28 janeiro 2013

Cresce número de fusões na região Nordeste

A região Nordeste do país é a que tem ganhado mais espaço nos últimos três anos nos negócios de fusões e aquisições de empresas, segundo levantamento da consultoria PwC Brasil.

 Das transações fechadas em 2010, 5,26% foram nessa região. No ano passado, elas chegaram a 8,31%.

"O Nordeste é uma região que tinha um deficit. Existia uma carência por produtos e infraestruturas, e agora as empresas estão percebendo", afirma o sócio da empresa Alexandre Pierantoni.

 "Os planos do governo de distribuição de renda também fizeram com que a demanda por serviços e produtos aumentassem, o que impacta nas empresas."

 Acompanhando o aquecimento do varejo, as fusões e aquisições desse setor foram as que mais cresceram no ano passado. Enquanto em 2011, foram 52 transações, em 2012, foram 77 -alta de 48%. 

"Toda a economia está se estruturando e o varejo é a ponta do consumo. Ainda não há grande concentração no setor. Os grupos locais podem se transformar em regionais, e esses, em nacionais."

O setor de TI, que costuma liderar o volume de negociações, expandiu-se em 21,5%. Ao todo, ocorreram 96 transações na área (13% do total).

 Outro destaque nas fusões e aquisições dos últimos anos são os private equity, que participaram de 37,5% das operações do país -a média global é de 25%. Em 2007, esse tipo de investidor atuou em 108 transações. Três anos depois, ele apareceu em 331. No ano passado, esteve em 289 - retração de 12,68%.

 "Não é uma queda significativa. É mais estatística", diz. Segundo o sócio da consultoria, a participação dos private equity em grande parte das operações é decorrente do grande volume de empresas que ainda necessitam de capital, já que a economia brasileira ainda não está amadurecida como nos países desenvolvidos.

 Outro fator é que, no Brasil, os private equity não se utilizam dívidas para fazer fusões e aquisições, como ocorre no exterior. Maria Cristina Frias
Fonte: Folha de Sao Paulo 28/01/2013

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