do ano representa 53,9% das operações.
Importante ressaltar o crescimento significativo de transações de Grande empresas, passando para 25 negócios no acumulado do ano, enquanto no mesmo período do ano anterior foram somente 11.
Perfil do investidor - Em relação ao perfil do investidor no corrente mês, das 30 operações destacadas, os Investidores Financeiros foram responsáveis por 18 negócios. Desse volume, 10 operações foram realizadas por empresas de capital nacional e 8 de capital estrangeiro. Os investidores Estratégicos realizaram 12 negócios, sendo 8 de capital nacional e 4 de capital estrangeiro.
No acumulado do ano, o Investidor Financeiro se destaca com maior número de operações - 197, enquanto os Estratégicos alcançaram 161.
Por sua vez, o Investidor de Capital Nacional foi mais ativo com 247 operações (69,0%), enquanto o Investidor Estrangeiro foi responsável por 111 negócios (31,0%).
Investimentos nacionais & estrangeiros - Já no que tange ao montante das transações no mês, de R$ 1,5 bilhão, os Investidores Estrangeiros foram responsáveis por 85,5% dos investimentos enquanto os Nacionais ficaram com 14,5%.
O montante das transações no acumulado do ano, alcançou R$38,4 bilhões, representando um crescimento de 11,8% sobre igual período do ano anterior. Os Investidores estrangeiros responderam por 73,6%, com montante estimado em R$ 28,3 bilhões, enquanto os Nacionais foram responsáveis por 26,4%, com um valor de R$ 10,1 bilhões.
(1) Empresa adquire outra empresa (controladora ou não) relevante do ponto de vista estratégico, a fim de ter acesso a tecnologia, produto ou serviço.
(2) Fundo de Investimento Private Equity; Venture Capital, Angel;
(3) Empresa de capital nacional adquirindo participação em empresa brasileira (controladora ou não).
(4) Fundo de Investimento de capital estrangeiro adquirindo participação em empresa brasileira (controlador ou não).
Valor médio dos investimentos - O valor médio das transações no acumulado do ano foi de R$ 107,4milhões, representando uma queda de 22,6% em relação ao valor médio do mesmo período do ano passado.
Nacionalidade dos investidores - Em relação à nacionalidade das empresas que estão investindo no Brasil no mês de novembro/19, quando foram registradas 11 operações, envolvendo 7 países. Destaque para EUA com 7 negócios.
Maior transação no mês - No mês de novembro/19, o maior negócio foi a SoftBank investindo R$ 580 milhões na VTEX, de comércio eletrônico - Plataforma de e-commerce usará os novos recursos para investir em pesquisa e desenvolvimento e em expansão global. O conglomerado japonês de telecomunicações SoftBank continua apostando nas startups brasileiras. De acordo com comunicado sobre o aporte, a VTEX usará os recursos para pesquisa e desenvolvimento (P&D) e para acelerar a expansão global da empresa, que se coloca como uma plataforma que acelera a transformação digital de operações complexas por meio de comércio eletrônico em nuvem. 22/11/2019
Relação das transações - A relação das transações de Fusões e Aquisições na área de TI, segue a data em que foram divulgadas pela imprensa e compiladas pelo blog fusoesaquisicoes.blogspot.com. Todas podem ser pesquisadas e localizadas no blog.
RELATÓRIO ANTERIOR: TI - RADAR de Fusões e Aquisições, em outubro/2019
M&A - QUEM, O QUÊ, QUANDO, QUANTO, COMO e POR QUÊ
O RADAR de M&A em TI tem o propósito de captar o “clima” do mercado das operações de Fusões e Aquisições bem como sinalizar suas principais tendências. Trata-se da compilação de notícias visando tornar mais acessíveis e conhecidos os negócios de fusão, aquisição e venda anunciados/realizados entre empresas com atuação no Brasil. Todas as informações sobre os negócios citados no presente relatório são obtidas a partir de notícias consideradas confiáveis publicadas pela imprensa e divulgadas no “estado" pelo blog FUSOESAQUISICOES.BLOGSPOT http://fusoesaquisicoes.blogspot.com.br , não sendo feita qualquer verificação quanto à sua veracidade, precisão ou integridade do conteúdo. Operações divulgadas em relatórios anteriores podem sofrer alterações, por conta de cancelamentos, renegociações, atualizações, etc. Sempre que possível, serão mencionados os nomes dos compradores – investidor estratégico ou fundos de private equity, dos vendedores, a tese de investimento e principais “value drivers”, o valor da transação, forma de pagamento, múltiplos praticados (Valor da Empresa/EBITDA, Valor da Empresa/Receita) etc. Muitas vezes a notícia não é clara a respeito dos valores/forma de pagamentos e respectivos múltiplos. É bem-vinda toda e qualquer contribuição para tornar as informações mais precisas e transparentes.
Em 2019 os negócios de fusões e aquisições de Israel aumentaram para 166, no valor de US $ 20,4 bilhões
O ano anterior viu menos negócios, mas uma avaliação mais alta; Neste ano, o número de acordos de fusões e aquisições no valor de US $ 400 milhões a US $ 1 bilhão a mais do que dobrou
As atividades de fusões e aquisições em Israel subiram 34%, para 166 negócios em 2019, em comparação com 124 negócios em 2018, e atingiram um valor de negócio de US $ 20,4 bilhões, de acordo com um novo relatório da PwC Israel.
O valor do negócio este ano é, no entanto, inferior ao valor do negócio de 2018, que chegou a US $ 21,6 bilhões, como mostra o relatório de fusões e aquisições da PwC para 2019.
O relatório analisa as fusões e aquisições de empresas israelenses e não se limita apenas ao setor de tecnologia. Acordos como a venda da Mellanox Technologies Ltd. para a Nvidia, avaliada em US $ 6,9 bilhões; Habana Labs para Intel, no valor de US $ 2 bilhões; e Lumenis, para fundos da Baring Private Equity Asia (BEPA), no valor de US $ 1,2 bilhão, anunciados este ano, mas não concluídos, não estão incluídos nos números da PwC.
Segundo os dados, o número de negócios na faixa de US $ 400 milhões a US $ 1 bilhão mais que dobrou, para nove, representando até 42% de toda a atividade, acima de quatro negócios e 38% em 2018.
Por outro lado , negócios no valor de mais de US $ 1 bilhão caíram para quatro, de cinco em 2018.
O setor de tecnologia liderou o processo de negociação, marcando US $ 9,1 bilhões em valor, seguido pelo setor de produção com US $ 4 bilhões, mostraram os dados.
O setor farmacêutico continuou a enfraquecer devido aos baixos níveis de atividade da problemática Teva Pharmaceutical Industries Ltd., que costumava ser um participante importante nesse segmento e no mercado de fusões e aquisições em geral, segundo o relatório.
A aquisição da KLA-Tencor pela Orbotech por US $ 3,4 bilhões e a compra da Chevron North Sea pelo Delek Group por US $ 2 bilhões estavam entre as transações de destaque neste ano.
O valor dos negócios das entidades norte-americanas foi de US $ 11,5 bilhões em 2019. Esse número foi inferior aos US $ 12,9 bilhões em 2018, mas o número de 2019 ainda é "forte", especialmente à luz de uma reforma tributária dos EUA que tornou os investimentos no exterior menos atraentes. "Levando isso em conta, é uma forte demonstração de fé dos investidores americanos em empresas israelenses", afirmou a PwC em comunicado.
Valor dos tanques de negócios asiáticos
Os players do leste asiático continuaram ativos no mercado de negócios locais, com 10 negócios neste ano, contra oito no ano passado. No entanto, o preço médio do negócio despencou para US $ 75 milhões, em comparação com US $ 452 milhões e US $ 112 milhões em 2017 e 2018, respectivamente. Isso destaca o fato de que os investidores desta região, em particular os chineses, estão lutando para fazer grandes negócios no mercado local, devido a considerações políticas e regulatórias, afirmou o relatório.
"2019 foi um ano vibrante para fusões e aquisições", disse Liat Enzel-Aviel, parceiro e líder de serviços de transação da PwC Israel. "O número constante de transações de mais de US $ 100 milhões ilustra o desejo das altas gerências de entrar em ação nos estágios posteriores de seus negócios para obter retornos mais altos e o ambiente de alto preço suportado pela economia global".
Enzel-Aviel disse que a expectativa é que 2020 seja aberto com a conclusão dos acordos de Mellanox, Habana labs e Lumenis, e que o mercado israelense de M&A não está "mostrando sinais de desaceleração"... Leia mais em timesofisrael 30/12/2019
As atividades de fusões e aquisições em Israel subiram 34%, para 166 negócios em 2019, em comparação com 124 negócios em 2018, e atingiram um valor de negócio de US $ 20,4 bilhões, de acordo com um novo relatório da PwC Israel.
O valor do negócio este ano é, no entanto, inferior ao valor do negócio de 2018, que chegou a US $ 21,6 bilhões, como mostra o relatório de fusões e aquisições da PwC para 2019.
O relatório analisa as fusões e aquisições de empresas israelenses e não se limita apenas ao setor de tecnologia. Acordos como a venda da Mellanox Technologies Ltd. para a Nvidia, avaliada em US $ 6,9 bilhões; Habana Labs para Intel, no valor de US $ 2 bilhões; e Lumenis, para fundos da Baring Private Equity Asia (BEPA), no valor de US $ 1,2 bilhão, anunciados este ano, mas não concluídos, não estão incluídos nos números da PwC.
Segundo os dados, o número de negócios na faixa de US $ 400 milhões a US $ 1 bilhão mais que dobrou, para nove, representando até 42% de toda a atividade, acima de quatro negócios e 38% em 2018.
Por outro lado , negócios no valor de mais de US $ 1 bilhão caíram para quatro, de cinco em 2018.
O setor de tecnologia liderou o processo de negociação, marcando US $ 9,1 bilhões em valor, seguido pelo setor de produção com US $ 4 bilhões, mostraram os dados.
O setor farmacêutico continuou a enfraquecer devido aos baixos níveis de atividade da problemática Teva Pharmaceutical Industries Ltd., que costumava ser um participante importante nesse segmento e no mercado de fusões e aquisições em geral, segundo o relatório.
A aquisição da KLA-Tencor pela Orbotech por US $ 3,4 bilhões e a compra da Chevron North Sea pelo Delek Group por US $ 2 bilhões estavam entre as transações de destaque neste ano.
O valor dos negócios das entidades norte-americanas foi de US $ 11,5 bilhões em 2019. Esse número foi inferior aos US $ 12,9 bilhões em 2018, mas o número de 2019 ainda é "forte", especialmente à luz de uma reforma tributária dos EUA que tornou os investimentos no exterior menos atraentes. "Levando isso em conta, é uma forte demonstração de fé dos investidores americanos em empresas israelenses", afirmou a PwC em comunicado.
Valor dos tanques de negócios asiáticos
Os players do leste asiático continuaram ativos no mercado de negócios locais, com 10 negócios neste ano, contra oito no ano passado. No entanto, o preço médio do negócio despencou para US $ 75 milhões, em comparação com US $ 452 milhões e US $ 112 milhões em 2017 e 2018, respectivamente. Isso destaca o fato de que os investidores desta região, em particular os chineses, estão lutando para fazer grandes negócios no mercado local, devido a considerações políticas e regulatórias, afirmou o relatório.
"2019 foi um ano vibrante para fusões e aquisições", disse Liat Enzel-Aviel, parceiro e líder de serviços de transação da PwC Israel. "O número constante de transações de mais de US $ 100 milhões ilustra o desejo das altas gerências de entrar em ação nos estágios posteriores de seus negócios para obter retornos mais altos e o ambiente de alto preço suportado pela economia global".
Enzel-Aviel disse que a expectativa é que 2020 seja aberto com a conclusão dos acordos de Mellanox, Habana labs e Lumenis, e que o mercado israelense de M&A não está "mostrando sinais de desaceleração"... Leia mais em timesofisrael 30/12/2019
Delta conclui oferta pública para compra de ações da LATAM
A Delta Air Lines informou que concluiu com sucesso sua oferta de compra, anunciada anteriormente, e adquiriu uma participação acionária de 20% no LATAM Airlines Group S.A por aproximadamente US $ 1,9 bilhão.
Segundo a Delta, esse é um marco importante para reunir as principais companhias aéreas da América do Norte e do Sul e que esse movimento faz parte da estratégia de realizar investimentos em companhias aéreas parceiras em todo o mundo.
“Estamos ansiosos para trabalhar com a LATAM para criar uma parceria de nível mundial que dará aos nossos clientes um acesso imcomparável em todas as Américas”, disse Steve Sear, presidente da Delta. “Investimentos em ações como essa ajudam a criar um alinhamento entre nossas parcerias, à medida que reunimos nossas marcas, o que nos permite oferecer o melhor serviço e com confiabilidade para nossos clientes”.
Em setembro, a Delta e a LATAM anunciaram uma parceria estratégica, incluindo o agora concluído investimento de 20% em ações e também uma joint venture comercial. Segundo as companhias, quando estiver totalmente implementada, essa parceria abrirá oportunidades de crescimento para ambas as aéreas e oferecerá mais opções de viagem para os clientes, com acesso a 435 destinos em todo o mundo.
Mais recentemente, as companhias anunciaram novos acordos de codeshare para voos operados por determinadas afiliadas da LATAM na Colômbia, Equador e Peru a partir do primeiro trimestre de 2020. O acordo oferecerá aos clientes maior conectividade entre até 74 destinos nos Estados Unidos e até 51 destinos na América do Sul.
Lembrando que os acordos de cooperação e codeshare estão sujeitos a aprovações governamentais e regulamentares. POR Dérek Arakaki Leia mais em passageirodeprimeira 30/12/2019
Segundo a Delta, esse é um marco importante para reunir as principais companhias aéreas da América do Norte e do Sul e que esse movimento faz parte da estratégia de realizar investimentos em companhias aéreas parceiras em todo o mundo.
“Estamos ansiosos para trabalhar com a LATAM para criar uma parceria de nível mundial que dará aos nossos clientes um acesso imcomparável em todas as Américas”, disse Steve Sear, presidente da Delta. “Investimentos em ações como essa ajudam a criar um alinhamento entre nossas parcerias, à medida que reunimos nossas marcas, o que nos permite oferecer o melhor serviço e com confiabilidade para nossos clientes”.
Em setembro, a Delta e a LATAM anunciaram uma parceria estratégica, incluindo o agora concluído investimento de 20% em ações e também uma joint venture comercial. Segundo as companhias, quando estiver totalmente implementada, essa parceria abrirá oportunidades de crescimento para ambas as aéreas e oferecerá mais opções de viagem para os clientes, com acesso a 435 destinos em todo o mundo.
Mais recentemente, as companhias anunciaram novos acordos de codeshare para voos operados por determinadas afiliadas da LATAM na Colômbia, Equador e Peru a partir do primeiro trimestre de 2020. O acordo oferecerá aos clientes maior conectividade entre até 74 destinos nos Estados Unidos e até 51 destinos na América do Sul.
Lembrando que os acordos de cooperação e codeshare estão sujeitos a aprovações governamentais e regulamentares. POR Dérek Arakaki Leia mais em passageirodeprimeira 30/12/2019
Qual a taxa real de câmbio de equilíbrio no Brasil?
A maioria dos estudos empíricos confirma que a sobrevalorização da moeda nos países em desenvolvimento por longos períodos, por reduzir as taxas de lucros esperadas e afetar adversamente a acumulação de capital, reduz o crescimento econômico no longo prazo. Dani Rodrik1, ao analisar o comportamento da taxa de câmbio real de 184 países no período 1950-2004, foi além e concluiu que os países que mantiveram suas moedas ligeiramente subvalorizadas em relação a uma cesta de moedas aceleraram o desenvolvimento econômico.
O problema é determinar a taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo. A principal teoria se baseia na hipótese da paridade relativa do poder de compra (PPP, em inglês), segundo a qual, para manter o poder de compra entre duas moedas ao longo do tempo, a taxa de câmbio nominal cotada no mercado (digamos R$/US$) deve ser corrigida pela diferença entre as taxas de inflação doméstica e internacional.
A questão teórica central é determinar as forças que, supostamente, levam a taxa de câmbio real observada (calculada pelos bancos centrais) para um determinado nível de equilíbrio de longo prazo, fazendo com que ela se iguale à taxa de câmbio nominal “neutra” do ponto de vista competitivo, ou seja, àquela que acarrete benefícios idênticos aos produtores domésticos que competem com as importações, aos exportadores e aos importadores.
Segundo a PPP, não fosse a presença de eventuais choques exógenos, forças “fundamentais” inerentes ao sistema econômico levariam a taxa de câmbio nominal no longo prazo para o seu nível real de equilíbrio. Quaisquer desvios da taxa de câmbio real observada de seu nível de equilíbrio “fundamental” seriam acarretados por choques exógenos não previstos.
Em dois artigos acadêmicos2, propusemos uma metodologia teórica e econométrica de estimação da trajetória da taxa de câmbio real de longo prazo para economias em desenvolvimento. Nesses estudos, introduzimos o conceito e estimamos (até onde saibamos, de forma pioneira no Brasil) a taxa de câmbio real “ótima” de longo prazo, definida como aquela necessária para realocar de forma eficiente os recursos produtivos em direção aos setores geradores e difusores dos ganhos de produtividade para a economia como um todo, de tal sorte a acelerar e sustentar o desenvolvimento econômico.
Alinhada com a literatura especializada, a taxa de câmbio real “ótima” embute uma ligeira subvalorização, em torno de 5%, em relação à taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo, também estimada pelo modelo, mas considerada “neutra”, porque não incorpora qualquer sub ou sobrevalorização. Diferentemente da PPP, em nosso modelo, tanto a trajetória da taxa de câmbio real no longo prazo, como o desvio da taxa de câmbio real observada (calculada pelo Banco Central) de seu nível “neutro” de equilíbrio estimado pelas regressões e, mais ainda, de seu nível “ótimo” são explicados, simultaneamente, por variáveis de longo prazo associadas à estrutura da economia e por variáveis de curto prazo relacionadas à conjuntura econômica em curso.
No modelo econométrico proposto, estimamos a trajetória da taxa de câmbio real de longo prazo no Brasil entre janeiro de 1999 e julho de 2015, com base em três variáveis estruturais (a renda per capita, os termos de troca e o saldo em conta corrente) e três variáveis associadas à política econômica (o diferencial entre as taxa de juros interna e externa, o estoque de reservas internacionais e o risco Brasil). Se nos modelos baseados na PPP apenas as variáveis associadas a choques de curto prazo são as responsáveis por desalinhar a taxa de câmbio real observada de seu nível de equilíbrio de longo prazo, em nosso modelo, todas as variáveis indicadas anteriormente podem explicar simultaneamente o desalinhamento cambial quer de seu nível de equilíbrio real “neutro”, quer da taxa de câmbio real “ótima” no longo prazo.
Uma vez que os dois modelos econométricos apresentaram resultados idênticos quanto à trajetória da taxa de câmbio real estimada, procedemos à identificação do período em que a taxa de câmbio real teria alcançado o seu nível “ótimo”. Pela nossa metodologia, a taxa de câmbio real “ótima” foi alcançada entre junho de 2003 e abril de 2005. Feitos os ajustes para o final da série estimada, concluímos que, em julho de 2015, a taxa de câmbio nominal média deveria ter sido de cerca de R$ 3,88/US$ (contra uma taxa nominal média observada de R$ 3,39/US$) para preservar o nível real “ótimo” alcançado no subperíodo junho de 2003 a abril de 2005.
De agosto de 2015 ao presente, pelo menos dois fatores podem ter pressionado para cima a taxa de câmbio real de equilíbrio no Brasil: a redução da renda per capita e do diferencial de juros interno-externo. Ajustando os dados de agosto de 2015 a outubro de 2019 pela diferença entre a inflação acumulada no Brasil (IPCA: 20,39%) e nos Estados Unidos (CPI: 7,99%), podemos concluir que a taxa de câmbio real “ótima” para o desenvolvimento econômico no Brasil, no momento atual, deveria ser de, aproximadamente, R$ 4,36/US$ (R$ 3,88 x 1,1240).
Como esta última embute uma subvalorização de 5%, podemos também concluir que a taxa de câmbio real de equilíbrio (“neutra”, sem qualquer sub ou sobrevalorização) no Brasil é, atualmente, de R$ 4,15/US$ (4,36 dividido por 1,05), praticamente igual à taxa de câmbio nominal média negociada entre outubro e novembro nos mercados de câmbio à vista (de R$ 4,12/US$), como consta nas estatísticas do Banco Central.
O ideal seria que a taxa de câmbio nominal estivesse mais próxima do nível “ótimo”.
Ainda assim, espera-se que, doravante, a autoridade monetária adote mecanismos para evitar nova tendência de apreciação real da moeda brasileira, como se observou entre 2006 e 2014. Valor Econômico Leia mais em portalnewsnet 30/12/2019
O problema é determinar a taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo. A principal teoria se baseia na hipótese da paridade relativa do poder de compra (PPP, em inglês), segundo a qual, para manter o poder de compra entre duas moedas ao longo do tempo, a taxa de câmbio nominal cotada no mercado (digamos R$/US$) deve ser corrigida pela diferença entre as taxas de inflação doméstica e internacional.
A questão teórica central é determinar as forças que, supostamente, levam a taxa de câmbio real observada (calculada pelos bancos centrais) para um determinado nível de equilíbrio de longo prazo, fazendo com que ela se iguale à taxa de câmbio nominal “neutra” do ponto de vista competitivo, ou seja, àquela que acarrete benefícios idênticos aos produtores domésticos que competem com as importações, aos exportadores e aos importadores.
Segundo a PPP, não fosse a presença de eventuais choques exógenos, forças “fundamentais” inerentes ao sistema econômico levariam a taxa de câmbio nominal no longo prazo para o seu nível real de equilíbrio. Quaisquer desvios da taxa de câmbio real observada de seu nível de equilíbrio “fundamental” seriam acarretados por choques exógenos não previstos.
Em dois artigos acadêmicos2, propusemos uma metodologia teórica e econométrica de estimação da trajetória da taxa de câmbio real de longo prazo para economias em desenvolvimento. Nesses estudos, introduzimos o conceito e estimamos (até onde saibamos, de forma pioneira no Brasil) a taxa de câmbio real “ótima” de longo prazo, definida como aquela necessária para realocar de forma eficiente os recursos produtivos em direção aos setores geradores e difusores dos ganhos de produtividade para a economia como um todo, de tal sorte a acelerar e sustentar o desenvolvimento econômico.
Alinhada com a literatura especializada, a taxa de câmbio real “ótima” embute uma ligeira subvalorização, em torno de 5%, em relação à taxa de câmbio real de equilíbrio de longo prazo, também estimada pelo modelo, mas considerada “neutra”, porque não incorpora qualquer sub ou sobrevalorização. Diferentemente da PPP, em nosso modelo, tanto a trajetória da taxa de câmbio real no longo prazo, como o desvio da taxa de câmbio real observada (calculada pelo Banco Central) de seu nível “neutro” de equilíbrio estimado pelas regressões e, mais ainda, de seu nível “ótimo” são explicados, simultaneamente, por variáveis de longo prazo associadas à estrutura da economia e por variáveis de curto prazo relacionadas à conjuntura econômica em curso.
Taxa real 'ótima' para o desenvolvimento econômico do país
deveria ser cerca de R$ 4,36 por dólar
Uma vez que os dois modelos econométricos apresentaram resultados idênticos quanto à trajetória da taxa de câmbio real estimada, procedemos à identificação do período em que a taxa de câmbio real teria alcançado o seu nível “ótimo”. Pela nossa metodologia, a taxa de câmbio real “ótima” foi alcançada entre junho de 2003 e abril de 2005. Feitos os ajustes para o final da série estimada, concluímos que, em julho de 2015, a taxa de câmbio nominal média deveria ter sido de cerca de R$ 3,88/US$ (contra uma taxa nominal média observada de R$ 3,39/US$) para preservar o nível real “ótimo” alcançado no subperíodo junho de 2003 a abril de 2005.
De agosto de 2015 ao presente, pelo menos dois fatores podem ter pressionado para cima a taxa de câmbio real de equilíbrio no Brasil: a redução da renda per capita e do diferencial de juros interno-externo. Ajustando os dados de agosto de 2015 a outubro de 2019 pela diferença entre a inflação acumulada no Brasil (IPCA: 20,39%) e nos Estados Unidos (CPI: 7,99%), podemos concluir que a taxa de câmbio real “ótima” para o desenvolvimento econômico no Brasil, no momento atual, deveria ser de, aproximadamente, R$ 4,36/US$ (R$ 3,88 x 1,1240).
Como esta última embute uma subvalorização de 5%, podemos também concluir que a taxa de câmbio real de equilíbrio (“neutra”, sem qualquer sub ou sobrevalorização) no Brasil é, atualmente, de R$ 4,15/US$ (4,36 dividido por 1,05), praticamente igual à taxa de câmbio nominal média negociada entre outubro e novembro nos mercados de câmbio à vista (de R$ 4,12/US$), como consta nas estatísticas do Banco Central.
O ideal seria que a taxa de câmbio nominal estivesse mais próxima do nível “ótimo”.
Ainda assim, espera-se que, doravante, a autoridade monetária adote mecanismos para evitar nova tendência de apreciação real da moeda brasileira, como se observou entre 2006 e 2014. Valor Econômico Leia mais em portalnewsnet 30/12/2019
Omega Geração fecha aquisição de projetos de energia eólica na Bahia; ações sobem
De acordo com a companhia, o complexo tem capacidade instalada de 50 MW
A Omega Geração (OMGE3) divulgou fato relevante informando que celebrou com o Fundo de Investimentos em Participações em Infraestrutura Energias Renováveis um acordo vinculante para aquisição da totalidade das ações de emissão da CEA III – Centrais Eólicas Assuruá III SPE, detentora dos projetos de geração de energia eólica Laranjeiras III e Laranjeiras IX, localizados no interior da Bahia, na mesma região dos complexos eólicos ASSUAJá I e ASSUrUá II. O total da operação é de R$ 20 milhões.
Leia também:
Fase 1 abre caminho para o agro: China aprova soja e mamão transgênicos dos EUA
Santander lidera Ibovespa após anúncio de distribuição de R$ 7,8 bi a acionistas
Tarifa branca de energia será ampliada a pequenos consumidores em 2020
Com isso, por volta das 14h17, as ações da companhia eram negociadas com leve alta de 0,19% a R$ 36,75.
De acordo com a companhia, o complexo tem capacidade instalada de 50 MW, e ambos projetos são vencedores dos Leilões de Energia Nova A-5 (LEN A-5) de 2014, com início da operação comercial (COD) em abril de 2019.
A transação confirma que os 2 mil MW de ativos a serem desenvolvidos na região de ASSUrUá, sobre os quais a companhia tem direito de primeira oferta, configuram importante vetor de crescimento para a Omega, replicando o bem-sucedido caso do Complexo Delta.
A transferência da totalidade das ações de emissão de CEA III resulta no pagamento em caixa no valor de R$ 20 milhões no âmbito de aquisição de 10% das ações de emissão de CEA III e entrega de 5 milhões de ações de emissão da Omega, no âmbito de incorporação de 90% das ações de emissão da CEA III.
A Aquisição foi aprovada em 27 de dezembro pelo Conselho de Administração da companhia e a Incorporação de ações será submetida à apreciação da assembleia geral, a ser oportunamente convocada. Por Investing.com Leia mais em moneytime 30/12/2019
A Omega Geração (OMGE3) divulgou fato relevante informando que celebrou com o Fundo de Investimentos em Participações em Infraestrutura Energias Renováveis um acordo vinculante para aquisição da totalidade das ações de emissão da CEA III – Centrais Eólicas Assuruá III SPE, detentora dos projetos de geração de energia eólica Laranjeiras III e Laranjeiras IX, localizados no interior da Bahia, na mesma região dos complexos eólicos ASSUAJá I e ASSUrUá II. O total da operação é de R$ 20 milhões.
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Tarifa branca de energia será ampliada a pequenos consumidores em 2020
Com isso, por volta das 14h17, as ações da companhia eram negociadas com leve alta de 0,19% a R$ 36,75.
De acordo com a companhia, o complexo tem capacidade instalada de 50 MW, e ambos projetos são vencedores dos Leilões de Energia Nova A-5 (LEN A-5) de 2014, com início da operação comercial (COD) em abril de 2019.
A transação confirma que os 2 mil MW de ativos a serem desenvolvidos na região de ASSUrUá, sobre os quais a companhia tem direito de primeira oferta, configuram importante vetor de crescimento para a Omega, replicando o bem-sucedido caso do Complexo Delta.
A transferência da totalidade das ações de emissão de CEA III resulta no pagamento em caixa no valor de R$ 20 milhões no âmbito de aquisição de 10% das ações de emissão de CEA III e entrega de 5 milhões de ações de emissão da Omega, no âmbito de incorporação de 90% das ações de emissão da CEA III.
A Aquisição foi aprovada em 27 de dezembro pelo Conselho de Administração da companhia e a Incorporação de ações será submetida à apreciação da assembleia geral, a ser oportunamente convocada. Por Investing.com Leia mais em moneytime 30/12/2019
Retrospectiva 2019: os negócios que marcaram o ano
Novos unicórnios, recordes de vendas e IPOs históricos. Relembre alguns feitos alcançados no ano que passou
Novos unicórnios, IPOs históricos e a rápida expansão de empresas no mercado de varejo e pagamentos digitais marcaram o ano de 2019. Entre eles, estão o anúncio da compra da Avon pela companhia de cosméticos Natura e criação da quarta maior fabricante de automóveis do mundo, resultado da fusão entre a o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler (FCA) e o francês PSA Peugeot Citroën. Relembre alguns dos negócios que marcaram o ano:
Nasce uma gigante dos cosméticos
Loja da Natura no Shopping Morumbi (Foto: Reprodução/Facebook)
Em maio, a companhia de cosméticos Natura anunciou a compra da Avon. Em novembro, a Natura obteve do Cade, o órgão de defesa da concorrência no Brasil, o sinal o verde para a aquisição. A Comissão Europeia também aprovou o acordo em dezembro. A expectativa é que a operação seja concluída no início de 2020, gerando um negócio de US$ 10 bilhões.
Em dezembro, a Avon anunciou que proibirá o teste de seus produtos em animais. As diferenças na forma como as duas companhias lidavam com essa questão era uma das dúvidas que analistas levantavam sobre a fusão.
Nada é para sempre - pelo menos não para a Forever 21
Loja da marca Forever 21 (Foto: Steve Taylor/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
A varejista americana de moda Forever 21 entrou com um pedido de recuperação judicial perante a Justiça dos Estados Unidos no mês de setembro. Logo após a expansão bem-sucedida em mais de 50 países nos últimos anos, a companhia tem passado por momentos difíceis. Nos EUA, 178 lojas podem ser fechadas. Entre os motivos que explicam a queda de receita da empresa, estão a mudança no hábito de compra dos consumidores jovens e polêmicas envolvendo direitos autorais e marcas registradas.
Kroton passa por reformulação
Rodrigo Galindo, CEO da nova Cogna, antiga Kroton (Foto: Marcus Steinmeyer)
A Kroton, maior empresa privada de educação do Brasil, anunciou em outubro a mudança de nome, de foco e governança. Com valor de mercado de R$ 18,2 bilhões, a companhia tornou-se uma holding chamada Cogna Educação e ganhou uma nova sede, na Avenida Paulista. O grupo foi dividido em quatro subsidiárias: Kroton, Saber, Platos e Vasta. Com o fatiamento, a companhia agora quer avançar na prestação de serviços para escolas e faculdades. "Com essa mudança de foco, estamos triplicando nosso mercado potencial", diz o CEO, Rodrigo Galindo.
Nasce uma nova gigante dos automóveis
No mês de dezembro, o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler (FCA) e o francês PSA Peugeot Citroën confirmaram a fusão entre as duas companhias. O acordo cria a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, avaliada em US$ 50 bilhões. A nova empresa terá 400 mil funcionários e faturamento de US$ 190 bilhões.
Low costs chegam o Brasil
A companhia aérea chilena Sky Airline é considerada uma low cost (Foto: Divulgação)
2019 também foi o ano em que as low cost, companhias aéreas de baixo custo, finalmente aterrissaram no Brasil. Entre elas, Flybondi, Sky Airline e JetSmart já começaram a atuar em voos internacionais no país. O fenômeno acontece graças a uma mudança na legislação do Código Brasileiro de Aeronáutica que permite que empresas aéreas de capital 100% estrangeiro atuem no país. Outro ponto importante é a permissão para a cobrança de bagagem despachada. Isso também possibilitou que as empresas de baixo custo oferecessem passagens mais baratas. Além disso, para manter os preços baixos, as low cost reduzem gastos operacionais, colocando mais assentos nos aviões, cobrando pela alimentação a bordo, entre outras medidas.
Empresa brasileira de investimentos em Nova York
Abertura de capital da XP Investimentos na Nasdaq (Foto: Reproduçãp/Facebook XP Investimentos)
Em dezembro, a XP Investimentos levantou US$ 2,25 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, em Nova York, tornando-se a empresa brasileira de maior valor listada nos Estados Unidos em 2019. A companhia precificou suas ações a US$ 27. Parte dos recursos obtidos serão utilizados para a ampliação do portfólio de produtos da empresa.
O último caminhão
Em outubro, após 52 anos, a Ford encerrou a produção na fábrica de Taboão, em São Bernardo do Campo (SP). A unidade já concentrou toda a produção de automóveis da empresa no Brasil e era responsável pela fabricação da linha de caminhões. Cerca de 600 trabalhadores foram demitidos. Em comunicado, Lyle Watters, presidente da Ford na América do Sul, disse que a ação foi “difícil, mas necessária para a reestruturação dos negócios da empresa”.
Após 2 acidentes, Boeing suspende a produção do 737 MAX
Aviões Boeing 737 MAX parados em instalação da empresa em Seattle (Foto: Lindsey Wasson/Reuters)
Após mais de 300 pessoas morrerem em quedas de aviões 737 Max na Indonésia em outubro de 2018 e na Etiópia em março de 2019, em decorrência de problemas de fabricação da aeronave, a americana Boeing anunciou que vai suspender a produção do avião. De acordo com a empresa, os funcionários ligados à fabricação da aeronave não serão demitidos, mas é provável que a paralisação afete a cadeia produtiva da companhia.
IPO de peso na China
Comemoração do Dia dos Solteiros no grupo Alibaba (Foto: Getty Images)
A oferta de ações do Alibaba Group movimentou cerca de US$ 12,9 bilhões em uma abertura de capital histórica em Hong Kong. O IPO da gigante chinesa de comércio eletrônico foi o maior da região em nove anos. O grupo fundado por Jack Ma já havia estreado na bolsa de Nova York em 2014, quando fez a maior abertura de capital já feita em bolsas de valores até o momento, captando US$ 25 bilhões.
O varejo entra no setor de pagamentos
A Magazine Luiza anunciou em dezembro a criação de uma nova empresa dentro do ecossistema digital da companhia. Chamada de Magalu Pagamentos, a iniciativa pretende oferecer serviços financeiros para os clientes e vendedores do marketplace da marca, como a carteira digital Magalupay. Depois de alcançar mais de 800 mil adesões a seu serviço de conta digital, a varejista Pernambucanas também espera avançar no setor de pagamentos. Em novembro, a companhia, que completou 111 anos em 2019, lançou sua própria carteira digital.
Amazon: cada vez mais brasileira
O Echo Show é um dos três dispositivos integrados à Alexa lançados no Brasil esse ano (Foto: Divulgação)
A Amazon expandiu suas oprações no mercado brasileiro com a estreia de novos produtos no país. O sistema com inteligência artificial Alexa foi finalmente lançado em português e poderá ser acionado em três dispositivos da companhia. Outra novidade por aqui foi o lançamento do Amazon Prime, o pacote de benefícios para assinantes, como descontos em produtos e frete grátis ilimitado. Além disso, o município de Cabo de Santo Agostino, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco, foi escolhido para sediar o primeiro centro de distribuição da gigante americana na região Nordeste.
Novos unicórnios
Com sede em São Paulo, a Loggi atua no setor de entregas, conectando os usuários diretamente aos mensageiros através do computador ou do celular (Foto: Reprodução/Facebook/Loggi)
O Brasil fecha 2019 com 10 unicórnios, as startups que valem ao menos US$ 1 bilhão. Cinco deles alcançaram a marca este ano. A empresa de entregas Loggi levantou US$ 150 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelo Softbank. A Gympass, serviço de assinatura de academias, recebeu um aporte de R$ 300 milhões. Outras empresas somaram-se ao seleto de grupo, como o QuintoAndar, após captar US$ 250 milhões, e a empresa de games Wildlife, que recebeu US$ 60 milhões. Já a fintech Ebanx não revelou o valor do aporte, liderado pela FTV Capital.
Mais mobilidade
No primeiro mês do ano, a startup brasileira de bicicletas sem estações e a mexicana de patinetes elétricos Grin anunciaram a fusão dos dois negócios. O acordo deu origem à Grow Mobility Inc, que já completou 10 milhões de corridas realizadas na América Latina desde a fusão. O ano também marcou a estreia dos patinetes elétricos da Uber no Brasil, que teve início em Santos, no litoral de São Paulo.
Embraer e Boeing: finalmente juntas?
Aeronave da Embraer (Foto: Divugação)
Os rumores sobre a compra da divisão de comercial de aviões da Embraer pela Boeing começaram em 2017. A expectativa inicial era de que o negócio estivesse aprovado pelos órgãos de concorrência internacionais até o fim de 2019, mas reviravoltas adiaram o acordo. A Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Abradin) entrou com um pedido de investigação no Conselho Administrativo e de Defesa Econômica (Cade). Além disso, a Comissão Europeia, órgão antitruste da União Europeia, também investiga o acordo entre as duas empresas. Espera-se que a situação resolva no início de 2020.
Aquisição de luxo
Vitrine de loja da Tiffany&Co. em Paris, França (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)
No mês de novembro, a LVMH, proprietária da fabricante francesa de artigos de luxo Louis Vuitton, adquiriu a joalheria norte-americana Tiffany por US$ 16,2 bilhões, sua maior aquisição até o momento. O objetivo do negócio é fortalecer a LVMH nos Estados Unidos dentro do mercado de jóias a ajudar a expandir a marca Tiffany na Europa e na China. A Tiffany se junta às outras subsidiárias Bulgari e Tag Heuer, da divisão de jóias e relógios da LVMH. ... MICAELA SANTOS .. leia mais em epocanegocios 30/12/2019
Novos unicórnios, IPOs históricos e a rápida expansão de empresas no mercado de varejo e pagamentos digitais marcaram o ano de 2019. Entre eles, estão o anúncio da compra da Avon pela companhia de cosméticos Natura e criação da quarta maior fabricante de automóveis do mundo, resultado da fusão entre a o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler (FCA) e o francês PSA Peugeot Citroën. Relembre alguns dos negócios que marcaram o ano:
Nasce uma gigante dos cosméticos
Loja da Natura no Shopping Morumbi (Foto: Reprodução/Facebook)
Em maio, a companhia de cosméticos Natura anunciou a compra da Avon. Em novembro, a Natura obteve do Cade, o órgão de defesa da concorrência no Brasil, o sinal o verde para a aquisição. A Comissão Europeia também aprovou o acordo em dezembro. A expectativa é que a operação seja concluída no início de 2020, gerando um negócio de US$ 10 bilhões.
Em dezembro, a Avon anunciou que proibirá o teste de seus produtos em animais. As diferenças na forma como as duas companhias lidavam com essa questão era uma das dúvidas que analistas levantavam sobre a fusão.
Nada é para sempre - pelo menos não para a Forever 21
Loja da marca Forever 21 (Foto: Steve Taylor/SOPA Images/LightRocket via Getty Images)
A varejista americana de moda Forever 21 entrou com um pedido de recuperação judicial perante a Justiça dos Estados Unidos no mês de setembro. Logo após a expansão bem-sucedida em mais de 50 países nos últimos anos, a companhia tem passado por momentos difíceis. Nos EUA, 178 lojas podem ser fechadas. Entre os motivos que explicam a queda de receita da empresa, estão a mudança no hábito de compra dos consumidores jovens e polêmicas envolvendo direitos autorais e marcas registradas.
Kroton passa por reformulação
Rodrigo Galindo, CEO da nova Cogna, antiga Kroton (Foto: Marcus Steinmeyer)
A Kroton, maior empresa privada de educação do Brasil, anunciou em outubro a mudança de nome, de foco e governança. Com valor de mercado de R$ 18,2 bilhões, a companhia tornou-se uma holding chamada Cogna Educação e ganhou uma nova sede, na Avenida Paulista. O grupo foi dividido em quatro subsidiárias: Kroton, Saber, Platos e Vasta. Com o fatiamento, a companhia agora quer avançar na prestação de serviços para escolas e faculdades. "Com essa mudança de foco, estamos triplicando nosso mercado potencial", diz o CEO, Rodrigo Galindo.
Nasce uma nova gigante dos automóveis
No mês de dezembro, o grupo ítalo-americano Fiat Chrysler (FCA) e o francês PSA Peugeot Citroën confirmaram a fusão entre as duas companhias. O acordo cria a quarta maior fabricante de automóveis do mundo, avaliada em US$ 50 bilhões. A nova empresa terá 400 mil funcionários e faturamento de US$ 190 bilhões.
Low costs chegam o Brasil
A companhia aérea chilena Sky Airline é considerada uma low cost (Foto: Divulgação)
2019 também foi o ano em que as low cost, companhias aéreas de baixo custo, finalmente aterrissaram no Brasil. Entre elas, Flybondi, Sky Airline e JetSmart já começaram a atuar em voos internacionais no país. O fenômeno acontece graças a uma mudança na legislação do Código Brasileiro de Aeronáutica que permite que empresas aéreas de capital 100% estrangeiro atuem no país. Outro ponto importante é a permissão para a cobrança de bagagem despachada. Isso também possibilitou que as empresas de baixo custo oferecessem passagens mais baratas. Além disso, para manter os preços baixos, as low cost reduzem gastos operacionais, colocando mais assentos nos aviões, cobrando pela alimentação a bordo, entre outras medidas.
Empresa brasileira de investimentos em Nova York
Abertura de capital da XP Investimentos na Nasdaq (Foto: Reproduçãp/Facebook XP Investimentos)
Em dezembro, a XP Investimentos levantou US$ 2,25 bilhões em sua oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, em Nova York, tornando-se a empresa brasileira de maior valor listada nos Estados Unidos em 2019. A companhia precificou suas ações a US$ 27. Parte dos recursos obtidos serão utilizados para a ampliação do portfólio de produtos da empresa.
O último caminhão
Em outubro, após 52 anos, a Ford encerrou a produção na fábrica de Taboão, em São Bernardo do Campo (SP). A unidade já concentrou toda a produção de automóveis da empresa no Brasil e era responsável pela fabricação da linha de caminhões. Cerca de 600 trabalhadores foram demitidos. Em comunicado, Lyle Watters, presidente da Ford na América do Sul, disse que a ação foi “difícil, mas necessária para a reestruturação dos negócios da empresa”.
Após 2 acidentes, Boeing suspende a produção do 737 MAX
Aviões Boeing 737 MAX parados em instalação da empresa em Seattle (Foto: Lindsey Wasson/Reuters)
Após mais de 300 pessoas morrerem em quedas de aviões 737 Max na Indonésia em outubro de 2018 e na Etiópia em março de 2019, em decorrência de problemas de fabricação da aeronave, a americana Boeing anunciou que vai suspender a produção do avião. De acordo com a empresa, os funcionários ligados à fabricação da aeronave não serão demitidos, mas é provável que a paralisação afete a cadeia produtiva da companhia.
IPO de peso na China
Comemoração do Dia dos Solteiros no grupo Alibaba (Foto: Getty Images)
A oferta de ações do Alibaba Group movimentou cerca de US$ 12,9 bilhões em uma abertura de capital histórica em Hong Kong. O IPO da gigante chinesa de comércio eletrônico foi o maior da região em nove anos. O grupo fundado por Jack Ma já havia estreado na bolsa de Nova York em 2014, quando fez a maior abertura de capital já feita em bolsas de valores até o momento, captando US$ 25 bilhões.
O varejo entra no setor de pagamentos
A Magazine Luiza anunciou em dezembro a criação de uma nova empresa dentro do ecossistema digital da companhia. Chamada de Magalu Pagamentos, a iniciativa pretende oferecer serviços financeiros para os clientes e vendedores do marketplace da marca, como a carteira digital Magalupay. Depois de alcançar mais de 800 mil adesões a seu serviço de conta digital, a varejista Pernambucanas também espera avançar no setor de pagamentos. Em novembro, a companhia, que completou 111 anos em 2019, lançou sua própria carteira digital.
Amazon: cada vez mais brasileira
O Echo Show é um dos três dispositivos integrados à Alexa lançados no Brasil esse ano (Foto: Divulgação)
A Amazon expandiu suas oprações no mercado brasileiro com a estreia de novos produtos no país. O sistema com inteligência artificial Alexa foi finalmente lançado em português e poderá ser acionado em três dispositivos da companhia. Outra novidade por aqui foi o lançamento do Amazon Prime, o pacote de benefícios para assinantes, como descontos em produtos e frete grátis ilimitado. Além disso, o município de Cabo de Santo Agostino, na região metropolitana do Recife, em Pernambuco, foi escolhido para sediar o primeiro centro de distribuição da gigante americana na região Nordeste.
Novos unicórnios
Com sede em São Paulo, a Loggi atua no setor de entregas, conectando os usuários diretamente aos mensageiros através do computador ou do celular (Foto: Reprodução/Facebook/Loggi)
O Brasil fecha 2019 com 10 unicórnios, as startups que valem ao menos US$ 1 bilhão. Cinco deles alcançaram a marca este ano. A empresa de entregas Loggi levantou US$ 150 milhões em uma rodada de investimentos liderada pelo Softbank. A Gympass, serviço de assinatura de academias, recebeu um aporte de R$ 300 milhões. Outras empresas somaram-se ao seleto de grupo, como o QuintoAndar, após captar US$ 250 milhões, e a empresa de games Wildlife, que recebeu US$ 60 milhões. Já a fintech Ebanx não revelou o valor do aporte, liderado pela FTV Capital.
Mais mobilidade
No primeiro mês do ano, a startup brasileira de bicicletas sem estações e a mexicana de patinetes elétricos Grin anunciaram a fusão dos dois negócios. O acordo deu origem à Grow Mobility Inc, que já completou 10 milhões de corridas realizadas na América Latina desde a fusão. O ano também marcou a estreia dos patinetes elétricos da Uber no Brasil, que teve início em Santos, no litoral de São Paulo.
Embraer e Boeing: finalmente juntas?
Aeronave da Embraer (Foto: Divugação)
Os rumores sobre a compra da divisão de comercial de aviões da Embraer pela Boeing começaram em 2017. A expectativa inicial era de que o negócio estivesse aprovado pelos órgãos de concorrência internacionais até o fim de 2019, mas reviravoltas adiaram o acordo. A Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Abradin) entrou com um pedido de investigação no Conselho Administrativo e de Defesa Econômica (Cade). Além disso, a Comissão Europeia, órgão antitruste da União Europeia, também investiga o acordo entre as duas empresas. Espera-se que a situação resolva no início de 2020.
Aquisição de luxo
Vitrine de loja da Tiffany&Co. em Paris, França (Foto: REUTERS/Gonzalo Fuentes)
No mês de novembro, a LVMH, proprietária da fabricante francesa de artigos de luxo Louis Vuitton, adquiriu a joalheria norte-americana Tiffany por US$ 16,2 bilhões, sua maior aquisição até o momento. O objetivo do negócio é fortalecer a LVMH nos Estados Unidos dentro do mercado de jóias a ajudar a expandir a marca Tiffany na Europa e na China. A Tiffany se junta às outras subsidiárias Bulgari e Tag Heuer, da divisão de jóias e relógios da LVMH. ... MICAELA SANTOS .. leia mais em epocanegocios 30/12/2019
China amplia investimento no Brasil em 2019 após ano de incerteza eleitoral
US$ 1,9 bilhão em transações. Governo se aproximou após receio. Expectativa é de avanço em 2020
Os investimentos chineses no Brasil voltaram a crescer em 2019, depois de terem minguado no ano anterior em função das incertezas do jogo eleitoral. É o que mostra levantamento da PwC, feito a pedido do Poder360... leia mais em poder360 30/12/2019
Os investimentos chineses no Brasil voltaram a crescer em 2019, depois de terem minguado no ano anterior em função das incertezas do jogo eleitoral. É o que mostra levantamento da PwC, feito a pedido do Poder360... leia mais em poder360 30/12/2019
Gafisa conclui venda de participação na Alphaville Urbanismo por R$ 100 milhões
A venda da participação, de acordo com a companhia, deve otimizar o portfólio e melhorar a alocação do capital da empresa (Imagem: Facebook da Gafisa)
A Gafisa (GFSA3) informou na última sexta-feira (27) que concluiu o processo de desinvestimento de sua participação na Alphaville Urbanismo.
O valor total da operação foi de R$ 100 milhões, pago por meio de compensação de créditos e entrega de ativos.
A venda da participação, de acordo com a companhia, deve otimizar o portfólio e melhorar a alocação do capital da empresa. Por Diana Cheng Leia mais em moneytimes 30/12/2019
A Gafisa (GFSA3) informou na última sexta-feira (27) que concluiu o processo de desinvestimento de sua participação na Alphaville Urbanismo.
O valor total da operação foi de R$ 100 milhões, pago por meio de compensação de créditos e entrega de ativos.
A venda da participação, de acordo com a companhia, deve otimizar o portfólio e melhorar a alocação do capital da empresa. Por Diana Cheng Leia mais em moneytimes 30/12/2019
Incorporação terá novo ano de expansão em 2020
Depois de registrar crescimento expressivo em 2019, o setor imobiliário terá novo ano de expansão, com destaque para a cidade de São Paulo - maior mercado imobiliário do país.
A expectativa é que incorporadoras de capital aberto, principalmente aquelas com atuação no segmento de média e alta renda, continuem a se beneficiar da queda da taxa de juros e da maior oferta de crédito imobiliário. Já o anúncio de desvinculação do subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida ao lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em meados de dezembro, renovou os ânimos quanto ao desempenho de empresas com atuação principal na baixa renda.
Parte do mercado considera que, no próximo ano, o crescimento do setor será inferior ao de 2019, levando-se em conta a base fraca de comparação de 2018. Outra parcela avalia que o aumento conjunto de lançamentos será ainda maior, pois algumas incorporadoras estão somente no início da respectiva retomada.
De janeiro a setembro, as companhias de capital aberto lançaram, em conjunto, R$ 14,6 bilhões, Valor Geral de Vendas (VGV) 38% maior do que o dos nove primeiros meses de 2018. As vendas contratadas cresceram 26%, para R$ 14,1 bilhões. Houve aumento na velocidade de comercialização de lançamentos e de estoques. "O ritmo da recuperação foi muito maior do que imaginávamos no início do ano. A expectativa para 2020 é de melhora contínua", afirma o analista de mercado imobiliário do BTG Pactual, Gustavo Cambauva.
Outro analista setorial afirma que, por ser puxada pela demanda, a aceleração, em curso, da apresentação de projetos ao mercado pelas incorporadoras "não é irresponsável". "No começo de 2020, o crescimento ainda estará concentrado em São Paulo. Do meio para o fim do ano, o movimento vai se estender para outras praças", acrescenta o analista.
O ambiente de juros em queda favorece, duplamente, a procura por imóveis. Há direcionamento para ativos reais de parte dos recursos que estavam em aplicações financeiras, e parcela maior da população é incluída nas diversas faixas de crédito imobiliário cada vez que as taxas de juros caem. Neste ano, o setor de incorporação comemorou também o anúncio da linha de crédito habitacional da Caixa Econômica Federal com saldo devedor atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em meados do mês, a EZTec - um dos destaques do setor neste ano - anunciou que projeta para 2020 lançamentos de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões. Até meados de dezembro, a companhia fundada por Ernesto Zarzur tinha apresentado VGV de R$ 1,9 bilhão, próximo ao teto da faixa estimada, de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões. No fim de novembro, a Trisul informou meta de lançar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão, no próximo ano, ante a projeção de R$ 900 milhões a R$ 1 bilhão em 2019. As duas já tinham elevado as respectivas metas de VGV para este ano.
Em 2019, EZTec, Trisul e Helbor captaram recursos por meio de ofertas subsequentes de ações ("follow-on") para a compra de terrenos que darão suporte ao aumento de lançamentos de projetos. A fila dessas ofertas realizadas pelas incorporadoras, em 2019, foi puxada pela Tecnisa, que levantou, no mercado, recursos para renegociar dívidas e se recolocar no mercado de lançamentos da capital paulista e da Região Metropolitana de São Paulo.
Recentemente, houve também anúncio de ofertas iniciais de ações (IPOs) da Mitre Realty, cujo foco é São Paulo, e Moura Dubeux, com atuação no Nordeste.
Na avaliação de analistas, com as empresas capitalizadas, a aquisição de terrenos por preço que permita desenvolver projetos com rentabilidade considerada satisfatória é um desafio para 2020. Os valores das áreas estão pressionados na cidade de São Paulo. Incorporadoras com terrenos já comprados para os lançamentos dos próximos anos devem ter margens beneficiadas pela combinação de menor custo de aquisição e preços das unidades com tendência de alta.
Segundo companhias com foco no segmento de média e alta renda, os preços de lançamentos começam a apresentar valorização na comparação com os anos anteriores. No caso dos estoques, o que se observa é a redução dos descontos concedidos. Espera-se que as margens do segmento continuem a ser impactadas, positivamente, pela contribuição crescente dos lançamentos - mais rentáveis do que os estoques.
De julho a setembro, o setor registrou resultado líquido consolidado positivo pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2017. "As estimativas para 2020 são de crescimento operacional e dos lucros bruto e líquido", diz um analista. Por outro lado, a geração de caixa das incorporadoras poderá ser reduzida, à medida que mais recursos serão investidos nos empreendimentos.
Em relação ao desempenho do segmento de baixa renda, as perspectivas melhoraram desde que o governo anunciou que não haverá mais vinculação ao lucro do FGTS do ano anterior do subsídio concedido ao Minha Casa Minha Vida. Havia expectativa que a regra resultaria na redução do subsídio dos R$ 9 bilhões de 2019 para R$ 6 bilhões em 2022.
Incorporadoras do segmento se beneficiam ainda da possibilidade de, com a queda dos juros, a renda de parte dos clientes passar a se adequar a financiamentos com recursos da poupança, o que reduz a dependência do FGTS. A MRV Engenharia - maior incorporadora do país - informou que pretende reduzir sua atuação em unidades enquadradas somente no Minha Casa, Minha Vida dos atuais 80% do VGV para 43% no médio prazo.
Ainda há dúvidas, porém, sobre quais serão as mudanças trazidas pelo novo programa habitacional. Valor Econômico, Chiara Quintão, Leia mais em Ademi 30/12/2019
A expectativa é que incorporadoras de capital aberto, principalmente aquelas com atuação no segmento de média e alta renda, continuem a se beneficiar da queda da taxa de juros e da maior oferta de crédito imobiliário. Já o anúncio de desvinculação do subsídio do programa Minha Casa, Minha Vida ao lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), em meados de dezembro, renovou os ânimos quanto ao desempenho de empresas com atuação principal na baixa renda.
Parte do mercado considera que, no próximo ano, o crescimento do setor será inferior ao de 2019, levando-se em conta a base fraca de comparação de 2018. Outra parcela avalia que o aumento conjunto de lançamentos será ainda maior, pois algumas incorporadoras estão somente no início da respectiva retomada.
De janeiro a setembro, as companhias de capital aberto lançaram, em conjunto, R$ 14,6 bilhões, Valor Geral de Vendas (VGV) 38% maior do que o dos nove primeiros meses de 2018. As vendas contratadas cresceram 26%, para R$ 14,1 bilhões. Houve aumento na velocidade de comercialização de lançamentos e de estoques. "O ritmo da recuperação foi muito maior do que imaginávamos no início do ano. A expectativa para 2020 é de melhora contínua", afirma o analista de mercado imobiliário do BTG Pactual, Gustavo Cambauva.
Outro analista setorial afirma que, por ser puxada pela demanda, a aceleração, em curso, da apresentação de projetos ao mercado pelas incorporadoras "não é irresponsável". "No começo de 2020, o crescimento ainda estará concentrado em São Paulo. Do meio para o fim do ano, o movimento vai se estender para outras praças", acrescenta o analista.
O ambiente de juros em queda favorece, duplamente, a procura por imóveis. Há direcionamento para ativos reais de parte dos recursos que estavam em aplicações financeiras, e parcela maior da população é incluída nas diversas faixas de crédito imobiliário cada vez que as taxas de juros caem. Neste ano, o setor de incorporação comemorou também o anúncio da linha de crédito habitacional da Caixa Econômica Federal com saldo devedor atrelado ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em meados do mês, a EZTec - um dos destaques do setor neste ano - anunciou que projeta para 2020 lançamentos de R$ 2 bilhões a R$ 2,5 bilhões. Até meados de dezembro, a companhia fundada por Ernesto Zarzur tinha apresentado VGV de R$ 1,9 bilhão, próximo ao teto da faixa estimada, de R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões. No fim de novembro, a Trisul informou meta de lançar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,3 bilhão, no próximo ano, ante a projeção de R$ 900 milhões a R$ 1 bilhão em 2019. As duas já tinham elevado as respectivas metas de VGV para este ano.
Em 2019, EZTec, Trisul e Helbor captaram recursos por meio de ofertas subsequentes de ações ("follow-on") para a compra de terrenos que darão suporte ao aumento de lançamentos de projetos. A fila dessas ofertas realizadas pelas incorporadoras, em 2019, foi puxada pela Tecnisa, que levantou, no mercado, recursos para renegociar dívidas e se recolocar no mercado de lançamentos da capital paulista e da Região Metropolitana de São Paulo.
Recentemente, houve também anúncio de ofertas iniciais de ações (IPOs) da Mitre Realty, cujo foco é São Paulo, e Moura Dubeux, com atuação no Nordeste.
Na avaliação de analistas, com as empresas capitalizadas, a aquisição de terrenos por preço que permita desenvolver projetos com rentabilidade considerada satisfatória é um desafio para 2020. Os valores das áreas estão pressionados na cidade de São Paulo. Incorporadoras com terrenos já comprados para os lançamentos dos próximos anos devem ter margens beneficiadas pela combinação de menor custo de aquisição e preços das unidades com tendência de alta.
Segundo companhias com foco no segmento de média e alta renda, os preços de lançamentos começam a apresentar valorização na comparação com os anos anteriores. No caso dos estoques, o que se observa é a redução dos descontos concedidos. Espera-se que as margens do segmento continuem a ser impactadas, positivamente, pela contribuição crescente dos lançamentos - mais rentáveis do que os estoques.
De julho a setembro, o setor registrou resultado líquido consolidado positivo pela primeira vez desde o quarto trimestre de 2017. "As estimativas para 2020 são de crescimento operacional e dos lucros bruto e líquido", diz um analista. Por outro lado, a geração de caixa das incorporadoras poderá ser reduzida, à medida que mais recursos serão investidos nos empreendimentos.
Em relação ao desempenho do segmento de baixa renda, as perspectivas melhoraram desde que o governo anunciou que não haverá mais vinculação ao lucro do FGTS do ano anterior do subsídio concedido ao Minha Casa Minha Vida. Havia expectativa que a regra resultaria na redução do subsídio dos R$ 9 bilhões de 2019 para R$ 6 bilhões em 2022.
Incorporadoras do segmento se beneficiam ainda da possibilidade de, com a queda dos juros, a renda de parte dos clientes passar a se adequar a financiamentos com recursos da poupança, o que reduz a dependência do FGTS. A MRV Engenharia - maior incorporadora do país - informou que pretende reduzir sua atuação em unidades enquadradas somente no Minha Casa, Minha Vida dos atuais 80% do VGV para 43% no médio prazo.
Ainda há dúvidas, porém, sobre quais serão as mudanças trazidas pelo novo programa habitacional. Valor Econômico, Chiara Quintão, Leia mais em Ademi 30/12/2019
Startups de tecnologia indianas levantaram um recorde de $ 14,5 bilhões em 2019
As startups de tecnologia indianas nunca foram tão boas.
As startups de tecnologia locais do país arrecadaram $ 14,5 bilhões em 2019, superando o melhor anterior de $ 10,5 bilhões no ano passado, de acordo com a empresa de pesquisa Tracxn .
As startups de tecnologia na Índia este ano participaram de 1.185 rodadas de financiamento – 459 das rodadas da Série A ou posterior – de 817 investidores.
As startups em estágio inicial – aquelas que participam de financiamentos angelicais ou pré-série A – levantaram $ 6,9 bilhões este ano, superando facilmente os $ 3,3 bilhões do ano passado, de acordo com um relatório da empresa de dívida de risco InnoVen Capital.
De acordo com o relatório da InnoVen, as startups em estágio inicial que normalmente lutam para atrair investidores tiveram um aumento de 22% ano a ano no número de acordos de financiamento de que participaram neste ano. Cumulativamente, em $ 2,6 milhões, sua avaliação também aumentou 15% em relação ao ano passado.
Também em 2019, 128 startups na Índia foram adquiridas, quatro foram listadas publicamente e nove se tornaram unicórnios. Este ano, as startups de tecnologia indianas também atraíram um número recorde de investidores internacionais, de acordo com a Tracxn.
A captação de recursos deste ano move ainda mais o crescente espaço de startups do país em um caminho de crescimento constante.
Desde 2016, quando as startups de tecnologia acumularam apenas $ 4,3 bilhões – abaixo dos $ 7,9 bilhões do ano anterior – o fluxo de capital aumentou significativamente no ecossistema. Em 2017, as startups indianas levantaram $ 10,4 bilhões, por Tracxn.
"A década registrou um crescimento impressionante de 25x, passando de $ 550 milhões em 2010 para $ 14,5 bilhões em 2019 em termos do financiamento total levantado pelas startups", disse Tracxn.
O que é igualmente promissor sobre as startups indianas é o desafio que elas estão começando a enfrentar hoje, disse Dev Khare, parceiro do fundo VC Parceiros de risco da Lightspeed, em uma entrevista recente ao TechCrunch.
Em 2014 e 2015, as startups se concentraram amplamente na criação de soluções de comércio eletrônico e na replicação de ideias que funcionavam nos mercados ocidentais. Hoje, porém, eles estão enfrentando uma ampla gama de categorias e oportunidades e construindo algumas soluções que não foram tentadas em nenhum outro mercado, disse ele.
A análise da Tracxn descobriu que as startups de hospedagem arrecadaram cerca de $ 1,7 bilhão este ano – graças a Oyo sozinho ensacando $ 1,5 bilhão, seguidos por startups de logística como Elastic Run, Delhivery e Ecom Express, que garantiram $ 641 milhões.
176 mercados horizontais, mais de 150 aplicativos de aprendizado educacional, mais de 120 mercados de caminhões, 82 serviços de carona, 42 plataformas de seguros, 33 fornecedores de listas de carros usados e 13 startups que estão ajudando empresas e indivíduos a acessar financiamento garantido neste ano.
Os investidores
Sequoia Capital, com mais de 50 investimentos – ou co-investimentos – foi o fundo de capital de risco mais ativo para as startups de tecnologia indianas este ano. (Rajan Anandan, ex-executivo encarregado dos negócios do Google na Índia e no Sudeste Asiático, ingressou na Sequoia Capital India como diretor administrativo em abril.) Accel, Tiger Global Management, Blume Ventures e Chiratae Ventures foram os outros quatro principais VCs.
Steadview Capital, com nove investimentos em startups, incluindo serviço de carona Ola, aplicativo educacional Unacademye startup fintech BharatPe, liderou o caminho entre os fundos de private equity. General Atlantic, que investiu no NoBroker e recentemente gerou a lucrativa startup de edtech Byju's, investiu em quatro startups. A FMO, o Sabre Partners India e o CDC Group investiram em três startups.
A Venture Catalysts, com mais de 40 investimentos, incluindo HomeCapital e Blowhorn, foi o principal acelerador ou incubadora na Índia este ano. Y Combinator, com mais de 25 investimentos, Sequoia Capital's Surge, Axilor Ventures e Techstars também foram muito ativos este ano.
As startups de tecnologia indianas também atraíram vários investimentos diretos das principais empresas e bancos este ano. Goldman Sachs, que no início deste mês investiu na startup fintech ZestMoney, No total, realizou oito investimentos este ano. Entre outros, o Facebook fez seu primeiro investimento em uma startup indiana – empresa de comércio social Meesho e Twitter liderou uma rodada de financiamento de US $ 100 milhões no aplicativo de rede social local ShareChat. Leia mais em TechCrunch 30/12/2019
As startups de tecnologia locais do país arrecadaram $ 14,5 bilhões em 2019, superando o melhor anterior de $ 10,5 bilhões no ano passado, de acordo com a empresa de pesquisa Tracxn .
As startups de tecnologia na Índia este ano participaram de 1.185 rodadas de financiamento – 459 das rodadas da Série A ou posterior – de 817 investidores.
As startups em estágio inicial – aquelas que participam de financiamentos angelicais ou pré-série A – levantaram $ 6,9 bilhões este ano, superando facilmente os $ 3,3 bilhões do ano passado, de acordo com um relatório da empresa de dívida de risco InnoVen Capital.
De acordo com o relatório da InnoVen, as startups em estágio inicial que normalmente lutam para atrair investidores tiveram um aumento de 22% ano a ano no número de acordos de financiamento de que participaram neste ano. Cumulativamente, em $ 2,6 milhões, sua avaliação também aumentou 15% em relação ao ano passado.
Também em 2019, 128 startups na Índia foram adquiridas, quatro foram listadas publicamente e nove se tornaram unicórnios. Este ano, as startups de tecnologia indianas também atraíram um número recorde de investidores internacionais, de acordo com a Tracxn.
A captação de recursos deste ano move ainda mais o crescente espaço de startups do país em um caminho de crescimento constante.
Desde 2016, quando as startups de tecnologia acumularam apenas $ 4,3 bilhões – abaixo dos $ 7,9 bilhões do ano anterior – o fluxo de capital aumentou significativamente no ecossistema. Em 2017, as startups indianas levantaram $ 10,4 bilhões, por Tracxn.
"A década registrou um crescimento impressionante de 25x, passando de $ 550 milhões em 2010 para $ 14,5 bilhões em 2019 em termos do financiamento total levantado pelas startups", disse Tracxn.
O que é igualmente promissor sobre as startups indianas é o desafio que elas estão começando a enfrentar hoje, disse Dev Khare, parceiro do fundo VC Parceiros de risco da Lightspeed, em uma entrevista recente ao TechCrunch.
Em 2014 e 2015, as startups se concentraram amplamente na criação de soluções de comércio eletrônico e na replicação de ideias que funcionavam nos mercados ocidentais. Hoje, porém, eles estão enfrentando uma ampla gama de categorias e oportunidades e construindo algumas soluções que não foram tentadas em nenhum outro mercado, disse ele.
A análise da Tracxn descobriu que as startups de hospedagem arrecadaram cerca de $ 1,7 bilhão este ano – graças a Oyo sozinho ensacando $ 1,5 bilhão, seguidos por startups de logística como Elastic Run, Delhivery e Ecom Express, que garantiram $ 641 milhões.
176 mercados horizontais, mais de 150 aplicativos de aprendizado educacional, mais de 120 mercados de caminhões, 82 serviços de carona, 42 plataformas de seguros, 33 fornecedores de listas de carros usados e 13 startups que estão ajudando empresas e indivíduos a acessar financiamento garantido neste ano.
Os investidores
Sequoia Capital, com mais de 50 investimentos – ou co-investimentos – foi o fundo de capital de risco mais ativo para as startups de tecnologia indianas este ano. (Rajan Anandan, ex-executivo encarregado dos negócios do Google na Índia e no Sudeste Asiático, ingressou na Sequoia Capital India como diretor administrativo em abril.) Accel, Tiger Global Management, Blume Ventures e Chiratae Ventures foram os outros quatro principais VCs.
Steadview Capital, com nove investimentos em startups, incluindo serviço de carona Ola, aplicativo educacional Unacademye startup fintech BharatPe, liderou o caminho entre os fundos de private equity. General Atlantic, que investiu no NoBroker e recentemente gerou a lucrativa startup de edtech Byju's, investiu em quatro startups. A FMO, o Sabre Partners India e o CDC Group investiram em três startups.
A Venture Catalysts, com mais de 40 investimentos, incluindo HomeCapital e Blowhorn, foi o principal acelerador ou incubadora na Índia este ano. Y Combinator, com mais de 25 investimentos, Sequoia Capital's Surge, Axilor Ventures e Techstars também foram muito ativos este ano.
As startups de tecnologia indianas também atraíram vários investimentos diretos das principais empresas e bancos este ano. Goldman Sachs, que no início deste mês investiu na startup fintech ZestMoney, No total, realizou oito investimentos este ano. Entre outros, o Facebook fez seu primeiro investimento em uma startup indiana – empresa de comércio social Meesho e Twitter liderou uma rodada de financiamento de US $ 100 milhões no aplicativo de rede social local ShareChat. Leia mais em TechCrunch 30/12/2019
Saudi Aramco e Alibaba lideraram mercado de IPO em 2019
Saudi Aramco e Alibaba foram as empresas que tiveram melhores índices em 2019 no mercado de IPO, segundo o site CNBC. Apesar dos bustos de alto nível da Uber e da Lyft , foi um ano marcante para ofertas públicas iniciais em todo o mundo.
Com IPOs dos EUA superando o S&P 500 até o momento e a Saudi Aramco fizeram história com seu premier de US $ 2 trilhões, o maior já registrado.
Lideranças
O IPO da Saudi Aramco fixou o preço em 5 de dezembro de US $ 1,7 trilhão. O primeiro dia de negociação das ações transformou Saudi Arabian Oil Co., na maior empresa pública do mundo.
O valor de mercado da Aramco subiu para US $ 2 trilhões em seu segundo dia de negociação. Esse valor representou um enorme prêmio para as próximas maiores empresas públicas do mundo, Apple (US $ 1,26 trilhão) e Microsoft (US $ 1,20 trilhão).
Já a gigante chinesa do comércio eletrônico Alibaba detém o título de segunda maior IPO de 2019. Com preço de aproximadamente US $ 12,9 bilhões em 19 de novembro, o Alibaba acabou fechando seus livros de pedidos mais cedo do que o esperado. Isso depois que a demanda excessiva elevou sua avaliação para US $ 13,8 bilhões.
No geral, cerca de 250 empresas entraram em capital aberto este ano,. De acordo com o site, este é um fenômeno que alguns se compararam à bolha das pontocom no final dos anos 90. A Levi Strauss ofereceu suas ações a investidores individuais, com os IPOs anuais atingindo um pico de várias décadas....Leia mais em euqueroinvestir 30/12/2019
Com IPOs dos EUA superando o S&P 500 até o momento e a Saudi Aramco fizeram história com seu premier de US $ 2 trilhões, o maior já registrado.
Lideranças
O IPO da Saudi Aramco fixou o preço em 5 de dezembro de US $ 1,7 trilhão. O primeiro dia de negociação das ações transformou Saudi Arabian Oil Co., na maior empresa pública do mundo.
O valor de mercado da Aramco subiu para US $ 2 trilhões em seu segundo dia de negociação. Esse valor representou um enorme prêmio para as próximas maiores empresas públicas do mundo, Apple (US $ 1,26 trilhão) e Microsoft (US $ 1,20 trilhão).
Já a gigante chinesa do comércio eletrônico Alibaba detém o título de segunda maior IPO de 2019. Com preço de aproximadamente US $ 12,9 bilhões em 19 de novembro, o Alibaba acabou fechando seus livros de pedidos mais cedo do que o esperado. Isso depois que a demanda excessiva elevou sua avaliação para US $ 13,8 bilhões.
No geral, cerca de 250 empresas entraram em capital aberto este ano,. De acordo com o site, este é um fenômeno que alguns se compararam à bolha das pontocom no final dos anos 90. A Levi Strauss ofereceu suas ações a investidores individuais, com os IPOs anuais atingindo um pico de várias décadas....Leia mais em euqueroinvestir 30/12/2019
29 dezembro 2019
Os maiores erros dos grandes empresários brasileiros, segundo eles mesmos
Fundadores de companhias como Smart Fit, XP Inc e Samba Tech compartilharam erros e aprendizados em podcast. Confira os principais
De Albert Einstein, passando por Benjamin Franklin e Theodore Roosevelt, o mundo está cheio de nomes consagrados e anônimos que afirmam que o erro é algo natural no processo de aprendizagem e crescimento. Não é preciso recorrer a nenhum nome consagrado, no entanto, para saber que melhor do que aprender com os seus erros é poder entender e evitar os erros cometidos por terceiros.
Baseado nas mais de 40 horas de entrevistas do podcast Do Zero ao Topo, o InfoMoney listou os seis maiores erros cometidos que grandes empresários brasileiros cometeram durante a construção de suas companhias
O podcast, que entrevista os maiores nomes das companhias brasileiras, fechou sua primeira temporada com 30 episódios que podem ser ouvidos nas plataformas Apple Podcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e demais agregadores de podcast.
1 – Tomar conta de tudo sozinho
Quando a empresa está em seus primeiros anos é comum que o empreendedor busque centralizar todas as decisões dos negócios, mas, conforme os anos passam, delegar as tarefas e decisões pode se tornar um grande desafio.
O sucesso da XP Investimentos entre 2002 — ano de sua fundação — até 2009 aconteceu em grande parte pela capacidade de execução de seu fundador, o empresário Guilherme Benchimol. “Eu cuidava dos mínimos detalhes, fazia de tudo. Isso ajudou a empresa a crescer”, diz.
Em 2009, no entanto, a empresa tinha cerca de 100 funcionários e gerenciar cada detalhe se tornava cada vez mais difícil. “Eu era bom na execução e não sabia delegar“, afirma.
O resultado eram 16 horas de trabalho por dia, sete dias por semana. “Ninguém te ensina sobre essa fase e a necessidade do empreendedor de se reinventar. Tive que perceber sozinho que, se eu não mudasse, a empresa iria travar ou eu iria ter um piripaque”, diz.
Benchimol teve que aprender a delegar. Essa mudança foi essencial para trazer a XP Inc até o momento atual. “É preciso ter humildade e reconhecer que nem sempre o que te trouxe até aqui é o que vai te levar para um patamar superior”, diz.
2 – Pensar mais no produto do que no cliente
Quando Edgar Corona abriu sua primeira academia, em 1995, queria montar algo diferente do que existia, queria criar algo inovador. Uma das primeiras coisas que fez foi contratar um arquiteto renomado para construir essa inovação. O resultado foi um tremendo fracasso.
Inspirado num modelo alemão, o arquiteto construiu uma academia com chuveiros totalmente abertos e uma série de particularidades que não atendiam ao que o cliente brasileiro queria. “O negócio foi um fracasso, deveríamos ter jogado uma bomba lá e acabado com tudo”, conta Edgar.
Corona estava certo em querer inovar no setor, mas faltava um dado essencial para alcançar o sucesso: o foco no cliente. O empreendedor decidiu recomeçar, desta vez pensando em inovações que resolvessem os problemas de seus clientes.
Foi assim que ele criou a academia Bio Ritmo e, posteriormente, a rede Smart Fit, em 2009. Com equipamentos modernos, endereços bem localizados e preços acessíveis (a partir de R$ 69,9) a rede logo se transformou o conceito de academias de baixo custo do país. Hoje, os 2,52 milhões de alunos do grupo Smart Fit mantêm lotadas as 739 unidades, espalhadas por dez países.
“O que eu descobri é que o lucro é consequência de uma equipe engajada e um cliente satisfeito”, afirma.
3 – Acreditar que já adquiriu todo o conhecimento necessário
Guilherme Benchimol, fundador da XP, afirma que, para que uma empresa siga evoluindo é importante que o próprio empreendedor se reinvente e evolua sempre. Sérgio Zimerman, fundador do que é hoje a maior rede de pet shop do país, a Petz, aprendeu essa lição da pior maneira possível: quebrando sua empresa.
Antes de montar a Petz, Zirmerman teve uma empresa de animação de festas infantis, depois uma adega, um mercado e uma grande rede atacadista. Todos esses negócios foram bem-sucedidos graças ao que Zimerman define como “conhecimento de berço”, já que nasceu e foi criado por um pai que sempre trabalhou no comércio.
Em 2001 sua rede atacadista tinha mais de 600 funcionários e faturamento mensal de R$ 15 milhões, tudo isso sem que ele tivesse qualquer curso de administração. “Eu achava que sabia de tudo e poderia resolver qualquer adversidade, porque sempre foi assim”, afirma.
A má administração do fluxo de caixa juntamente com uma crise cambial levaram a rede atacadista para o buraco. Ao invés de procurar culpados, Zimerman decidiu que iria entender como ele mesmo poderia se aprimorar para levar seu próximo empreendimento mais longe.
Ele resolveu então estudar administração, fez MBA em varejo e cursos de extensão nos Estados Unidos e Europa. “Foi a junção do conhecimento de berço com o que aprendi com os estudos que resultaram na criação da Petz”, diz.
4 – Apostar em mercados pequenos ou pouco fragmentados
Gustavo Caetano é um dos precursores do cenário de startups brasileiras. Fundou a Samba Tech, hoje uma das maiores plataformas de vídeo da América Latina, em 2004. Uma década depois ganhou prêmios de inovação ao redor do mundo por publicações como Fast Company, Forbes e foi reconhecido até pelo MIT (o Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
Apesar de todo o reconhecimento, Caetano afirma que cometeu um grande erro nos primeiros anos da companhia: focar em segmentos nichados, com poucos clientes.
Quando desenvolveu a plataforma de vídeos, o empreendedor primeiro focou em vendê-la para o segmento de mídia. “O problema é que nesse mercado havia quatro ou cinco empresas grandes, depois não tinha mais cliente. Em seguido fomos para o setor de educação, que também tem poucas empresas com condições de pagar uma plataforma como a nossa”, conta Caetano.
Ele demorou até encontrar um mercado que lhe traria mais escala: o de cursos dentro de empresas.
A aposta em mercados pequenos também foi o erro cometido por Federico Vega, fundador da startup de logística CargoX. Antes de conquistar o mercado brasileiro e chegar ao faturamento anual R$ 500 milhões, Vega tentou montar a mesma plataforma no Chile e na Argentina.
“Queríamos conectar caminhoneiros com empresas que precisam de frete, mas não havia caminhoneiros suficientes para criar um mercado”, conta Vega.
Foi só ao focar no Brasil que a ideia de Vega deu certo. Além do alto faturamento, hoje a empresa já captou mais de US$ 95 milhões com investidores como os fundos Valor Capital, Blackstone e Soros Fund, do megainvestidor George Soros, e o engenheiro Oscar Salazar, cofundador do Uber.
5 – Insistir em um projeto fracassado por tempo demais
Claudio Galeazzi se tornou um profissional reconhecido por resgatar e melhorar a eficiência de algumas das maiores empresas do país, como o grupo de laticínios Mococa, a varejista Lojas Americanas e o Grupo Pão de Açúcar. Mas muito antes disso ele precisou lidar com a quebra de sua primeira empresa.
A Armaq, fundada em 1975 e focada na locação de equipamentos para perfuração, foi de zero aos US$ 11 milhões de faturamento em apenas um ano e meio. Pouco tempo depois, no entanto, ao se recusar a participar de um esquema de corrupção, Galeazzi viu sua empresa definhar aos poucos até chegar à falência.
“Eu deveria ter parado muito antes e vendido os equipamentos, mas insisti em uma ideia errada e precisei pedir concordata. Foi uma experiência muito dolorosa na época”, explica.
6 – Não confiar em suas equipes
Um dos principais pontos que transformou a história de Galeazzi de um empreendedor mal sucedido em um dos maiores nomes de negócios do país foi sua capacidade de confiar em equipes para resolver os problemas das empresas.
“Eu nunca cheguei em uma empresa que precisava ser reestruturada ditando regras ou trazendo novidades de fora. O que eu sempre fiz foi escutar aqueles que estavam lá dentro. Eu fui muito bem-sucedido por conta disso”, afirma Galeazzi.
Daniel Mendez, fundador da empresa de alimentação Sapore, quase levou a companhia à falência por não confiar em seus funcionários para a tomada de decisões. “Eu era arrogante, achava que tinha que dar sempre todas as respostas e não deixava que outras pessoas interferissem nas decisões”, conta.
Depois da grave crise que a empresa enfrentou em 2008, Mendez aprendeu a lição e construiu equipes engajadas e voltadas a solucionar diferentes tipos de problemas dentro da companhia. Hoje, a Sapore é uma das três maiores companhias do setor de alimentações corporativas no Brasil. A empresa faturou R$ 1,7 bilhão no ano passado e atende mais de 1.250 restaurantes.
Confira a história completa desses e outros empresários no podcast Do Zero ao Topo... Leia mais em infomoney 29/12/2019
De Albert Einstein, passando por Benjamin Franklin e Theodore Roosevelt, o mundo está cheio de nomes consagrados e anônimos que afirmam que o erro é algo natural no processo de aprendizagem e crescimento. Não é preciso recorrer a nenhum nome consagrado, no entanto, para saber que melhor do que aprender com os seus erros é poder entender e evitar os erros cometidos por terceiros.
Baseado nas mais de 40 horas de entrevistas do podcast Do Zero ao Topo, o InfoMoney listou os seis maiores erros cometidos que grandes empresários brasileiros cometeram durante a construção de suas companhias
O podcast, que entrevista os maiores nomes das companhias brasileiras, fechou sua primeira temporada com 30 episódios que podem ser ouvidos nas plataformas Apple Podcasts, Spotify, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox e demais agregadores de podcast.
1 – Tomar conta de tudo sozinho
Quando a empresa está em seus primeiros anos é comum que o empreendedor busque centralizar todas as decisões dos negócios, mas, conforme os anos passam, delegar as tarefas e decisões pode se tornar um grande desafio.
O sucesso da XP Investimentos entre 2002 — ano de sua fundação — até 2009 aconteceu em grande parte pela capacidade de execução de seu fundador, o empresário Guilherme Benchimol. “Eu cuidava dos mínimos detalhes, fazia de tudo. Isso ajudou a empresa a crescer”, diz.
Em 2009, no entanto, a empresa tinha cerca de 100 funcionários e gerenciar cada detalhe se tornava cada vez mais difícil. “Eu era bom na execução e não sabia delegar“, afirma.
O resultado eram 16 horas de trabalho por dia, sete dias por semana. “Ninguém te ensina sobre essa fase e a necessidade do empreendedor de se reinventar. Tive que perceber sozinho que, se eu não mudasse, a empresa iria travar ou eu iria ter um piripaque”, diz.
Benchimol teve que aprender a delegar. Essa mudança foi essencial para trazer a XP Inc até o momento atual. “É preciso ter humildade e reconhecer que nem sempre o que te trouxe até aqui é o que vai te levar para um patamar superior”, diz.
2 – Pensar mais no produto do que no cliente
Quando Edgar Corona abriu sua primeira academia, em 1995, queria montar algo diferente do que existia, queria criar algo inovador. Uma das primeiras coisas que fez foi contratar um arquiteto renomado para construir essa inovação. O resultado foi um tremendo fracasso.
Inspirado num modelo alemão, o arquiteto construiu uma academia com chuveiros totalmente abertos e uma série de particularidades que não atendiam ao que o cliente brasileiro queria. “O negócio foi um fracasso, deveríamos ter jogado uma bomba lá e acabado com tudo”, conta Edgar.
Corona estava certo em querer inovar no setor, mas faltava um dado essencial para alcançar o sucesso: o foco no cliente. O empreendedor decidiu recomeçar, desta vez pensando em inovações que resolvessem os problemas de seus clientes.
Foi assim que ele criou a academia Bio Ritmo e, posteriormente, a rede Smart Fit, em 2009. Com equipamentos modernos, endereços bem localizados e preços acessíveis (a partir de R$ 69,9) a rede logo se transformou o conceito de academias de baixo custo do país. Hoje, os 2,52 milhões de alunos do grupo Smart Fit mantêm lotadas as 739 unidades, espalhadas por dez países.
“O que eu descobri é que o lucro é consequência de uma equipe engajada e um cliente satisfeito”, afirma.
3 – Acreditar que já adquiriu todo o conhecimento necessário
Guilherme Benchimol, fundador da XP, afirma que, para que uma empresa siga evoluindo é importante que o próprio empreendedor se reinvente e evolua sempre. Sérgio Zimerman, fundador do que é hoje a maior rede de pet shop do país, a Petz, aprendeu essa lição da pior maneira possível: quebrando sua empresa.
Antes de montar a Petz, Zirmerman teve uma empresa de animação de festas infantis, depois uma adega, um mercado e uma grande rede atacadista. Todos esses negócios foram bem-sucedidos graças ao que Zimerman define como “conhecimento de berço”, já que nasceu e foi criado por um pai que sempre trabalhou no comércio.
Em 2001 sua rede atacadista tinha mais de 600 funcionários e faturamento mensal de R$ 15 milhões, tudo isso sem que ele tivesse qualquer curso de administração. “Eu achava que sabia de tudo e poderia resolver qualquer adversidade, porque sempre foi assim”, afirma.
A má administração do fluxo de caixa juntamente com uma crise cambial levaram a rede atacadista para o buraco. Ao invés de procurar culpados, Zimerman decidiu que iria entender como ele mesmo poderia se aprimorar para levar seu próximo empreendimento mais longe.
Ele resolveu então estudar administração, fez MBA em varejo e cursos de extensão nos Estados Unidos e Europa. “Foi a junção do conhecimento de berço com o que aprendi com os estudos que resultaram na criação da Petz”, diz.
4 – Apostar em mercados pequenos ou pouco fragmentados
Gustavo Caetano é um dos precursores do cenário de startups brasileiras. Fundou a Samba Tech, hoje uma das maiores plataformas de vídeo da América Latina, em 2004. Uma década depois ganhou prêmios de inovação ao redor do mundo por publicações como Fast Company, Forbes e foi reconhecido até pelo MIT (o Instituto de Tecnologia de Massachusetts).
Apesar de todo o reconhecimento, Caetano afirma que cometeu um grande erro nos primeiros anos da companhia: focar em segmentos nichados, com poucos clientes.
Quando desenvolveu a plataforma de vídeos, o empreendedor primeiro focou em vendê-la para o segmento de mídia. “O problema é que nesse mercado havia quatro ou cinco empresas grandes, depois não tinha mais cliente. Em seguido fomos para o setor de educação, que também tem poucas empresas com condições de pagar uma plataforma como a nossa”, conta Caetano.
Ele demorou até encontrar um mercado que lhe traria mais escala: o de cursos dentro de empresas.
A aposta em mercados pequenos também foi o erro cometido por Federico Vega, fundador da startup de logística CargoX. Antes de conquistar o mercado brasileiro e chegar ao faturamento anual R$ 500 milhões, Vega tentou montar a mesma plataforma no Chile e na Argentina.
“Queríamos conectar caminhoneiros com empresas que precisam de frete, mas não havia caminhoneiros suficientes para criar um mercado”, conta Vega.
Foi só ao focar no Brasil que a ideia de Vega deu certo. Além do alto faturamento, hoje a empresa já captou mais de US$ 95 milhões com investidores como os fundos Valor Capital, Blackstone e Soros Fund, do megainvestidor George Soros, e o engenheiro Oscar Salazar, cofundador do Uber.
5 – Insistir em um projeto fracassado por tempo demais
Claudio Galeazzi se tornou um profissional reconhecido por resgatar e melhorar a eficiência de algumas das maiores empresas do país, como o grupo de laticínios Mococa, a varejista Lojas Americanas e o Grupo Pão de Açúcar. Mas muito antes disso ele precisou lidar com a quebra de sua primeira empresa.
A Armaq, fundada em 1975 e focada na locação de equipamentos para perfuração, foi de zero aos US$ 11 milhões de faturamento em apenas um ano e meio. Pouco tempo depois, no entanto, ao se recusar a participar de um esquema de corrupção, Galeazzi viu sua empresa definhar aos poucos até chegar à falência.
“Eu deveria ter parado muito antes e vendido os equipamentos, mas insisti em uma ideia errada e precisei pedir concordata. Foi uma experiência muito dolorosa na época”, explica.
6 – Não confiar em suas equipes
Um dos principais pontos que transformou a história de Galeazzi de um empreendedor mal sucedido em um dos maiores nomes de negócios do país foi sua capacidade de confiar em equipes para resolver os problemas das empresas.
“Eu nunca cheguei em uma empresa que precisava ser reestruturada ditando regras ou trazendo novidades de fora. O que eu sempre fiz foi escutar aqueles que estavam lá dentro. Eu fui muito bem-sucedido por conta disso”, afirma Galeazzi.
Daniel Mendez, fundador da empresa de alimentação Sapore, quase levou a companhia à falência por não confiar em seus funcionários para a tomada de decisões. “Eu era arrogante, achava que tinha que dar sempre todas as respostas e não deixava que outras pessoas interferissem nas decisões”, conta.
Depois da grave crise que a empresa enfrentou em 2008, Mendez aprendeu a lição e construiu equipes engajadas e voltadas a solucionar diferentes tipos de problemas dentro da companhia. Hoje, a Sapore é uma das três maiores companhias do setor de alimentações corporativas no Brasil. A empresa faturou R$ 1,7 bilhão no ano passado e atende mais de 1.250 restaurantes.
Confira a história completa desses e outros empresários no podcast Do Zero ao Topo... Leia mais em infomoney 29/12/2019